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ONU premia estratégia brasileira para prevenir obesidade infantil

22 setembro 2022

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a Estratégia Brasileira de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja) nesta quarta-feira (21) com o Prêmio da Força Tarefa das Nações Unidas para a Prevenção e Controle de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs).

Estima-se que doenças deste tipo causam atualmente quase três quartos das mortes em todo o mundo. Todos os anos, 17 milhões de pessoas com menos de 70 anos morrem de DNTs, 86% delas vivem em países de baixa e média renda.

Agora reconhecido pela ONU, o Proteja foi lançado em 2021 pelo Ministério da Saúde para deter o aumento da obesidade infantil no país, a partir da promoção de ações intersetoriais em nível local, envolvendo saúde, educação, assistência social, agricultura e esportes, entre outros setores.

Proteja foi lançado em 2021 pelo Ministério da Saúde para deter o aumento da obesidade infantil no país.
Legenda: Proteja foi lançado em 2021 pelo Ministério da Saúde para deter o aumento da obesidade infantil no país.
Foto: © Reprodução/Ministério da Saúde

O Brasil recebeu, nesta quarta-feira (21), o Prêmio da Força Tarefa das Nações Unidas para a Prevenção e Controle de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs), que este ano uniu forças com o Programa Especial de Atenção Primária à Saúde (APS) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O reconhecimento foi para a Estratégia Brasileira de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja) lançada em 2021 pelo Ministério da Saúde para deter o aumento da obesidade infantil por meio de ações intersetoriais em nível local, envolvendo saúde, educação, assistência social, agricultura, desenvolvimento urbano, esportes e Câmaras Municipais, entre outros setores.

Até o momento, mais de 1.320 municípios brasileiros aderiram ao Proteja, o que representa um compromisso de implementar todas as ações de promoção da alimentação saudável, atividade física e ações intersetoriais de prevenção e controle da obesidade infantil do programa.

Embora todos os Estados Membros das Nações Unidas tenham se comprometido a reduzir a morte prematura por DNTs em um terço até 2030 — um esforço que pode salvar milhões de vidas — poucos países estão atualmente no caminho certo para alcançá-lo. Esforços globais urgentes são necessários para retomar o caminho para alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e reduzir as mortes prematuras por DNTs.

Estima-se que doenças deste tipo causam atualmente quase três quartos das mortes em todo o mundo. Todos os anos, 17 milhões de pessoas com menos de 70 anos morrem de DNTs, 86% delas vivem em países de baixa e média renda. A pandemia de COVID-19 exacerbou ainda mais a carga de DNTs ao atrasar e interromper os cuidados e, nos primeiros meses da pandemia 75% dos países relataram interrupção nos serviços essenciais de DNTs devido a restrições de bloqueio e canalização de recursos.

Novo relatório - Também nesta quarta-feira (21), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lançou um novo relatório chamando os líderes globais para tomarem medidas urgentes sobre as DNTs.

O anúncio veio na primeira reunião anual de um grupo de Chefes de Estado e de Governo para a prevenção dessas doenças, realizado durante a 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA) e liderado pelo presidente de Gana e pelo primeiro-ministro da Noruega, dando continuidade ao lançamento de um Pacto Global sobre DNTs, no início deste ano, pelos dois países.

Além do relatório, intitulado “Números invisíveis: a verdadeira escala das doenças não transmissíveis”, a OMS lançou um portal de dados que, pela primeira vez, reúne todos os dados da organização relacionados à DNTs para 194 países. O relatório e o portal destacam a extensão da carga global de DNTs, fatores de risco e o progresso de cada país para combater essas doenças e condições.

“Este relatório é um lembrete da verdadeira escala da ameaça representada pelas DNTs e seus fatores de risco”, disse o Tedros. “Existem intervenções de DNTs com boa relação custo-benefício e aplicáveis ​​globalmente que todos os países, independentemente do seu nível de renda, podem e devem usar e se beneficiar – salvando vidas e economizando dinheiro.”

O dia foi marcado, ainda, pela renovação da nomeação de dois anos de Michael R. Bloomberg como embaixador global da OMS para Doenças e Lesões não Transmissíveis. Essa é a terceira recondução de Bloomberg como embaixador, nomeado para o cargo pela primeira vez em 2016.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OMS
Organização Mundial da Saúde

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