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UNAIDS parabeniza inclusão de todas as pessoas que vivem com HIV/AIDS no grupo prioritário de vacinação contra COVID-19

05 abril 2021

  • O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) saudou a decisão do Ministério da Saúde de incluir todas as pessoas adultas entre 18 e 59 anos que vivem com HIV/AIDS como grupo prioritário para o Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a COVID-19.
  • A decisão foi publicada pelo governo federal no dia 30 de março.
  • As pessoas foram incluídas no grupo de comorbidades, ou seja, doenças que favorecem o agravamento da COVID-19.
Vacina contra COVID-19 utilizada em Brasília
Legenda: Vacina contra COVID-19 utilizada em Brasília
Foto: © Joel Rodrigues/Agência Brasília

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) saudou a decisão do Ministério da Saúde de incluir todas as pessoas adultas entre 18 e 59 anos que vivem com HIV/AIDS como grupo prioritário para o Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a COVID-19. A decisão foi publicada pelo governo federal no dia 30 de março.

Antes dessa atualização, o Programa incluía nos grupos prioritários apenas as pessoas que vivem com HIV e que registravam a contagem menor que 350 de linfócitos T CD4+ (que têm o papel importante de estabelecer e maximizar as capacidades de defesa do sistema imunológico). Com a decisão, todas as pessoas que vivem com HIV/AIDS com idade entre 18 e 59 anos foram incluídas no grupo de pessoas com comorbidades (doenças que favorecem o agravamento da COVID-19).

Antes deste grupo estão pessoas com deficiência institucionalizada, povos indígenas vivendo em terras indígenas, trabalhadores da saúde, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, povos e comunidades tradicionais quilombolas e grupos de idosos acima de 60 anos. Pessoas que vivem com HIV/AIDS e tem mais de 59 anos não foram incluídas nesse grupo por já estarem contempladas na lista de prioridade por idade.

Para o UNAIDS Brasil, a inclusão das pessoas que vivem com HIV/AIDS entre os grupos prioritários é uma decisão muito significativa tanto para a resposta à pandemia de COVID-19 quanto para a de AIDS.

“Apesar de o Brasil oferecer acesso universal a prevenção, tratamento e cuidados para HIV, muitas pessoas que vivem com HIV/AIDS continuam sendo empurradas à margem da sociedade pelas inúmeras vulnerabilidades que acumulam, em especial pelo estigma e a discriminação”, disse Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS no Brasil. “Com a COVID-19, muitas delas perderam empregos, moradia e a possibilidade de se alimentarem. Priorizar as pessoas que vivem com HIV para a vacinação é uma forma de protegê-las e de proteger o progresso acumulado até agora na resposta ao HIV”, afirma a dirigente. 

Na nota, o Ministério da Saúde afirma que a atualização busca “reduzir o impacto da pandemia nesse grupo, especialmente em relação ao risco de hospitalização e óbito”. 

As vacinas contra a COVID-19 são seguras para a maioria da população, incluindo as pessoas que vivem com o HIV. Portanto, não existe nenhuma razão para que as pessoas que vivem com HIV recusem a oferta da vacinação quando ela estiver disponível. Em documento publicado recentemente, o UNAIDS reforça a importância e os benefícios da vacinação e pede que as pessoas que vivem com HIV mantenham sua adesão à terapia antirretroviral eficaz. “Até mesmo depois da vacinação, as pessoas que vivem com HIV devem seguir respeitando as medidas de prevenção para que se protejam do Sars-Cov-2 e protejam as pessoas ao seu redor”, diz o documento.

Vacinação - As pessoas que vivem com HIV e AIDS terão os dados incluídos de forma automática no pré-cadastro do Conecte-SUS, aplicativo no Ministério da Saúde para que a população gerencie consultas, exames, medicamentos e vacinas. Também será possível comprovar que faz parte do grupo prioritário apresentando exames, receitas de antirretrovirais ou relatórios médicos.

COVID-19 - Em entrevista recente concedida à CNN Brasil, Marlova Noleto, coordenadora residente a.i. do Sistema Nações Unidas no Brasil, informou que as Nações Unidas estão trabalhando de forma conjunta com o governo federal, estados, municípios e setor privado e destacou que as medidas restritivas precisam ser respeitadas. Nesta quarta-feira, a ONU Brasil lançou uma campanha que destaca importância de medidas de prevenção à COVID-19 durante feriados.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNAIDS
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA

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