75 anos depois de fundação, Guterres diz que ONU é epicentro da unidade global

A Assembleia Geral das Nações Unidas marcou esta segunda-feira o 75º aniversário da organização ouvindo o testemunho de funcionários que trabalham no terreno sobre o futuro da ONU. 

Representantes dos Estados-membros também participaram em um momento solene para renovar simbolicamente o compromisso com a Carta das Nações Unidas. 

Dedicação 

Na abertura do encontro, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Volkan Bozkir, lembrou que “em todo o mundo, a qualquer momento, dezenas de milhares de funcionários da ONU estão trabalhando para a melhoria da humanidade e a preservação de nosso belo mundo”. 

De campos de refugiados a operações de manutenção da paz, Bozkir disse que já testemunhou “seu entusiasmo e conquistas em condições muito difíceis”. 

O presidente da Assembleia Geral destacou depois as missões destes trabalhadores, desde alimentar pessoas, a treinar profissionais de saúde para combater a COVID-19, distribuir material escolar e ajudar a manter a paz. 

Ele disse ainda que “para cada pessoa na linha de frente, há uma equipe que está por trás deles e os capacitando, garantindo que eles possam cumprir suas funções”. Segundo ele, “todas essas pessoas são os heróis anônimos do sistema da ONU”. 

Unidade 

Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “no seu nascimento, as Nações Unidas eram um símbolo de unidade global, hoje é o epicentro”. Para ele, a missão da ONU “é mais importante do que nunca.” 

Guterres destacou a necessidade de prevenir conflitos e promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo, defender os direitos humanos promovendo a justiça e melhorar os padrões de vida, protegendo o planeta e garantindo a igualdade de direitos entre mulheres e homens. 

O secretário-geral afirmou que mundo só poderá cumprir essas ambições trabalhando juntos. 

Segundo ele, “a cooperação internacional é a única maneira de derrotar a pandemia da COVID-19 e uma emergência climática, que aumentam a desigualdade e disseminam o ódio”. 

Sucesso

O chefe da ONU afirmou que a organização deve medir seu sucesso “pelas vidas que salva, o sofrimento que ameniza, a paz que constrói, as oportunidades que cria, os direitos que protege”. 

Ele destacou “as mulheres e os homens das Nações Unidas que se esforçam para dar vida a esse trabalho 24 horas por dia e em todo o mundo”, dizendo que é esse espírito que tem alimentado a organização por 75 anos e assim continuará. 

Durante o encontro, a enviada especial do secretário-geral sobre a Juventude, Jayathma Wickramanayake, moderou ainda um debate interativo com funcionários da ONU de diferentes origens e níveis de experiência de campo.