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OPAS e Ministério da Saúde realizam treinamento para intensificar a vigilância laboratorial de sarampo e pólio no Brasil

30 novembro 2020

  • A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em articulação com o Ministério da Saúde do Brasil, finalizou nesta sexta-feira (27) um treinamento para apoiadores regionais de vigilância laboratorial de sarampo e poliomielite. Cinco novos profissionais, um para cada região do país irão fortalecer o sistema nacional de vigilância laboratorial dessas duas doenças. Eles atuarão junto aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) na implementação de planos de resposta efetivos à re-emergência do sarampo e da manutenção da eliminação da pólio.
  • A capacitação foi financiada pela OPAS, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e pelo Rotary Club. Durante o treinamento, foram ministradas aulas expositivas sobre sarampo e poliomielite, incluindo questões clínicas, epidemiológicas, laboratoriais, de vigilância e imunização.
OPAS e Ministério da Saúde realizam treinamento para intensificar a vigilância laboratorial de sarampo e pólio no Brasil
Legenda: Treinamento vai fortalecer o sistema nacional de vigilância laboratorial para o sarampo e pólio.
Foto: © OPAS

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em articulação com o Ministério da Saúde do Brasil, finalizou nesta sexta-feira (27) um treinamento para apoiadores regionais de vigilância laboratorial de sarampo e poliomielite. Cinco novos profissionais, um para cada região do país (norte, nordeste, centro-Oeste, sudeste e sul), foram contratados pelo ministério, por intermédio da OPAS, para fortalecer o sistema nacional de vigilância laboratorial dessas duas doenças. Eles atuarão junto aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) na implementação de planos de resposta efetivos à re-emergência do sarampo e da manutenção da eliminação da pólio.

A capacitação foi financiada pela OPAS, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e pelo Rotary Club. Durante o treinamento, foram ministradas aulas expositivas sobre sarampo e poliomielite, incluindo questões clínicas, epidemiológicas, laboratoriais, de vigilância e imunização. Além disso, foram elaborados materiais e métodos para realização de diagnóstico situacional nos LACENs de todo o país; planejamento e cronograma das atividades a serem realizadas; e feita visita técnica ao LACEN do Distrito Federal.

A coordenadora de Família, Gênero e Curso de Vida do escritório da OPAS e da OMS no Brasil, Lely Guzmán, destacou a importância da ação. “A questão laboratorial é fundamental para o diagnóstico das doenças de interesse em saúde pública, em especial para as doenças em eliminação como o sarampo e a poliomielite, em que há compromissos internacionais. O diagnóstico laboratorial oportuno é fundamental para conhecermos a distribuição da doença na população e desencadear as ações de prevenção e controle o mais rápido possível para controlar os surtos”, informou.

Entre os objetivos do grupo está apoiar as ações de capacitação, supervisão e monitoramento do Plano de Ação de Estruturação da Vigilância Laboratorial do Sarampo no Brasil, para o controle do surto da doença no país durante o contexto da pandemia da COVID-19 e, ainda, desenvolver ações estratégicas com o intuito de aumentar a adesão dos LACENS ao inquérito nacional de poliovírus, a fim de melhorar os indicadores de desempenho do país. 

As vacinas salvam milhões de pessoas no mundo todos os anos. A OMS estima que, anualmente, 2 a 3 milhões de óbitos são evitados pela imunização. Atualmente, mais de 20 doenças infectocontagiosas podem ser prevenidas por vacina, a exemplo do sarampo, da caxumba, da rubéola, da poliomielite, entre outras.

O sarampo foi considerado eliminado das Américas em 2016. Entretanto, devido a casos importados de outros países e a baixas coberturas vacinais, a doença voltou a circular na Venezuela, em 2017, e no Brasil, em 2018.

A poliomielite, atualmente, encontra-se eliminada na maioria das regiões do mundo, sendo que o vírus selvagem do tipo 1 circula apenas em dois países (Afeganistão e Paquistão) e os tipos 2 e 3 foram globalmente erradicados. Apesar dessa conquista mundial, a circulação dos poliovírus selvagem (tipo 1) e derivados de vacinas (tipos 1 e 3) em alguns países e as baixas coberturas vacinais contra a poliomielite associadas a outros indicadores (laboratoriais, epidemiológicos e socioeconômicos), permitem classificar o Brasil atualmente como de risco médio de reintrodução da poliomielite. Manter as coberturas de vacinação altas é a medida mais eficiente e custo-efetiva para manter o país livre dessa doença.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OPAS/OMS
Organização Pan-Americana da Saúde
OMS
Organização Mundial da Saúde

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa