“Carta da ONU foi contestada no passado, mas se manteve firme ao lado da paz”

(Original aqui)

Senhoras e senhores jornalistas, muito obrigado.

 

As Nações Unidas nasceram da guerra para acabar com a guerra.

 

Hoje, esse objetivo não foi alcançado.

 

Mas nunca devemos desistir.

 

Devemos dar outra chance à paz.

 

Os soldados precisam retornar aos seus quartéis.

 

Os líderes precisam voltar para o caminho do diálogo e da paz.

 

Hoje, na Ucrânia, apesar dos crescentes desafios operacionais, a ONU está ampliando o fornecimento de apoio para salvar vidas, inclusive na parte leste do país, em ambos os lados da linha de contato.

 

As necessidades humanitárias estão se multiplicando e se espalhando a cada hora.

 

Os civis estão morrendo.

 

Pelo menos 100 mil ucranianos já deixaram suas casas, com muitos atravessando para países vizinhos, destacando a natureza regional desta crise crescente.

 

Para fortalecer nossa resposta, anuncio hoje que nomeei Amin Awad como coordenador da crise da ONU para a Ucrânia.

 

Amin trabalhou comigo por uma década no ACNUR.

 

Ele liderará a coordenação de todos os nossos esforços, incluindo nossa resposta humanitária, em ambos os lados da linha de contato.

 

Todos os envolvidos neste conflito devem respeitar o direito internacional humanitário e garantir a segurança e a liberdade de movimento do pessoal da ONU e outros humanitários.

 

Especialmente em um momento como este, é importante lembrar que a ONU não é apenas a câmara atrás de mim.

 

São dezenas de milhares de mulheres e homens em todo o mundo.

 

Alimentando os famintos.

 

Vacinando crianças.

 

Promovendo o desenvolvimento.

 

Protegendo civis em operações de manutenção da paz.

 

Mediando conflitos.

 

Apoiando refugiados e migrantes.

 

Avançando os direitos humanos.

 

De pé, entregando, estendendo uma linha de vida, de esperança.

 

A Carta das Nações Unidas foi contestada no passado, mas se manteve firme ao lado da paz, segurança, desenvolvimento, justiça, direito internacional e direitos humanos.

Vez após vez, quando a comunidade internacional se uniu em solidariedade, esses valores prevaleceram. Eles vão prevalecer, independentemente do que aconteceu hoje.

 

Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que prevaleçam na Ucrânia, e prevaleçam para toda a humanidade.

 

Obrigado.