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OPAS e hospitais privados do Brasil firmam acordo para reduzir mortalidade materna por hemorragia 

19 outubro 2020

  • A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) assinaram um acordo para reduzir o número de óbitos por hemorragia puerperal (após o parto ou aborto) no Brasil. Essa é a segunda maior causa direta de mortalidade materna no país e na região das Américas.
  • É uma morte evitável. Mas, se não houver um atendimento rápido e eficaz, a mulher, ainda que saudável, pode perder a vida em poucas horas devido à hemorragia.
OPAS/OMS e hospitais privados assinam acordo para reduzir o número de mortalidade materna causada por hemorragia.
Legenda: OPAS/OMS e hospitais privados assinam acordo para reduzir o número de mortalidade materna causada por hemorragia.
Foto: © Pixabay

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) assinaram um acordo para reduzir o número de óbitos por hemorragia puerperal (após o parto ou aborto) no Brasil. Essa é a segunda maior causa direta de mortalidade materna no país e na região das Américas.

É uma morte evitável. Mas, se não houver um atendimento rápido e eficaz, a mulher, ainda que saudável, pode perder a vida em poucas horas devido à hemorragia.

A representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross, disse que a assinatura do acordo é uma honra e que espera poder ampliar ainda mais a parceria com a ANAHP. “A morte de uma mulher grávida é um evento sempre, por princípio, prevenível. Podemos trabalhar juntos, entre o público e o privado, para melhorar a saúde e o bem-estar de nossas mulheres e nossas crianças”, afirmou.

“Agradeço, em nome dos nossos hospitais, todo o acolhimento da OPAS. Em pouco tempo, vamos poder comemorar a redução da mortalidade materna”, afirmou Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da ANAHP.

A assinatura do acordo aconteceu no encontro online “Desafios na redução da mortalidade materna durante o enfrentamento da pandemia de COVID-19”, que deu continuidade ao programa previamente firmado entre a ANAHP e a OPAS no ano passado, para levar a estratégia do organismo internacional – intitulada Zero Morte Materna por Hemorragia – às maternidades privadas associadas.

As ações de enfrentamento desta realidade em âmbito nacional no setor público já vinham acontecendo desde 2015, com resultados positivos, em uma parceria da OPAS com o Ministério da Saúde, Secretarias de Estado da Saúde e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

Para Antônio Rodrigues Braga Neto, diretor do departamento de Ações Programáticas e Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária em Saúde do Ministério da Saúde, é um orgulho ver o setor privado reconhecer uma ação da rede pública. “Iniciativas como a que hoje se concretizam mostram a maturidade do Sistema Único de Saúde (SUS), onde pouco importa se as instituições têm natureza pública ou privada, uma vez que este Ministério da Saúde contabiliza as vidas [de todas] as mulheres brasileiras. Isso é o SUS que dá certo”, finalizou.

Zero Morte Materna por Hemorragia - Até o momento, foram treinados cerca de 140 profissionais médicos obstetras, anestesistas, enfermeiros e obstetrizes de três importantes maternidades associadas da ANAHP no estado de São Paulo. Tudo feito com o apoio do Ministério da Saúde, por meio de seus instrutores nacionais.

Agora o plano de trabalho conjunto com a ANAHP prevê, em uma primeira fase, alcançar cerca de 800 profissionais de seis maternidades de São Paulo, expandindo em seguida para outras localidades.

Essas ações são realizadas no âmbito da Zero Morte Materna por Hemorragia, estratégia que foi desenvolvida pelo Centro Latino Americano de Perinatologia, Saúde da Mulher e Reprodutiva (CLAP/SMR) da OPAS. A ação já foi implantada em cinco países, além do Brasil: Bolívia, Guatemala, Haiti, Peru e República Dominicana.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

PAHO
The Pan American Health Organization

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