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Fundo de População da ONU promove encontro de mulheres refugiadas e migrantes

12 maio 2021

  • Em maio, cerca de 60 mulheres refugiadas e migrantes de Roraima participaram de um encontro organizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), ONU Mulheres e ACNUR.
  • O evento e integra o projeto LEAP, que visa fomentar liderança e participação, empoderamento econômico, e o fim da violência contra mulheres e meninas.
  • A representante do Fundo de População das Nações Unidas, Astrid Bant, defendeu o diálogo com as mulheres refugiadas e migrantes, gestores públicos e organizações parceiras na busca pela igualdade de oportunidades.
Legenda: A representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, falou no evento
Foto: © ONU Mulheres

Entre os dias 28 de abril e 6 de maio, cerca de 60 mulheres refugiadas e migrantes de Roraima participaram de rodas de conversa e grupos de trabalho. O objetivo era contribuir para uma resposta humanitária atenta às demandas de acesso aos serviços públicos na região Norte e ao estabelecimento de políticas alinhadas com a Lei de Migração.

O encontro foi organizado em conjunto pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), ONU Mulheres e ACNUR, e integra o projeto LEAP. Apoiado pelo governo de Luxemburgo, o projeto visa promover a liderança, participação, empoderamento econômico, e o fim da violência contra mulheres e meninas. 

Representantes das três agências da ONU no Brasil, assim como o embaixador do Grão-Ducado de Luxemburgo, Carlo Kriegger, participaram do evento por videoconferência. Estiveram presentes, também, representantes do governo estadual de Roraima e da prefeitura de Boa Vista, além do chefe de escritório do UNFPA em Roraima, Igo Martini.

A representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, afirmou que as mulheres refugiadas e migrantes são “importantes lideranças comunitárias que dão voz à centenas de mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas''. 

Mudança em números - A representante também destacou que, por meio do projeto LEAP, entre janeiro e dezembro de 2020 o UNFPA realizou 1.680 sessões de conscientização sobre Violência Baseada em Gênero nas cidades de Pacaraima, Boa Vista e Manaus, além de atender aproximadamente 18 mil mulheres e meninas e 15 mil homens e meninos.

“Com a pandemia da COVID-19 foi necessário adaptar algumas atividades a fim de garantir a segurança da nossa equipe e das pessoas refugiadas. Porém, com o LEAP o UNFPA manteve seu trabalho em campo e com as demais agências atuou de forma articulada e interagencial em ações de comunicação com a comunidade e com proteção de base comunitária”, acrescentou a representante do UNFPA.

O embaixador de Luxemburgo, Carlo Kriegger, destacou que “A promoção e proteção dos direitos humanos em todas as suas formas é uma prioridade para o Governo de Luxemburgo. No contexto da crise humanitária venezuelana, essa experiência significa compreender como mulheres e meninas estão expostas a maiores riscos e vulnerabilidades, para ajudá-las a ter acesso a serviços sociais e oportunidades de emprego, garantindo inclusão e diversidade”.

Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, a ação conjunta é fundamental para garantir o acolhimento de meninas e mulheres venezuelanas e promover oportunidades para recomeçarem suas vidas no Brasil. “Durante dois anos, a ONU Mulheres, UNFPA e ACNUR vêm trabalhando com mulheres migrantes e refugiadas do Norte, dia a dia, buscando e implementando as soluções que atendam melhor às necessidades das mulheres e meninas tanto da Venezuela quanto das comunidades brasileiras. Juntos e juntas, criamos e implementamos mecanismos para incorporar a igualdade de gênero e, assim, as necessidades diferenciadas de mulheres e homens na ação de resposta humanitária”, disse Anastasia Divinskaya.

 

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU Mulheres
Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento da Mulher
UNFPA
Fundo das Nações Unidas para a População
ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa