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Relatório anual do secretário-geral revela um mundo testado “até o limite”

17 setembro 2021

  • O relatório anual do secretário-geral da ONU reúne as principais informações sobre o trabalho da organização em 2021. O documento reúne dados sobre os maiores desafios enfrentados globalmente, como a resposta coordenada diante da pandemia de COVID-19, proteção dos direitos humanos, crise climática e conflitos.
  • “As crises globais sanitárias, sociais, econômicas e de direitos humanos desencadeadas pela pandemia de COVID-19 destacaram a importância da cooperação multilateral — e a testaram ao limite”, avaliou o secretário-geral, António Guterres.
  • A ONU apoiou cerca de 160 países no combate aos impactos do vírus na saúde, em aspectos humanitários, sociais e econômicos e ajudou mais de 260 milhões de estudantes a ter acesso ao aprendizado remoto.
  • A organização também apoiou 8.594 vítimas de formas contemporâneas de escravidão em 23 países, em parceria com 89 estados para reformar leis discriminatórias e auxiliou 40 mil vítimas de tortura em 78 países e apoiou 82,5 milhões de pessoas que fugiam da guerra, fome e perseguição.
  • O relatório completo está disponível aqui.
Legenda: Os médicos da ONU oferecem consultas médicas gratuitas a famílias na Nigéria
Foto: © MINUSMA

A pandemia de COVID-19 continua a ser o maior desafio global compartilhado desde a fundação da ONU, há 75 anos, de acordo com o Relatório Anual  do Secretário-Geral sobre o Trabalho da Organização, publicado na quinta-feira (16).

“As crises globais sanitárias, sociais, econômicas e de direitos humanos desencadeadas pela pandemia de COVID-19 destacaram a importância da cooperação multilateral — e a testaram ao limite”, disse o secretário-geral, António Guterres.

Desde a proteção de pessoas e empregos até a assistência aos governos na garantia de uma recuperação sustentável e equitativa, as Nações Unidas têm desempenhado um papel central na resposta à pandemia.

A ONU apoiou cerca de 160 países no combate aos impactos do vírus na saúde, em aspectos humanitários, sociais e econômicos e ajudou mais de 260 milhões de estudantes a ter acesso ao aprendizado remoto. Ao mesmo tempo, para denunciar a desinformação em relação a COVID-19, a iniciativa Verificado da  ONU  publicou mais de mil peças de conteúdo digital em pelo menos 50 idiomas. 

Protegendo pessoas - Os direitos humanos estão no centro do trabalho da ONU na promoção da paz e segurança, estabilidade social, saúde pública e um ambiente saudável. A organização apoiou 8.594 vítimas de formas contemporâneas de escravidão em 23 países, em parceria com 89 estados para reformar leis discriminatórias e auxiliou 40 mil vítimas de tortura em 78 países. 

No relatório, a chefe de Assuntos Políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, descreveu a pandemia como “um teste de estresse político”, que “também confirmou que a vontade política de fazer e manter a paz pode superar qualquer barreira, especialmente se houver apoio da comunidade global”. 

A ONU também ajudou 81 mil apátridas na aquisição ou confirmação de sua identidade e apoiou 82,5 milhões de pessoas que fugiam da guerra, fome e perseguição.

O chefe das forças de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, ressaltou a importância de “nossa dedicação coletiva”, dizendo que as pessoas “que dependem de nós não esperam menos”.  

Ampliando o desenvolvimento - A organização continuou a promover políticas baseadas em evidências que apoiam os estados na recuperação da pandemia, ao mesmo tempo que impulsiona os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

A ONU ajudou 5 milhões de pessoas a obter trabalho em 28 países afetados pela crise, ajudou 1,2 milhão de pessoas vulneráveis ​​em 13 estados com segurança de posse e ajudou 24 milhões de pessoas a ter acesso a serviços financeiros em 22 nações. 

Ao assumir trabalhos em campo, os coordenadores residentes e as equipes das Nações Unidas nos países ajudaram mais de 240 milhões de pessoas com serviços essenciais, 36 milhões com suprimentos de água e saneamento e 120 milhões com esquemas de proteção social. 

O apoio rápido e integrado da organização na resposta à COVID-19 na África focou não apenas na saúde e nas intervenções humanitárias, como na assistência socioeconômica para proteger as populações vulneráveis. A ONU também forneceu orientação política antecipada e lançou o hub de gestão do conhecimento no continente africano, além de balcões digitais do painel de instrumentos para informações e dados verificados. 

Crise climática - Ao mobilizar a ação climática global, desde produzir relatórios com base científica até a defesa pública e negociação privada, a ONU contribuiu para criar uma coalizão crescente para emissões com neutralidade de carbono até a metade do século. Um dos maiores desafios enfrentados pela organização é conscientizar comunidades de investidores de que os combustíveis fósseis são mais arriscados e mais caros do que a energia renovável. 

Além disso, a Cúpula da Ambição do Clima de dezembro passado entregou planos e promessas de 75 países sobre suas intenções de reduzir as emissões globais em 45% até 2030, em comparação com os níveis de 2010, de acordo com o  Acordo de Paris.  

Combatendo o crime - A pandemia também ampliou a exposição mundial ao crime, corrupção, drogas e terrorismo. O isolamento social por meio da permanência em casa intensificou os riscos de violência doméstica e exploração sexual online, revelando uma série de novos desafios advindos da crise de saúde. O relatório do secretário-geral também apontou para a necessidade de maior inclusão e acesso à justiça, ainda mais vitais do que nunca no ano passado.  

A ONU também atuou nos centros de detenção ao mobilizar atores para contribuir para a prevenção contra a COVID-19. Isso resultou em melhores condições prisionais e serviços básicos para os detentos e aumentou suas atividades online para fortalecer o apoio ao crime cibernético, com ênfase no abuso e exploração sexual infantil online.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

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