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Pesquisa da OPAS aponta que 42% dos entrevistados no Brasil relataram alto consumo de álcool durante a pandemia

13 novembro 2020

  • Uma pesquisa feita pela Organização Pan-Americana da Saúde em 33 países e dois territórios das Américas apontou que, no Brasil, 42% dos entrevistados relataram alto consumo de álcool durante a pandemia de COVID-19. Os dados foram coletados entre maio e junho deste ano por meio de um questionário online.
  • Ao todo, mais de 23 mil pessoas com idade superior a 18 anos responderam a questões relacionadas à COVID-19, incluindo medidas de precaução tomadas na vida diária; demografia; impactos negativos na saúde mental; consumo de álcool em 2019 e durante a pandemia deste ano; entre outros.
  • O Brasil teve o maior número de entrevistados, representando 30,8% da amostra total.
Pesquisa da OPAS mostra que ansiedade aumentou em 73% a chance de maior consumo de álcool na pandemia
Legenda: Pesquisa da OPAS mostra que ansiedade aumentou em 73% a chance de maior consumo de álcool na pandemia
Foto: © PxHere

Uma pesquisa feita pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 33 países e dois territórios das Américas apontou que, no Brasil, 42% dos entrevistados relataram alto consumo de álcool durante a pandemia de COVID-19. Os dados foram coletados entre maio e junho deste ano por meio de um questionário online.

Ao todo, mais de 23 mil pessoas com idade superior a 18 anos responderam a questões relacionadas à COVID-19, incluindo medidas de precaução tomadas na vida diária; demografia; impactos negativos na saúde mental; consumo de álcool em 2019 e durante a pandemia deste ano; entre outros. O Brasil teve o maior número de entrevistados, representando 30,8% da amostra total (3.799 pessoas).

A pesquisa mostrou que houve maior prevalência entre os jovens de beber pesado episódico – ou seja, consumir mais de 60 gramas de álcool puro (cerca de cinco bebidas alcoólicas padrão) em pelo menos uma ocasião durante os últimos 30 dias. O crescimento na frequência do consumo de bebidas alcoólicas ocorreu mais entre pessoas de rendas mais altas. A presença de quadros graves de ansiedade aumentou em 73% a chance de maior frequência no consumo.

Um dos dados mais relevantes é que, apesar dos altos níveis de beber pesado episódico e dos riscos de saúde associados, a maioria das pessoas não procuram ajuda, e uma pequena proporção tenta parar por conta própria.

Os principais achados da pesquisa e outras informações importantes sobre consumo de álcool e COVID-19 foram detalhados em um webinar realizado pela OPAS e pelo Ministério da Cidadania. O evento contou também com a apresentação da Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Assista:

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

PAHO
The Pan American Health Organization

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