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ACNUR distribuiu mais de 300 milhões de dólares para refugiados em todo o mundo

31 dezembro 2020

  • Por 70 anos, a Agência da ONU para Refugiados, o ACNUR, trabalha para proteger as pessoas que foram forçadas a deixar suas casas.
  • O coronavírus não discrimina, mas afeta desproporcionalmente as pessoas mais vulneráveis do mundo, em especial as forçadas a fugir.
  • Com o apoio de doadores, em 2020 o ACNUR comprou equipamentos médicos, distribuiu recursos e possibilitou o acesso a serviços de proteção.
Legenda: Foto: ACNUR

Por 70 anos, a Agência da ONU para Refugiados, o ACNUR, trabalha para proteger as pessoas que foram forçadas a deixar suas casas. No entanto, apesar de décadas de experiência, a emergência do coronavírus foi diferente de tudo que já havia sido visto até aqui. 

O coronavírus não discrimina, mas afeta desproporcionalmente as pessoas mais vulneráveis do mundo, em especial as forçadas a fugir de casa. Muitas não têm a oportunidade de proteger suas famílias do vírus por meio do distanciamento social ou do acesso a água potável e sabão.

Embora a COVID-19 tenha dominado as notícias em todo o mundo, os conflitos, as perseguições e os desastres ambientais não pararam. As pessoas ainda são forçadas a abandonar suas casas, num ritmo crescente. Atualmente, estima-se que 80 milhões de pessoas estão deslocadas e prevê-se que um número recorde de 97,3 milhões de pessoas necessitarão de assistência em 2021.

Com o apoio de doadores, o ACNUR deu uma resposta aos desafios colocados: 

  • 118,7 milhões de dólares em equipamentos de proteção individual e itens médicos foram adquiridos, incluindo mais de 42 milhões de máscaras
  • Quase 4 milhões de pessoas acessaram os serviços essenciais de saúde, incluindo 265 mil pessoas que receberam apoio relativo a saúde mental e apoio psicossocial em 68 países e 468 mil mulheres e meninas que acessaram serviços de saúde sexual e reprodutiva em 46 países
  • Mais de 9,3 milhões de pessoas acessaram serviços de proteção
  • 3 milhões de pessoas se beneficiaram da assistência em dinheiro, totalizando quase 339 milhões de dólares
  • 744 mil crianças receberam apoio com ensino à distância/em casa
  • Mais de 42 milhões de barras de sabão foram distribuídas

Colômbia - Existem cerca de 1,8 milhão de venezuelanos deslocados hospedados na Colômbia. Eles são hoje o segundo maior grupo de deslocados internacionais do mundo – 5,4 milhões de pessoas. É provável que o número de pessoas em extrema necessidade cresça dramaticamente em 2021, uma vez que as restrições relacionadas à COVID-19 sejam atenuadas. A assistência em dinheiro será mais importante do que nunca para garantir que as necessidades básicas, como alimentos e medicamentos, sejam acessíveis para os venezuelanos nos países que os recebem, incluindo a Colômbia. Para responder à pandemia de COVID-19 na Colômbia, o ACNUR:

  • Trabalhou em conjunto com o governo para adaptar o registro de novos pedidos de asilo remotamente durante a pandemia. A Colômbia registrou remotamente cerca de 52 mil pessoas, garantindo que elas tenham acesso a serviços essenciais.
  • Prestou assistência a mais de 20 mil refugiados venezuelanos, repatriados colombianos e deslocados internos por meio de linhas de apoio.
  • Forneceu às autoridades 187 unidades de alojamento para refugiados e 113 tendas para estabelecer áreas de isolamento em locais de deslocados internos e hospitais de campanha em todo o país.

Iêmen - O Iêmen ainda está sofrendo com a pior crise humanitária do mundo. Neste ano, mais de 24 milhões de pessoas dependiam de assistência devido aos combates persistentes, insegurança socioeconômica e fortes chuvas e inundações. Cerca de 3,7 milhões de pessoas foram registradas como deslocadas internas desde o início do conflito, em 2015. Apenas metade das unidades de saúde do país estão funcionando devido ao conflito, e a insegurança alimentar está aumentando novamente, especialmente para as pessoas deslocadas.

Em 2021, as necessidades permanecerão. O ACNUR se concentrará na entrega de ajuda humanitária a deslocados internos, retornados e comunidades locais afetadas. Para responder à COVID-19 no Iêmen, o ACNUR:

  • Prestou assistência em dinheiro a mais de 900 mil iemenitas deslocados e suas comunidades anfitriãs. À medida que a fome se aproxima e a desnutrição aumenta, o dinheiro recebido representa salvação para muitos.
  • Distribuiu sabão e detergente para todos os 9 mil residentes do campo de refugiados de Kharaz, na província de Lahj, junto com uma organização parceira.
  • Criou uma rede nacional de 280 alfaiates refugiados e deslocados internos para produzir máscaras faciais reutilizáveis.

Quênia - Há quase meio milhão de refugiados e solicitantes de asilo no Quênia. Mais de 80% deles vivem em campos onde a COVID-19 apresenta desafios significativos devido à densidade populacional. Na região mais ampla do Leste e Chifre da África, as medidas de resposta à COVID-19 foram priorizadas e a assistência em dinheiro foi significativamente expandida em 2020. Em outubro de 2020, 615 mil refugiados na região haviam recebido assistência em dinheiro – 180 mil deles especificamente por causa de perdas de meios de subsistência. Para responder à COVID-19 no Quênia, o ACNUR: 

  • Distribuiu máscaras a grupos vulneráveis ​​de refugiados e seus familiares.
  • Em resposta ao aumento da violência sexual e de gênero durante a pandemia, fortaleceu linhas de apoio em vários idiomas 24 horas por dia, 7 dias por semana – pontos de entrada essenciais para sobreviventes da violência de gênero
  • Transmitiu aulas para os alunos por meio de estações de rádio comunitárias em campos de refugiados quando as escolas foram fechadas. Os professores refugiados mantêm contato com os alunos por meio do WhatsApp, fornecendo aulas gravadas e compartilhando conteúdo.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa