Afeganistão: ONU condena ataque que deixou mais de 30 mortos
15 outubro 2021
Após ataque na maior mesquita xiita da cidade de Kandahar, no Afeganistão, que matou pelo menos 30 vítimas, o secretário-geral, missões e agências da ONU condenaram o atentado e clamaram por apoio internacional.
Esta foi segunda explosão em menos de 10 dias e atingiu o local durante as orações de sexta-feira. Uma semana antes, pelo menos 100 foram mortas em um ataque em Kunduz.
Em nota, António Guterres condenou o atentado nos termos mais fortes, qualificando-o de “desprezível”. O chefe da ONU apela ainda para que os perpetradores do crime sejam responsabilizados.
As Nações Unidas condenaram o atentado suicida mortal durante as orações na maior mesquita xiita da cidade de Kandahar, no sul do Afeganistão, que matou pelo menos 33 pessoas e feriu outras dezenas na sexta-feira passada (15).
O ataque marcou a segunda semana consecutiva em que uma mesquita xiita no país foi alvo de um atentado. No dia 9 de outubro, uma explosão na cidade de Kunduz, no nordeste do país, deixou mais de 100 fiéis mortos.
Firme repreensão - “O terrorismo continua no Afeganistão”, disse a missão da ONU no país, a UNAMA , em sua conta oficial no Twitter. A organização se posicionou veemente contra o atentado: “A ONU condena as atrocidades mais recentes contra uma instituição religiosa e fiéis. Os responsáveis precisam ser responsabilizados".
Em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o atentado nos termos mais fortes, qualificando-o de “desprezível” segundo nota do seu porta-voz.
“Os perpetradores deste último crime contra civis no Afeganistão que exercem o direito de praticar livremente sua religião devem ser levados à justiça”, disse Guterres em seu comunicado.
O presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, fez coro a Guterres e condenou o ataque. Shahid expressou profundas condolências às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação para os feridos.
O Conselho de Segurança da ONU também se pronunciou através de uma declaração sublinhando a necessidade de responsabilizar os perpetradores e organizadores de “atos repreensíveis de terrorismo”, bem como aqueles que os financiam ou patrocinam. Os 15 embaixadores reafirmaram que o terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das mais graves ameaças à paz e segurança internacionais. Por fim, os membros do conselho destacaram que quaisquer atos de terrorismo são criminosos e injustificáveis, independentemente de sua motivação.