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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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19 novembro 2021
Violência contra mulheres: campanha da ONU Brasil pede vida e dignidade
A ONU Brasil promove, entre 20 de novembro e 10 de dezembro de 2021, a edição anual da campanha do secretário-geral da ONU “Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Desenvolvida desde 2008, ela apoia os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas. Neste ano, a iniciativa completa três décadas de mobilização internacional. Em todo o mundo, a ONU está abordando o tema: “Pinte o mundo de laranja: fim da violência contra as mulheres, agora!”.
A campanha da ONU Brasil pede união de esforços e de ações para garantir a vida e a dignidade a todas as mulheres e meninas, inclusive na recuperação da COVID-19. A pandemia exacerbou fatores de risco para a violência contra mulheres e meninas, incluindo desemprego e pobreza, e reforçou muitas das causas profundas, como estereótipos de gênero e normas sociais preconceituosas.
Estima-se que 11 milhões de meninas podem não retornar à escola por causa da COVID-19, o que aumenta o risco de casamento infantil. Estima-se também que os efeitos econômicos prejudiquem mais de 47 milhões de mulheres e meninas vivendo em situação de pobreza extrema em 2021, revertendo décadas de progresso e perpetuando desigualdades estruturais que reforçam a violência contra as mulheres e meninas.
“A campanha aborda as diferentes causas da violência contra mulheres e meninas e demonstra por meio de ações e propostas concretas os diferentes caminhos para superar esse problema”, explica a coordenadora residente do Sistema ONU no Brasil, Silvia Rucks.
“A violência contra mulheres e meninas afeta a todas e todos nós e depende do engajamento das pessoas, das empresas e das instituições públicas e privadas para ser superada”, completa.
Desde os primeiros meses da pandemia de COVID-19, o secretário-geral da ONU, António Guterres, vem fazendo apelos pelo fim da violência contra mulheres e meninas e pedindo paz no lar e o fim da violência em toda parte. Mais de 140 países expressaram apoio, e 149 países adotaram cerca de 832 medidas, conforme destacado na Resposta Global de Gênero à COVID-19, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com colaborações técnicas substantivas da ONU Mulheres.
Por meio da Estratégia de Engajamento Político do Secretário-Geral da ONU sobre Violência baseada em Gênero, o Sistema das Nações Unidas mobilizou várias partes interessadas para atender às necessidades imediatas e vulnerabilidades de longo prazo de meninas e mulheres em risco de violência e reconheceu o papel-chave que as organizações de direitos das mulheres desempenharam durante a crise global. Para tanto, a ONU ativou suas plataformas e redes a fim de mobilizar compromissos e ações para acabar com a violência baseada em gênero no contexto da COVID-19.
A campanha UNA-SE articula compromissos com as Coalizões de Ação Geração Igualdade, especialmente a de Violência Baseada em Gênero, para acelerar investimentos, sensibilizar autoridades públicas para políticas de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas e mobilizar diversos setores em torno da causa.
A campanha se baseia nas determinações da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim e se orienta rumo ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, especialmente o ODS 5, que pretende alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. A iniciativa busca a adesão de governos, parlamentos, sistema de Justiça, empresas, academia e sociedade para a prevenção e a eliminação da violência contra mulheres e meninas.
Campanha no Brasil - Com o mote “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres e meninas - Vida e dignidade para todas”, a campanha deste ano tem como foco visibilizar a complexidade da violência contra as mulheres e meninas, em que suas identidades e condições de vida acentuam e ampliam vulnerabilidades para mulheres e meninas negras, indígenas, quilombolas, LBTQIAP+ (lésbicas, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, entre outras), com deficiência, idosas, migrantes e refugiadas. Para tanto, entende ser fundamental a abordagem interseccional de análise sobre as situações de violência sofridas pelas mulheres e meninas, entendendo que elas são diferentes a partir dos locais concretos e simbólicos ocupados por elas.
A campanha pretende evidenciar que a violência contra mulheres e meninas não ocorre apenas no ambiente privado: dentro de casa ou no corpo (como nos caso da violência doméstica e da violência sexual). Ela também está presente em espaços públicos, no ambiente de trabalho, na política institucional, nos esportes, nos ambientes online, nos meios de comunicação, e também no contexto da promoção e defesa de direitos.
A campanha destaca também as formas de prevenção e eliminação das diversas formas de violência. Para tanto, além do trabalho das Nações Unidas, a campanha apresenta também iniciativas e histórias de mulheres que defendem direitos e promovem a igualdade de gênero.
Baseada no entendimento de que a violência contra mulheres e meninas é uma violação de direitos humanos, esta edição tem como objetivo também estimular uma mudança de paradigma, eliminando a ideia de mulheres 'vítimas de violência' (passivas, em uma condição insuperável) e fomentando a noção de que essas mulheres são pessoas 'em situação de violência' ou ‘que sofreram violência’.
Tal mudança estimula o entendimento de que a violência é um desafio superável e que pode ser prevenida, além da visão de mulheres como protagonistas da defesa e promoção de direitos humanos, desenvolvimento sustentável, justiça climática e democracia, cujas contribuições beneficiam toda a sociedade. Também reconhece, a partir disso, que a violência afeta todas as dimensões das vidas das mulheres que a vivenciaram e que toda a sociedade é responsável pela sua erradicação. Em outra linha de ação, a campanha quer engajar homens e meninos como aliados dos direitos das mulheres e para atingir a igualdade de gênero, da qual eles também se beneficiam.
A campanha “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres” terá como um dos focos o empoderamento de meninas e jovens por meio do esporte, como ferramenta fundamental para prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas. Com histórias e experiências compartilhadas, a campanha mostrará como o esporte desenvolve habilidades para a vida das meninas, como autoconfiança, autonomia e liderança, fazendo com que rompam com estereótipos de gênero e com o ciclo de violência, não só individualmente, mas em seu entorno.
Ações no Brasil - A programação da campanha deste ano conta com a realização de eventos on-line e presenciais, iluminações de prédios na cor laranja em adesão global à mensagem da prevenção da violência, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e sites da ONU Brasil e instituições parceiras. Serão ações direcionadas a ampliar a conscientização e responsabilização de toda a sociedade e suas instâncias para a realidade da violência contra as mulheres e meninas e chamar para a ação conjunta, em um concreto engajamento.
Neste ano, a campanha será inaugurada com a iluminação na cor laranja do Congresso Nacional, em Brasília, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra - início da campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres; e do Abrigo Rondon V, em Roraima, de 20 a 26 de novembro, em adesão à mensagem global de prevenção contra a violência. Ainda está programada a iluminação laranja da Casa da Mulher Brasileira, na cidade de Boa Vista (RR), de 27 de novembro a 4 de dezembro, estado em que a ONU Brasil desenvolve projetos de ajuda humanitária.
A campanha é composta pelo evento on-line “Juntas e juntos para pôr fim à Violência contra Defensoras de Direitos Humanos e do Meio Ambiente”, em 29 de novembro, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e site da ONU Brasil e de instituições parceiras. As ações pretendem ampliar a conscientização e responsabilização de toda a sociedade para a realidade da violência contra mulheres e meninas e chamar para a ação conjunta, em um concreto engajamento.
16 Dias de Ativismo - A campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que completa 30 anos em 2021, foi criada por ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres em 1991.
Desde então, mais de 6.000 organizações em 187 países participaram da campanha, alcançando 300 milhões de pessoas. Ela continua a ser coordenada, a cada ano, pelo Centro para Liderança Global de Mulheres (CWGL, na sigla em inglês) e é usada como estratégia de organização por pessoas, instituições e organizações em todo o mundo para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas.
Em todo o mundo, os 16 Dias de Ativismo abrangem o período de 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a mobilização se inicia em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para buscar ações de combate ao racismo e ao sexismo e pelo enfrentamento à violência contra mulheres e meninas negras.
Contatos para a imprensa
Isabel Clavelin (ONU Mulheres) - isabel.clavelin@unwomen.org / 61 98175 6315
Roberta Caldo (UNIC Rio) – caldo@un.org
História
21 junho 2022
Filme brasileiro recebe menção honrosa da OMS
O pacto de uma família de Parelheiros (SP) em busca do tratamento para o pé torto congênito chamou a atenção de especialistas em cinema, incluindo das atrizes Sharon Stone e Emilia Clarke. Elas integraram o júri internacional do 3º Festival de Cinema Saúde para Todos, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A história da família de João Pedro recebeu uma menção honrosa em uma das três principais categorias do festival. O curta-metragem “The 5%: A Family’s Perspective on Complex Clubfoot, Ten Years Later” (em tradução livre “Os 5%: a perspectiva de uma família sobre o pé torto congênito dez anos depois”) recebeu a honra na categoria dedicada a filmes que tratam de cobertura universal de saúde.
O roteiro dedica-se a fazer um retrato íntimo do dia a dia da família de um menino de 10 anos. João Paulo nasceu com pé torto congênito, uma má formação que atinge uma em cada 800 crianças, e cujo tratamento é considerado simples e eficaz.
Apesar dos bons índices, organizações que atuam para divulgar e promover o tratamento, como a MiracleFeet, estimam que até 40 mil crianças no Brasil não conseguem ter acesso ao chamado método Ponseti-- uma série de engessamentos seguidos pelo uso da órtese, popularmente conhecida como botinha ortopédica.
O método é considerado eficaz para até 95% das crianças submetidas aos engessamentos logo nas primeiras semanas de vida, mas João Paulo é parte dos 5% que sofrem com recidivas e precisam ter os pés imobilizados várias vezes durante a fase de crescimento. Daí o título do curta-metragem dirigido pela brasileira Rachel Vianna através de sua produtora, a MOXYDOX.
“Eu acho que história foi bem recebida porque tinha algo muito mágico nesse convívio familiar deles. A gente está falando de um problema de saúde que tem que ser tratado no longo prazo e essa família de sete pessoas, esses pais, são muito heróis por estarem dando conta disso tudo em Parelheiros, um lugar onde há pouco acesso a serviços”, explica a cineasta em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
“Embora seja um tratamento que teoricamente não é tão complicado de ser feito, ele exige muita dedicação e um comprometimento incondicional da família", revela Rachel. Esta entrega foi traduzida em imagens que mostram a família reunida em torno de uma mesa para um jogo de cartas ou quando a mãe ajuda João Paulo a fazer atividades que possam ser realizadas durante o uso das botinhas, que o menino descreve como suas “inseparáveis amigas”.
“Aquela família é só amor e eu acho que as pessoas se sentiram imersas neste ambiente. É um vídeo feliz e que traz a importância da comunidade para você poder acessar saúde e tratamentos. Foi esse o meu intuito”, resume a diretora do curta.
Festival - O Festival de Cinema Saúde para Todos premia cineastas independentes, instituições públicas, ONGs, estudantes e outras comunidades globais responsáveis pela produção de curtas-metragens originais que defendam e promovam questões de saúde global. Desde 2020 a competição recebeu a inscrição de 3.475 filmes de 110 países para concorrer em categorias como cobertura universal de saúde, emergências e bem-estar.
Em 2022, julgaram os inscritos as atrizes Sharon Stone, Emilia Clarke e Mia Maestro, a produtora Anita Abada, o especialista em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Eddie Ndopu e o apresentador Eckart von Hirschhausen. Os vencedores foram anunciados em uma cerimônia no último dia 10 de maio junto com os curtas-metragens dignos de menção honrosa.
"Esses curtas-metragens atrativos, combinando narrativas poderosas com informações importantes sobre saúde pública, retratam a enorme variedade de desafios de saúde que as pessoas enfrentam em todo o mundo todos os dias", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus na cerimônia de premiação.
“O Festival de Cinema Saúde para Todos da OMS demonstra que curtas-metragens podem fazer uma grande diferença para aumentar a conscientização sobre esses importantes problemas de saúde e estimular ações para promover e proteger a saúde.” Tedros Adhanom Ghebreyesus
Parceria - A história da família brasileira, que sintetizou a luta de muitas ao redor do mundo empenhadas em superar os obstáculos impostos pela má formação, foi gravada a pedido da ONG internacional MiracleFeet. A organização fornece suporte técnico e financeiro para clínicas e médicos visando aumentar o acesso ao tratamento para crianças nascidas com pé torto em países de baixa e média renda.
João Paulo foi uma das primeiras crianças apoiadas pela organização no Brasil. “A história do João e de sua família foi contada de uma forma muito respeitosa, com muita empatia e, ao mesmo tempo, muito íntima. A história dele é uma entre muitas que a gente está tentando dar visibilidade. Esta é uma condição que afeta muitas crianças e hoje há muitos adultos que vivem com os efeitos de um pé torto que nunca foi tratado, apesar de existir uma forma muito fácil para resolver o problema”, comenta a brasileira Daphne Sorensen, presidente da MiracleFeet.
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História
09 junho 2022
Yanomamis recebem capacitação em saúde
A Agência da ONU para as Migrações (OIM) em colaboração com o Distrito sanitário especial indígena (DSEI) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Brasil (LACEN) realizou uma formação sobre diagnóstico de malária para 28 membros de comunidades Yanomamis.
Ao final do treinamento agentes indígenas de saúde (AIS) de Xihopi, parte da comunidade Yanomami, foram certificados como microscopistas.
"Meu sonho é que nossos jovens alunos estejam totalmente capacitados. Nossa luta tem sido para que os Yanomami sejam reconhecidos pela inteligência técnica que possuem", disse o líder indígena Yanomami, Dário Kopenawa. "Passei 15 anos lutando por eles", conta.
A capacitação dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) na prevenção de doenças é fundamental, pois, nos últimos anos, as doenças frequentes no território levaram a um alto índice de morbimortalidade entre as comunidades indígenas. A formação abordou tópicos como leitura de lâminas e diagnóstico de malária, além de orientações sobre o uso do microscópio.
A OIM forneceu cartilhas sobre a malária produzidas pelo Ministério da Saúde para uso no exame de avaliação do LACEN, garantindo a certificação no local para os membros da comunidade de Xihupi.
"Ter alguém da própria comunidade capacitado para examinar lâminas de malária e fazer o diagnóstico é o que pode ajudar os Yanomami a cuidarem de si mesmos", explica o médico da OIM, Luiz Otávio.
Segundo a psicóloga da OIM, Nicole Cruz, a partir do momento em que há um microscopista formado na comunidade, o combate à malária torna-se mais eficaz, pois o acesso ao diagnóstico é facilitado. Além dos módulos de formação técnica, a OIM organizou aulas de português e matemática para que os alunos pudessem fortalecer suas habilidades gerais como futuros microscopistas.
"Através desta formação, poderemos observar a doença e ajudar a nossa comunidade. Por isso, estou fazendo o curso de microscopista", explica Abraão, um dos alunos.
COVID-19 - Desde 2021, a OIM trabalha em estreita colaboração com o DSEI Yanomami do Ministério da Saúde, a Hutukara Associação Yanomami (HAY) e as comunidades indígenas para treiná-los sobre ferramentas de prevenção da malária e da COVID-19, desenvolvendo suas capacidades de responder a crises de saúde.
As atividades de prevenção à COVID-19 da OIM se estenderam às comunidades brasileiras ribeirinhas e indígenas de Roraima, Amazonas e Pará – áreas mais vulneráveis ao vírus.
Uma das medidas adotadas pelos Yanomami para evitar a disseminação da COVID-19 em suas comunidades foi reforçar o isolamento dos infectados. "Segundo membros da comunidade, para evitar que a doença afetasse os mais vulneráveis, como os idosos, os doentes ficaram nas partes mais isoladas da floresta", explica a psicóloga da OIM.
Módulos complementares de formação sobre prevenção da COVID-19 foram organizados para a comunidade com o objetivo de fornecer informações atualizadas sobre a atual pandemia de COVID-19, medidas de prevenção e opções de vacinação para a população – considerada um grupo de alto risco para COVID-19 devido ao seu afastamento e acesso desafiador aos serviços de saúde.
Com as mulheres da comunidade de Xihupi, a OIM também organizou sessões de saúde mental e apoio psicossocial para discutir o impacto da COVID-19 nos habitantes e como isso afetou sua dinâmica sócio relacional. Atividades adicionais foram realizadas para conscientizar as crianças sobre as medidas de prevenção de higiene.
De acordo com chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena Yanomami (DIASI), Pedro Galdino, o papel dos AIS é fundamental para proporcionar acesso aos serviços de saúde adequados aos povos indígenas. "A colaboração entre esses atores e a OIM é um passo importante para o estabelecimento dos cuidados primários no intrincado Território Indígena Yanomami", explica.
Próximas formações - Como parte de seu programa de saúde com as comunidades Yanomami, a OIM organizará novos módulos de formação para microscopistas, bem como formações de atualização para aqueles já formados.
A equipe continuará divulgando informações sobre prevenção da COVID-19 e distribuindo kits de higiene e mosquiteiros para fortalecer o combate da comunidade contra a COVID-19 e a malária, respectivamente.
Esses treinamentos fazem parte de uma estratégia mais ampla desenvolvida pelo Ministério da Saúde do Brasil, que busca apropriar-se de conhecimentos e recursos técnicos pertencentes à medicina ocidental, com total respeito à herança Yanomami, às terapias indígenas e outras práticas culturais.
Yanomamis - Localizada no coração da Amazônia, nos estados do Amazonas e Roraima, no Brasil, a Terra Indígena Yanomami cobre 9,6 milhões de hectares de floresta tropical.
Com mais de 26 mil habitantes em 250 comunidades e grupos isolados, a Terra Indígena Yanomami é considerada a maior reserva indígena do Brasil.
Devido à sua localização remota, as comunidades enfrentam desafios para acessar serviços de saúde, pois os profissionais da saúde precisam se deslocar por longas distâncias cada vez que precisam fornecer assistência médica a eles.
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História
03 junho 2022
Sobreviventes: os brasileiros que convivem com HIV
Cazu vive há muito tempo com HIV e o preconceito atrelado a isto: ele contraiu o vírus aos 16 anos e tornou pública sua sorologia para quebrar o estigma em torno do assunto. Aninha convive com HIV há mais de 20 anos e sobreviveu à COVID.
Cariocas, eles são os dois brasileiros entre 28 pessoas de diversas partes do mundo que participam da última edição do projeto Survivors (Sobreviventes), uma exposição fotográfica virtual que celebra a vida das pessoas que vivem com HIV.
A iniciativa é do UNAIDS em parceria com a Through Positive Eyes (Através de olhos positivos, na tradução livre). As histórias descrevem lutas, medos, esperanças e, acima de tudo, a coragem e a determinação de sobreviventes do HIV.
Cazu - Ele conta que ao assumir viver com HIV, conseguiu muitas coisas que nunca pensou serem possíveis, como reconhecimento público, papéis no cinema e no teatro. “Isto me deu forças para encorajar mais pessoas com HIV a tomarem a mesma posição: Vivo com HIV e não vou desistir dos meus objetivos. Se algo não estiver funcionando, posso mudá-lo e encontrar uma forma de avançar. Foi o que eu fiz”, relata.
Cazu decidiu tornar pública sua condição para quebrar o estigma de que pessoas com HIV são feias, improdutivas e devem viver isoladas ou tratadas como infelizes.
Pessoas que vivem com o HIV continuarão a ser quem eram antes do HIV, independentemente disso. As que eram boas pessoas continuarão a ser boas pessoas, e o mesmo vale para as que não eram. Independentemente de viverem ou não com o HIV, as pessoas continuam a ser seres humanos. Elas ainda têm sentimentos: amam, sofrem, choram e riem. O HIV não mudou fundamentalmente o meu jeito de viver
Cazu
Os desafios da pandemia também atingiram Cazu, que perdeu o emprego e pegou COVID-19 duas vezes. Ele deu a volta por cima: abriu uma microempresa para vender copos descartáveis.
“Sou autossuficiente e continuarei a viver a vida de forma positiva e a compartilhar experiências e conhecimentos com outras pessoas. Na verdade, comecei a viver mais depois do HIV. Porque o HIV não pode ser mais forte do que a vida.”
Aninha - Aninha vive com HIV há mais de 20 anos. Ela conta que o Sistema Único de Saúde (SUS) foi fundamental para garantir sua sobrevivência e o acesso a medicamentos que, no início, ela não queria tomar.
“O momento mais difícil da minha vida foi descobrir que eu estava grávida e que tinha HIV. Sofri durante meses. Até tentei fazer um aborto, mas o médico disse que não havia necessidade de um, já que eu estava muito doente, e que o bebê não iria sobreviver. Para minha surpresa e para surpresa de todas as pessoas, o bebê nasceu”, relata.
Aninha conta que o bebê nasceu doente, mas felizmente não tinha contraído HIV. “Foi a maior emoção que senti em toda a minha vida. Quero que o meu filho viva num mundo melhor”, resume.
Assintomática para COVID-19, ela acabou perdendo o marido para a doença há alguns meses. “Esta é a segunda vez que fico viúva por um vírus. Primeiro, pelo HIV, e o segundo, pela COVID. É uma experiência muito triste. Passar por duas pandemias, adquirir estes dois vírus mortais, e ainda estar viva me faz parecer que tenho alguma missão aqui”, afirma.
Aninha lembra que o fim da epidemia de AIDS é possível com ações simples, como informação e acesso aos cuidados em saúde.
Os antirretrovirais funcionam. Todas as pessoas devem ter direito a acessá-los. A prevenção é perfeitamente possível através do fornecimento de medicamentos adequados. Sem tratamento, a AIDS mata. O preconceito mata. Falta de interesse por parte das lideranças, mata.
Aninha
Projeto - O projeto Through Positive Eyes é organizado pelo fotógrafo Gideon Mendel, a Universidade da Califórnia (Los Angeles) e o Centro de Saúde Global e Arte. Lançado em 2007, já contou como 140 pessoas de 12 cidades do mundo vencem o estigma relacionado ao HIV/AIDS. A participação no projeto é voluntária e as pessoas são identificadas pelo primeiro nome para enfatizar sua acessibilidade e humanidade, mas também para proteger aquelas que vivem em lugares onde o estigma pode ser perigoso.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) UNAIDS é uma parceria inovadora que lidera e inspira o mundo a alcançar o acesso universal à prevenção, tratamento e apoio aos cuidados de pessoas com HIV/AIDS.
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História
16 maio 2022
Foto de tradição Pankararu é premiada na Suíça
Para saber se as condições climáticas irão favorecer a colheita anual, os indígenas Pankararu puxam um cipó. Numa espécie de cabo-de-guerra, os membros da comunidade localizada no sertão pernambucano dividem-se em dois times. Um deles puxa a cipó em direção ao leste e o outro para o oeste. É através desta disputa de forças que as entidades religiosas informam suas previsões aos Pankararu: se o cipó terminar no lado onde o sol nasce, no leste, o clima será próspero e a comunidade viverá um ano de abundância. Ultrapassar para o lado oeste significa pouca chuva e escassez.
Depois de assistir a uma série de previsões de seca, o estudante de mestrado Joanderson Gomes de Almeida, de 30 anos, passou a se perguntar o que ele e a sua comunidade poderiam fazer para que o cipó permanecesse no lado leste. Foi com esta inquietação e com um celular que ele fotografou a cerimônia do puxamento do cipó durante a tradicional festa do Flechamento do Imbu, uma comemoração indígena que marca o início da colheita.
“Essa tradição acontece só uma vez ao ano na comunidade, mas durante o nosso dia a dia, por que a gente não lembra dessa previsão? O que eu posso melhorar para que no próximo ano a gente possa ter um resultado de fartura e abundância? Esta é uma reflexão sobre os cuidados que a gente às vezes não tem com o meio ambiente no nosso cotidiano”, conta o estudante em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Quatro anos depois do click, a foto foi parar em uma exposição na sede da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), na Suíça. A imagem “Puxamento do Cipó” virou a metáfora perfeita para simbolizar o impacto das mudanças climáticas e, por este motivo, venceu o primeiro concurso de fotografia da OMPI voltado para jovens de comunidades tradicionais.
O prêmio entregue no Dia da Terra também contemplou jovens do Quênia e Filipinas. O anúncio dos vencedores foi feito no último dia 22 de abril e culminou com a exposição em Genebra. A intenção da Organização da ONU era estimular que os jovens de comunidades tradicionais expressassem criativamente o impacto das mudanças climáticas em suas regiões e, ao mesmo tempo, aprendessem a proteger seus trabalhos recorrendo aos direitos de propriedade intelectual. Para escolher os vencedores, entre mais de 30 imagens finalistas, foi convocado um painel independente de jurados constituído por quatro fotógrafos internacionais.
“Os jovens têm o maior interesse no futuro do nosso planeta e é por isso que estou satisfeito que o primeiro Prêmio de Fotografia da OMPI esteja oferecendo aos membros de comunidades indígenas e locais a oportunidade de se expressarem através da fotografia sobre a crise climática e outros desafios relacionados que estão enfrentando”, declarou o diretor-geral da OMPI, Daren Tang, durante a cerimônia de premiação.
Na oportunidade, ele também destacou como é estreita a relação das comunidades indígenas com o meio ambiente e seus recursos, sendo elas as primeiras a enfrentarem as consequências diretas da crise climática, como a perda da diversidade biológica e o aumento do nível dos oceanos. Ao parabenizar o indígena brasileiro pela conquista, o diretor-geral lembrou que o povo Pankararu tem uma forte vocação de preservar a natureza e as tradições. No entanto, eles também têm sido castigados por períodos sem chuva e seca, o que dificulta as atividades agrícolas tradicionais.
Conexão - Em Pernambuco, a comunidade Pankararu está estabelecida entre os municípios de Petrolândia, Jatobá e Tacaratu, distante cerca de dez quilômetros do rio São Francisco. Esta proximidade ajuda a explicar porque a água, mais do que um recurso essencial para a vida, também é considerada parte da constituição deste povo. “Existia uma ocupação tradicional desta terra narrada na própria cosmologia do povo Pankararu. As primeiras entidades, que chamamos de Encantados, eram pessoas normais que receberam o dom depois de entrarem na cachoeira do rio São Francisco. E hoje nós não temos acesso a água. Esta é uma reivindicação do povo Pankararu. A gente mora a menos de 10 quilômetros do rio São Francisco e não temos água”, explica Joanderson.
Em sua inscrição no concurso da OMPI, o estudante de mestrado defendeu que jovens indígenas ocupem espaços como estes e que novas soluções inovadoras sejam propostas a partir de parcerias com as comunidades locais. “Os indígenas têm uma forma tradicional de cultivo e manejo da terra, sem o viés mercantilista. Não vemos a terra como objeto de produção de capital, mas como uma forma de vida e subsistência. Ainda há muito o que se falar sobre clima e sobre povos indígenas para além desta visão marginal”, pontua. “Agradeço a OMPI pela iniciativa de criar esse concurso e por incentivar jovens indígenas e de comunidades tradicionais a participarem. Agora, com o prêmio, poderei registrar estes momentos com mais qualidade e profissionalismo”.
Como primeiro colocado, Joanderson ganhou da organização equipamento fotográfico profissional no valor de 3.500 dólares.
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História
06 maio 2022
Mãe reencontra filhas depois de quatro anos de separação
A venezuelana Yerika deixou a Venezuela em busca de oportunidades para uma nova vida com as três filhas. Ela chegou ao Brasil em Roraima mas a oportunidade de trabalho surgiu a 5 mil quilômetros de distância, em Pinhalzinho, no interior de Santa Catarina. A separação entre Yerika e as filhas Evelin, 13 anos, Camila, 10 anos, e Josemiht, 8 anos, foi inevitável.
Com a família dividida entre o norte e o sul do país, as meninas ficaram sob cuidados de um responsável, que procurou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o parceiro AVSI Brasil. As meninas foram encaminhadas para um abrigo do governo de Roraima destinado a crianças desacompanhadas.
O oficial de Proteção à Criança e ao Adolescente do UNICEF em Roraima, Tomás Tancredi, explica que o direito à convivência familiar e comunitária é prioridade. “O trabalho envolve busca ativa das famílias, avaliação psicossocial para identificar as possibilidades de reunificação junto à rede de proteção, apoio psicossocial continuado para estas crianças e, em alguns casos, apoio financeiro para a sustentabilidade da reunificação. A articulação com as redes de proteção e demais organizações que atuam na resposta humanitária, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), é fundamental para garantir a adaptação destas crianças em uma nova realidade”, explica.
O abrigo onde Evelin, Camila e Josemiht ficaram tem a estrutura de uma residência, similar ao ambiente de uma casa familiar, com atividades educacionais e apoio psicossocial. A gerente do abrigo da Secretaria de Estado de Trabalho e Bem-Estar Social, Luciana Oliveira da Silva, explica que a unidade tem parceria com organizações para buscar as famílias das crianças. “Apesar de estarem em um ambiente em que estão sendo cuidadas, não é o lar delas. Elas sentem falta, perguntam e ficam ansiosas para o reencontro”, relata.
Após o abrigamento no local, o UNICEF entrou em contato com a OIM para localizar a mãe e dar entrada do processo na estratégia de interiorização do governo federal, para que as irmãs pudessem viajar para junto de Yerika.
A análise documental foi o passo inicial na viagem, assim como o acompanhamento médico no Núcleo de Saúde da Operação Acolhida, resposta humanitária ao fluxo venezuelano, para verificação vacinal e testagem de COVID-19. Era dezembro de 2021 e os dias foram contados com ansiedade pelas meninas e pela mãe.
De acordo com o assistente de Proteção da OIM Luís Minchola, o reencontro representa o apoio dos atores que buscam a melhor solução em situações de crianças e adolescentes desacompanhadas dentro de um contexto migratório. “Todos estão envolvidos em levar oportunidades nos locais de destino: acesso às escolas, aos serviços de saúde e que tenham o convívio familiar garantido dentro de todos os preceitos de proteção à infância”, explica.
No dia 26 de dezembro, a equipe da OIM buscou Evelin, Camila e Josemiht no abrigo estadual e as levou para o Aeroporto Internacional de Boa Vista. Além da revisão documental pré-embarque, a OIM comprou as passagens aéreas e garantiu a presença de uma funcionária para acompanhar todo o trajeto, até que elas estivessem seguras com a mãe.
O REENCONTRO – Já era noite quando o abraço do reencontro finalmente aconteceu. Entre lágrimas, mãe e filhas correram para que estivessem juntas novamente. Na parede da casa nova, os cartazes improvisados com folhas de caderno estampavam os dizeres de “bem-vindas minhas princesas”, em espanhol. No sofá, os cochichos entre as quatro demonstravam que o tempo de separação não diminuiu em nada o afeto e a cumplicidade.
“Foi uma emoção tão grande, não sei nem explicar. Foi tanto tempo longe! É muito gratificante ter minhas filhas aqui do meu lado. Meu plano para o futuro é dar muito amor a elas. Estou muito emocionada e feliz.”
Yerika
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Notícias
30 junho 2022
UNICEF e Fundação Raízen ampliam programa de saúde mental para jovens
A Fundação Raízen e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) se unem para o fortalecimento e cuidado da saúde mental de adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. A instituição passa a apoiar a iniciativa “Pode Falar”, canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar criado pelo UNICEF. O projeto, que já conta com mais de 35 mil acessos, oferece escuta qualificada de profissionais de entidades e empresas especializadas na área, e funciona de forma anônima e gratuita.
Com a parceria, o canal expandirá seus horários de atendimento para auxiliar cada vez mais jovens, passando a acolher também alunos da Fundação Raízen, que atende a cada semestre mais de 1,3 mil jovens por todo o Brasil, por meio do Ativa Juventude – programa focado no desenvolvimento socioemocional de estudantes de escolas públicas que estão na transição para o ensino médio.
“Nosso objetivo é promover e consolidar cada vez mais iniciativas que visam ao desenvolvimento integral de crianças e jovens, impulsionando autonomia e protagonismo por meio de uma rede comprometida com o futuro”, explica Ricardo Mussa, presidente da Raízen, que recentemente também assumiu a presidência do Conselho de Administração da Fundação Raízen, fortalecendo ainda mais o compromisso da companhia com a agenda ESG (que em tradução livre do inglês para português significa meio ambiente, responsabilidade social e governança).
“Desta vez, nós fomos além, pois a parceria com o UNICEF, por meio do fortalecimento do Pode Falar, é uma forma inovadora de oferecer serviços de escuta acolhedora e cuidado com a saúde mental não só para adolescentes atendidos pela Fundação Raízen, como jovens de todo o país”, complementa Mussa.
O “Pode Falar” foi criado pelo UNICEF em parceria com organizações da sociedade civil, empresas com expertise em tecnologia e parceiros do setor privado durante a pandemia, em resposta ao aumento do número de casos de depressão, ansiedade e sentimentos negativos por adolescentes durante a crise.
Depressão - De acordo com resultados preliminares de uma pesquisa internacional com crianças e adultos em 21 países conduzida pelo UNICEF e o Gallup – que tem uma prévia apresentada no relatório Situação Mundial da Infância 2021 – em média, um em cada cinco adolescentes e jovens de 15 a 24 anos entrevistados (19%) disse que, muitas vezes, se sente deprimido ou tem pouco interesse em fazer coisas.
Uma enquete realizada pelo UNICEF, por meio do U-Report, em 2020, constatou que 72% dos respondentes sentiram necessidade de pedir ajuda em relação ao seu bem-estar físico e mental durante a quarentena, sendo que 41% não recorreu a ninguém. Além disso, 46% afirmaram sentir-se mais pessimistas e 80% experimentaram sentimentos negativos nos dias anteriores à pesquisa, tais como depressão, ansiedade e preocupação.
Pode falar - “A adolescência é um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de hábitos sociais e emocionais importantes para o bem-estar mental. Com o retorno à vida presencial, as demandas começaram a mudar de perfil, com um aumento de situações de vulnerabilidade social diversas como fator de impacto negativo sobre a saúde mental dos usuários”, explica a oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil, Gabriela Mora. “A internet e a tecnologia têm um papel fundamental na vida de meninas e meninos, e assim o Pode Falar usa isso para criar um espaço de escuta acolhedora, sem julgamento e anônima para esse público, em momentos de crise. Nele também é possível acessar materiais de apoio, informações e serviços”.
O canal “Pode Falar” conta com três seções. Na primeira, chamada “Quero me cuidar”, são disponibilizados materiais com orientação de autocuidado. Na segunda, “Quero me inspirar”, os jovens podem deixar depoimentos sobre como superaram situações difíceis. Já a seção “Quero falar” direciona o usuário para um atendimento individual via chat, feito por instituições que oferecem serviços de acolhimento e escuta ativa, como o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Fundação Raízen - A Fundação Raízen atua em linha com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e oferece educação de qualidade para crianças e jovens, promovendo oportunidades de aprendizagem. A Raízen, sua principal mantenedora, se comprometeu a levar os programas da Fundação Raízen para todos os seus territórios de atuação até 2030.
Atualmente, mais de 1,5 mil crianças e adolescentes são atendidos pela Fundação Raízen por meio dos programas Ativa Infância e Ativa Juventude, em 20 municípios espalhados pelo Brasil e, no último ano-safra (2021-2022), mais de 10 mil pessoas foram beneficiadas direta e indiretamente pelas ações da Instituição.
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30 junho 2022
Harvard e UNOPS realizam painel sobre gasto público no Brasil e México
O Laboratório de Performance Governamental da Harvard Kennedy School of Government e o Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS) organizam o painel conjunto de alto nível “Fomentando a Gestão Pública Justa e Equitativa por meio de Aquisições Estratégicas”.
O painel, que acontecerá na quinta-feira, 7 de julho, visa convocar líderes latino-americanos para um diálogo sobre os esforços dos governos locais para alcançar gastos públicos mais eficientes e efetivos e, assim, contribuir para melhores níveis de governança e desenvolvimento de seus países. O painel tem duração de uma hora, iniciando 12h (horário de Brasília).
O evento contará com a participação de representantes do Ministério da Economia do Brasil e do Governo da Cidade do México, que compartilharão as melhores experiências e práticas na implementação da Gestão Pública Justa e Equitativa, particularmente nas estratégias de compras implementadas nas políticas públicas.
O evento será transmitido ao vivo pela ONU Brasil e pela ONU México, em inglês, espanhol e português
Autoridades - Participarão do painel: Andres Lajous, secretário de Mobilidade da Cidade do México; Renato Fenili, secretário Adjunto de Gestão do Ministério da Economia do Brasil; Kate Mertz, diretora assistente do Laboratório de Desempenho Governamental da Harvard Kennedy School; Shylah Duchicela, pesquisadora de Inovação no Laboratório de Desempenho Governamental da Harvard Kennedy School; Fabrizio Feliciani, diretor do UNOPS para a América Latina e o Caribe e Giuseppe Mancinelli, director adjunto do UNOPS para América Latina e Caribe.
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30 junho 2022
OIT adota novas diretrizes sobre riscos biológicos no trabalho
Especialistas de governos e organizações de empregadores e trabalhadores reunidos na Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotaram diretrizes para enfrentar riscos biológicos no ambiente de trabalho.
A reunião de cinco dias, que ocorreu em Genebra de 20 a 24 de junho de 2022, discutiu as implicações da exposição a riscos biológicos nos locais de trabalho e a melhor forma de formular políticas e medidas nacionais e no local de trabalho para prevenir e mitigar problemas de saúde relacionados.
Definiu-se como risco biológico qualquer microrganismo, célula ou outro material orgânico que possa ser de origem vegetal, animal ou humana, incluindo qualquer que tenha sido geneticamente modificado e que possa causar danos à saúde humana. Isso pode incluir, mas não está limitado a bactérias, vírus, parasitas, fungos, príons, materiais de DNA, fluidos corporais e outros microrganismos e seus alérgenos e toxinas associados.
As diretrizes tripartites adotadas nesta reunião são as primeiras para esse tipo de risco. Elas fornecem orientação específica, alinhada às normas internacionais do trabalho, sobre prevenção e controle de lesões, doenças e mortes relacionadas ao trabalho referentes à exposição a riscos biológicos no ambiente de trabalho. Isso inclui questões relacionadas às responsabilidades e aos direitos das autoridades competentes, empregadores, serviços de saúde ocupacional e trabalhadores(as), gestão de riscos no local de trabalho, vigilância da saúde dos(as) trabalhadores(as) e preparação e resposta a emergências.
Ameaça - Os riscos biológicos infecciosos e não infecciosos podem ser uma ameaça significativa à saúde em vários setores e locais de trabalho em todo o mundo. Por exemplo, estima-se que apenas as doenças transmissíveis tenham causado 310 mil mortes relacionadas ao trabalho em todo o mundo em 2021, 120 mil das quais devido à COVID-19.
A criação das diretrizes segue uma decisão da 331ª sessão do Conselho de Administração, de 2017, por sugestão do Grupo de Trabalho Tripartite do Mecanismo de Revisão de Normas. A decisão de realizar a reunião de especialistas foi tomada na 343ª sessão do Conselho de Administração, em maio de 2022.
As 112ª e 113ª sessões da Conferência Internacional do Trabalho, em 2024 e 2025, deverão discutir uma nova norma sobre riscos biológicos, como parte da revisão do quadro normativo de segurança e saúde no trabalho da OIT.
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30 junho 2022
UNAIDS defende mais investimento na resposta global ao HIV/AIDS
Realizada entre 21 e 24 de junho, a 50ª reunião da Junta de Coordenação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), também conhecida como PCB, na sigla inglesa, chegou ao fim destacando a necessidade de aumentar os investimentos na resposta global à doença.
As reduções no financiamento nesta área, ressaltaram os presentes, continuam a limitar o progresso em áreas-chave para controlar a pandemia de HIV, afetando especialmente grupos vulneráveis. No final de 2020, por exemplo, apenas 21,5 bilhões de dólares estavam disponíveis para a resposta ao HIV em países de baixa e média renda – muito abaixo dos 29 bilhões de dólares necessários até 2025 para acabar com a pandemia de AIDS como uma ameaça global à saúde até 2030.
Da mesma forma, a capacidade de ação do UNAIDS foi limitada pelo subfinanciamento do Orçamento Unificado, Resultados e Quadro de Responsabilização (UBRAF). Para alcançar progresso, salvar vidas e garantir que as pessoas que vivem com e em risco de contrair o HIV tenham acesso aos serviços e recursos de que necessitam, apontaram os participantes da reunião do PCB, a resposta global à AIDS deve ser financiada de forma plena.
Na sua fala de abertura da reunião, a diretora executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima, mostrou como a resposta à AIDS está sob grande tensão devido aos novos desafios causados pela pandemia da COVID-19, a guerra na Ucrânia e a crise econômica global. Ela afirmou estar confiante que a Estratégia Global da AIDS 2021-2026, que se concentra em acabar com as desigualdades que impulsionam a pandemia, pode superar estas crises se tiver todos os recursos necessários.
Cenário alarmante - O PCB tomou conhecimento da diminuição de recursos do UNAIDS e do ambiente desafiador de mobilização destes recursos e pediu aos governos doadores que liberem suas contribuições para o quadrênio 2022-2026 do UBRAF com antecedência, façam contribuições plurianuais e considerem fortemente o aumento de suas contribuições para viabilizar uma resposta decisiva do UNAIDS à Estratégia Global da AIDS.
O PCB solicitou a rápida criação de um grupo de trabalho informal inclusivo reunindo representantes do PCB e pessoas observadoras, co-patrocinadoras, lideranças de ONGs representadas no PCB e outras partes interessadas para fornecer opções para resolver a crise de financiamento imediata para o biênio 2022-2023 e relatar ao escritório do PCB, até final de julho de 2022, sobre os resultados e recomendações dessas discussões.
Em antecipação ao próximo Diálogo de Financiamento Estruturado do UNAIDS, foi indicado que o escritório do PCB utilize a equipe informal multissetorial para desenvolver recomendações sobre financiamento sustentável de base voluntária da UBRAF, a serem apresentadas e discutidas no próximo encontro do PCB, que acontece em dezembro de 2022.
Promessas - Durante a reunião, houve promessas de aumento de financiamento para o UNAIDS. O Reino Unido anunciou um aumento em seu financiamento para oito milhões de libras em 2022, valor maior que os 2,5 milhões de libras em 2021. Com isso, o país enfatizou a importância de financiamento suficiente, previsível e oportuno para permitir que o UNAIDS cumpra seu mandato.
Além disso, a Alemanha aumentará sua contribuição para seis milhões de euros, valor maior que os cinco milhões previstos anteriormente, em reconhecimento ao UNAIDS por seu trabalho para ajudar a manter o HIV e outros serviços de saúde em situações de conflito em todo o mundo, inclusive na Ucrânia e em países vizinhos.
Os membros também reconheceram a importante contribuição dos Estados Unidos de cinco milhões de dólares adicionais para o trabalho do UNAIDS, elevando sua contribuição para 50 milhões de dólares.
Trabalho vital - Em seus comentários ao PCB, o diretor executivo do Fundo Global, Peter Sands, enfatizou a importância da 7ª reunião de alocação de fundos do Fundo Global a ser realizada nos Estados Unidos em setembro, que visa atingir uma meta de 18 bilhões de dólares para continuar o trabalho da organização. Sands também pediu que o UNAIDS tivesse as suas atividades 100% financiadas.
“Financiar toda a resposta à AIDS até 2030 significa financiar totalmente todas as parcerias firmadas”, disse. “A presença do UNAIDS em nível nacional apoia todo o desenvolvimento e implementação de subsídios, assegurando que as propostas dos países para os programas do Fundo Global sejam bem projetadas com base na ciência, fornecendo dados vitais em tempo real e ajudando os governos a fazer mudanças fundamentais que possibilitem mudanças nas políticas e programas e resolvam dificuldades. É vital para assegurar que o trabalho do Fundo Global seja bem sucedido. Para nos capacitar, nos financiar e ao UNAIDS, de forma integral.”
Em sua primeira aparição pública desde que foi confirmado em seu cargo pelo Senado dos Estados Unidos em maio, o coordenador global da AIDS dos EUA e representante especial para Diplomacia Global de Saúde, John Nkengasong disse que era fundamental que tanto o Fundo Global quanto o UNAIDS fossem totalmente financiados para assegurar mais progresso contra a pandemia do HIV.
“O Fundo Global é essencial. O UNAIDS é essencial. Estas instituições são tão importantes umas para as outras, quanto para os países que elas apoiam.”
Situação atual - Winnie Byanyima também atualizou o PCB sobre as ações tomadas em três iniciativas estratégicas globais: Education Plus (Mais Educação, em tradução livre para o português), a Aliança para Eliminar o HIV em Crianças e as metas 10-10-10 da Declaração Política.
Voltando sua atenção para a guerra na Ucrânia, ela disse que o UNAIDS trabalhou em estreita colaboração com o governo ucraniano, comunidades, sociedade civil e parcerias, incluindo o Plano de Emergência do presidente dos Estados Unidos para Alívio da AIDS PEPFAR, na sigla inglesa) e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária para garantir que um número suficiente de medicamentos antirretrovirais chegassem à população ucraniana dentro e fora do país.
Byanyima disse que o progresso científico na resposta à AIDS tem o potencial de salvar mais vidas se as desigualdades no acesso forem superadas.
“Desenvolvimentos científicos recentes, como as tecnologias para o HIV de ação prolongada, possuem grande potencial. O UNAIDS está construindo alianças sobre o acesso a medicações injetáveis de longa duração e está se envolvendo ativamente com copatrocinadores, cientistas, o setor privado e a sociedade civil para levar isto adiante”, ressaltou a diretora executiva do UNAIDS.
Desafios pela frente - Byanyima também destacou, entretanto, que a recente reunião da Organização Mundial do Comércio sobre a suspensão temporária do Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS, na sigla inglesa) relacionados aos medicamentos para o HIV não gerou o progresso esperado.
“As regras globais de comércio e propriedade intelectual continuam a permitir que empresas com fins lucrativos estabeleçam políticas de saúde pública durante emergências de saúde global. E elas estão escolhendo lucros em vez de salvar vidas”, declarou.
A reunião do PCB foi presidida pela Tailândia, com a Alemanha atuando como vice-presidente e o Quênia como país. O relatório ao Conselho pela diretora executiva do UNAIDS, os relatórios para cada item da agenda e as decisões do PCB podem ser encontrados na 50ª reunião do PCB.
Os membros do conselho concordaram que a 51ª reunião do PCB, em dezembro de 2022, será realizada em Bangkok, na Tailândia.
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29 junho 2022
ACNUR e parceiros inauguram bibliotecas para crianças refugiadas
Em pleno Dia Mundial do Refugiado, comemorado globalmente no dia 20 de junho, duas bibliotecas com obras infantojuvenis foram inauguradas em localidades que acolhem crianças refugiadas e migrantes em São Paulo. A iniciativa integra o projeto Mi Casa, Tu Casa (Minha Casa, Sua Casa), gerida pelo jornal Joca, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e com a organização não-governamental Hands On Human Rights.
Na zona leste de São Paulo, no bairro da Penha, uma das bibliotecas foi instalada no centro de acolhida Caemi-Palotinas, equipamento municipal destinado preferencialmente para a acolhida de mulheres refugiadas e imigrantes com ou sem filhos.
A biblioteca foi montada em um amplo espaço de convivência da instituição, contando com quatro mil livros de diferentes idiomas, como português, inglês e espanhol, condizente com o perfil das mulheres e crianças acolhidas neste espaço. Sete voluntários, sendo seis do colégio Porto Seguro Morumbi e um da Escola Suíça, atuaram por cerca de 20 horas de trabalho para estruturar a biblioteca.
Já na zona sul da capital, no bairro Jardim Colonial, outra biblioteca foi instalada no centro de acolhida Aldeias Infantis SOS Brasil, organização parceira do ACNUR que trabalha com a acolhida e integração local de famílias venezuelanas vindas por meio do programa de interiorização do governo federal.
A biblioteca foi possível graças ao comprometimento de alunos do segundo e terceiro anos do ensino médio do colégio Magno, que montaram uma comissão para gerir o projeto. Ao longo de um mês, os estudantes arrecadaram 600 livros e cerca de 200 cartas foram escritas pelos alunos do colégio em solidariedade às pessoas refugiadas.
Acolhimento - “O projeto Mi Casa, Tu Casa é um exemplo do compromisso assumido por pessoas e instituições que verdadeiramente contribuem para o processo de acolhida e integração de jovens e adultos de diferentes nacionalidades que chegam ao Brasil em busca de proteção e da garantia de seus direitos. A parceria do ACNUR com o jornal Joca e com a organização Hands On Human Rights reflete nosso alinhamento comum de trabalharmos para melhor acolher as crianças refugiadas e imigrantes, sendo a literatura um meio transformador para atingirmos esse objetivo”, destacou o representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.
Além da doação de livros de variados assuntos, idiomas e formatos, o projeto também leva cartas de apoio a crianças e adolescentes que estão abrigados nos centros de acolhida parceiros. Trata-se de mais um meio caloroso de recepcionar crianças que tiveram que deixar seus locais de origem e contam com o apoio de jovens brasileiros para facilitar o processo de se sentirem em casa no Brasil.
Informações adicionais sobre o projeto, contemplando formas de apoiar e atualizações das bibliotecas já instaladas no país estão disponíveis no site do Jornal Joca. Nesta mesma semana de comemorações em torno do Dia Mundial do Refugiado, a publicação produziu mais um conteúdo em suas páginas sobre a realidade de crianças refugiadas no Brasil, entrevistando dois jovens: uma garota venezuelana e um rapaz da República Democrática do Congo.
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