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Para OMS, benefícios da vacina AstraZeneca superam riscos de trombose

08 abril 2021

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Europeia de Medicamentos afirmaram, nesta quarta-feira (7), que a vacina AstraZeneca/Oxford contra a COVID-19 traz mais benefícios que riscos para a saúde.
  • A declaração ocorre após relatos de que a vacina produziria coágulos sanguíneos e casos de trombose em alguns pacientes.
OMS afirma que a vacina AstraZeneca COVID-19 traz mais benefícios que riscos para a saúde.
Legenda: OMS afirma que a vacina AstraZeneca COVID-19 traz mais benefícios que riscos para a saúde.
Foto: © Chiara Luxardo/OMS/Blink Media

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Europeia de Medicamentos afirmaram, nesta quarta-feira (7), que a vacina AstraZeneca/Oxford contra a COVID-19 traz mais benefícios que riscos para a saúde.

A declaração ocorre após relatos de que a vacina produziria coágulos sanguíneos e casos de trombose em alguns pacientes.

De acordo com a OMS, recentes relatos de suspensão do embarque de doses da vacina, fabricadas na Índia, como parte do mecanismo COVAX, podem afetar países como Nicarágua, Bolívia, Haiti e Costa Rica.

O parecer do subcomitê do Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da OMS (GACVS) traz uma revisão das informações mais recentes da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), o Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês), e outros países. A EMA concluiu que coágulos de sangue incomuns com plaquetas baixas devem ser listados como efeitos colaterais muito raros da vacina AstraZeneca, enquanto a MHRA disse que a evidência de uma ligação “é mais forte, mas ainda é necessário mais trabalho”. O Reino Unido anunciou que oferecerá uma injeção alternativa para pessoas com menos de 30 anos.

“Com base nas informações atuais, uma relação causal entre a vacina e a ocorrência de coágulos sanguíneos com plaquetas baixas é considerada plausível, mas não foi confirmada. São necessários estudos especializados para compreender totalmente a relação potencial entre a vacinação e os possíveis fatores de risco”, disse o subcomitê da OMS em um comunicado provisório.

“A administração de vacinas é baseada em uma análise de risco versus benefício”, disse o subcomitê.

O gerente de incidentes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Sylvain Aldighieri, explicou em uma coletiva de imprensa que a avaliação da OMS indica que ocorreram 62 casos raros de distúrbios de coagulação, coagulação intravascular disseminada ou trombose. Foram apenas 62 casos em mais de 30 milhões de doses administradas na Europa.

O gerente de incidentes da OPAS recomendou um monitoramento estrito da segurança de todas as vacinas e a notificação e investigação de todos os eventos adversos.

Região das Américas

A Costa Rica recebeu, nesta quarta-feira (7), 43.200 doses de vacinas AstraZeneca das quase 220 mil planejadas para a primeira remessa, enquanto na República Dominicana mais de 91 mil doses das mais de 2 milhões que o país espera acabam de chegar pela COVAX.

Dada à falta de vacinas, o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, destacou que a AstraZeneca conta com dois novos centros na Europa, um na Itália e outro na Espanha, que serão usados para fornecer mais vacinas para a COVAX. Ambos aguardam autorização da OMS, que deve sair em breve.

A diretora-geral da OPAS, Carissa Etienne, explicou que na semana passada mais de 1,3 milhão de novos casos foram registrados na região, além de 37 mil mortes, mais da metade no continente americano. 

Etienne contou que na América do Norte os casos e hospitalizações estão aumentando no Canadá, enquanto as taxas de infecção caem nos Estados Unidos e no México. 

Ela destacou que em nenhum lugar as infecções são mais preocupantes do que na América do Sul, onde os casos estão crescendo em quase todos os países. Os casos dobraram na Bolívia e na Colômbia na última semana e os quatro países do Cone Sul viram uma aceleração nos casos de COVID-19. As Unidades de Terapia Intensiva estão se aproximando da capacidade máxima no Peru e no Equador.

Ela acrescentou que, na última semana, Estados Unidos, Brasil e Argentina estiveram entre os 10 países do mundo que registraram o maior número de novas infecções no mundo. 

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OPAS/OMS
Organização Pan-Americana da Saúde
OMS
Organização Mundial da Saúde

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