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UNODC lança série de publicações sobre tráfico de cocaína da América Latina para a Europa

17 setembro 2021

  • Só na Europa Ocidental e Central, cerca de 4,4 milhões de pessoas usaram cocaína no ano passado, o que torna a substância a segunda droga mais popular na região depois da cannabis.
  • A informação é do relatório 'Cocaine Insights', desenvolvido pelo UNODC e pelo Serviço Europeu de Polícia (Europol) no âmbito de um programa de fortalecimento da cooperação em justiça criminal. 
  • A publicação fornece os mais recentes conhecimentos e tendências sobre questões relacionadas aos mercados de cocaína, assim como os impactos da substância e perspectivas para o futuro.
  • Com foco no comércio de cocaína da América Latina para a Europa, o relatório destaca um aumento significativo no fornecimento de cocaína no continente europeu, uma diversificação dos grupos de tráfico e a mudança de pontos de entrada na região.
  • "Quase 40% dos grupos criminosos ativos na Europa estão envolvidos com o tráfico de drogas, e o comércio de cocaína gera lucros de vários bilhões de euros", disse a chefe do Centro Operacional e de Análise da Europol, sobre a dimensão do problema.
Legenda: O relatório destaca um aumento significativo no fornecimento de cocaína no continente europeu
Foto: © Colin Davis/Unsplash

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Serviço Europeu de Polícia (Europol) divulgaram o primeiro relatório de uma nova série: "Cocaine Insights" (Perspectivas da Cocaína, em português). Com foco no comércio de cocaína da América Latina para a Europa, o relatório destaca um aumento significativo no fornecimento de cocaína no continente europeu, uma diversificação dos grupos de tráfico e a mudança de pontos de entrada na região.

Com locais de produção bem definidos na América do Sul e grandes mercados consumidores tanto nas Américas como na Europa, o mercado de cocaína e as rotas de tráfico global representam uma verdadeira ameaça transnacional. Estimativas recentes sugerem que só na Europa Ocidental e Central, cerca de 4,4 milhões de pessoas usaram cocaína no ano passado, o que torna a substância a segunda droga mais popular na região depois da cannabis.

Para ler a publicação completa em inglês, acesse aqui.

Em um evento organizado pela Divisão de Pesquisa e Análise de Tendências do UNODC, especialistas da Europol e do UNODC discutiram as principais conclusões e implicações de políticas. Mais de 110 participantes de todo o mundo interagiram com quatro especialistas e mais de dez perguntas foram respondidas. O encontro foi realizado no âmbito do programa CRIMJUST - Fortalecimento da cooperação em justiça criminal ao longo das rotas do tráfico de drogas no âmbito do Programa Global de Fluxos Ilícitos da União Europeia.

Chloé Carpentier, chefe da Seção de Pesquisa sobre Drogas do UNODC, destacou como "a dinâmica atual de diversificação e proliferação de canais de fornecimento de cocaína, atores e modalidades criminosas provavelmente continuará, caso permaneça sem controle".

Julia Viedma, chefe do Centro Operacional e de Análise da Europol disse que "o tráfico de cocaína é uma das principais preocupações de segurança que estamos enfrentando na UE no momento". Quase 40% dos grupos criminosos ativos na Europa estão envolvidos com o tráfico de drogas, e o comércio de cocaína gera lucros de vários bilhões de euros". Compreender melhor os desafios que enfrentamos nos ajudará a combater mais efetivamente a ameaça violenta que as redes do tráfico de cocaína representam para nossas comunidades". 

A série 'Cocaine Insights', desenvolvida pelo UNODC, no âmbito do programa CRIMJUST e em cooperação com parceiros e partes interessadas em nível nacional, regional e internacional, fornece os mais recentes conhecimentos e tendências sobre questões relacionadas aos mercados de cocaína em um formato acessível e informativo. Essa série de publicações abrangerá tópicos e desenvolvimentos relacionados ao comércio ilícito de cocaína, seu impacto e perspectivas para o futuro.

Para mais informações: 

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNODC
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa