WFP participa de debate sobre insegurança alimentar durante a Virada Sustentável
17 setembro 2021
- O representante do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil e diretor do Centro de Excelência contra a Fome, Daniel Balaban, participou de uma mesa sobre Fome e Desenvolvimento como parte da programação da Virada Sustentável.
- O evento abordou o futuro dos alimentos e a soberania alimentar em um mundo pós pandemia. Os participantes discutiram questões como o papel da agricultura familiar, a piora na desigualdade e da insegurança alimentar e nutricional em decorrência da pandemia da COVID-19, desperdício de alimentos, a importância da alimentação adequada e saudável e o papel do indivíduo nos processos de mudança.
- Balaban aproveitou o evento para lembrar que a grande missão do WFP no mundo é acabar com a fome e com a extrema pobreza. “A fome é resultado das desigualdades latentes no mundo, que cada vez aumentam mais”, disse ele.
O representante do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil e diretor do Centro de Excelência contra a Fome, Daniel Balaban, participou, na quinta-feira (16), de uma mesa sobre Fome e Desenvolvimento como parte da programação da Virada Sustentável. O evento abordou o futuro dos alimentos e a soberania alimentar em um mundo pós pandemia e também contou com a participação da presidente do Instituto Stop Hunger no Brasil, Andreia Dutra, e do presidente do Conselho da ONG Ação da Cidadania, Daniel de Souza. A moderação foi do jornalista Victor Vieira, de O Estado de S. Paulo.
Em sua fala inicial, Balaban lembrou que a grande missão do WFP no mundo é acabar com a fome e com a extrema pobreza. “A fome é resultado das desigualdades latentes no mundo, que cada vez aumentam mais”, disse.
De acordo com os últimos dados do relatório das Nações Unidas “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo” (SOFI, na sigla em inglês), há 811 milhões de pessoas passando fome atualmente, o que representa um aumento de mais de 160 milhões de pessoas em comparação com 2019, grande parte em função da pandemia da COVID-19.
O representando do WFP também alertou para o fato de que um terço dos alimentos produzidos são perdidos na cadeia de abastecimento ou são desperdiçados no momento do consumo. “Não é possível vivermos num planeta em que mais de 10% da população passa fome. Precisamos realmente pensar no nosso propósito neste planeta”, disse.
A presidente do Instituto Stop Hunger no Brasil, que também é nutricionista por formação, lembrou da importância de um trabalho conjunto entre o poder público, a sociedade civil e as empresas pra lidar com um problema complexo como a fome. Em sua apresentação, Andreia Dutra falou sobre o trabalho do Instituto Stop Hunger em projetos para geração de renda e emprego, com foco no empoderamento feminino, uma vez que as mulheres são as mais afetadas pela insegurança alimentar.
“O que a gente precisa não é de milagre nem de mágica. O que queremos é que se coloque a população mais vulnerável como prioridade, porque de fato ela é”, disse o presidente do Conselho da ONG Ação da Cidadania, que também participou do painel.
Daniel de Souza falou das campanhas de arrecadação e distribuição de alimentos, que se intensificaram por causa da pandemia da COVID-19, e também mencionou a Rede Alimentação Solidária, uma iniciativa da ONG, em parceria com o Google e com apoio do Centro de Excelência do WFP, para mapear bancos de alimentos, despensas e cozinhas solidárias em funcionamento no país.
Na sessão de perguntas e respostas, os participantes discutiram questões como o papel da agricultura familiar, a piora na desigualdade e da insegurança alimentar e nutricional em decorrência da pandemia da COVID-19, desperdício de alimentos, a importância da alimentação adequada e saudável e o papel do indivíduo nos processos de mudança.
O Fórum Virada Sustentável contou com 26 painéis sobre diversos temas ligados à sustentabilidade.