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UNICEF pede US$ 1 bilhão para socorrer mais de 10 milhões de crianças em países que passam por crises humanitárias

31 dezembro 2020

  • O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) informou que 10,4 milhões de crianças estão em risco em países e regiões que passam por crises humanitárias, como República Democrática do Congo, Nigéria e Iêmen. 
  • Apesar das barreiras impostas pela pandemia, o UNICEF e agências parceiras continuam entregando assistência nas áreas afetadas. 
  • Para atender os programas atuais e assistir os menores no próximo ano nessas áreas, o Fundo está pedindo mais de US$ 1 bilhão a seus doadores.
República Democrática do Congo atravessa uma das maiores crises alimentares do mundo
Legenda: República Democrática do Congo atravessa uma das maiores crises alimentares do mundo
Foto: © Rocco Nuri/ACNUR

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) informou que 10,4 milhões de crianças estão em risco em países e regiões que passam por crises humanitárias, como República Democrática do Congo, nordeste da Nigéria, região central do Sahel, Sudão do Sul e Iêmen. 

Apesar das barreiras impostas pela pandemia, o UNICEF e agências parceiras continuam entregando assistência nas áreas afetadas. Para atender os programas atuais e assistir os menores no próximo ano nessas áreas, o Fundo está pedindo mais de US$ 1 bilhão a seus doadores.

Somente na República Democrática do Congo, um total de 3,3 milhões de crianças abaixo de cinco anos vão experimentar má nutrição aguda em 2021, incluindo 1 milhão que poderão sofrer má nutrição severa. O quadro se deve às consequências socioeconômicas da pandemia e ao acesso limitado de serviços essenciais para crianças e famílias carentes.

Já no nordeste da Nigéria, área marcada por combates e violência provocada pelo movimento terrorista islâmico Boko Haram e outros grupos armados, mais de 800 mil crianças devem ficar subnutridas no próximo ano - deste total, 300 mil sofrerão má nutrição aguda de forma severa e correm risco de morte.

No Sudão do Sul, os dados indicam que 60% da população do país podem enfrentar insegurança alimentar severa no próximo ano, incluindo 1,4 milhão de crianças, o número mais alto desde 2013. 

Na região central do Sahel, incluindo Burkina Fasso, Mali e Níger, o aumento dos conflitos, o movimento de deslocados internos e os choques climáticos enfrentados pelos países devem colocar 5,4 milhões de pessoas numa situação grave de insegurança alimentar. Se comparado à média de cinco anos, o problema cresceu 167% em Burkina Fasso, quase um terço no Mali e 39% no Níger.

No país com a maior crise humanitária do mundo, o Iêmen, mais de 2 milhões de crianças menores de cinco anos estão sofrendo com má nutrição aguda e 358 mil de forma severa. Mas este número pode subir: em 133 distritos do sul do país, onde vivem mais de 1,4 milhão de crianças iemenitas, as taxas de má nutrição aguda foram 10% maior entre janeiro e outubro deste ano.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNICEF
Fundo das Nações Unidas para a Infância

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa