Notícias

Fórum Empresas com Refugiados chega ao 50º membro do setor privado

10 agosto 2022

Criado em junho de 2021 para fortalecer o engajamento do setor privado brasileiro na inclusão de pessoas refugiadas no mercado de trabalho, o Fórum Empresas com Refugiados chegou ao seu membro número cinquenta do setor privado.

A iniciativa inédita da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e do Pacto Global da ONU sobre empregabilidade de pessoas refugiadas é um desdobramento da Plataforma Empresas com Refugiados, que já apoiou a contratação de mais de 7,3 mil pessoas refugiadas no país.

O objetivo do fórum é promover a empregabilidade, ações de capacitação para a contratação de pessoas refugiadas, e troca de experiências e boas práticas na inclusão desse público no ambiente de trabalho.

Empresas e organizações com boas práticas divulgadas na plataforma contrataram ou deram apoio para a contratação de mais de 7,3 mil pessoas refugiadas e migrantes, além de promoverem a capacitação de mais de 1,2 mil pessoas refugiadas.
Legenda: Empresas e organizações com boas práticas divulgadas na plataforma contrataram ou deram apoio para a contratação de mais de 7,3 mil pessoas refugiadas e migrantes, além de promoverem a capacitação de mais de 1,2 mil pessoas refugiadas.
Foto: © Reprodução.

Depois de fugir de guerra ou perseguição, uma das maneiras mais eficazes de as pessoas refugiadas reconstruírem suas vidas com dignidade e em paz é por meio da oportunidade de trabalhar e ganhar a vida. Por isso, a chegada do membro número cinquenta ao Fórum Empresas com Refugiados é motivo de celebração e serve como evidência do papel fundamental do setor privado em impactar positivamente a vida de pessoas refugiadas e de suas comunidades anfitriãs.

Criado em junho de 2021 para fortalecer o engajamento do setor privado brasileiro na inclusão de pessoas refugiadas no mercado de trabalho, o fórum é uma iniciativa inédita no país, promovida pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e pelo Pacto Global da ONU no Brasil, e começou com a participação de 21 empresas e organizações membros. Em pouco mais de um ano, este número mais que dobrou, confirmando o compromisso do setor privado com a integração econômica e social das pessoas refugiadas que reconstroem suas vidas no Brasil.  A mais nova participante é a empresa Belgo Bekaert, do setor da indústria de arames.

O objetivo do fórum é promover a empregabilidade, ações de capacitação para a contratação de pessoas refugiadas, e troca de experiências e boas práticas na inclusão desse público no ambiente de trabalho.

O Fórum aprofunda o engajamento empresarial iniciado na Plataforma Empresas com Refugiados, que em três anos já apoiou a divulgação de mais de quinhentas vagas de emprego enviadas por cerca de duzentas empresas que atuam no país. Além disso, as empresas e organizações com boas práticas divulgadas na plataforma contrataram ou deram apoio para a contratação de mais de 7,3 mil pessoas refugiadas e migrantes, além de promoverem a capacitação de mais de 1,2 mil pessoas refugiadas.

Encontro Anual - Em um ano, o Fórum promoveu mais de vinte atividades, entre eventos, rodas de conversa e capacitações online, impactando mais de duas mil pessoas nas empresas e organizações participantes. E mais um passo importante será dado em 24 agosto, quando será realizado o 1º Encontro Anual do Fórum Empresas com Refugiados, de forma presencial, em São Paulo.

Neste evento, serão realizados painéis com compartilhamento de boas práticas sobre a contratação de pessoas refugiadas e a inclusão de populações específicas, como famílias monoparentais chefiadas por mulheres e pessoas refugiadas LGBTIQ+. Também será ministrado um treinamento avançado sobre contratação de pessoas refugiadas, além de oficinas temáticas que ocorrerão de forma paralela. Haverá ainda o lançamento de um guia sobre política de diversidade inclusiva a pessoas refugiadas nas empresas.

“É impressionante o engajamento das empresas e organizações a essa iniciativa. Isso é resultado de um trabalho conjunto e da sensibilização por parte das companhias. Hoje os benefícios da contratação de pessoas refugiadas já são bastante difundidos”, destacou o oficial de Meios de Vida do ACNUR, Paulo Sergio de Almeida.

“Elas podem contribuir para melhorar o ambiente de trabalho, aumentando a diversidade e produtividade das equipes, além de apresentarem alta fidelidade às empresas, diminuindo a rotatividade de contratação. Nosso objetivo é expandir cada vez mais as ações relacionadas à empregabilidade e inserção das pessoas refugiadas no mercado de trabalho.”

Parceiros - Os parceiros estratégicos do Fórum Empresas com Refugiados são IFC, Tent Partnership for Refugees, Foxtime, Emdoc e EY, com apoio de Lojas Renner e Iguatemi Empresa de Shopping Centers.

“Os avanços do Fórum em apenas um ano refletem a relevância que a inclusão de pessoas refugiadas tem ganhado na agenda de diversidade das empresas, bem como o engajamento do setor privado a iniciativas de impacto que estão alinhadas à Agenda 2030. A plataforma Empresas com Refugiados e o Fórum são fundamentais para manter o tema na pauta das organizações e para fomentar as boas práticas do mercado”, acrescentou a gerente de Direitos Humanos e Gênero do Pacto Global da ONU no Brasil,  Tayná Leite.

Entre as empresas mobilizadoras do Fórum está a Sitel Brasil, que reforça a importância de fazer parte da iniciativa. “Não tem preço atuar na transformação cultural, social e saber como impactamos nas famílias. O nível de gratidão que as pessoas têm só retribui nosso esforço. Participar do Fórum tem sido muito bacana. Temos 725 famílias de pessoas refugiadas favorecidas pela empresa e elas nos favorecem também. Estamos fazendo uma transformação no mercado de trabalho”, ressalta a gerente de RH da Sitel Brasil, Adriana Wells.

Inclusão - Mais recente integrante do grupo, a empresa Belgo Bekaert destaca que a adesão ao Fórum Empresas com Refugiados reforça o compromisso da companhia em prol dos direitos, da contratação e da inclusão laboral de pessoas refugiadas. 

“A partir de agora, fazemos parte de um grupo que troca experiências, compartilha boas práticas, e esse aprendizado será essencial para o aperfeiçoamento do trabalho que realizamos para receber pessoas em situação de refúgio em nossas operações”, afirmou a diretora de Gente, Cultura e Engajamento da Belgo Bekaert, Clarisse Drummond.

Contratar uma pessoa refugiada enriquece o ambiente de trabalho, pois são profissionais que frequentemente dominam mais de um idioma e possuem conhecimentos, experiências e qualificações variadas. Empresas que promovem atividades para pessoas refugiadas relatam múltiplos benefícios, entre eles: maior engajamento dos colaboradores e o desenvolvimento de habilidades de liderança para os funcionários que atuam como mentores de colegas refugiados. 

Além de trazer mais diversidade ao ambiente de trabalho, as empresas relatam que as pessoas refugiadas contratadas motivam seus colegas, demonstram alto comprometimento com suas funções e costumam ficar mais tempo em seus cargos.

Como aderir ao Fórum - O ACNUR e o Pacto Global contam com diversas iniciativas para inclusão, suporte e empoderamento de quem precisou deixar seu país por causa de guerras, conflitos e perseguições. Uma delas é o Empoderando Refugiadas, em parceria com ONU Mulheres.

As empresas e organizações empresariais que têm interesse em fazer parte do Fórum Empresas com Refugiados precisam se comprometer com os valores da iniciativa e buscar participar ativamente das atividades, que são gratuitas. Para aderir, a empresa deve preencher um formulário para indicar seu nível de engajamento com o tema.

Após a análise dessas informações, caso aprovada a participação, ACNUR e Pacto Global irão entrar em contato para assinatura do Termo de Adesão.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UN Global Compact
United Nations Global Compact
ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa