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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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27 novembro 2024
Relatório do UNAIDS mostra que defesa dos direitos humanos é essencial para acabar com a AIDS
“Apesar do enorme progresso feito na resposta ao HIV, as violações dos direitos humanos ainda estão impedindo o mundo de acabar com a AIDS”, disse Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS. “Quando meninas são negadas à educação; quando há impunidade para a violência de gênero; quando as pessoas podem ser presas por quem são ou por quem amam; quando uma visita aos serviços de saúde é perigosa para as pessoas por causa da comunidade a que pertencem – o resultado é que as pessoas são impedidas de acessar os serviços de HIV que são essenciais para salvar suas vidas e acabar com a pandemia de AIDS. Para proteger a saúde de todas as pessoas, precisamos proteger os direitos de cada pessoas.” Dados globais sobre HIVDas 39,9 milhões de pessoas vivendo com HIV, cerca de 23% (9,3 milhões) ainda não acessam o tratamento antirretroviral. Em 2023, 630 mil pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS, e 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo testaram positivo para o HIV. Em pelo menos 28 países, o número de novas infecções por HIV está aumentando. Para reduzir a trajetória da pandemia, é crucial que os programas que salvam vidas possam ser alcançados sem medo por quem precisa deles. Diariamente, em 2023, 570 jovens mulheres e meninas com idades entre 15 e 24 anos foram infectadas pelo HIV. Em pelo menos 22 países da África Oriental e Austral, mulheres e meninas dessa faixa etária têm três vezes mais chances de viver com HIV do que meninos jovens homens. “A nenhuma menina deve ser negada a educação e à informação necessária para se manter segura. A discriminação e a violência contra meninas devem ser tratadas como uma emergência de direitos humanos e saúde”, disse Nomonde Ngema, ativista de 21 anos que fala sobre HIV. A criminalização e estigmatização impedem o acesso a serviços de HIV Na Declaração Política de 2021 sobre o Fim do HIV/AIDS, os países se comprometeram a garantir que até 2025 menos de 10% dos países tenham estruturas jurídicas e políticas restritivas que levem à negação ou limitação do acesso aos serviços de HIV. No entanto, em 2023, 63 países ainda criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. Essas leis estão prejudicando a resposta ao HIV: Entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, a prevalência do HIV é cinco vezes maior em países que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo do que naqueles que não criminalizam. “Leis e políticas punitivas mantêm as pessoas vulneráveis longe da ajuda de que precisam para prevenir o HIV, testar o HIV e tratar o HIV”, disse Axel Bautista, gerente de engajamento comunitário da MPact Global Action for Gay Men’s Health & Rights (Ação Global MPact para a Saúde e Direitos dos Homens Gays, em tradução livre para o português). “Em vez de punir comunidades marginalizadas, os governos precisam defender seus direitos humanos.” Inovações científicas na prevenção ao HIVA ciência continua a inovar contra a AIDS Medicamentos de ação prolongada que precisam ser utilizados apenas algumas vezes por ano podem mudar a realidade em relação à prevenção ao HIV, mas apenas se uma abordagem de direitos humanos for adotada para compartilhar a tecnologia, reduzir os preços e permitir a produção em todas as partes do mundo. “Ferramentas médicas que salvam vidas não podem ser tratadas apenas como mercadorias”, disse Alexandra Calmy, líder de HIV dos Hospitais Universitários de Genebra. “As opções terapêuticas e preventivas revolucionárias que estão sendo desenvolvidas atualmente devem ser acessíveis sem demora para alcançar a cobertura universal.” “Nós conhecemos o caminho para construir uma sociedade na qual todas e todos prosperamos”, disse Jeanne Gapiya-Niyonzima, primeira pessoa no Burundi a anunciar publicamente que vivia com HIV e fundadora da Association for Support for HIV-Positive People with AIDS (ANSS), Associação de Apoio às Pessoas HIV-Positivas com AIDS, em tradução literal para o português. “Se o mundo quer acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública, precisa proteger os direitos de cada pessoa.” Sobre o Lançamento O lançamento aconteceu no dia 26 de novembro e teve a participação da Cecília Ishitani, representante da Missão Permanente do Brasil junto à ONU e demais Organismos Internacionais em Genebra. Entre as informações mencionadas, Cecília lembrou que o Brasil foi o primeiro país do mundo a oferecer tratamento gratuito para as pessoas vivendo com HIV, mencionou legislação que protege os direitos das pessoas vivendo com HIV e do compromisso do G20, liderado pelo Brasil, para acabar com a AIDS até 2030. Cecília também reforçou as 900 mil pessoas em tratamento e orçamento de U$ 500 milhões para a resposta ao HIV.Sobre o Relatório GlobalO relatório inclui dez ensaios de lideranças convidadas na resposta global à AIDS, incluindo: Elton John; Thabo Makgoba, arcebispo da Cidade do Cabo; Michael D. Higgins, presidente da Irlanda; Volker Türk, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos; e Adeeba Kamarulzaman, ex-presidente da Sociedade Internacional de AIDS.O Relatório Global está disponível, em inglês, na página de Relatórios e Publicações do UNAIDS. Abaixo, segue o sumário executivo, também em inglês, com a principais informações do documento.Contato para a imprensa: Thainá Kedzierski | Tel. +55 61 99304-2654 | kedzierskith@unaids.org
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25 novembro 2024
Brasil encerra presidência do G20 com compromissos ambiciosos
Mais de 140 reuniões, em 15 cidades brasileiras, além de dezenas de encontros de grupos de trabalho, durante um ano intenso de negociações. Assim o Brasil conduziu as discussões sobre as três prioridades que definiu ao assumir a presidência do G20 pela primeira vez: inclusão social e combate à fome e à pobreza; desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática; e reforma das instituições de governança global.O Brasil levou para a pauta das discussões econômicas o combate à fome, a igualdade étnico-racial, o empoderamento feminino, a energia renovável e a sustentabilidade. O resultado foi a adoção de uma Declaração de Líderes que consolida o apoio a temas sem precedente na história do grupo, como a tributação progressiva, especialmente de indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto, o reconhecimento do potencial da bioeconomia para o crescimento econômico e o fortalecimento da Assembleia Geral das Nações Unidas.Para que a conversa entre as grandes potências econômicas do mundo avançasse nesses e em outros temas, o país contou com o apoio do Sistema ONU ao longo de todo o processo. O Secretariado e as agências especializadas, fundos e programas estiveram envolvidos nas negociações tanto no nível das sedes quanto no nível nacional, de maneira coordenada. “As temáticas prioritárias promovidas pela presidência brasileira do G20 estiveram claramente alinhadas às diretrizes de atuação das Nações Unidas, como estipulado na Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no recém-aprovado Pacto para o Futuro”, explicou a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks. “Com isso, a ONU pôde aportar contribuições substantivas para os debates, tanto na fase preparatória quanto durante as muitas reuniões realizadas durante o ano”.A Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro dias 18 e 19 de novembro, encerrou a presidência brasileira e contou com a participação do secretário-geral da ONU, António Guterres. “Vim ao Rio com uma mensagem simples: os líderes do G20 devem liderar. Os países do G20, por definição, têm uma enorme influência econômica. Eles exercem uma enorme influência diplomática. Eles devem usá-la para resolver os principais problemas globais,” afirmou. Foco socialUm dos grandes destaques do G20 foi o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza com 148 adesões, incluindo 82 países, a União Africana, a União Europeia e nove instituições financeiras internacionais. A Aliança tem como meta alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2 e, entre seus membros fundadores, estão 14 entidades do Sistema das Nações Unidas, que trazem para a iniciativa sua experiência acumulada no combate à pobreza e à fome.Uma marca da presidência brasileira do G20 foi a ampliação do espaço para que diversas instituições do Estado e não-governamentais pudessem se engajar ativamente nas discussões e influenciar os resultados. Exemplos disso foram o U20, que abordou temas urbanos e envolveu governos municipais, o P20, que trouxe para as negociações os parlamentos dos países membros, e o G20 Social, que deu voz à sociedade civil.Na Cúpula de Líderes do G20, o governo brasileiro e as Nações Unidas também lançaram uma iniciativa conjunta para combater a desinformação climática. A Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudança nasceu como colaboração dedicada e multilateral entre Estados e organizações internacionais, para financiar pesquisas e ações que promovam a integridade da informação sobre questões climáticas que requerem ações urgentes.Com o encerramento do período de presidência do G20, o Brasil se prepara para presidir outros dois fóruns internacionais estratégicos em 2025: o Brics e a COP30. As discussões e consensos aprovados na Declaração de Líderes servirão de base para avanços futuros, e o Sistema ONU já está trabalhando lado a lado com várias instâncias do governo brasileiro para apoiar a preparação técnica de ambos os fóruns.
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25 novembro 2024
Uma mulher ou menina é morta a cada 10 minutos por seu parceiro íntimo ou outro membro da família
No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, da ONU Mulheres e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revela que o feminicídio - forma mais extrema de violência contra mulheres e meninas - continua sendo um problema generalizado em todo o mundo.Globalmente, 85.000 mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023. Desses homicídios, 60% - 51.000 - foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos, ou seja, uma mulher ou menina assassinada a cada 10 minutos.Em 2023, a África registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguida pelas Américas e pela Oceania. Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas no ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto em outras regiões os principais agressores foram membros da família.Em sua mensagem para a data, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que "a epidemia de violência contra mulheres e meninas envergonha a humanidade." Guterres enfatizou que "precisamos de ações urgentes em prol da justiça e da responsabilidade, e de apoio para a defesa de direitos." A diretora-executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, destacou que "a violência contra mulheres e meninas não é inevitável—é prevenível. Precisamos de legislação robusta, coleta de dados aprimorada, maior responsabilidade governamental, uma cultura de tolerância zero e mais financiamento para organizações de direitos das mulheres e órgãos institucionais." "À medida que nos aproximamos do 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 2025, é hora de líderes mundiais se UNIRem e agirem com urgência, renovar compromissos e direcionar os recursos necessários para acabar com essa crise de uma vez por todas“, disse Sima Bahous. Para a diretora-Executiva do UNODC, Ghada Waly, “o novo relatório sobre feminicídios destaca a necessidade urgente de sistemas de justiça criminal eficazes que responsabilizem os perpetradores, ao mesmo tempo em que garantam apoio adequado para as sobreviventes, incluindo acesso a mecanismos seguros e transparentes de denúncia."“Ao mesmo tempo, precisamos confrontar e desmantelar os preconceitos de gênero, os desequilíbrios de poder e as normas prejudiciais que perpetuam a violência contra as mulheres", afirmou Ghada Waly. Para a representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, “Transformar normas sociais que criam as condições de tolerância para a violência, principalmente aquelas ligadas à organização social do patriarcado e assimetrias de poder com base no gênero, também é absolutamente indispensável”"Nenhum país está livre do feminicídio. Por isso, nosso trabalho tem foco em buscar e compartilhar práticas promissoras que possibilitem real impacto na vida das mulheres e meninas. O primeiro passo é garantir acesso à informação como direito humano primordial. Conhecer seus direitos, saber como exercê-los e onde buscar apoio em situações de violência." - Ana Carolina Querino, ONU-Mulheres no Brasil O 30º aniversário da Plataforma de Ação de Pequim, em 2025, juntamente com a rápida aproximação do prazo de cinco anos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, apresenta uma oportunidade crítica para mobilizar todas as partes interessadas para ações decisivas e urgentes em prol dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. Isso inclui acabar com a impunidade e prevenir todas as formas de violência contra mulheres e meninas.21 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero Por meio da campanha dos 21 Dias de Ativismo, as Nações Unidas convocam todas as pessoas a unir forças e exigir a responsabilidade e ação por parte de tomadores de decisão. Uma campanha global nas redes sociais foi lançada para mobilizar vozes contra a violência de gênero, utilizando as hashtags #NãoTemDesculpa e #21Dias. Sob o tema “UNA-SE pelo fim da violência contra mulheres e meninas”, a campanha global do secretário-geral da ONU compartilha conhecimento e mobiliza todas as pessoas em um chamado global para eliminar a violência contra mulheres e meninas de maneira definitiva. Para saber mais, leia o relatório completo (em inglês) e visite a página da campanha: https://www.onumulheres.org.br/noticias/naotemdesculpa-una-se-2024/ Contato para a imprensa: Pedro Nogueira, Oficial de Comunicação, ONU Mulheres Brasil: pedro.nogueira@unwomen.org
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18 outubro 2023
Como combater o discurso de ódio nas redes sociais?
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Confira as 10 dicas para ajudar a combater o discurso de ódio nas redes sociais:
1. Coloque-se no lugar das outras pessoas:
Pense duas vezes antes de expressar um julgamento ou opinião nas redes sociais e pergunte a si mesmo(a) se isso pode prejudicar, ofender ou agredir alguém.
2. Submeta as opiniões, informações e imagens a 3 filtros:
CONFIANÇA: vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?
VERIFICAÇÃO: baseia-se em fatos verificados, evidências e informações comprovadas?
UTILIDADE: qual é o propósito e quais benefícios traz para mim e para outras pessoas?
3. Converse sobre direitos e temas complexos da realidade social com seus familiares, amigos e colegas:
4. Perca o medo de identificar discursos de ódio e discriminação:
Se um membro da sua família ou pessoa conhecida compartilhar uma piada ou expressão racista, sexista ou que promova o ódio ou discriminação, informe, de forma gentil e cordial, que tal mensagem não está correta e explique de maneira clara e concisa o porquê.
5. Aja com responsabilidade nas redes sociais:
Use as redes sociais para aprender coisas novas, reunir seus amigos e pessoas queridas, criar oportunidades econômicas e fortalecer laços de amizade.
6. Não caia na provocação:
Evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão.
7. Denuncie:
Quando encontrar uma mensagem que promova o ódio ou a discriminação, utilize as ferramentas oferecidas pela rede social para denunciar.
8. Informe-se:
Busque informações, guias e apoio contra o discurso de ódio.
9. Busque apoio legal:
10. Liberte-se dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação:
Nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável. Revise seus costumes e práticas diárias.
Saiba mais:
Informe da ONU sobre integridade da informação nas plataformas digitais
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) publicou, em outubro de 2023, a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
A estratégia e o plano de ação da ONU
Em resposta à tendência alarmante do aumento do discurso de ódio em todo o mundo, o secretário-geral da ONU lançou, em 18 de junho de 2019, a Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre Discurso de Ódio.
Buscando melhorar a resposta da ONU ao fenômeno global do discurso de ódio, essa estratégia é o resultado de uma estreita colaboração entre 16 entidades do Grupo de Trabalho da ONU sobre Discurso de Ódio e é coordenada pela Assessora Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.
A Estratégia assume o firme compromisso de intensificar a ação coordenada para combater o discurso de ódio, tanto em nível global quanto nacional.
Visão
A Estratégia e o Plano de Ação reconhecem que o discurso de ódio tem o potencial de incitar a violência e minar a unidade social. A Estratégia reconhece que o discurso de ódio tem sido um precursor de crimes atrozes, incluindo genocídio, nos últimos 75 anos.
A abordagem de coordenação dos esforços de todo o sistema da ONU para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio está fundamentada em padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, princípios de igualdade e não discriminação, bem como outros direitos fundamentais.
A Estratégia tem como objetivo dar às Nações Unidas o espaço e os recursos para enfrentar o discurso de ódio, que representa uma ameaça aos princípios, valores e programas da ONU. Ela orienta o sistema das Nações Unidas sobre como lidar com o discurso de ódio e inclui maneiras de apoiar a ação dos coordenadores residentes da ONU nos Estados-membros.
Princípios e compromissos fundamentais
A Estratégia e o Plano de Ação consistem em 13 compromissos de ação do sistema das Nações Unidas, com base em quatro princípios fundamentais:
A Estratégia e sua implementação devem estar alinhadas com o direito à liberdade de opinião e expressão, já que a ONU apoia um discurso mais positivo - e não menos discurso - como a principal forma de lidar com o discurso de ódio.
O combate ao discurso de ódio é responsabilidade de todas as pessoas. Isso significa que todos(as) nós devemos agir: governos, sociedades, o setor privado, começando pelos indivíduos.
A ONU pretende apoiar uma nova geração de cidadãos digitais, capacitados para reconhecer, rejeitar e enfrentar o discurso de ódio na era digital.
Como uma ação eficaz deve ser apoiada por um melhor conhecimento, a Estratégia exige a coleta coordenada de dados e pesquisas, inclusive sobre as causas básicas, os motivadores e as condições que impulsionam o discurso de ódio.
Saiba mais e faça sua parte:
Quais são as consequências do discurso de ódio?
Como proteger as crianças do discurso de ódio?
Confira a mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Visite a página do Escritório da Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio (em inglês).
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): unicrio@onu.org.br.
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História
03 dezembro 2024
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
A refugiada iraniana Mah Mooni, que teve sua perna amputada devido a um acidente de trânsito aos 14 anos, sempre sonhou em ser cantora. Mas, pelas leis do seu país, ela só poderia cantar como segunda voz de homens ou em coral. Ela veio ao Brasil “em busca de viver como uma mulher livre” e superou os desafios iniciais de integração, cantando em apresentações solo ou em bandas, ambas evidenciando seu talento. Mah Mooni é um exemplo da luta de pessoas com deficiência por seus direitos.A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem como prioridade garantir que pessoas refugiadas com deficiência tenham acesso a direitos e proteção plenos e condizentes às suas necessidades específicas. Isso contempla a promoção da acessibilidade, a garantia de apoio especializado e a integração em políticas públicas inclusivas nas áreas de saúde, educação e meios de subsistência, para que iniciativas de resposta a emergências humanitárias não deixem as PcD para trás. Em 3 de dezembro, comemora-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A data foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992, com o propósito de promover a compreensão sobre as questões da deficiência e mobilizar apoio à dignidade, aos direitos e ao bem-estar das pessoas com deficiência. O tema da campanha de 2024 é “ampliar a liderança de pessoas com deficiência para um futuro inclusivo e sustentável". Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), há cerca de um bilhão de pessoas com deficiência (PcD), ou 15% da população mundial. Essas pessoas enfrentam discriminações múltiplas e diversas barreiras de acesso a espaços físicos e a direitos básicos, como saúde, educação e lazer. No campo do trabalho, por exemplo, aproximadamente 80% das pessoas com deficiência estão em idade permitida para o trabalho, mas frequentemente seu direito ao trabalho decente é negado. Em comparação com as pessoas sem deficiência, as PcD, especialmente as mulheres, enfrentam maiores taxas de desemprego e inatividade econômicaNo Brasil, de acordo com a PNAD Contínua 2023 do IBGE, a população com deficiência foi estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. Ainda segundo o IBGE, as pessoas com deficiência têm menos acesso à educação, ao trabalho e à renda. A inclusão de pessoas com deficiência requer políticas e esforços integrados e contínuos. Além do trabalho conjunto entre governos, organizações da sociedade civil e agências especializadas, fundos e programas do Sistema das Nações Unidas, é essencial reconhecer as pessoas com deficiência como protagonistas em suas próprias histórias. Por isso, a plena inclusão de pessoas com deficiência é um tema transversal do Marco de Cooperação da ONU no Brasil. Um grupo de trabalho específico coordena a atuação das entidades do Sistema ONU para impulsionar a implementação da Estratégia de Inclusão de Pessoas com Deficiência da ONU, promovendo uma abordagem integrada que alia medidas específicas a práticas inclusivas em programas e operações.Ações da ONU no Brasil: Inclusão, dignidade e direitos "Por que as crianças com deficiência não frequentam os parques?" Quem pergunta é Rafaela Moreira de Freitas, que vive com ataxia espinocerebelar, doença que afeta o equilíbrio. Ela mesa responde: “Poucos têm brinquedos acessíveis”. Para transformar os parques de São Paulo em locais mais acessíveis, o Programa da ONU para os Assentamento Humanos (ONU-Habitat), em parceria com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), desenvolve o projeto Viva o Verde SP, que busca promover melhorias nesses espaços e garantir que pessoas com deficiência possam desfrutar desses ambientes públicos com dignidade. Inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalhoEm parceria com organizações públicas e privadas, a OIT promove a educação inclusiva, o cumprimento da Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência e a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Isso é feito por meio de projetos como o Viver sem Limites, que assegura que pessoas com deficiência ingressem e se mantenham na universidade, o Trabalho Acessível, que realiza a busca ativa de pessoas com deficiência, oferta cursos de qualificação profissional e atendimento qualificado e assessoramento à empresas no cumprimento de cotas, e o Construindo com a Diversidade, que promove a inclusão digital e desenvolvimento socioemocional para pessoas com deficiência. A OIT trabalha pela implementação de duas convenções internacionais ratificadas pelo Brasil: a Convenção Nº 111, sobre discriminação em matéria de Emprego e Profissão de Emprego e Profissão, e a Convenção No. 159, determina que os trabalhadores e as trabalhadoras com deficiência tenham os mesmos direitos e oportunidades que os demais. Para isso, promove a qualificação profissional, o acesso ao ensino superior, o desenvolvimento de competências socioemocionais voltadas para o mercado de trabalho, a sensibilização de empresas sobre os benefícios da diversidade e inclusão, além do fortalecimento de políticas púbicas de inclusão. Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaComo parte de projeto realizado em parceria com a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDPD/MDHC), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apoiou a realização da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em julho de 2024, além de ações de capacitação sobre a avaliação biopsicossocial da deficiência, consultorias para políticas públicas e acessibilidade digital. Juntamente com o Conselho Nacional de Justiça, o PNUD está trabalhando no diagnóstico sobre acessibilidade e inclusão no Poder Judiciário, com foco em acessibilidade arquitetônica, tecnológica e comunicacional. No âmbito do Mutirão Processual Penal, com a substituição da pena de privação de liberdade para gestantes, mães, pais e responsáveis por crianças e pessoas com deficiência, cerca de três mil mulheres nessas condições tiveram as prisões preventivas revistas para prisão domiciliar, monitoração eletrônica ou liberdade provisória com medidas cautelares.Inclusão na educação, cultura e arteA UNESCO tem promovido a inclusão de pessoas com deficiência na educação formal e sua participação em atividades culturais e artísticas, incentivando que museus, monumentos e eventos sejam acessíveis. Além disso, promove o desenvolvimento de tecnologias assistivas e ferramentas digitais acessíveis. Com o Instituto Alana, o Instituto Rodrigo Mendes, a Globo e o Ministério da Educação, promoveu um debate sobre conquistas e desafios para a educação inclusiva.Ativismo e empoderamento da juventudeUma das ações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil para dar visibilidade às pessoas com deficiência e para defender seus direitos acontece na composição do Conselho Consultivo e do grupo de Jovens Ativistas. Um exemplo é o influenciador digital João Vitor de Paiva (24), jovem com síndrome de down morador de Goiânia, que atuou como membro do Conselho Jovem e, neste ano, foi nomeado Jovem Ativista do UNICEF no Brasil, durante uma sessão especial em comemoração dos 35 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança. “Sou um jovem ativista para defender a minha causa e outras causas e contribuir para a sociedade, para manifestar o que a gente quer. E o que eu quero é promover a inclusão e ajudar muita gente a não ser excluída e invisível na sociedade.” - João Vitor de Paiva, Jovem Ativista do UNICEF no Brasil As mulheres com deficiência enfrentam vulnerabilidades ampliadas no campo da saúde sexual e reprodutiva. Um exemplo disso é que menos de 8% das maternidades públicas no país possuem estrutura acessível para atender pessoas com deficiência, e nenhuma delas oferece acessibilidade para pessoas com deficiência visual.Para derrubar essas e outras barreiras, o UNFPA atua na iniciativa Novo Viver sem Limites, com ações voltadas para a promoção de direitos básicos, enfrentamento ao capacitismo e fortalecimento de políticas públicas inclusivas. o UNFPA também apoia a coleta e análise de dados desagregados, fundamentais para combater a subnotificação e planejar ações mais eficazes, além de colaborar com a difusão de boas práticas em cooperação internacional. Descubra mais e faça sua parte:Legislação brasileira:Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei Nº 13.146/15)Plano Plurianual (2024-2027)Políticas e ações das Nações Unidas sobre pessoas com deficiência: Convenção sobre os Direitos das Pessoas com DeficiênciaEstratégia da ONU de Inclusão de Pessoas com Deficiência30 anos da Declaração de Salamanca sobre Educação InclusivaPolítica do ACNUR de Idade, Gênero e Diversidade Guia “Incluir: o que é, como e por que fazer?", da OIT, Ministério Público do Trabalho e Instituto AmankaySiga @onubrasil nas redes!
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História
25 outubro 2024
Dia da Visibilidade Intersexo 2024
No Dia Internacional da Visibilidade Intersexo, celebrado em 26 de outubro, a campanha Livres & Iguais da ONU destaca a luta contra a discriminação e violações de direitos enfrentadas por pessoas intersexo, a partir da experiência da presidente da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), Thais Emilia.As pessoas intersexo nascem com caraterísticas sexuais físicas (anatomia, os órgãos reprodutores, os padrões hormonais e/ou cromossomos, por exemplo) que não se enquadram nas definições típicas para corpos masculinos ou femininos. Assim, é um termo guarda-chuva que descreve diversas variações corporais, que, segundo estimativas, compreendem até 1,7% da população mundial.Em 2016, Thais Emília, uma das fundadoras e atual presidente da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), já mãe de dois filhos e atuante na área de educação inclusiva, teve Jacob Christopher*. Mesmo sabendo desde o pré-natal que seu filho era intersexo, isso não dissipou as dúvidas.“As orientações médicas iniciais foram para fazer uma vagina nele e educá-lo como menina. Questionei, então outro médico disse que, depois de adultos, muitos voltavam pedindo para reverter, mas que, infelizmente, era impossível. Então eu falei que não ia operar coisa nenhuma”, ela decidiu.Por conta da indefinição quanto ao sexo, a família não conseguiu registrar o nascimento da criança e, sem esse documento, a mãe não teve direito à licença maternidade.Nesse contexto, Thais Emília conhece Olívia Denardi, que viria a ser a primeira presidente da ABRAI. “Ela é a primeira pessoa que eu conheço do ativismo intersexo. Ela me conta a história dela, me acolhe e eu sinto necessidade de uma associação que cuide de crianças intersexo, que dê orientação”, relembra Thais Emília.Dessa forma, a ABRAI surge do encontro entre ativistas que se reuniram em torno do trabalho que já vinha sendo realizado na página do Facebook, “Visibilidade Intersexo”. Finalmente, em 2020, com o apoio da OAB, a associação é formalizada.Atualmente, a ABRAI tem 13 projetos, sendo os principais a articulação para apoiar e desenvolver políticas públicas para a população intersexo, capacitações voltadas para médicos e atuação direta com mães de crianças intersexo. “Em 2017, eu perguntava nas palestras quem sabia o que era intersexo, ninguém ou muito poucos levantam a mão. Hoje, metade do auditório sabe”, compara Thais Emília.Assim como ocorre com a ABRAI, ao redor do mundo, organizações de direitos das pessoas intersexo desempenham um papel fundamental, oferecendo apoio, educando e rebatendo preconceitos, além de coletando dados sobre essas violações.A atuação da sociedade civil também contribui com o Estado na promoção de políticas públicas voltadas à população intersexo. Somente neste ano, o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ aprovou um formulário padrão sobre identidade de gênero, orientação sexual e características sexuais para melhorar a coleta de dados e políticas públicas. E, em maio, a portaria 1.693 do Ministério da Saúde ajustou os sistemas do SUS para permitir que pessoas intersexo agendem consultas e exames, reconhecendo suas identidades de gênero autodeterminadas.* Jacob Christopher, filho de Thaís Emília, faleceu antes de completar 2 anos de idade, e hoje inspira a atuação da ABRAI, para que crianças intersexo possam exercer o direito de existir tal como são.Apoio internacional: a ONU Direitos Humanos e pessoas intersexoCompletando uma década no Brasil em 2024, a Livres & Iguais, liderada pela ONU Direitos Humanos no Brasil, é a campanha da ONU para a igualdade LGBTIQ+, atua para o fortalecimento de capacidades e a facilitação do diálogo entre a sociedade civil e as instituições do estado.“Desde antes da fundação da ABRAI, a ONU e a Livres & Iguais já estavam em contato conosco para apoiar e ouvir nossas questões, procurando facilitar que nossas vozes fossem ouvidas”, afirma Thais Emília.Como os sugeridos para Jacob, procedimentos médicos para adequar a aparência aos estereótipos binários de gênero são comuns, mas podem causar dor, infertilidade, incontinência urinária e perda do prazer sexual.Em abril, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou a resolução que apela para que os Estados intensifiquem os esforços de combate à discriminação, à violência e às práticas nocivas contra as pessoas intersexo. Além disso, a ONU Direitos Humanos recomenda que os países proíbam esses procedimentos desnecessários, garantindo a integridade física e a autonomia das pessoas.Neste Dia da Visibilidade Intersexo, reafirmamos o compromisso com a igualdade de direitos, reconhecendo os passos dados, mas também reforçando o combate a falta de visibilidade, os preconceitos e os tabus que perpetuam as violações de direitos das pessoas intersexo.Conheça mais sobre o tema:Nota técnica da Campanha Livres & Iguais sobre pessoas intersexoNota Informativa sobre Violações de Direitos Humanos das Pessoas IntersexoEm 2018, durante a Conferência Internacional [SSEX BBOX], a Livres & Iguais entrevistou ativistas que explicam o que é ser intersexo https://youtu.be/TUGv8axyhzYVozes da Diversidade, documentário realizado pela ABRAI: https://youtu.be/xj3NUqre514
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História
25 outubro 2024
Uma corrente de esperança em meio às chuvas no Sul
Em Canoas, no Rio Grande do Sul, uma cena comum após as enchentes que devastaram a região entre abril e maio de 2024 era a de famílias tentando reconstruir suas vidas. Entre elas, estava Elisabete Conceição da Silva, uma avó que cuida de seus três netos: Pedro Henrique, de 11 anos, Manuela, de 6, e Ravi, de 4 anos, que é autista. Assim como milhares de pessoas no estado, eles perderam quase tudo — desde documentos até os brinquedos que antes enchiam a casa de alegria. A vida de Elisabete foi virada de cabeça para baixo pela enchente. "Eles perderam tudo, eles não têm mais identidade, eles não têm brinquedos, não têm bicicleta, não têm o quartinho deles, foi tudo fora", conta ela com um misto de tristeza e resignação. Com o início das aulas ainda incerto, as crianças enfrentavam mais do que a perda material: a falta de rotina e de um espaço seguro afetava profundamente seu bem-estar emocional. "Eles já estavam quase em depressão, sabe? Eles só me perguntam quando vai começar as aulas e a gente não sabe responder." Foi em meio a essa incerteza que Elisabete e sua família encontraram o “Espaço da Gurizada”, um local seguro e acolhedor criado pelo UNICEF, tendo a Visão Mundial como parceiro de implementação, para apoiar crianças e adolescentes impactados pelas enchentes no Sul do país. Seu marido descobriu o espaço localizado no bairro Mathias Velho em uma manhã e, com entusiasmo, Elisabete decidiu levar Pedro e Manuela naquela tarde. Ao chegar, ela se emocionou ao ver a reação dos netos no novo ambiente, uma opção para auxiliar no cuidado das crianças. "Eu chorei. Eu digo: ‘Ai, de tarde eu vou levar eles pra lá’. E chegando aqui, encontrando esse montão de brinquedo, foi um paraíso. É tudo o que a criança gosta, o que eles não têm, porque perderam." Os “Espaços da Gurizada” são mais do que apenas locais para brincar. Eles oferecem atividades lúdicas e educativas, apoio psicológico e orientações sobre saúde e prevenção de violências, sempre com o objetivo de garantir o bem-estar e a proteção das crianças. Elisabete sentiu esse acolhimento ao ver os netos felizes novamente. "Eu vi o Pedro muito feliz, a Manuela muito feliz. Então eu tenho certeza de que cada avó, cada mãe que deixar seu netinho ou seu filhinho aqui vai se sentir realizado." Em um momento tão difícil, Elisabete se agarrou à esperança e à solidariedade que surgiu em sua comunidade. "Muito obrigada, gente, obrigada de coração por essa oportunidade maravilhosa para os meus netinhos e para essa comunidade tão sofrida." O espaço no qual Elisabete e seus netos foram acolhidos funcionou por vários meses, apoiando as famílias nos momentos em que mais precisavam. Conforme a situação em cada local foi melhorando, esses espaços foram sendo adaptados ou encerrados. Esse é um dos pontos fortes da resposta do UNICEF às chuvas: a capacidade de estar lá não apenas no momento agudo da Emergência, mas ao longo dos meses seguintes, adaptando espaços e estratégias de acordo com as necessidades das crianças e suas famílias ao longo da resposta emergencial. Atualmente, outros Espaços da Gurizada continuam em operação nos territórios, com dois locais em São Leopoldo, dois em Canoas e cinco em Porto Alegre, oferecendo suporte a quem ainda precisa de acolhimento e atividades recreativas e psicossociais. A história de Elisabete é um lembrete poderoso de como espaços seguros e iniciativas de acolhimento, como os “Espaços da Gurizada”, fazem a diferença em momentos de crise. Em meio à devastação, eles oferecem não só um lugar para as crianças serem crianças novamente, mas também um recomeço para famílias como a dela. A resposta do UNICEF às chuvas no Rio Grande do Sul conta com parceiros estratégicos como MSD e Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo, na sigla em inglês); com a parceria da Kimberly-Clark e da Takeda; e com o apoio de Amanco Wavin; Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin; Instituto Mosaic; Klabin; e Serena Energia. Para os Espaços da Gurizada, em Canosas, o UNICEF conta com a parceria de implementação da Visão Mundial. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF sobre a resposta humanitária às enchentes no Rio Grande do Sul: https://www.unicef.org/brazil/enchentes-no-rio-grande-do-sul
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História
18 fevereiro 2022
"Brasil nas Nações Unidas": Filme de 1954 revela imagens históricas da sede da ONU
Uma parte da história das Nações Unidas passou os últimos 68 anos muito bem guardada em um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro. Imagens mostrando os primórdios da Organização e o funcionamento da sede em Nova Iorque foram recuperadas há um ano pela família Strauch. Trata-se de um filme de pouco mais de dez minutos, que agora ganha importância de documento histórico.O material foi encontrado entre os pertences de Abigail Strauch, matriarca da família que faleceu em abril de 2021, perto de completar 99 anos. Dentro de uma lata estava o rolo de filme de 16 milímetros com a etiqueta “O Brasil nas Nações Unidas”, de 1954, produzido pelo conhecido dublador Herbert Richers e narrado por Waldemar Galvão – cuja fama na época vinha de seu trabalho como locutor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.Nas imagens, é possível ver como era o prédio em seus primeiros anos de funcionamento, com destaque para o serviço de tradução simultânea das reuniões e assembleias. Também aparecem as primeiras obras de arte que viriam a marcar a história da sede, como o Sino da Paz Japonês – badalado anualmente na abertura da Assembleia Geral–, a réplica da estátua Poseidon de Artemísio e até mesmo a menção ao espaço onde três anos depois seriam expostos os painéis “Guerra e Paz”, do artista brasileiro Cândido Portinari. O registro do passeio pelos corredores é feito através da perspectiva de um grupo de visitantes, composto por um menino e três brasileiras, sendo uma delas Abigail. O menino é seu filho primogênito, Carlos Henrique. “Nunca ouvimos falar deste filme antes. Eu e minha irmã imaginamos que minha mãe nunca o mencionou por ser uma memória dolorosa”, conta o engenheiro Guilherme Strauch, filho mais novo de Abigail, em entrevista concedida ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em 2022.O filme da visita é um dos últimos registros de Carlos Henrique, que faleceu aos 13 anos, pouco tempo após as gravações. “Foi uma surpresa encontrarmos estas imagens dele e da minha mãe lá. Até então, só sabíamos que o meu pai havia feito parte da delegação brasileira na ONU”, conta.Delegação do Brasil Não à toa a família Strauch é uma das protagonistas do vídeo. O patriarca Ottolmy Strauch foi um dos primeiros brasileiros a participar das atividades da ONU logo em sua fundação. Em 1946, quando ainda funcionário do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), foi indicado ao Itamaraty para ser um dos nomes a compor a secretaria do governo brasileiro nas Nações Unidas.Em seguida, entre 1952 e 1954, integrou as comitivas brasileiras que participaram das Assembleias Gerais em Nova Iorque e chegou a ser eleito, em 1953, para ocupar um cargo no Comitê de Contribuições da Organização. Recebeu 50 votos de um total de 54, estabelecendo naquele ano um recorde na eleição do Comitê.É por este destaque que Ottolmy aparece no vídeo. Durante alguns segundos é possível acompanhar parte de seu discurso ressaltando o papel do Brasil na tarefa de garantir que as finanças da ONU fossem geridas da forma mais eficiente possível, assegurando assim recursos para a paz e o desenvolvimento social dos países mais vulneráveis.“Eu acho difícil desassociar a surpresa em ter encontrado esse vídeo histórico da emoção em rever minha família e o orgulho da participação do meu pai. Ali a ONU estava começando, o mundo tinha acabado de sair de uma grande guerra e a Organização estava tentando estabelecer acordos, reconstruir a paz. É um grande orgulho saber que o Brasil tinha um grande destaque nisso”, relata Guilherme. A coordenadora-residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, destaca a importância do Brasil na diplomacia internacional e do filme:“Conhecemos, por documentos históricos, a participação do Brasil na fundação da Organização das Nações Unidas e acompanhamos, por décadas, esse protagonismo se materializar em forma de acordos que ajudaram a construir e até hoje guiam as ações da ONU em todo o mundo, como a própria Agenda 2030. Ter a oportunidade de assistir a uma pequena parte desse processo nesse vídeo é emocionante”. DigitalizaçãoO achado da família coincide com a recente capacitação do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (LUPA-UFF) para digitalização de filmes. Inaugurado em 2017, o LUPA é o único espaço do tipo a operar dentro de uma universidade e foi só no ano passado que conseguiu os equipamentos necessários para digitalizar filmes como este. Focado em rastrear vídeos amadores e que remontem pedaços da história do Rio de Janeiro, o LUPA é comandado pelo professor Rafael de Luna Freire. Foi para ele que a família Strauch entregou a cópia de “O Brasil nas Nações Unidas” para digitalização e restauração.“A gente deu sorte porque filmes para durarem precisam ser guardados em baixa umidade e temperatura, sob condições estáveis. E este estava em relativo bom estado, até porque não foi muito exibido e ficou na lata por muito tempo, guardado no mesmo lugar”, explica o professor. ConteúdoContente com a surpresa de encontrar tantos nomes famosos envolvidos na produção, o especialista em cinema avalia que a peça documental seja um cinejornal – formato popular de informativos que eram exibidos em cinemas antes das atrações principais, numa época em que a televisão ainda não era parte da rotina das famílias.“Esse é um típico filme feito nesse contexto, onde cada audiovisual estrangeiro precisava ser exibido com um complemento nacional junto. Mas como historicamente os exibidores dos filmes não remuneravam os produtores pela criação destes curtas, era preciso que os produtores procurassem outras formas de financiar esses informativos”, explica Freire. “Geralmente este financiamento vinha em forma de propaganda ‘disfarçada’, tanto para empresas privadas como órgãos públicos etc. Era muito comum na época cinejornais como este trazerem esse tom mais institucional.”A aposta do professor é que o filme foi gravado originalmente em 35 milímetros e a cópia de 16 milímetros, considerada para fins amadores, entregue para a família Strauch como forma de agradecimento pela participação.Agora que as imagens foram digitalizadas, o LUPA ficou responsável pela preservação do rolo original, podendo exibir o conteúdo em sessões online. Com autorização da família Strauch e do LUPA, o filme completo “O Brasil nas Nações Unidas” também pode ser visto nos canais digitais da ONU Brasil.
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História
21 outubro 2024
Tecendo sonhos em São Paulo
Arody Carmen Vargas Poma, 35 anos, é uma costureira boliviana que passou a viver em São Paulo em 2020. Desde sua chegada ao Brasil, enfrentou uma série de desafios, como a falta de documentação, a ausência de uma residência fixa e a barreira do idioma. A costureira, que já passou por situações de trabalho análogo à escravidão em alguns locais onde trabalhou, é casada há um ano e agora planeja constituir uma família assim que alcançar maior estabilidade financeira. Ela é uma das participantes do curso presencial do projeto Tecendo Sonhos, conduzido pela organização não governamental Aliança Empreendedora por meio do Programa Moda Justa Sustentável, e focado em mulheres imigrantes que possuem uma oficina de costura na cidade de São Paulo. O grupo foi contemplado em uma ação de promoção da autonomia financeira e empreendedorismo que incluiu a entrega de equipamentos essenciais, como máquinas de costura industriais, extintores de incêndio, linhas de costura, tesouras de alfaiate e óculos de proteção. Dezenove costureiras que se certificaram no curso receberam kits individuais, contendo itens de segurança e ferramentas para melhorar a produtividade e garantir condições de trabalho mais seguras. Além disso, três máquinas de costura industriais foram entregues às empreendedoras destaques, escolhidas pela própria turma. Arody foi uma delas. "Foi um grande presente, são ferramentas essenciais para o nosso trabalho. A máquina foi uma grande bênção." As aquisições foram realizadas pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo - Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região. O UNOPS possui um acordo de cooperação com o MPT que permite a aplicação de recursos oriundos das ações de fiscalização da legislação trabalhista em projetos nas comunidades que sofreram danos relacionados ao direito do trabalho. A coordenadora do Programa Moda Justa Sustentável e presidente da Aliança Empreendedora, Cristina Filizzola, destacou a importância das doações: "As doações de equipamentos, materiais de segurança e ferramentas de trabalho foram fundamentais para complementar as ações do projeto com mulheres imigrantes. Além de auxiliar na adesão do grupo, elas se sentiram valorizadas. Essas entregas atendem a necessidades reais, promovendo maior segurança e agilidade no trabalho das costureiras." “Meu sonho é poder montar uma oficina organizada, como nos ensinaram, e, quem sabe, gerar trabalho para outras mulheres que também buscam independência financeira. Muitas mulheres como eu querem se sustentar e ter segurança, especialmente antes de pensar em ter filhos. Acredito que ajudar outras a conquistar isso seria uma grande realização”, diz Arody. Compras estratégicas Antes de realizar as aquisições, o UNOPS fez um estudo para conhecer a realidade das trabalhadoras da cadeia da moda no estado de São Paulo. O diagnóstico, elaborado em parceria com o MPT e a ONU Mulheres, revelou as condições precárias enfrentadas por mulheres costureiras. A pesquisa abrangeu 39.467 trabalhadoras - das quais 80% são mães e 79,3% vivem na capital paulista - e identificou desafios significativos, como terceirização, informalidade e dupla jornada, além de situações de trabalho forçado e condições análogas à escravidão. A responsabilidade produtiva recai desproporcionalmente sobre essas mulheres, que enfrentam obstáculos adicionais devido à sobrecarga de tarefas domésticas. Como parte da resposta a esses desafios, o UNOPS e o MPT desenvolveram um plano estratégico voltado ao empoderamento econômico dessas trabalhadoras. Além das entregas feitas no âmbito do projeto Tecendo Sonhos, da Aliança Empreendedora, o UNOPS também equipou galpões de dois outros grupos de costureiras: Coletivo Flor de Kantuta, atualmente sediado no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (Casa do Povo).Coletivo Sartasiñani, apoiado pela Associação Latino-americana de Micro, Pequenas e Médias Empresas (Alampyme.BR), um dos fornecedores cadastrados no Portal do Uniforme para fornecimento dos uniformes escolares da cidade de São Paulo. A equipagem dos galpões incluiu a aquisição de máquinas, aviamentos e móveis diversos. A gerente adjunta de Projetos do UNOPS Brasil, Cecília Abdo, destacou a importância das compras estratégicas como uma ferramenta de transformação social: “As aquisições que fazemos têm um papel fundamental no apoio a essas trabalhadoras. Queremos garantir que elas tenham acesso às condições básicas de segurança e qualidade necessárias para exercer suas atividades de forma digna.” Para saber mais, siga @unops_official e @onubrasil nas redes!
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Notícias
10 dezembro 2024
Ministra dos Povos Indígenas do Brasil recebe a maior honraria ambiental das Nações Unidas
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou hoje os ganhadores do Prêmio Campeões da Terra 2024, homenageados por sua liderança excepcional, ações corajosas e soluções sustentáveis para combater a degradação da terra, a seca e a desertificação. Os vencedores deste ano incluem a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, um defensor do meio ambiente, uma iniciativa de agricultura sustentável, uma defensora dos direitos indígenas, um cientista focado no florestamento e um ecologista pioneiro. O prêmio anual Campeões da Terra, a maior honraria ambiental da ONU, reconhece os pioneiros na vanguarda dos esforços para proteger as pessoas e o planeta. Desde 2005, o prêmio reconheceu 122 laureados por sua liderança ambiental excepcional e inspiradora."Quase 40% das terras do mundo já estão degradadas, a desertificação está aumentando e as secas devastadoras estão se tornando mais regulares. A boa notícia é que as soluções já existem hoje e, em todo o mundo, indivíduos e organizações extraordinárias estão demonstrando que é possível defender e curar nosso planeta", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA."Os esforços dos Campeões da Terra de 2024 são um lembrete de que a luta para proteger nossa terra, nossos rios e nossos oceanos é uma luta que podemos vencer. Com as políticas certas, avanços científicos, reformas de sistemas, ativismo, bem como a liderança vital e a sabedoria dos Povos Indígenas, podemos restaurar nossos ecossistemas."Os Campeões da Terra de 2024 do PNUMA são:Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas do Brasil homenageada na categoria Liderança Política, defende os direitos indígenas há mais de duas décadas. Guajajara se tornou a primeira ministra dos Povos Indígenas do Brasil e a primeira ministra indígena do país em 2023. Sob sua liderança, 13 territórios indígenas foram demarcados, afastando o desmatamento, a extração ilegal de madeira e o tráfico de drogas. Amy Bowers Cordalis, defensora dos direitos indígenas homenageada na categoria Inspiração e Ação, está usando sua experiência jurídica e paixão pela restauração para garantir um futuro melhor para a tribo Yurok e o rio Klamath nos Estados Unidos. O trabalho de Cordalis para restaurar o ecossistema fluvial e incentivar a adoção de práticas de pesca sustentáveis demonstra como uma ação ambiental ousada pode trazer mudanças positivas significativas, ao mesmo tempo em que defende os direitos e meios de subsistência dos povos indígenas.Gabriel Paun, defensor ambiental romeno homenageado na categoria Inspiração e Ação, é o fundador da ONG Agent Green, que tem ajudado a salvar milhares de hectares de preciosa biodiversidade na cordilheira dos Cárpatos desde 2009, expondo a destruição e a extração ilegal de madeira da última floresta antiga da Europa. Paun recebeu ameaças de morte e foi atacado fisicamente por seu trabalho em documentar o desmatamento em uma área que é vital para o ecossistema e suporta uma biodiversidade única, como linces e lobos. Lu Qi, cientista chinês homenageado na categoria Ciência e Inovação, trabalhou nos setores de ciência e política por três décadas, ajudando a China a reverter a degradação e encolher seus desertos. Como cientista-chefe da Academia Chinesa de Silvicultura e presidente fundador do Instituto da Grande Muralha Verde, Lu desempenhou um papel fundamental na implementação do maior projeto de florestamento do mundo, estabelecendo redes e parcerias de pesquisa especializadas e impulsionando a cooperação multilateral para conter a desertificação, a degradação da terra e a seca. Madhav Gadgil, um ecologista indiano homenageado na categoria Conquista de Uma Vida, passou décadas protegendo as pessoas e o planeta por meio de pesquisas e envolvimento da comunidade. De avaliações de impacto ambiental de políticas estaduais e nacionais ao engajamento ambiental de base, o trabalho de Gadgil influenciou muito a opinião pública e as políticas oficiais sobre a proteção dos recursos naturais. Ele é conhecido por seu trabalho seminal na região ecologicamente frágil dos Gates Ocidentais da Índia, que é um ponto crítico global único de biodiversidade. A SEKEM, iniciativa de agricultura sustentável homenageada na categoria Visão Empreendedora, está ajudando agricultores em todo o Egito a fazer a transição para uma agricultura mais sustentável até 2025. Sua promoção da agricultura biodinâmica, além do trabalho de florestamento e reflorestamento, tem transformado grandes áreas de deserto em prósperos negócios agrícolas, promovendo o desenvolvimento sustentável em todo o país. Estima-se que 3,2 bilhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas pela desertificação. Até 2050, espera-se que mais de três quartos da população mundial seja afetada por secas. Em março de 2019, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução declarando 2021-2030 a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas. A campanha #GeraçãoRestauração do PNUMA visa apoiar o progresso acelerado desses compromissos, reunindo apoio para a Agenda 2030 para realizar um trabalho vital de restauração de ecossistemas para proteger 30% da natureza em terra e mar e reabilitar 30% da degradação planetária. Globalmente, os países se comprometeram a restaurar 1 bilhão de hectares de terra até 2030, enquanto as tendências atuais sugerem que 1,5 bilhão de hectares precisariam ser restaurados para cumprir as metas de neutralidade da degradação da terra para 2030. NOTAS AOS EDITORES
Sobre os Campeões da Terra Os Campeões da Terra do PNUMA homenageiam indivíduos, grupos e organizações cujas ações têm um impacto transformador no meio ambiente. O prêmio é a maior honraria ambiental da ONU. #CampeõesdaTerra.Sobre a Década das Nações Unidas da Restauração de EcossistemasA Assembleia Geral da ONU declarou 2021-2030 uma Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas. Liderado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, juntamente com o apoio de parceiros, ela foi projetada para prevenir, deter e reverter a perda e a degradação dos ecossistemas em todo o mundo. O objetivo é revitalizar bilhões de hectares, abrangendo ecossistemas terrestres e aquáticos. Um apelo global à ação, a Década da ONU reúne apoio político, pesquisa científica e força financeira para ampliar massivamente a restauração. #GeraçãoRestauração. Contato para imprensa: Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: unep-newsdesk@un.org
Sobre os Campeões da Terra Os Campeões da Terra do PNUMA homenageiam indivíduos, grupos e organizações cujas ações têm um impacto transformador no meio ambiente. O prêmio é a maior honraria ambiental da ONU. #CampeõesdaTerra.Sobre a Década das Nações Unidas da Restauração de EcossistemasA Assembleia Geral da ONU declarou 2021-2030 uma Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas. Liderado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, juntamente com o apoio de parceiros, ela foi projetada para prevenir, deter e reverter a perda e a degradação dos ecossistemas em todo o mundo. O objetivo é revitalizar bilhões de hectares, abrangendo ecossistemas terrestres e aquáticos. Um apelo global à ação, a Década da ONU reúne apoio político, pesquisa científica e força financeira para ampliar massivamente a restauração. #GeraçãoRestauração. Contato para imprensa: Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: unep-newsdesk@un.org
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Notícias
06 dezembro 2024
ARTIGO: As Nações Unidas em um mundo de desafios globais crescentes
Artigo publicado pela série Crônicas da ONU, em 14 de novembro de 2024. Recentemente, este ano, tive a honra de ser o palestrante convidado no jantar do Dia da ONU do Prefeito em Kansas City, Missouri, o evento mais antigo desse tipo nos Estados Unidos. O artigo abaixo é uma versão adaptada de meus comentários. Para o evento, pediram-me que respondesse à pergunta: “Aos 79 anos, as Nações Unidas ainda são adequadas ao seu propósito?” Para quem espera uma resposta do tipo “sim” ou “não”, receio que ficará desapontado. Abordo a questão separando o conceito das Nações Unidas de como a Organização tem cumprido o papel previsto neste conceito. Se definirmos o multilateralismo como a adesão a um projeto político comum baseado no respeito a um sistema compartilhado de normas, regras, valores e princípios fundamentais, tais como diálogo, inclusão e solidariedade, então as Nações Unidas seriam o lar definitivo do multilateralismo. Com o maior número de membros de qualquer organização intergovernamental e a igualdade soberana entre seus Estados-membros, as Nações Unidas continuam sendo a criação política mais bem-sucedida da história recente. Esta função está adequada ao seu propósito. Nenhum país do mundo pode lidar sozinho com desafios globais. Países grandes e pequenos precisam de uma estrutura de cooperação para enfrentar problemas como os efeitos negativos da mudança climática; ameaças causadas por pandemias, crime organizado transnacional, terrorismo e grandes deslocamentos de pessoas; e a ansiedade e a incerteza sobre novas tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial (IA). Na época de sua fundação, há 79 anos, as Nações Unidas eram compostas por 51 Estados-membros e a população mundial era de cerca de 2,3 bilhões de pessoas. Hoje, há 193 Estados-membros e dois Estados Observadores: o Estado da Palestina e a Santa Sé. A população global agora é de 8 bilhões. Até o final deste século, as Nações Unidas projetam que a população mundial se estabilizará em cerca de 10,4 bilhões, dos quais quase 4 bilhões viverão na África (38%), em comparação com os atuais 1,4 bilhão (17,5%). As populações dos países da Europa e das Américas, permanecerão, em sua maior parte, inalteradas, enquanto vários países do mundo terão populações reduzidas com uma proporção crescente de idosos. A igualdade de gênero, a sustentabilidade e os direitos humanos eram conceitos incomuns ao final da Segunda Guerra Mundial. A descolonização, um processo que foi facilitado pelas Nações Unidas, permitiu que as ex-colônias que foram exploradas sob o domínio colonial se juntassem ao grupo dos Estados soberanos, principalmente nas décadas de 1950 e 1960. Mas o desenvolvimento desses países foi sufocado pelo legado do colonialismo e pelas tensões geopolíticas durante e após a Guerra Fria. Muitas dessas nações foram prejudicadas pela interferência em seus assuntos internos por antigas potências coloniais, controle estrangeiro da exploração de recursos naturais, corrupção, conflitos internos etc. Outros fatores incluem dívidas e pagamentos de juros que, muitas vezes, excedem em muito o que esses países podem gastar em saúde, educação e infraestrutura juntos. O sistema financeiro internacional, em sua configuração atual, não é capaz de lidar com esse legado. Em 1945, nenhum satélite artificial orbitava a Terra. O primeiro satélite foi lançado em 1957, e o primeiro ser humano só foi enviado ao espaço em 1961. De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral, existem atualmente mais de 13.700 objetos em órbita da Terra. No final da Segunda Guerra Mundial, não havia Internet, telefones celulares, mídia social ou Inteligência Artificial. Hoje, a maioria de nós usa plataformas digitais e depende de tecnologias digitais para a maioria de nossas comunicações, transações financeiras, entretenimento, notícias e muito mais. No entanto, nada disso é regulamentado de forma a proteger nossa privacidade, os direitos humanos, a liberdade de expressão, e nos proteger do discurso de ódio e desinformação. As tecnologias de IA têm um grande potencial, mas não há barreiras para garantir que elas não se tornem uma ameaça à nossa própria existência. Igualdade de gênero, sustentabilidade e direitos humanos eram conceitos incomuns no final da Segunda Guerra Mundial. Na maioria dos países, as mulheres não tinham o direito de votar ou ocupar cargos políticos e, em alguns casos, não eram vistas como membros iguais da sociedade. Os direitos humanos não eram reconhecidos como um valor universal. Em todo o mundo, a alfabetização, a expectativa de vida, a saúde materna e a mortalidade infantil eram muito piores do que hoje. Mas, com o passar dos anos, a desigualdade aumentou entre os Estados e dentro deles. Em um mundo em rápida mudança, muitos observaram que a governança global não acompanhou o ritmo de adaptação às novas realidades. Na Declaração sobre a comemoração do septuagésimo quinto aniversário das Nações Unidas (a Declaração ONU75), os Estados-Membros reconheceram que o mundo mudou. Na Declaração, que foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 21 de setembro de 2020, em meio à pandemia da COVID-19, os Estados-membros se comprometeram a fortalecer a governança global para as gerações presentes e futuras. Eles solicitaram ao secretário-geral das Nações Unidas que apresentasse um relatório com recomendações para responder aos desafios atuais e futuros. Em setembro de 2021, o secretário-geral António Guterres respondeu com seu relatório, Our Common Agenda (Nossa Agenda Comum), um chamado para acelerar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e fazer avançar os compromissos contidos na Declaração da ONU75. Nossa Agenda Comum abordou as lacunas que surgiram desde 2015, ano em que os 17 ODS foram adotados. Ela cobrou um multilateralismo inclusivo, em rede e mais eficaz para melhorar os resultados para as pessoas e o planeta, e para nos colocar de volta no caminho certo para alcançar os ODS até o prazo de 2030. Além de definir possíveis soluções, a Nossa Agenda Comum solicitou uma Cúpula do Futuro para forjar um novo consenso global sobre como a humanidade poderia se preparar para um futuro repleto de riscos diferentes dos das décadas anteriores e como poderia aproveitar melhor as oportunidades criadas por novas tecnologias, como a IA. Após quase dois anos de negociações, os Estados-membros se reuniram na Cúpula do Futuro em Nova Iorque nos dias 22 e 23 de setembro de 2024 e adotaram o Pacto para o Futuro, que inclui o Pacto Digital Global e a Declaração sobre as Gerações Futuras. O Pacto para o Futuro abrange uma ampla gama de temas, incluindo paz e segurança, desenvolvimento sustentável, mudança climática, cooperação digital, direitos humanos, gênero, juventude e gerações futuras e a transformação da governança global. Agora vem o trabalho árduo de implementação e de garantir que as lideranças políticas cumpram esses compromissos e promessas. Há um amplo reconhecimento entre os Estados-membros de que as Nações Unidas precisam ser mais ágeis e rápidas na resposta aos maiores problemas do mundo, e que precisam ser mais inclusivas, trazendo de forma significativa as vozes da sociedade civil, do setor privado e do meio acadêmico. A verdadeira força do trabalho que realizamos está em como ele impacta positivamente a vida das pessoas em todo o mundo, e não apenas nos acordos e compromissos assumidos em Nova Iorque. As mudanças que afetam a vida das pessoas e são diretamente importantes para elas acontecem muitas vezes em nível local e comunitário, portanto, é necessário capacitar, ampliar e replicar ideias e soluções provenientes de governos regionais e locais. O rumo do trabalho das Nações Unidas nos próximos meses e anos se concentrará em como nossa instituição pode abordar melhor a paz e a segurança, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos para todas as pessoas, inclusive para as gerações futuras. Esses foram os três principais pilares do trabalho das Nações Unidas em sua fundação em 1945 e continuam sendo o núcleo de sua missão hoje. Abordarei brevemente cada uma dessas três áreas.É justo dizer que as Nações Unidas ajudaram efetivamente a evitar uma terceira guerra mundial, mas outros conflitos armados eclodiram ao longo dos anos e continuam a ser motivo de grande preocupação para a comunidade internacional. Em fevereiro de 2022, a Federação Russa, um dos cinco membros permanentes e detentores do poder de veto no Conselho de Segurança, invadiu a vizinha Ucrânia; a guerra continua inabalável, com enorme sofrimento para os civis. Os impactos da guerra na Ucrânia são sentidos não apenas na Europa, mas em todo o mundo, que está sofrendo com o aumento dos preços da energia e dos alimentos. Há um ano e meio, uma guerra civil eclodiu no Sudão, resultando no deslocamento de mais de 8,6 milhões de pessoas de suas casas e causando o que vários observadores chamaram de a maior crise de fome do mundo. Há mais de um ano, em outubro de 2023, o conflito explodiu no Oriente Médio após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 reféns foram feitos; o secretário-geral exigiu a libertação de todos os reféns sempre que falou sobre esse assunto. A reocupação física de Gaza por Israel e o bombardeio contínuo causaram a morte de mais de 43.000 pessoas em Gaza, a maioria das quais são mulheres e crianças. Isso também resultou no deslocamento de mais de 90% da população e, de acordo com algumas estimativas, dois terços de todas as estruturas da Faixa de Gaza sofreram danos. Apesar dos vários pedidos de cessar-fogo feitos pelo secretário-geral e outras autoridades, parece não haver um fim à vista para este pesadelo, que agora se expande e toma proporções regionais. Com o objetivo de permitir que o Conselho de Segurança enfrente e resolva melhor esses e outros conflitos, o Pacto para o Futuro inclui o compromisso mais progressivo e concreto com a reforma do Conselho de Segurança desde a década de 1960. Ele estabeleceu planos para melhorar a eficácia e a representação do Conselho, inclusive corrigindo a sub-representação histórica da África como uma prioridade. O Pacto contém o primeiro compromisso multilateral com o desarmamento nuclear em mais de uma década, com o objetivo claro de eliminar totalmente as armas nucleares. Ele também inclui um acordo para fortalecer as estruturas internacionais que regem o uso do espaço sideral, estabelecendo um compromisso para evitar uma corrida armamentista no espaço e levando em conta a necessidade de garantir que todos os países possam se beneficiar do uso seguro e sustentável do espaço sideral. Por fim, o Pacto para o Futuro descreve as etapas para evitar o armamento e o uso indevido de novas tecnologias, como armas autônomas letais, e afirma que as leis da guerra devem ser aplicadas ao uso de quaisquer novas tecnologias. A Declaração sobre as Gerações Futuras descreve etapas concretas para levar em conta as gerações futuras em nossa tomada de decisões no presente. Também precisamos demonstrar melhores resultados na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, e o Pacto também aborda essa questão. Ele tem como objetivo turbinar a implementação dos ODS e contém o primeiro acordo nas Nações Unidas sobre a necessidade de reformar a arquitetura financeira internacional para que ela represente e atenda melhor os países em desenvolvimento. Em relação às mudanças do clima, o Pacto confirma a necessidade de limitar aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e de fazer a transição dos combustíveis fósseis para sistemas limpos de energia, com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050. O Pacto para o Futuro inclui promessas de fortalecer nosso trabalho em direitos humanos, igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, além de fazer um claro apelo à ação para proteger as pessoas defensoras dos direitos humanos. É importante ressaltar que o Pacto contém fortes sinais sobre a importância do envolvimento de outras partes interessadas na governança global, incluindo governos locais e regionais, sociedade civil, setor privado, academia e outros. O Pacto Digital Global, que também integra o Pacto para o Futuro, representa a primeira estrutura global abrangente para cooperação digital e governança de IA. Ele contém um compromisso de projetar, usar e governar a tecnologia para o benefício de todas as pessoas. Por fim, a Declaração sobre as Gerações Futuras descreve medidas concretas para levar em conta as gerações futuras em nossa tomada de decisões. Ela contém um compromisso de oferecer oportunidades mais significativas para que os jovens participem das decisões que moldam suas vidas. Embora o Pacto para o Futuro estabeleça disposições para ações de monitoramento para garantir que os compromissos acordados sejam implementados, a história nos diz que as pessoas que estão no poder sempre precisarão ser lembradas de suas obrigações e responsabilizadas para garantir a implementação. Agora que vocês estão “por dentro”, são também responsáveis por defender a implementação do Pacto para o Futuro. Trabalhar para cumprir a ambição de um mundo em que todas as pessoas prosperem em paz, dignidade, igualdade e justiça em um planeta saudável não é apenas responsabilidade das Nações Unidas. É também sua responsabilidade. A série de Crônicas da ONU (UN Chronicle) não é um registro oficial. Ela promove perspectivas de funcionários seniores das Nações Unidas, bem como colaboradores ilustres de fora do sistema das Nações Unidas, cujas opiniões não refletem necessariamente as das Nações Unidas. Da mesma forma, as fronteiras nacionais e nomes de países mostrados e as designações usadas em mapa não implicam necessariamente em endosso ou aceitação pelas Nações Unidas.
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06 dezembro 2024
UNFPA, ABC e Ministério da Igualdade Racial firmam parceria histórica para implementação do Plano Juventude Negra Viva
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e o Ministério da Igualdade Racial firmaram nesta sexta-feira (6) um acordo de cooperação técnica internacional para o “Fortalecimento e Disseminação do Plano Juventude Negra Viva: Estratégias de Territorialização, Monitoramento e Difusão de Boas Práticas”.Com um investimento estimado em R$ 11 milhões e duração de 40 meses, o acordo busca reduzir as vulnerabilidades que afetam a juventude negra brasileira e enfrentar a violência letal causada pelo racismo estrutural.Para a representante do UNFPA no Brasil, Florbela Fernandes, a assinatura do acordo "é um marco para a promoção dos direitos das juventudes negras no Brasil": "Promover o fim das disparidades étnico-raciais é essencial para construir uma sociedade onde todas as pessoas sejam respeitadas, valorizadas e tenham seus direitos assegurados. Trata-se não apenas de uma questão de justiça social, mas também de garantir o futuro do país.”A ministra da igualdade racial, Anielle Franco, destacou que o compromisso com a efetivação de políticas de acesso da juventude negra a uma vida digna é uma das prioridades do governo em garantir o direito integral e inviolável à vida de jovens negros brasileiros: “Esse é mais um instrumento que fortalece nossa missão, a de fazer com que nossa juventude possa viver em um país que respeita, protege e investe em suas vidas”. O Embaixador Ruy Pereira, Diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) ressaltou que:"Avançar de forma mais ágil em políticas públicas que contribuam para melhorar a qualidade de vida, o bem-estar e as oportunidades dos jovens negros no Brasil é um dos compromissos mais firmes e prioritários da Agência Brasileira de Cooperação, refletindo nosso esforço em enfrentar desigualdades históricas e promover a inclusão social."O Plano Juventude Negra Viva conta com 11 eixos de atuação e 217 ações pactuadas com 18 ministérios do Governo Federal, abordando questões como redução da violência letal, vulnerabilidades sociais e enfrentamento ao racismo estrutural.Por meio deste novo acordo, o UNFPA se posiciona como o principal parceiro do Ministério da Igualdade Racial na implementação do Plano Juventude Negra Viva, com ações em três frentes principais:Gestão e monitoramento: Desenvolvimento de metodologias para gestão, monitoramento e avaliação da implementação do plano junto aos entes subnacionais;Fortalecimento institucional: Capacitação de gestores e entes federativos para promoção de direitos das juventudes, igualdade racial e enfrentamento ao racismo;Comunicação estratégica: Acompanhamento e divulgação das ações do plano, com foco em estratégias de comunicação comunitária e engajamento social.O acordo reflete um compromisso conjunto entre o UNFPA e o Governo do Brasil na construção de políticas públicas que garantam direitos, ampliem oportunidades e enfrentem as desigualdades que afetam a juventude negra.Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes! Contato para imprensa: Mariana Tavares, Oficial de Comunicação do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil: mtavares@unfpa.org
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03 dezembro 2024
Brasileiro é reconhecido em Concurso Internacional promovido pela ONU Direitos Humanos
“É difícil de acreditar, um sonho mesmo. Ter o reconhecimento de um trabalho de tantos anos, registrando sobretudo o Candomblé. É muito gratificante.”Na cerimônia de premiação, realizada no dia 27 de novembro, em Genebra, o brasileiro André Fernandes recebeu uma menção honrosa pelo seu ensaio fotográfico "Orixás", obra celebra as divindades do Candomblé, temática que ele registra há mais de uma década.Produzido em 2014, no Terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, com autorização do pai de santo, em uma produção que demorou meses. Nas imagens, o artista captura a intensidade, as vestimentas e os corpos durante as festividades. “Eu desejo, com essas fotografias, mostrar a força do Candomblé e a beleza dessa religião no sentido mais amplo e potente da palavra, e que a diversidade não seja apenas tolerada, mas totalmente respeitada e celebrada”, afirmou André na sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Genebra. O Concurso Internacional de Artistas Minoritários 2024 selecionou apenas oito artistas de todo o mundo que foram à Genebra exibir suas obras e participar da premiação. Além do reconhecimento e das relações com outros artistas, André Fernandes acredita que a premiação mostra como a arte pode contribuir com a promoção dos direitos humanos.“Conhecer mais sobre a estrutura da ONU faz pensar como usar ainda mais a arte para falar de direitos humanos, para dar mais visibilidade para as minorias e perceber que a gente tem muito mais a contribuir com a diminuição do preconceito contra religiões de matrizes africanas através da arte”, conclui Fernandes. O concurso é organizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), em parceria com Minority Rights Group International (MRG) e Freemuse.Conheça mais sobre os trabalhos dos premiados em: https://bit.ly/ConcursoArtistasMinoritarios2024 Acesse também o catálogo completo: https://bit.ly/ConcursoArtistasMinoritarios2024_Catalogo Siga @onuderechoshumanos nas redes! Contato para imprensa: Thales Figueiredo da Silva, Assistente de Comunicação, Oficina Regional para a América do Sul, ACNUDH: thales.figueiredodasilva@un.org
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05 dezembro 2024
ONU-Habitat realiza trilha de formação em políticas públicas para servidores de Alagoas
Entre setembro e novembro de 2024, a Trilha de Formação do Visão Alagoas 2030 preparou servidoras e servidores estaduais para a elaboração e monitoramento de políticas públicas baseadas em evidências. Dividida em três cursos, a iniciativa buscou fortalecer as capacidades institucionais do Governo de Alagoas, promovendo uma abordagem integrada para a prosperidade urbana alinhada à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e à Nova Agenda Urbana (NAU).Ao longo dos três meses, cerca de 50 representantes de mais de 30 secretarias e órgãos estaduais participaram de cursos que abordaram temas centrais para o aprimoramento da gestão pública: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o uso de dados no desenho de políticas públicas e ferramentas de monitoramento e avaliação. Dessa maneira, a trilha contribuiu para uma gestão pública mais preparada para identificar e responder às necessidades reais da população alagoana. “Esse momento é muito importante. Conseguimos juntar profissionais de diversas áreas do governo para aprofundar a compreensão da Agenda 2030 e sua conexão concreta com as políticas públicas geridas pelas diversas secretarias de estado. Para nós, esse impulso é essencial para Alagoas continuar avançando no alcance das metas dos ODS”, destacou o coordenador de Programas do ONU-Habitat, Alex Rosa.Fortalecer as capacidades estaduaisOs temas da trilha foram escolhidos a fim de contribuir para o alinhamento das agendas globais de desenvolvimento sustentável nas iniciativas da gestão pública e engajá-la a colocar em prática as diversas recomendações propostas pelo Visão Alagoas 2030. Além disso, com a aproximação da elaboração do Relatório Local Voluntário (RLV), um dos produtos da atual fase do projeto, o conteúdo dos cursos servirá de base para as atividades de localização dos ODS no nível estadual.O primeiro curso, realizado em setembro, abordou os ODS e sua aplicação no planejamento de políticas públicas estaduais. Em outubro, participantes exploraram o uso de dados qualificados para orientar decisões e desenhar políticas públicas eficazes, com exemplos práticos de ferramentas como o Observatório de Políticas Públicas de Alagoas, o Índice de Prosperidade das Cidades (IPC), o Mapa Rápido Participativo (MRP) e o Perfil Socioeconômico.Já o último encontro da trilha aconteceu em novembro com foco em Monitoramento e Avaliação. Foram apresentadas ferramentas para medir impactos e auxiliar a melhoria contínua das iniciativas públicas. Como referência próxima ao grupo, a consultora do ONU-Habitat Érica Machado compartilhou a experiência recente do Visão Alagoas 2030 no tema, quando as fases anteriores tiveram seu impacto avaliado. “Um desafio que temos na gestão pública de maneira geral é a ausência de capacitação técnica de servidoras e servidores. Um curso como esse é muito importante para olharmos para a política pública que fazemos todos os dias de uma outra maneira: com maior conhecimento, avaliação, mensurando os impactos, para que possamos, cada vez mais, melhorar a vida da população alagoana”, afirmou a gerente de Convênios e Captação de Recursos da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (SEPLAG/AL), Carolina Barroca. Sete anos de parceriaA Trilha de Formação é mais um marco do Visão Alagoas 2030. Desde 2017, a iniciativa promove uma visão holística de prosperidade urbana em Alagoas, baseada na integração das agendas globais de desenvolvimento sustentável às políticas locais. Dados socioeconômicos e de infraestrutura produzidos ao longo do projeto deram origem a ferramentas como o Observatório de Políticas Públicas de Alagoas, institucionalizado como política pública em 2024, e subsidiaram o desenvolvimento de diagnósticos e recomendações para o estado.“É uma grande satisfação para nós, do Governo de Alagoas, contar com a parceria do ONU-Habitat, que fortalece nossa capacidade técnica e estratégica para alcançar o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Neste momento em que a gestão está orientada a trabalhar com evidências, os cursos se tornam cada vez mais essenciais. Eles possibilitam que o corpo técnico, gestores e profissionais que estão na ponta, abram mais a visão para transformar o que hoje é um desafio na gestão pública, em oportunidade”, destacou o secretário especial de Planejamento, Orçamento e Governo Digital da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas (SEPLAG/AL), Phelipe Vargas.Com os aprendizados da Trilha de Formação, os impactos serão contínuos. A médio e longo prazo, a iniciativa vai contribuir com um serviço público mais fortalecido para identificar e responder às reais necessidades da população alagoana, com políticas públicas informadas, efetivas e inclusivas. Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contato para imprensa: Thayane Massopust, ONU-Habitat Brasil: thayane.massopust@un.org
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