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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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19 novembro 2021
Violência contra mulheres: campanha da ONU Brasil pede vida e dignidade
A ONU Brasil promove, entre 20 de novembro e 10 de dezembro de 2021, a edição anual da campanha do secretário-geral da ONU “Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Desenvolvida desde 2008, ela apoia os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas. Neste ano, a iniciativa completa três décadas de mobilização internacional. Em todo o mundo, a ONU está abordando o tema: “Pinte o mundo de laranja: fim da violência contra as mulheres, agora!”.
A campanha da ONU Brasil pede união de esforços e de ações para garantir a vida e a dignidade a todas as mulheres e meninas, inclusive na recuperação da COVID-19. A pandemia exacerbou fatores de risco para a violência contra mulheres e meninas, incluindo desemprego e pobreza, e reforçou muitas das causas profundas, como estereótipos de gênero e normas sociais preconceituosas.
Estima-se que 11 milhões de meninas podem não retornar à escola por causa da COVID-19, o que aumenta o risco de casamento infantil. Estima-se também que os efeitos econômicos prejudiquem mais de 47 milhões de mulheres e meninas vivendo em situação de pobreza extrema em 2021, revertendo décadas de progresso e perpetuando desigualdades estruturais que reforçam a violência contra as mulheres e meninas.
“A campanha aborda as diferentes causas da violência contra mulheres e meninas e demonstra por meio de ações e propostas concretas os diferentes caminhos para superar esse problema”, explica a coordenadora residente do Sistema ONU no Brasil, Silvia Rucks.
“A violência contra mulheres e meninas afeta a todas e todos nós e depende do engajamento das pessoas, das empresas e das instituições públicas e privadas para ser superada”, completa.
Desde os primeiros meses da pandemia de COVID-19, o secretário-geral da ONU, António Guterres, vem fazendo apelos pelo fim da violência contra mulheres e meninas e pedindo paz no lar e o fim da violência em toda parte. Mais de 140 países expressaram apoio, e 149 países adotaram cerca de 832 medidas, conforme destacado na Resposta Global de Gênero à COVID-19, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com colaborações técnicas substantivas da ONU Mulheres.
Por meio da Estratégia de Engajamento Político do Secretário-Geral da ONU sobre Violência baseada em Gênero, o Sistema das Nações Unidas mobilizou várias partes interessadas para atender às necessidades imediatas e vulnerabilidades de longo prazo de meninas e mulheres em risco de violência e reconheceu o papel-chave que as organizações de direitos das mulheres desempenharam durante a crise global. Para tanto, a ONU ativou suas plataformas e redes a fim de mobilizar compromissos e ações para acabar com a violência baseada em gênero no contexto da COVID-19.
A campanha UNA-SE articula compromissos com as Coalizões de Ação Geração Igualdade, especialmente a de Violência Baseada em Gênero, para acelerar investimentos, sensibilizar autoridades públicas para políticas de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas e mobilizar diversos setores em torno da causa.
A campanha se baseia nas determinações da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim e se orienta rumo ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, especialmente o ODS 5, que pretende alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. A iniciativa busca a adesão de governos, parlamentos, sistema de Justiça, empresas, academia e sociedade para a prevenção e a eliminação da violência contra mulheres e meninas.
Campanha no Brasil - Com o mote “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres e meninas - Vida e dignidade para todas”, a campanha deste ano tem como foco visibilizar a complexidade da violência contra as mulheres e meninas, em que suas identidades e condições de vida acentuam e ampliam vulnerabilidades para mulheres e meninas negras, indígenas, quilombolas, LBTQIAP+ (lésbicas, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, entre outras), com deficiência, idosas, migrantes e refugiadas. Para tanto, entende ser fundamental a abordagem interseccional de análise sobre as situações de violência sofridas pelas mulheres e meninas, entendendo que elas são diferentes a partir dos locais concretos e simbólicos ocupados por elas.
A campanha pretende evidenciar que a violência contra mulheres e meninas não ocorre apenas no ambiente privado: dentro de casa ou no corpo (como nos caso da violência doméstica e da violência sexual). Ela também está presente em espaços públicos, no ambiente de trabalho, na política institucional, nos esportes, nos ambientes online, nos meios de comunicação, e também no contexto da promoção e defesa de direitos.
A campanha destaca também as formas de prevenção e eliminação das diversas formas de violência. Para tanto, além do trabalho das Nações Unidas, a campanha apresenta também iniciativas e histórias de mulheres que defendem direitos e promovem a igualdade de gênero.
Baseada no entendimento de que a violência contra mulheres e meninas é uma violação de direitos humanos, esta edição tem como objetivo também estimular uma mudança de paradigma, eliminando a ideia de mulheres 'vítimas de violência' (passivas, em uma condição insuperável) e fomentando a noção de que essas mulheres são pessoas 'em situação de violência' ou ‘que sofreram violência’.
Tal mudança estimula o entendimento de que a violência é um desafio superável e que pode ser prevenida, além da visão de mulheres como protagonistas da defesa e promoção de direitos humanos, desenvolvimento sustentável, justiça climática e democracia, cujas contribuições beneficiam toda a sociedade. Também reconhece, a partir disso, que a violência afeta todas as dimensões das vidas das mulheres que a vivenciaram e que toda a sociedade é responsável pela sua erradicação. Em outra linha de ação, a campanha quer engajar homens e meninos como aliados dos direitos das mulheres e para atingir a igualdade de gênero, da qual eles também se beneficiam.
A campanha “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres” terá como um dos focos o empoderamento de meninas e jovens por meio do esporte, como ferramenta fundamental para prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas. Com histórias e experiências compartilhadas, a campanha mostrará como o esporte desenvolve habilidades para a vida das meninas, como autoconfiança, autonomia e liderança, fazendo com que rompam com estereótipos de gênero e com o ciclo de violência, não só individualmente, mas em seu entorno.
Ações no Brasil - A programação da campanha deste ano conta com a realização de eventos on-line e presenciais, iluminações de prédios na cor laranja em adesão global à mensagem da prevenção da violência, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e sites da ONU Brasil e instituições parceiras. Serão ações direcionadas a ampliar a conscientização e responsabilização de toda a sociedade e suas instâncias para a realidade da violência contra as mulheres e meninas e chamar para a ação conjunta, em um concreto engajamento.
Neste ano, a campanha será inaugurada com a iluminação na cor laranja do Congresso Nacional, em Brasília, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra - início da campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres; e do Abrigo Rondon V, em Roraima, de 20 a 26 de novembro, em adesão à mensagem global de prevenção contra a violência. Ainda está programada a iluminação laranja da Casa da Mulher Brasileira, na cidade de Boa Vista (RR), de 27 de novembro a 4 de dezembro, estado em que a ONU Brasil desenvolve projetos de ajuda humanitária.
A campanha é composta pelo evento on-line “Juntas e juntos para pôr fim à Violência contra Defensoras de Direitos Humanos e do Meio Ambiente”, em 29 de novembro, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e site da ONU Brasil e de instituições parceiras. As ações pretendem ampliar a conscientização e responsabilização de toda a sociedade para a realidade da violência contra mulheres e meninas e chamar para a ação conjunta, em um concreto engajamento.
16 Dias de Ativismo - A campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que completa 30 anos em 2021, foi criada por ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres em 1991.
Desde então, mais de 6.000 organizações em 187 países participaram da campanha, alcançando 300 milhões de pessoas. Ela continua a ser coordenada, a cada ano, pelo Centro para Liderança Global de Mulheres (CWGL, na sigla em inglês) e é usada como estratégia de organização por pessoas, instituições e organizações em todo o mundo para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas.
Em todo o mundo, os 16 Dias de Ativismo abrangem o período de 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a mobilização se inicia em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para buscar ações de combate ao racismo e ao sexismo e pelo enfrentamento à violência contra mulheres e meninas negras.
Contatos para a imprensa
Isabel Clavelin (ONU Mulheres) - isabel.clavelin@unwomen.org / 61 98175 6315
Roberta Caldo (UNIC Rio) – caldo@un.org
História
16 maio 2022
Foto de tradição Pankararu é premiada na Suíça
Para saber se as condições climáticas irão favorecer a colheita anual, os indígenas Pankararu puxam um cipó. Numa espécie de cabo-de-guerra, os membros da comunidade localizada no sertão pernambucano dividem-se em dois times. Um deles puxa a cipó em direção ao leste e o outro para o oeste. É através desta disputa de forças que as entidades religiosas informam suas previsões aos Pankararu: se o cipó terminar no lado onde o sol nasce, no leste, o clima será próspero e a comunidade viverá um ano de abundância. Ultrapassar para o lado oeste significa pouca chuva e escassez.
Depois de assistir a uma série de previsões de seca, o estudante de mestrado Joanderson Gomes de Almeida, de 30 anos, passou a se perguntar o que ele e a sua comunidade poderiam fazer para que o cipó permanecesse no lado leste. Foi com esta inquietação e com um celular que ele fotografou a cerimônia do puxamento do cipó durante a tradicional festa do Flechamento do Imbu, uma comemoração indígena que marca o início da colheita.
“Essa tradição acontece só uma vez ao ano na comunidade, mas durante o nosso dia a dia, por que a gente não lembra dessa previsão? O que eu posso melhorar para que no próximo ano a gente possa ter um resultado de fartura e abundância? Esta é uma reflexão sobre os cuidados que a gente às vezes não tem com o meio ambiente no nosso cotidiano”, conta o estudante em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Quatro anos depois do click, a foto foi parar em uma exposição na sede da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), na Suíça. A imagem “Puxamento do Cipó” virou a metáfora perfeita para simbolizar o impacto das mudanças climáticas e, por este motivo, venceu o primeiro concurso de fotografia da OMPI voltado para jovens de comunidades tradicionais.
O prêmio entregue no Dia da Terra também contemplou jovens do Quênia e Filipinas. O anúncio dos vencedores foi feito no último dia 22 de abril e culminou com a exposição em Genebra. A intenção da Organização da ONU era estimular que os jovens de comunidades tradicionais expressassem criativamente o impacto das mudanças climáticas em suas regiões e, ao mesmo tempo, aprendessem a proteger seus trabalhos recorrendo aos direitos de propriedade intelectual. Para escolher os vencedores, entre mais de 30 imagens finalistas, foi convocado um painel independente de jurados constituído por quatro fotógrafos internacionais.
“Os jovens têm o maior interesse no futuro do nosso planeta e é por isso que estou satisfeito que o primeiro Prêmio de Fotografia da OMPI esteja oferecendo aos membros de comunidades indígenas e locais a oportunidade de se expressarem através da fotografia sobre a crise climática e outros desafios relacionados que estão enfrentando”, declarou o diretor-geral da OMPI, Daren Tang, durante a cerimônia de premiação.
Na oportunidade, ele também destacou como é estreita a relação das comunidades indígenas com o meio ambiente e seus recursos, sendo elas as primeiras a enfrentarem as consequências diretas da crise climática, como a perda da diversidade biológica e o aumento do nível dos oceanos. Ao parabenizar o indígena brasileiro pela conquista, o diretor-geral lembrou que o povo Pankararu tem uma forte vocação de preservar a natureza e as tradições. No entanto, eles também têm sido castigados por períodos sem chuva e seca, o que dificulta as atividades agrícolas tradicionais.
Conexão - Em Pernambuco, a comunidade Pankararu está estabelecida entre os municípios de Petrolândia, Jatobá e Tacaratu, distante cerca de dez quilômetros do rio São Francisco. Esta proximidade ajuda a explicar porque a água, mais do que um recurso essencial para a vida, também é considerada parte da constituição deste povo. “Existia uma ocupação tradicional desta terra narrada na própria cosmologia do povo Pankararu. As primeiras entidades, que chamamos de Encantados, eram pessoas normais que receberam o dom depois de entrarem na cachoeira do rio São Francisco. E hoje nós não temos acesso a água. Esta é uma reivindicação do povo Pankararu. A gente mora a menos de 10 quilômetros do rio São Francisco e não temos água”, explica Joanderson.
Em sua inscrição no concurso da OMPI, o estudante de mestrado defendeu que jovens indígenas ocupem espaços como estes e que novas soluções inovadoras sejam propostas a partir de parcerias com as comunidades locais. “Os indígenas têm uma forma tradicional de cultivo e manejo da terra, sem o viés mercantilista. Não vemos a terra como objeto de produção de capital, mas como uma forma de vida e subsistência. Ainda há muito o que se falar sobre clima e sobre povos indígenas para além desta visão marginal”, pontua. “Agradeço a OMPI pela iniciativa de criar esse concurso e por incentivar jovens indígenas e de comunidades tradicionais a participarem. Agora, com o prêmio, poderei registrar estes momentos com mais qualidade e profissionalismo”.
Como primeiro colocado, Joanderson ganhou da organização equipamento fotográfico profissional no valor de 3.500 dólares.
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História
06 maio 2022
Mãe reencontra filhas depois de quatro anos de separação
A venezuelana Yerika deixou a Venezuela em busca de oportunidades para uma nova vida com as três filhas. Ela chegou ao Brasil em Roraima mas a oportunidade de trabalho surgiu a 5 mil quilômetros de distância, em Pinhalzinho, no interior de Santa Catarina. A separação entre Yerika e as filhas Evelin, 13 anos, Camila, 10 anos, e Josemiht, 8 anos, foi inevitável.
Com a família dividida entre o norte e o sul do país, as meninas ficaram sob cuidados de um responsável, que procurou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o parceiro AVSI Brasil. As meninas foram encaminhadas para um abrigo do governo de Roraima destinado a crianças desacompanhadas.
O oficial de Proteção à Criança e ao Adolescente do UNICEF em Roraima, Tomás Tancredi, explica que o direito à convivência familiar e comunitária é prioridade. “O trabalho envolve busca ativa das famílias, avaliação psicossocial para identificar as possibilidades de reunificação junto à rede de proteção, apoio psicossocial continuado para estas crianças e, em alguns casos, apoio financeiro para a sustentabilidade da reunificação. A articulação com as redes de proteção e demais organizações que atuam na resposta humanitária, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), é fundamental para garantir a adaptação destas crianças em uma nova realidade”, explica.
O abrigo onde Evelin, Camila e Josemiht ficaram tem a estrutura de uma residência, similar ao ambiente de uma casa familiar, com atividades educacionais e apoio psicossocial. A gerente do abrigo da Secretaria de Estado de Trabalho e Bem-Estar Social, Luciana Oliveira da Silva, explica que a unidade tem parceria com organizações para buscar as famílias das crianças. “Apesar de estarem em um ambiente em que estão sendo cuidadas, não é o lar delas. Elas sentem falta, perguntam e ficam ansiosas para o reencontro”, relata.
Após o abrigamento no local, o UNICEF entrou em contato com a OIM para localizar a mãe e dar entrada do processo na estratégia de interiorização do governo federal, para que as irmãs pudessem viajar para junto de Yerika.
A análise documental foi o passo inicial na viagem, assim como o acompanhamento médico no Núcleo de Saúde da Operação Acolhida, resposta humanitária ao fluxo venezuelano, para verificação vacinal e testagem de COVID-19. Era dezembro de 2021 e os dias foram contados com ansiedade pelas meninas e pela mãe.
De acordo com o assistente de Proteção da OIM Luís Minchola, o reencontro representa o apoio dos atores que buscam a melhor solução em situações de crianças e adolescentes desacompanhadas dentro de um contexto migratório. “Todos estão envolvidos em levar oportunidades nos locais de destino: acesso às escolas, aos serviços de saúde e que tenham o convívio familiar garantido dentro de todos os preceitos de proteção à infância”, explica.
No dia 26 de dezembro, a equipe da OIM buscou Evelin, Camila e Josemiht no abrigo estadual e as levou para o Aeroporto Internacional de Boa Vista. Além da revisão documental pré-embarque, a OIM comprou as passagens aéreas e garantiu a presença de uma funcionária para acompanhar todo o trajeto, até que elas estivessem seguras com a mãe.
O REENCONTRO – Já era noite quando o abraço do reencontro finalmente aconteceu. Entre lágrimas, mãe e filhas correram para que estivessem juntas novamente. Na parede da casa nova, os cartazes improvisados com folhas de caderno estampavam os dizeres de “bem-vindas minhas princesas”, em espanhol. No sofá, os cochichos entre as quatro demonstravam que o tempo de separação não diminuiu em nada o afeto e a cumplicidade.
“Foi uma emoção tão grande, não sei nem explicar. Foi tanto tempo longe! É muito gratificante ter minhas filhas aqui do meu lado. Meu plano para o futuro é dar muito amor a elas. Estou muito emocionada e feliz.”
Yerika
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História
25 abril 2022
Após cirurgia no quadril, homem reaprende a caminhar e reconstrói a vida
Caminhar, correr e dançar são coisas triviais para muita gente. Mas, para o aposentado Dirceu Hack, 56 anos, significa muito mais. No final do ano passado, após passar por uma cirurgia reparadora no quadril, ele finalmente pode voltar a se mover com o corpo ereto. Seu Dirceu, como é chamado, é paciente hemofílico e sofria desde os anos 1970 com as limitações provocadas pela doença.
A hemofilia é uma doença genética hereditária, que compromete a coagulação do sangue. Pessoas hemofílicas não possuem uma proteína responsável pelo crescimento e reparação de tecidos, assim, sangram mais do que o normal. Com o passar do tempo, essa situação provoca danos em todo o corpo, em especial nas articulações, que ficam enrijecidas.
“Eu tinha uns 13, 14 anos quando descobri a doença. Fiquei 30 dias sozinho em Florianópolis, fazendo muitos exames, até chegar no diagnóstico”, lembra seu Dirceu, que morava à época em Concórdia, no interior de Santa Catarina, a quase 500 quilômetros da capital do estado. “Eu tinha muitos sangramentos e muita dor, é três vezes pior que uma dor de dente. Não conseguia ir para a escola, só tenho até a 4ª série”, conta ele, que, de tanto comprometimento, andava completamente arqueado.
"Ele não conseguia caminhar direito, não conseguia se abaixar para colocar a meia. Sentia muitas dores, não tinha como deitar na cama, se ajeitar para dormir, era bem difícil." detalha Queli Cristina, 37 anos, companheira de Dirceu. “Minha família me acompanhou nesse tempo todo, elas viram o meu sofrimento. Eu não ia para nenhum lugar, não me encontrava com meus amigos, porque não conseguia caminhar”, completa ele.
O aposentado foi um dos contemplados por uma ação do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) em parceria com o Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT/SC) e com a Fundação de Apoio ao Centro de Hematologia e Hemoterapia (HEMOSC)/Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), conhecida como FAHECE. A ação teve por objetivo realizar cirurgias em pacientes hemofílicos com artropatia grave.
Dirceu foi beneficiado com três cirurgias, uma já feita no quadril, em outubro do ano passado, e as outras nos dois joelhos, previstas para serem realizadas em junho. Outros dois pacientes também serão beneficiados: Valdecir de Souza, que fará uma renovação da prótese do joelho direito em abril, e Lucas Ramos Mariano, que será operado nos dois joelhos em maio.
“Quando eu fizer as cirurgias dos dois joelhos, será a realização do meu grande sonho, terei uma qualidade de vida muito maior. Eu tô com 56 anos, mas tenho uma disposição de piá (rapaz) de 25 anos”, diz seu Dirceu, que agora faz planos para a retomada da vida com a mobilidade recuperada. “O que eu mais quero fazer é trabalhar na minha propriedade aqui no interior, cuidar dos animais, da roça”, planeja ele, que tem um sítio em Peritiba, na fronteira de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.
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História
08 abril 2022
Professora ensina alunos a combater o desperdício de alimentos em Itajaí
No município de Itajaí, em Santa Catarina, o drama da falta de acesso a alimentos transformou a vida dos 46 alunos do 5º ano do ensino fundamental da Escola Básica Professor Judith Duarte de Oliveira. Isto porque a professora Patrícia Wanderlinde Alves ficou impactada com os números da fome – de acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP), 881 milhões de pessoas não têm o que comer em todo o mundo, sendo 48,6 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar moderada ou severa.
Inconformada também com os dados do desperdício de alimentos revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) – em 2019, 931 milhões de toneladas de alimentos foram para o lixo -, a professora resolveu levar para sala de aula ensinamentos para diminuir o desperdício e mudar hábitos de consumo na escola e dentro de casa.
Patrícia desenvolveu e implementou para os alunos da faixa de 10 anos de idade o projeto Tempo Esgotado: durante uma semana, eles anotaram tudo o que comeram e desperdiçaram. Impressionados com os resultados, eles reuniram informações sobre o consumo consciente de alimentos e criaram um folder e cartazes, que foram distribuídos dentro da escola, em ônibus e pontos comerciais com grande circulação de pessoas.
Os alunos também fizeram palestras para as outras turmas do colégio, que foram gravadas e disponibilizadas num canal no Youtube. O projeto trabalhou com as informações dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e incluiu ainda um curta metragem mostrando como o desperdício de alimentos acontece dentro de casa.
“As crianças realmente se empenharam e queriam fazer o máximo que podiam. Toda a construção dos vídeos e folders foi feita a partir de ideias delas. Os alunos arrecadaram alimentos para famílias carentes, o que envolveu toda a escola. No final, o trabalho gerou inclusive uma conscientização financeira”, contou a professora em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). Ela pretende repetir a iniciativa neste ano.
“Eu gostei muito desse projeto, ele me conscientizou muito sobre a fome que acontece no mundo. Não podemos ver todo esse desperdício e não fazer nada!”, explica o aluno Henrique Rafael. A estudante Maria Luíza conta que os ensinamentos mudaram a rotina dentro de casa: “Eu vou levar esse projeto para a minha vida toda. As atitudes da minha casa mudaram muito. Meu pai começou a usar as sobras do dia anterior. Minha mãe não usava frutas feias e agora usa”, explica a garota. Para Gustavo, o projeto pode ajudar o Brasil. “ A cada um minuto, 11 pessoas morrem de fome e isso é muito triste. Por isso, temos que parar de jogar comida no lixo!”, alerta o menino.
Alimentação escolar - Projetos como o da professora Patrícia são fundamentais para uma alimentação escolar sustentável. Segundo a coordenadora do projeto Consolidação de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe (Programa de Cooperação Internacional entre Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura/-FAO), Najla Veloso, esse tipo de trabalho concilia o aprendizado dos estudantes com outras áreas do conhecimento, criando conexões entre as realidades locais e o e o dia a dia de cada um.
“As ações para combater o desperdício e de educação alimentar e nutricional são importantes para promover o desenvolvimento intelectual, físico, emocional e social dos estudantes. Além disso, ao estimularem hábitos de vida saudáveis, as escolas constroem entornos mais saudáveis, uma vez que os hábitos são transmitidos também para familiares e todo a comunidade”, explica Najla.
As escolas também são fundamentais no combate à fome. De acordo com a especialista da FAO, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro, que atende a cerca de 41 milhões de estudantes, diária e universalmente, é considerado uma referência regional e global de política pública de êxito.
O Programa Mundial de Alimentos também atua no combate ao desperdício e na superação da fome. Todos os anos, o WFP promove uma campanha global de conscientização, chamada Zerar o Desperdício, e opera o Centro de Excelência contra a Fome em conjunto com o governo brasileiro. A missão do Centro é apoiar países em desenvolvimento na criação e implementação de soluções sustentáveis contra a fome a partir das experiências exitosas desenvolvidas no Brasil.
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História
28 março 2022
Irmãos vencem festival com filme retratando impacto da COVID-19 na comunidade surda
Nos últimos dois anos as máscaras tornaram-se itens essenciais para evitar a contaminação com COVID-19. Mas para uma parte da população, ainda que elas tenham ajudado a salvar milhares de vidas, as máscaras também são sinônimo de silêncio. Um relatório divulgado em março de 2021 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que 1,5 bilhão de pessoas têm algum grau de deficiência auditiva no mundo. Dependendo em grande parte da interpretação labial e de expressões faciais para se comunicar, a pandemia trouxe para as pessoas surdas uma sensação de impotência diante de atividades corriqueiras, como ir ao banco, supermercado ou até mesmo a consultas médicas.
São estas dificuldades que levaram os irmãos Glória e Victor Araújo, de 12 e 10 anos, a gravarem um vídeo mostrando os impactos da COVID-19 em sua família. Ambos atuam como intérpretes de libras para os pais, Jucimara e Vandro, deficientes auditivos. O filme “Silêncio na pandemia” retrata as barreiras impostas pelo uso de máscara a esta comunidade e principalmente conscientiza sobre a importância de um ensino obrigatório e universal da língua de sinais para toda população.
O filme foi premiado pelo júri internacional do PLURAL + Youth Video Festival, competição de vídeos promovida pela Agência da ONU para as Migrações (OIM), e pela Aliança de Civilizações das Nações Unidas (UNAOC). A produção dos irmãos moradores de Londrina, no Paraná, ficou em primeiro lugar na categoria até 12 anos e também recebeu outros três prêmios dentro do festival: Peacemaker Champions Award, TAL Award e o MediaB Award.
“Eu queria que as pessoas vissem esse vídeo e quisessem mais intérpretes em todos os lugares. Porque seria mais fácil para todo mundo, né?”, conta Victor.
Produção – Responsável por montar o roteiro e dirigir o filme, Glória explica que começou a produção do curta-metragem em junho de 2021, com a ajuda das primas Lorena da Silva, de 22 anos, e Alaysa Fernandes, de 18. Foi Lorena quem viu a competição promovida pelas Nações Unidas e incentivou os irmãos a se inscreverem no concurso. As duas primas também ajudaram a traduzir o conteúdo para o inglês e editar as ideias de Glória, que tem o sonho de ser cineasta. “A gente começou a gravar e acabamos esquecendo que era para a ONU. E aí a gente começou a se divertir e foi bem espontâneo. Só percebemos o que estávamos fazendo depois que a gente ganhou”, explica Glória.
O PLURAL + Youth Video Festival convida jovens de todo mundo a contarem diversas histórias sobre os temas mais urgentes do nosso tempo. Na edição de 2021, a tônica do concurso foi a diversidade, tema que chamou atenção dos jovens paranaenses. “Se a gente fosse igual, não teria graça. A gente precisa da diferença para aprender a respeitar as pessoas em qualquer hipótese”, diz Glória. “Se as pessoas fossem iguais, a gente não aprenderia muita coisa, porque para aprender é preciso ver outra pessoa fazendo diferente. Então a gente precisa de diversidade”, defende a garota.
A cerimônia online de premiação contou com a presença do diretor-geral da OIM, António Vitorino, e do alto representante da UNAOC, Miguel Ángel Moratinos. Também foi transmitida uma mensagem em vídeo da subsecretária-geral da ONU para Comunicação Global, Melissa Fleming. Na ocasião, Glória foi convidada a discursar e aproveitou para defender a universalização da linguagem de sinais como solução duradoura para as dificuldades de inclusão da comunidade surda.
Outros vencedores – Ao todo, 29 vídeos foram premiados pelas Nações Unidas. O Brasil foi o país que recebeu o maior número de condecorações: sete no total. “Silêncio na pandemia” foi o destaque da categoria principal. Os outros seis jovens brasileiros foram laureados por parceiros da ONU.
Nicole Assunção recebeu uma menção honrosa da Children’s Film Festival Seattle, com o filme “What does opening the world mean to you?”; Mickael Lima venceu o FACIUNI Award com o curta-metragem “Ubuntu”; Joana Lara recebeu uma menção honrosa do Italian Movie Award pela produção de “The human being is a genus of which diversity is a species”; Guilherme Menezes também recebeu uma menção honrosa do FilmAid pelo filme “I could never choose where to be born”; Cassia Roriz venceu o FilmAid Award e o Visual Voices Award for Peace Advocacy com o filme “Look out for us”; e Esther Cortereal, diretora de “For the right to be diverse”, venceu o Three Cultures of the Mediterranean Award.
Os curta-metragens abordam como a diversidade é um elemento importante para inclusãode pessoas que precisam viver em diferentes culturas, como é o caso de migrantes e refugiados.
"O cinema e o audiovisual são uma importante ferramenta para informar, divertir, educar, provocar debates e promover a diversidade. Há mais de um século eles estão ligados com a migração, quando desde o início dessa arte muitos cineastas migrantes retratavam um mundo em movimento. Iniciativas como o Plural+ dão força e voz a esses jovens, que colocam na tela suas mensagens, promovendo integração e tolerância entre públicos nos diferentes cantos do mundo”, relata o Chefe de Missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux.
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25 maio 2022
UNICEF e prefeitura do Rio lançam iniciativa pelos direitos de crianças e adolescentes
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a prefeitura do Rio de Janeiro lançam nesta quinta (26), às 9h, na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, a iniciativa #AgendaCidadeUNICEF – Rio de Janeiro para cada criança e adolescente, que visa fortalecer e integrar políticas públicas destinadas a crianças e adolescentes mais vulneráveis, criando oportunidades e prevenindo violências que afetam sua vida. A parceria prevê a realização de ações integradas, até 2024, nas áreas de educação, inclusão socioprodutiva, proteção contra violência, além de saúde e bem-estar. A atuação terá foco na Pavuna, na Zona Norte da cidade, onde vivem mais de 55,6 mil meninas e meninos de até 19 anos de idade.
O evento de lançamento da iniciativa ocorre das 9h às 12h, na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna. Além de secretários municipais e representantes da prefeitura do Rio de Janeiro, estarão presentes a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer, e o ator Lázaro Ramos, embaixador do UNICEF no Brasil.
Serviço
O quê: Lançamento da iniciativa #AgendaCidadeUNICEF – Rio de Janeiro para cada criança e adolescente
Quando: Quinta-feira 26 de maio de 2022, das 9h às 12h
Onde: Arena Carioca Jovelina Pérola Negra: Praça Ênio, s/n – Pavuna, Rio de Janeiro Contatos para a imprensa: Immaculada Prieto (UNICEF Brasil): (21) 98237 0856 e iprieto@unicef.org
O quê: Lançamento da iniciativa #AgendaCidadeUNICEF – Rio de Janeiro para cada criança e adolescente
Quando: Quinta-feira 26 de maio de 2022, das 9h às 12h
Onde: Arena Carioca Jovelina Pérola Negra: Praça Ênio, s/n – Pavuna, Rio de Janeiro Contatos para a imprensa: Immaculada Prieto (UNICEF Brasil): (21) 98237 0856 e iprieto@unicef.org
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25 maio 2022
Banco Mundial e Banco do Brasil assinam acordo sobre mercado de carbono
O Banco Mundial e o Banco do Brasil firmaram um memorando de entendimento para formalizar a parceria entre as duas instituições com o objetivo de promover no país a redução da emissão e a remoção de gases de efeito estufa (GEE), ao incentivar uma participação maior do setor privado nos mercados de crédito de carbono. A assinatura do documento foi realizada na sexta-feira (20), durante o congresso Mercado Global de Carbono, realizado no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
A partir da aprovação do MoU (Memorandum of Understanding, na sigla em inglês), o Banco do Brasil pretende expandir as fontes de financiamento verde para apoiar empresas e projetos que possam gerar créditos de carbono e/ou reduzir a emissão de GEE. As discussões entre o Banco Mundial e o Banco do Brasil são em torno de um possível empréstimo de US$ 500 milhões.
A intenção é destinar os recursos para empresas, agricultores e projetos de infraestrutura, a fim de promover atividades capazes de reduzir GEE e/ou gerar créditos de carbono de alta qualidade, além de aumentar o acesso das companhias e projetos brasileiros aos mercados de crédito de carbono nacionais e internacionais.
Comprometimento - O Grupo Banco Mundial é o maior financiador mundial da ação climática nos países em desenvolvimento, empenhado na redução da pobreza e no enfrentamento aos desafios das mudanças climáticas. Entre 2016 e 2021, o Banco Mundial investiu aproximadamente US$ 109 bilhões em financiamento climático, incluindo um recorde de US$ 26 bilhões em 2021.
De acordo com o Plano de Ação para Mudanças Climáticas (CCAP, na sigla em inglês) o Grupo Banco Mundial, se comprometeu a fornecer US$ 25 bilhões, em média, em financiamento anual no quadriênio 2021-2025, para iniciativas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e promovam a adaptação, reduzindo a pobreza e a desigualdade, além de melhorar os resultados do desenvolvimento.
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25 maio 2022
Surto de varíola dos macacos ainda pode ser controlado, garante OMS
O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser controlado. O risco de transmissão é baixo, garantiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (24).
A especialista em varíola do Programa de Emergências da OMS, Rosamund Lewis, declarou em Genebra que o objetivo da agência e dos países-membros é “conter e interromper o surto”. “O risco para o público em geral parece ser baixo, uma vez que os principais meios de transmissão têm sido os mesmos descritos no passado”, explicou.
Sintomas menos severos - Os últimos dados da OMS mostram mais de 250 casos confirmados e suspeitos de varíola dos macacos nos 16 países. Os sintomas são similares ao da varíola, porém menos severos, incluindo lesões na pele e febres, que em casos mais severos podem durar entre duas a quatro semanas.
A OMS explicou que a varíola dos macacos é transmitida pelo contato pele-a-pele, mas o vírus também pode ser transmitido pela roupa de cama contaminada ou por partículas da respiração.
Transmissão e estigma - A varíola dos macacos é uma doença silvestre e o período de incubação varia entre seis e 13 dias, podendo acontecer entre 5 e 21 dias. A especialista da OMS explicou que não “existem informações sobre transmissão por fluidos corporais”.
Para evitar que as pessoas doentes sofram estigma, a OMS destaca que apesar da maioria dos casos de infecção estarem ligados a homens que fazem sexo com homens, isso “provavelmente ocorre por eles serem mais proativos na busca de cuidados de saúde”.
A especialista da OMS disse que a varíola dos macacos pode “afetar qualquer pessoa e não está associada a nenhum grupo em particular”.
Ela sublinhou que o que é diferente neste surto é que os casos estão sendo confirmados em países que geralmente não têm surtos de varíola dos macacos.
A doença é endêmica na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, na Nigéria e em Camarões.
Vacinas - A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos. Mas a OMS explicou que as pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.
A agência da ONU trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.
Existem duas variantes do vírus da varíola dos macacos: uma na África Ocidental e outra na Bacia do Congo (África Central). O primeiro caso em humanos foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.
Embora o nome varíola dos macacos se origine da descoberta do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958, a especialista da OMS considera um pouco inadequada esta nomeação. A OMS esclareceu que a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.
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25 maio 2022
Tedros Adhanom é reeleito diretor-geral da OMS
Os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) reelegeram nesta terça-feira (24) Tedros Adhanom Ghebreyesus para seu segundo mandato, de cinco anos, como diretor-geral da principal agência de saúde pública do mundo. Tedros foi eleito pela primeira vez em 2017. A reeleição foi confirmada durante a 75ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
A votação é resultado de um processo eleitoral que começou em abril de 2021, quando os Estados Membros foram convidados a apresentar propostas de candidatos ao cargo de diretor-geral. O Conselho Executivo da OMS, reunido em janeiro de 2022, nomeou Tedros para um segundo mandato.
O novo mandato de Tedros começa oficialmente em 16 de agosto de 2022. Um diretor-geral pode ser reeleito uma vez, de acordo com as regras e procedimentos da Assembleia Mundial da Saúde.
Durante seu primeiro mandato, Tedros instituiu uma ampla transformação da OMS, com o objetivo de aumentar a eficiência da Organização, impulsionando o impacto em nível nacional para promover vidas mais saudáveis, proteger mais pessoas em emergências e aumentar o acesso equitativo à saúde. Também orientou a resposta da OMS à pandemia de COVID-19, surtos de ebola na República Democrática do Congo e os impactos na saúde de várias outras crises humanitárias.
Antes de ser nomeado diretor-geral da OMS, Tedros atuou como Ministro das Relações Exteriores da Etiópia de 2012 a 2016 e como ministro da Saúde da Etiópia de 2005 a 2012. Também trabalhou como presidente do conselho do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária; como presidente do conselho da Roll Back Malaria (RBM) Partnership; e como copresidente do conselho da Partnership for Maternal, Newborn and Child Health.
Mais informações: www.who.int/about/governance/election
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25 maio 2022
FAO enfatiza importância da sustentabilidade no setor do chá
Por ocasião do Dia Internacional do Chá 2022, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destacou a necessidade de maior sustentabilidade econômica, social e ambiental no setor do chá, com um papel-chave para empoderar mulheres e jovens e melhorar a segurança alimentar e nutricional.
"O setor do chá contribui para o desenvolvimento socioeconômico, pois representa uma importante fonte de emprego e renda para milhões de famílias pobres. Entretanto, ainda enfrenta vários desafios", disse o diretor-geral da FAO, QU Dongyu, em discurso durante a celebração.
Ele assegurou que este setor “precisa alcançar uma maior sustentabilidade, desde a folha do chá até a xícara”.
"A sustentabilidade ambiental implica o uso de inovações e métodos de produção que preservem os recursos para o futuro". A sustentabilidade também “precisa refletir o aspecto social do setor, empoderando mulheres e jovens e garantindo que a produção em toda a cadeia de valor respeite as normas e padrões sociais”, acrescentou o diretor-geral.
Durante a pandemia de COVID-19, a demanda por chá aumentou intensamente, impulsionada pelas compras para consumo doméstico. As informações de mercado compiladas pelo Grupo Intergovernamental da FAO (GIG) mostraram que o consumo de chá aumentou em todos os mercados, incluindo aqueles que tiveram uma tendência de queda no consumo per capita nos últimos anos.
Os dados mostraram um aumento na demanda por chá entre os jovens. Pesquisas destacaram que os jovens redescobriram o amor pelo chá durante o confinamento devido aos seus benefícios para a hidratação e o fator “sentir-se bem”.
A FAO destacou que o setor do chá pode desempenhar um papel importante na qualidade de vida e na restauração dos meios de subsistência de milhões de pessoas afetadas pelas complicações dos últimos dois anos.
A produção mundial de chá chega a mais de US$ 17 bilhões por ano, enquanto o comércio mundial de chá é estimado em cerca de US$ 9,5 bilhões, representando uma fonte significativa de receitas de exportação. Estima-se que os pequenos agricultores sejam responsáveis por 60% da produção mundial de chá. E o mais importante, o chá cria empregos produtivos e capacita as pessoas, especialmente as mulheres e suas comunidades.
O nível de preços e a volatilidade é outro desafio - Além da sustentabilidade, o setor também enfrenta o desafio do nível de preços e da volatilidade do mercado. Os preços internacionais do chá, em termos reais (ajustados pela inflação), vêm caindo ao longo das últimas quatro décadas, à medida que a produção cresceu mais rápido que a demanda.
“Também são necessárias medidas para resolver alguns dos problemas que afetam os pequenos produtores, considerando que eles representam 60% da produção global de chá”, disse o diretor-geral da FAO.
A FAO enfatiza que, se as fazendas de chá em pequena escala quiserem permanecer viáveis em um ambiente de mercado cada vez mais competitivo, elas precisam inovar constantemente. As opções de marketing que foram exploradas, em particular pelo GIG sobre o chá, incluem aumentar o valor dos produtos por meio de padrões, chás especiais, inovação e promoção genérica. O setor do chá deve provar seu valor para obter preços mais altos.
O cultivo de chá é atraente para pequenos agricultores em muitos países de baixa renda porque cria empregos e renda ao longo do ano e requer, relativamente, pouco investimento, enquanto o risco de quebra de safra é geralmente pequeno. No entanto, os problemas que afetam os pequenos agricultores incluem preços baixos para produtos agrícolas, serviços de extensão fracos, canais de mercado limitados e acesso precário a crédito e tecnologia. Há uma necessidade urgente de fortalecer o ecossistema empreendedor dos pequenos agricultores. Pequenos produtores de chá podem suportar o impacto se não estiverem bem protegidos, alertou o GIG.
O diretor-geral da FAO observou que “precisamos fazer as coisas de forma diferente, adotar abordagens novas e inovadoras e agir” para que o setor do chá equilibre a necessidade de crescimento e os requisitos de sustentabilidade em todas as fases do processo de desenvolvimento.
O trabalho da FAO sobre o chá - O trabalho da FAO em relação à produção do chá está comprometido em alcançar um setor mais sustentável. As atividades incluem o desenvolvimento de produtos de conhecimento e o fornecimento de dados e informações sobre os mercados e comércio, projeções de médio prazo para o mercado mundial e informações relevantes para a política do chá.
O Grupo intergovernamental sobre chá da FAO, um dos mais antigos grupos de commodities da FAO e um órgão subsidiário do Comitê de Problemas de Commodities (CCP), lidera esforços multilaterais em todos os aspectos do setor global de chá. Isso inclui esforços de coordenação para a harmonização de padrões, o desenvolvimento de promoção genérica do chá e o desenvolvimento de estratégias para adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
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