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Em reunião da CEPAL, países destacam importância de planejamento contra crises

22 outubro 2021

Autoridades da América Latina e do Caribe concluíram na quinta-feira (21) a 18ª Reunião do Conselho Regional de Planejamento do Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (ILPES) da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Nas resoluções da reunião, as autoridades reconheceram a importância da coerência das políticas públicas para fortalecer os processos e instrumentos do planejamento para o desenvolvimento e a gestão pública para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da região.

Os países também destacaram a necessidade de fortalecer os sistemas nacionais de planejamento com capacidades renovadas para planejar a recuperação pós-pandemia com uma visão de longo prazo, buscando se preparar diante de futuras crises.

Legenda: O ILPES é a entidade da CEPAL líder na investigação, cooperação técnica e formação em planejamento, economia e gestão do setor público para o desenvolvimento dos países de América Latina e do Caribe
Foto: © ILPES/CEPAL

Autoridades dos países da América Latina e do Caribe enfatizaram na quinta-feira (21) a necessidade de fortalecer os sistemas nacionais de planejamento com capacidades renovadas para planejar a recuperação pós-pandemia com uma visão de longo prazo, no encerramento da 18ª Reunião do Conselho Regional de Planejamento do Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (ILPES) da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

A Reunião de Alto Nível, que ocorreu de 19 a 21 de outubro, foi organizada pela CEPAL e pelo Governo do Panamá, por meio do Ministério de Economia e Finanças, e contou com a participação de ministros, vice-ministros e chefes de planejamento de 26 países da região, 9 deles do Caribe.

Nas resoluções da reunião, as autoridades reconheceram a importância da coerência das políticas públicas para fortalecer os processos e instrumentos do planejamento para o desenvolvimento e a gestão pública para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da América Latina e do Caribe. Ao mesmo tempo, valorizaram a contribuição do documento de posicionamento: Instituições resilientes para uma recuperação transformadora pós-pandemia na América Latina e no Caribe: contribuições para o debate, que foi apresentado pela secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, durante a abertura do evento.

O encerramento da reunião ficou sob a responsabilidade de Enelda Medrano, vice-ministra de Economia do Panamá, país que exerce a Presidência do Conselho Regional de Planejamento do ILPES, e Cielo Morales, diretora do ILPES da CEPAL.

Durante seu discurso, a vice-ministra Enelda Medrano destacou que a pandemia da COVID-19 ressaltou o papel do Estado como articulador de consensos e gerador de espaços para a participação cidadã. Ela enfatizou também o papel central do planejamento para o fortalecimento da capacidade de resposta dos países da América Latina e do Caribe diante de futuras crises. “É muito difícil trabalhar na conjuntura sem uma visão prospectiva que nos permita manter e ajustar o rumo para os objetivos maiores de cada um de nossos países”, considerou.

A diretora do ILPES, Cielo Morales, por sua vez, ressaltou a urgência de transformar a institucionalidade do Estado. “Se o estilo de desenvolvimento deve mudar para ser sustentável, participativo, inclusivo, colocando a igualdade no centro; se as políticas públicas devem mudar para que sejam abrangentes, multiescala, intersetoriais e que contemplem os pilares econômico, social e ambiental; se a forma de fazer política pública deve mudar, para que sejam formuladas com uma ampla participação cidadã, com transparência, com inclusão, transversalizando os enfoques de gênero, a visão territorial e a gestão de risco, então as instituições a partir de onde se elaboram, formulam, implementam, monitoram e avaliam planos e políticas, também precisam mudar”, destacou.

Nas resoluções finais da reunião, os países solicitaram ao ILPES que mantivesse a pesquisa aplicada, a cooperação técnica, as assessorias e a capacitação para promover a participação de múltiplos atores, a integração pluritemporal, intersetorial e nos múltiplos níveis da Agenda 2030 no planejamento para o desenvolvimento.

Solicitaram também ao Instituto que continue com os trabalhos para fortalecer as capacidades de planejamento na América Latina e no Caribe, mediante o fortalecimento dos sistemas nacionais de planejamento, o aprofundamento e sistematização de experiências regionais e extrarregionais e as capacidades necessárias para a construção de instituições mais resilientes às crises e à incerteza, e a ampliação do Observatório Regional de Planejamento para o Desenvolvimento da América Latina e do Caribe por meio de novos produtos analíticos que permitam à região como um todo aprofundar no conhecimento da institucionalidade do planejamento para o desenvolvimento, na gestão pública e nos sistemas nacionais de planejamento, entre outras medidas.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

CEPAL
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe

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