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OIM apoia refugiados e migrantes retidos no Acre devido ao fechamento da fronteira

09 abril 2021

  • Com as restrições temporárias de deslocamento ocasionadas pela pandemia de COVID-19, muitos refugiados e migrantes que se preparavam para deixar o Brasil tiveram que adaptar seus planos de viagem.
  • No estado do Acre, fronteira com Peru e Bolívia, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) tem trabalhado em conjunto com o município de Assis Brasil, governos do Acre e federal, organizações da sociedade civil e outras agências das Nações Unidas para mitigar os impactos.
  • Em particular, a OIM apoia o retorno voluntário para as cidades de residência no Brasil.
Trabalhadores ACNUR e OIM
Legenda: A OIM tem trabalhado em conjunto com parceiros e outras agências das Nações Unidas para mitigar os impactos da pandemia entre os refugiados e migrantes.
Foto: © OIM

Com as restrições temporárias de deslocamento ocasionadas pela pandemia de COVID-19, muitos refugiados e migrantes que se preparavam para deixar o Brasil tiveram que adaptar seus planos de viagem. No estado do Acre, fronteira com Peru e Bolívia, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) tem trabalhado em conjunto com o município de Assis Brasil, governos do Acre e federal, organizações da sociedade civil e outras agências das Nações Unidas para mitigar os impactos. Em particular, a OIM apoia o retorno voluntário para as cidades de residência no Brasil.

Esse é o caso da venezuelana Laudy, que estava em Assis Brasil e viajou na terça-feira (6) a Manaus com o apoio do Ministério da Cidadania e da OIM. “Estou muito agradecida. Recebi um atendimento completo com transporte, alimentação e hospedagem, nesse momento em que não poderia arcar com os custos”, relata Laudy.

A OIM também tem monitorado a situação no Acre junto às autoridades locais e federais que seguem a questão. Em fevereiro, a organização acompanhou missões do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e da Defensoria Pública da União em Assis Brasil, para apoiar o governo federal e municipal na resolução da situação da fronteira, quando cerca de 400 refugiados e migrantes, a maioria do Haiti, Angola e Venezuela, ocuparam a Ponte da Integração entre Brasil e Peru.

Graças ao trabalho conjunto, foi possível realizar a desocupação pacífica do local e as pessoas puderam retornar às suas cidades de origem ou foram acolhidas em abrigos nas cidades de Assis Brasil e Rio Branco.

Para facilitar o acesso à informação, a OIM e a Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) também iniciaram uma campanha informativa nas redes sociais para orientar os refugiados e migrantes sobre as restrições de viagem enquanto durarem as medidas sanitárias relativas ao fechamento de algumas fronteiras. 

Atuação na pandemia - Desde o início da pandemia em 2020, a OIM atua no estado do Acre beneficiando ao menos 1.200 pessoas. Já foram doadas 4,5 toneladas de alimentos a organizações da sociedade civil responsáveis pelo abrigamento dos refugiados e migrantes retidos no estado. Além da comida, foram entregues 101 vales-alimentação que permitiram aos beneficiários adquirir diretamente alimentos e itens de primeira necessidade. Outras 317 pessoas receberam ainda cestas básicas e kits de higiene.

Estas ações da OIM são realizadas com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OIM
Organização Internacional para as Migrações
ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa