Prosperidade urbana: 102 municípios de Alagoas são avaliados por metodologia das Nações Unidas
30 julho 2024
Os resultados foram calculados pelo Índice de Prosperidade das Cidades, metodologia do ONU-Habitat aplicada em mais de 50 países.
Qualidade de vida e sustentabilidade ambiental fazem parte das seis dimensões avaliadas para classificar os níveis de prosperidade dos municípios.
O relatório completo acaba de ser disponibilizado no site do Visão Alagoas 2030.
Pela primeira vez, os 102 municípios de Alagoas foram avaliados em termos de prosperidade urbana. O ONU-Habitat, em parceria com o Governo de Alagoas, expandiu o cálculo do Índice de Prosperidade das Cidades (IPC) para todo o estado, que anteriormente incluía apenas Maceió. O recém-lançado relatório está disponível no site do Visão Alagoas 2030.
O Índice de Prosperidade das Cidades (IPC) é uma metodologia global do ONU-Habitat aplicada em mais de 500 cidades ao redor do mundo. Ela auxilia governos locais na identificação de áreas prioritárias para políticas públicas. Como métrica e instrumento de diálogo político, o IPC permite a criação de indicadores que medem avanços e identificam desafios, informações essenciais para a formulação de políticas públicas eficazes.
O cálculo do IPC é feito com dados disponíveis em fontes públicas e abertas, como DATASUS e IBGE. Os municípios recebem notas de 0 a 100 – sendo 0 "muito fraco” e 100 "muito sólido" – nas seis dimensões da prosperidade: governança, produtividade, infraestrutura para o desenvolvimento, qualidade de vida, equidade e inclusão social, sustentabilidade ambiental e governança e legislação.
Essas dimensões funcionam como engrenagens de uma roda – a Roda da Prosperidade. Quanto maior a harmonia entre as dimensões, melhor a roda gira, ilustrando a relação indissociável entre elas para que os municípios alcancem um desempenho sólido de prosperidade.
"Expandir o Índice de Prosperidade das Cidades para todos os 102 municípios de Alagoas é um marco importante. Pela primeira vez, temos uma visão completa das condições de vida em todo o estado. Essa é uma metodologia global do ONU-Habitat que tem servido de referência para a avaliação do bem-estar das populações de cidades em todo o mundo, e está diretamente alinhada com o Visão Alagoas 2030, nossa parceria com o Governo do Estado para construir uma visão de futuro para Alagoas", avalia a coordenadora de Programas do ONU-Habitat, Paula Zacarias.
Prosperidade urbana em Alagoas
Na média geral de Alagoas, nenhuma das seis dimensões atingiu os níveis "sólido" ou "muito sólido". As maiores notas foram para Governança e Legislação (66,5) e Qualidade de Vida (61,40), enquanto Sustentabilidade Ambiental recebeu 33,1, indicando a necessidade de priorizar políticas públicas para essa área. Quando desagregados, os dados mostram desigualdades no desempenho entre as regiões do estado, mas apontam algumas tendências gerais.
A velocidade média da banda larga, por exemplo, foi classificada como "fraca" ou "muito fraca" em todas as quatro regiões, inclusive na região metropolitana de Maceió. O acesso à internet rápida e de qualidade é essencial para garantir a inclusão digital e o acesso a diversos serviços públicos, o que fica comprometido onde esses índices são baixos. Além disso, baixos níveis de acesso à internet de qualidade podem refletir lacunas no desenvolvimento econômico.
Por outro lado, a relação entre homens e mulheres de 15 a 19 anos no ensino médio teve uma boa performance em todas as regiões de Alagoas, com notas acima de 70. Esses dados indicam um bom equilíbrio em termos de acesso à educação, recomendando a consolidação das políticas urbanas que garantam o acesso equitativo à educação secundária e combatam estereótipos e práticas discriminatórias de gênero.
"O Índice de Prosperidade das Cidades nos proporciona uma visão abrangente e estática de um período específico do território alagoano, identificando disparidades regionais na qualidade dos serviços e infraestrutura. É interessante ver que algumas áreas identificadas como prioritárias já estão sendo focadas por nossas políticas públicas, inclusive. A sistematização desses dados é essencial para fomentar políticas públicas baseadas em evidências, complementando outras iniciativas do Visão Alagoas 2030, como o Observatório de Políticas Públicas", exaltou a secretária da Fazenda do Estado de Alagoas, Renata dos Santos.
Para saber mais, siga @onuhabitatbr nas redes e visite a página: https://visaoalagoas2030.al.gov.br/
Contato para imprensa:
- Thayane Massopust, ONU-Habitat: thayane.massopust@un.org