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Programa da ONU sobre HIV/AIDS combate conduta abusiva

24 novembro 2021

A campanha "Respeito", do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), sensibiliza a equipe da organização a respeito da nova política para o tratamento de conduta abusiva. Depois de uma reformulação em parceria com a OMS no início do ano, ela passou a incluir participantes de programas de estágio e consultorias, além de eliminar a exigência de que as reclamações a serem feitas tivessem um limite de tempo.

A ação visa melhorar o conhecimento e a compreensão do que é considerado conduta abusiva, utilizando exemplos cotidianos e se baseia em seis experiências diferentes representativas de conduta abusiva, desde discriminação, abuso de autoridade, até assédio sexual e homofobia.

Como parte da campanha, conversas estão ocorrendo dentro das equipes do UNAIDS, com convites às equipes para aprender mais sobre este tipo de conduta. O objetivo é reduzir a lacuna entre a conduta abusiva experimentada, a denúncia e a ação contra a conduta, bem como a redução geral da conduta abusiva para um ambiente seguro, igualitário e capacitado.

Legenda: Como parte da campanha, conversas sobre conduta abusiva estão ocorrendo dentro das equipes do UNAIDS
Foto: © Gadiel Lazcano/Unsplash

Lançada em meados de setembro por Winnie Byanyima, diretora executiva do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), a campanha “Respeito” está sensibilizando a equipe do UNAIDS sobre a Política de Prevenção e Tratamento de Conduta Abusiva do Programa. O material foi desenvolvido em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualizado no início de 2021, e está disponível aqui.

A política estendeu o escopo da proteção para incluir participantes de programas de estágio e consultorias e agora descreve, com exemplos, tipos de conduta abusiva. A nova política também eliminou a exigência de que as reclamações a serem feitas tivessem um limite de tempo específico.

“Colegas vieram até mim para compartilhar suas próprias histórias e situações quando não sentiam seu valor. Essas pessoas ficaram gratas por estarmos abordando estas questões. Esta é uma forma de mostrar nosso apoio e explicar caminhos para abordar estas situações às pessoas que tinham que suportá-las. Isso também aumenta o risco para quem age desta forma porque sabem que todos e todas nós sabemos que isto não é aceitável”, disse Mumtaz Mia, que lidera o processo de transformação cultural no UNAIDS.

A campanha visa melhorar o conhecimento e a compreensão do que é considerado conduta abusiva, utilizando exemplos cotidianos e se baseia em seis experiências diferentes representativas de conduta abusiva, desde discriminação, abuso de autoridade, até assédio sexual e homofobia.

“Todo time de profissionais e de consultoria do UNAIDS tem direito a um local de trabalho seguro e respeitoso. Esta é uma obrigação que cada um e cada uma de nós, desde a diretora executiva até colegas de trabalho. Nossas pesquisas de equipe nos disseram que nem sempre foi [foi positiva] a experiência para profissionais da organização e, por isso, a campanha “Respeito” é uma iniciativa muito necessária e positiva que a Associação do Staff do UNAIDS espera que contribua para construir um local de trabalho melhor e mais saudável para todas as pessoas”, disse Stuart Watson, presidente da Associação do Staff da Secretaria do UNAIDS.

Como parte da campanha, conversas sobre conduta abusiva estão ocorrendo dentro das equipes do UNAIDS, com convites às equipes para aprender mais sobre este tipo de conduta. Olhando para o futuro, a campanha vai continuar refletindo as experiências vividas pela equipe de toda a organização.

“É nosso direito trabalhar em um ambiente respeitoso. São direitos e deveres que temos a obrigação de manter. Em união, tornaremos nosso local de trabalho igualitário, seguro e fortalecedor”  

Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS, em mensagem para toda a equipe.

Respeito em números - A recente Pesquisa Global da Equipe do UNAIDS revelou que 55% das pessoas entrevistadas consideram que o UNAIDS leva a sério as alegações de discriminação, abuso de autoridade, maus tratos e assédio sexual. 50% responderam também que se sentem confortáveis para falar e se dirigir a colegas sobre indelicadezas ou comportamento de exclusão que passam por ou observam. 

Embora estes estejam acima dos valores de referência, a administração do UNAIDS continuará monitorando a situação. O objetivo é reduzir a lacuna entre a conduta abusiva experimentada, a denúncia e a ação contra a conduta, bem como a redução geral da conduta abusiva para um UNAIDS seguro, igualitário e capacitado para todas as pessoas.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNAIDS
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA
OMS
Organização Mundial da Saúde

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa