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11 novembro 2025
Governo do RJ lança Programa Ambiente Resiliente com ações em parceria com ONU-Habitat
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11 novembro 2025
ONU: Resfriamento sustentável pode economizar US$ 17 trilhões em custos de energia até 2050
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11 novembro 2025
Nações Unidas e COP30 mobilizam Mutirão Global contra o Calor Extremo
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Discurso
06 novembro 2025
Guterres: “Apoiem a ciência; defendam a justiça; defendam as gerações futuras”
Agradeço ao Presidente Lula, ao Presidente da COP, e ao Governo e ao povo do Brasil pela calorosa hospitalidade em Belém.Muito obrigado pela vossa liderança e firme compromisso com o multilateralismo – num momento em que o nosso mundo está em jogo. Presidente Lula, o senhor chamou esta COP de “COP da verdade”.Não poderia concordar mais.A dura realidade é que não conseguimos garantir que permaneceríamos abaixo de 1,5 grau.A ciência agora nos diz que um excedente temporário além do limite de 1,5 grau – começando, no máximo, no início da década de 2030 – é inevitável.Precisamos de uma mudança de paradigma para limitar a magnitude e a duração desse excedente e reduzi-lo rapidamente.Mesmo um excedente temporário terá consequências dramáticas.Poderá empurrar os ecossistemas para além de pontos de inflexão irreversíveis, expor bilhões de pessoas a condições inviáveis e amplificar as ameaças à paz e à segurança.Cada fração de grau significa mais fome, deslocamento e perda – especialmente para as pessoas menos responsáveis.Isso é uma falha moral – e uma negligência mortal.Sim, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) apresentadas recentemente representam um progresso – mas ainda estão aquém do que é necessário.Mesmo que fossem totalmente implementadas, elas nos colocariam em um caminho bem acima de 2 graus de aquecimento global.Enquanto isso, a crise climática está se acelerando.Incêndios florestais recordes, inundações mortais, supertempestades... destruindo vidas, economias e décadas de progresso.No ano passado, as emissões atingiram outro recorde.E hoje, como vimos, a Organização Meteorológica Mundial confirmou que as emissões continuaram a aumentar este ano.Sejamos claros: o limite de 1,5 °C é uma linha vermelha para a humanidade. Ele deve ser mantido ao nosso alcance.E os cientistas também nos dizem que isso ainda é possível.Se agirmos agora, com rapidez e em grande escala, podemos tornar o excedente o menor, o mais curto e o mais seguro possível — e trazer as temperaturas de volta para menos de 1,5 °C antes do final do século.Menor — atingindo o pico das emissões globais imediatamente; reduzindo-as profundamente nesta década, acelerando a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, reduzindo drasticamente o metano e protegendo as florestas e os oceanos — os sumidouros de carbono da natureza.Curto – atingindo o zero líquido global até 2050 e avançando rapidamente para emissões líquidas negativas sustentadas depois disso.Seguro – aumentando drasticamente os investimentos em adaptação e resiliência e fornecendo Alertas Precoces para Todos até 2027.Excelências,As Nações Unidas não desistirão da meta de 1,5 grau.Porque outra verdade é evidente: nunca estivemos tão bem equipados para lutar.Uma revolução da energia limpa se consolidou.A energia solar e eólica são agora as fontes de energia mais baratas – e as fontes de eletricidade que mais crescem na história.No ano passado, quase toda a nova capacidade energética veio de fontes renováveis.A economia da energia limpa está criando empregos e impulsionando o desenvolvimento.Ela está remodelando a geopolítica, proporcionando segurança energética e estabilidade de preços.E está conectando milhões de pessoas à energia limpa e acessível pela primeira vez.A economia mudou.Em 2024, os investidores injetaram US$ 2 trilhões em energia limpa – 800 bilhões a mais do que em combustíveis fósseis.A energia limpa está ganhando em preço, desempenho e potencial – oferecendo soluções para transformar nossas economias e proteger nossas populações.O que ainda falta é coragem política.Os combustíveis fósseis ainda recebem subsídios vultosos – dinheiro dos contribuintes.Muitas empresas estão obtendo lucros recordes com a devastação climática – gastando bilhões em lobby, enganando o público e obstruindo o progresso.Muitos líderes continuam reféns desses interesses arraigados.Muitos países carecem de recursos para se adaptar – e estão excluídos da transição para a energia limpa.E muitas pessoas estão perdendo a esperança de que seus líderes ajam.Precisamos agir mais rapidamente – e agir juntos. Esta COP deve dar início a uma década de aceleração e resultados: Primeiro – os países devem concordar com um plano de resposta ousado e credível para fechar a lacuna de ambição das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 1,5 graus.Responsabilidades comuns, mas diferenciadas, devem ser aplicadas, mas isso não deve ser uma desculpa para que qualquer país não assuma sua parte justa de responsabilidade. Isso significa impulsionar as energias renováveis, a eletrificação e a eficiência energética;Construir redes modernas e armazenamento em grande escala;Interromper e reverter o desmatamento até 2030;Reduzir as emissões de metano;E definir cronogramas de eliminação gradual do carvão a curto prazo, alinhados com 1,5 grau.Tenho defendido consistentemente contra mais usinas de carvão ou exploração e expansão de combustíveis fósseis.Na COP 28 em Dubai, os países se comprometeram a fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis.Chega de greenwashing.Chega de brechas.Devemos transformar esse compromisso em ação – ao mesmo tempo em que apoiamos os países em desenvolvimento de baixa e média renda que são altamente dependentes de combustíveis fósseis.Também devemos desmantelar barreiras estruturais e proporcionar as condições para que os países em desenvolvimento cumpram e superem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas. As políticas comerciais e de investimento devem apoiar a ambição climática, não prejudicá-la.Segundo – devemos demonstrar um caminho claro e confiável para atingir US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para os países em desenvolvimento até 2035, conforme acordado na COP 29 em Baku.Os países desenvolvidos devem assumir a liderança na mobilização de 300 bilhões de dólares anualmente – fornecendo financiamento acessível e previsível na escala acordada.Todos os países doadores devem mostrar que contribuirão para atingir as metas de 300 bilhões e 1,3 trilhão.Não é mais hora de negociações.É hora de implementação, implementação e implementação.Com acompanhamento independente, desembolso mais rápido e termos que reflitam a vulnerabilidade climática – incluindo alívio da dívida.E terceiro – os países em desenvolvimento devem sair de Belém equipados com um pacote de justiça climática que proporcione equidade, dignidade e oportunidades.Isso significa um plano concreto para fechar o déficit de financiamento da adaptação:Garantir que os países desenvolvidos honram a sua promessa de fornecer 40 bilhões de dólares americanos para financiar a adaptação até ao final deste ano;E dar confiança de que o financiamento acessível para a adaptação será aumentado para além de 2025 – e entregue rapidamente às comunidades na linha da frente.Significa também colocar a justiça no centro da transição energética.Com medidas concretas para apoiar os países em desenvolvimento a navegar por ela — protegendo os trabalhadores, empoderando as comunidades e criando novas oportunidades;E contribuições significativas e acesso simplificado ao Fundo de Perdas e Danos.Uma transição justa também significa que os povos indígenas liderem o caminho.Seu conhecimento e participação plena iluminam o caminho para um planeta habitável.Excelências,Vocês podem contar com as Nações Unidas.Por meio de nossa Promessa Climática, mais de cem países em desenvolvimento receberam apoio na preparação de suas novas contribuições nacionalmente determinadas.Eu instruí o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento a fortalecer essa arquitetura e trabalhar em todo o sistema para apoiar os países em desenvolvimento durante o plano de implementação.O desafio é imenso.Mas as escolhas são claras.Ninguém pode negociar com a física.Mas podemos escolher liderar — ou ser levados à ruína.Escolham fazer de Belém o ponto de virada.Apoiem a ciência.Defendam a justiça.Defendam as gerações futuras.Obrigado.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/cop30
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Discurso
10 novembro 2025
Chefe da ONU Mudança Climática: “Em Belém, temos de aliar o mundo das negociações às ações necessárias na economia real”
Senhor Presidente, Excelências,Há dez anos, em Paris, projetávamos o futuro – um futuro que veria nitidamente uma queda na curva das emissões.Colegas, bem-vindos a esse futuro.A curva das emissões foi reduzida. Graças ao que foi acordado em salas como esta, com os governos legislando e os mercados respondendo.Mas não estou amenizando a situação. Temos muito mais trabalho a fazer.Precisamos avançar muito, muito mais rápido tanto na redução das emissões quanto no fortalecimento da resiliência. A ciência é clara: podemos e devemos reduzir a curva de aumento das temperaturas de volta ao limite 1,5 °C, mesmo após qualquer ultrapassagem temporária.Lamentar não é uma estratégia. Precisamos de soluções.Estamos aqui em Belém, na foz do Amazonas. E podemos aprender muito com esse rio poderoso.O Amazonas não é uma entidade única, mas um vasto sistema fluvial sustentado e alimentado por mais de mil afluentes.Para acelerar a implementação, o funcionamento da COP deve ser estruturado da mesma forma — alimentado por muitos fluxos de cooperação internacional.Porque os compromissos nacionais individuais, por si só, não estão reduzindo as emissões com a rapidez necessária.Não precisamos esperar que as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atrasadas cheguem para identificar a lacuna e projetar as inovações necessárias para resolvê-la.Nenhuma nação pode se dar ao luxo disso, já que os desastres climáticos podem reduzir o PIB em dois dígitos.Vacilar enquanto secas históricas destroem as colheitas nacionais, fazendo os preços dos alimentos dispararem, não faz sentido algum, economicamente ou politicamente.Discutir enquanto a fome se instala, forçando milhões de pessoas a fugir de suas terras, é algo que nunca será esquecido, à medida que os conflitos se espalham.Enquanto os desastres climáticos dizimam a vida de milhões, quando já temos as soluções, isso nunca, jamais será perdoado.A economia dessa transição é tão indiscutível quanto os custos da inação.A energia solar e eólica são agora as fontes de energia de menor custo em 90% do mundo.As energias renováveis ultrapassaram o carvão este ano como a principal fonte de energia do mundo.O investimento em energia limpa e infraestrutura atingirá outro recorde este ano – com os investimentos em energias renováveis superando os combustíveis fósseis em 2 para 1.Então, o que precisa ser decidido aqui em Belém para corresponder às oportunidades, com a escala da crise que enfrentamos?Porque já concordamos que faremos a transição para abandonar os combustíveis fósseis. Agora é hora de nos concentrarmos em como fazer isso de forma justa e ordenada. Concentrando-nos em quais acordos estabelecer, para acelerar a triplicação das energias renováveis e a duplicação da eficiência energética.Já concordamos em fornecer pelo menos 300 bilhões em financiamento climático, com os países desenvolvidos assumindo a liderança. Agora precisamos colocar o Roteiro de Baku a Belém em prática. Para começar a avançar em direção aos 1,3 trilhão.Já concordamos com uma meta global de adaptação. Agora precisamos concordar com os indicadores que ajudarão a acelerar a implementação, para liberar seu potencial.Já concordamos que os caminhos de transição devem ser inclusivos e justos, abrangendo economias e sociedades inteiras. Agora precisamos concordar com medidas concretas para transformar aspirações em ações.Já concordamos com um Programa de Implementação de Tecnologia. Agora vamos colocá-lo em ação.É essencial obter resultados sólidos e claros em todas estas questões. É assim que sinalizamos ao mundo que a cooperação climática está a produzir resultados.Em Belém, temos de aliar o mundo das negociações às ações necessárias na economia real. A Agenda de Ação não é algo “bom de se ter” — é fundamental para a missão. Mais do que isso, é do interesse de todas as nações fazê-lo.Cada gigawatt de energia limpa reduz a poluição e cria mais empregos.Cada ação para construir resiliência ajuda a salvar vidas, fortalecer comunidades e proteger as cadeias de abastecimento globais das quais todas as economias dependem.Esta é a história de crescimento do século 21 — a transformação econômica da nossa era. Aqueles que optam por ficar de fora ou dar passos tímidos enfrentam estagnação e preços mais altos, enquanto outras economias avançam rapidamente.Parafraseando o presidente Roosevelt há mais de um século: não é ao crítico que fala, nem àquele que aponta onde o realizador poderia ter feito melhor; o mérito pertence àqueles que estão realmente na arena, com os rostos manchados de poeira, suor e sangue, que lutam bravamente.Mas, amigos, deixem-me ser claro: nesta arena da COP30, o trabalho de vocês aqui não é lutar uns contra os outros – o trabalho de vocês aqui é lutar juntos contra esta crise climática.Paris está funcionando para alcançar um progresso real. Não nos esqueçamos disso.Mas, amigos, devemos lutar bravamente por mais.Agradeço a vocês.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/cop30
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Notícias
24 outubro 2025
“Nós, os povos das Nações Unidas”: 191 cidades celebram o 80º aniversário da ONU
Nesta sexta-feira, 24 de outubro, a ONU completa 80 anos. Para celebrar uma data tão marcante, a ONU Brasil decidiu comemorar junto com quem mais importa, as pessoas.Em ação inédita, a ONU Brasil convocou Prefeituras, organizações da sociedade civil e instituições de ensino de todo o país para organizar eventos em celebração aos 80 anos de parceria do Brasil com a ONU. Corridas, saraus, simulações, palestras, aulas, e muitos outros eventos em nome da diversidade, da inclusão e do desenvolvimento sustentável já foram registrados.Até o final deste ano, cerca de 300 eventos devem ser organizados em quase 200 cidades, em todas as regiões do país. Como eventos incríveis já aconteceram, homenageamos, nesta matéria especial para o Dia das Nações Unidas, a participação, a alegria e o compromisso de tantas pessoas, em tantas cidades Brasil afora.“Apesar de sermos uma instituição presente em todo o mundo, é no nível local que está o verdadeiro impacto da ONU. É nos municípios que vemos como nosso trabalho ajuda a melhorar a vida das pessoas em áreas como educação, inclusão, saúde, promoção da igualdade, emprego e renda”, explica a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks.Direitos humanos, acessibilidade, educação e teatro: Eventos celebram os 80 anos da ONU, sem deixar ninguém para trás Em Cabedelo, na Paraíba, a Secretaria de Mobilidade Urbana se juntou à Secretaria da Pessoa com Deficiência, ao Conselho Municipal da Pessoa Idosa, à Polícia Rodoviária Federal e ao Corpo de Bombeiros para organizar o evento 80 Anos da ONU: Travessia Inclusiva com Acessibilidade e Respeito, um evento sobre inclusão que valorizou a diversidade e a acessibilidade. Além de palestras, houve uma ação simbólica, em que idosos e pessoas com deficiência foram aplaudidos enquanto atravessavam uma rua.Em Ponta Grossa, no Paraná, o Conservatório Maestro Paulino organizou três apresentações especiais da peça Um Concerto Para Dom Quixote, entre os dias 20 e 23 de outubro, e ações itinerantes pela cidade que unem cultura e sustentabilidade. Já em Passa Quatro, em Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Educação realizou eventos em escolas da rede municipal de ensino para que estudantes dos 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental conhecessem e aprendessem sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e sua importância para o futuro das pessoas e do planeta. Brasil e ONU: 80 anos de parceria por um mundo melhorO Brasil é país fundador da ONU e foi único país lusófono a assinar a Carta das Nações Unidas durante a Conferência sobre Organização Internacional, em São Francisco, em 1945. O país teve um papel de liderança nas negociações internacionais que ergueram as Nações Unidas sobre as cinzas e a devastação da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).São 80 anos de parceria do Brasil com as Nações Unidas para a promoção da paz, do desenvolvimento, da igualdade e dos direitos humanos. A ONU tem sido o farol global da cooperação internacional, provando que o multilateralismo salva vidas, protege direitos e preserva o nosso planeta.De norte a sul, leste a oeste, em todo o Brasil, celebramos, neste Dia das Nações Unidas, todas as pessoas e organizações que fazem a diferença, defendendo e lutando pela paz, pelos direitos humanos e pelo desenvolvimento sustentável, sem deixar ninguém para trás.“As Nações Unidas são mais do que uma instituição. São uma promessa viva, que atravessa fronteiras, une continentes e inspira gerações. Ao longo de oitenta anos, trabalhamos para construir a paz, combater a pobreza e a fome, promover os direitos humanos e construir um mundo mais sustentável, juntos.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 24 de outubro de 2025 - Mensagem para o Dia das Nações Unidas Quer organizar um evento na sua cidade? Ainda dá tempo de celebrar os 80 anos de parceria do Brasil com as Nações Unidas na sua cidade! Preencha o formulário on-line para receber o kit digital de apoio à organização de eventos.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre os 80 anos das Nações Unidas. Acompanhe também a cobertura da ONU News em português. Contato para a imprensa:Isadora Ferreira, Gerente de Comunicação da ONU Brasil: contato@onu.org.br
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07 abril 2025
Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2024
O Relatório Anual das Nações Unidas apresenta os resultados de um ano de avanços estratégicos no Brasil. Por meio de um planejamento integrado e de investimentos catalisadores, o Sistema ONU, formado por 24 entidades, atuou conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento do país, com atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos populacionais e ao meio ambiente.Seguindo as diretrizes do Marco de Cooperação, vigente de 2023 a 2027, ao longo de 2024 a ONU trabalhou em temas como saúde, educação, emprego e renda, acesso a serviços básicos, equidade, direitos humanos e assistência humanitária em 351 iniciativas, que trouxeram benefícios para milhões de pessoas. O investimento feito no país foi de US$ 155 milhões. Confira dez pontos de destaque do que o Sistema das Nações Unidas alcançou em 2024:Resposta à emergência no Rio Grande do SulResposta a secas e queimadasMobilização de R$ 55 milhões para o Fundo Brasil-ONU para a AmazôniaApoio à elaboração da Contribuição Nacionalmente Determinada de redução de emissões de gases do efeito estufaRealização de 55 missões de autoridades da ONU ao BrasilApoio à delegação brasileira de jovens no Y20Engajamento na Aliança Global contra a Fome e a PobrezaParticipação brasileira na Cúpula do FuturoAdoção do ODS18 – Igualdade Étnico-RacialApoio à presidência brasileira do G20
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Publicação
22 setembro 2025
Relatório Anual das Nações Unidas 2025
“O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 18 de setembro de 2025 O Relatório Anual das Nações Unidas 2025 faz uma retrospectiva de um ano de adversidades e esperança para a humanidade. Em 2024, conflitos fatais continuaram a causar sofrimento massivo e deslocamentos. Nosso planeta quebrou novos recordes de calor. A pobreza, a fome e as desigualdades aumentaram, enquanto tecnologias transformadoras como a inteligência artificial se expandiram sem regulamentações eficazes, e o direito internacional e os direitos humanos foram desrespeitados.
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
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História
11 novembro 2025
Nações Unidas e COP30 mobilizam Mutirão Global contra o Calor Extremo
Liderado pela presidência brasileira da COP30, o Mutirão Global contra o Calor Extremo é uma mobilização internacional para proteger as pessoas, as cidades e o planeta das consequências devastadoras de ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes. O ano de 2024 entrou para a história — e não pelos motivos de que gostaríamos. Foi o ano mais quente já registrado no planeta. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), pela primeira vez, a temperatura média da superfície da Terra ficou 1,55°C acima dos níveis pré-industriais, ultrapassando o limite de 1,5°C definido pelo Acordo de Paris. E o mais alarmante: não foi um evento isolado. A última década também foi a mais quente desde que há registros.As consequências estão em toda parte. Ondas de calor que antes eram raras agora se tornaram frequentes. Elas colocam em risco a saúde das pessoas, ameaçam a segurança alimentar, danificam infraestruturas urbanas e tornam o trabalho ao ar livre cada vez mais perigoso. Nas cidades, onde o concreto e o asfalto retêm o calor, os impactos recaem de forma desigual — afetando sobretudo idosos, crianças e moradores das periferias urbanas.Diante dessa realidade, surge também um movimento de união. Em junho de 2025, a Presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), em parceria com a Cool Coalition do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançou o Mutirão Global contra o Calor Extremo — uma mobilização internacional para transformar preocupação em ação concreta. A iniciativa é parte estratégica da COP30, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém do Pará. Seu objetivo é acelerar soluções locais para o calor extremo e promover o resfriamento sustentável, fortalecendo a resiliência das cidades frente à crise climática.“(Beat the Heat) é uma dessas iniciativas que mostra que o mutirão funciona, ou seja, as pessoas têm que se juntar e trabalhar naquilo que elas entendem. E o Beat The Heat é isso. Levantou um tema de uma maneira atraente e que vai trazer as pessoas para realizar o esforço que a gente tem que fazer pra combater a mudança do clima”, disse o Embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.Entre os compromissos do Mutirão estão:Avaliar a vulnerabilidade ao calor urbano e integrar soluções aos planos climáticos municipais;Implementar projetos de resfriamento passivo e soluções baseadas na natureza;Adotar tecnologias eficientes de resfriamento em prédios públicos;Promover códigos de construção e energia que aumentem a resiliência urbana.No Brasil, o Mutirão está inserido no Programa Cidades Verdes Resilientes, uma iniciativa do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério das Cidades e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O programa busca dar visibilidade a soluções inovadoras de resfriamento sustentável, mapear iniciativas que precisam de apoio técnico ou financeiro e impulsionar ações locais alinhadas às metas climáticas nacionais e ao Compromisso Global pelo Resfriamento Sustentável - uma iniciativa da COP28 que visa reduzir as emissões relacionadas com a refrigeração em 68% até 2050, aumentar significativamente o acesso à refrigeração sustentável até 2030 e aumentar a eficiência média global dos novos aparelhos de ar condicionado em 50%. Países, cidades, parceiros técnicos e organizações estão convidados a participarDiante do avanço do calor extremo, não há tempo a perder. A adesão ao Mutirão está aberta a todos os países, sejam ou não signatários do Compromisso Global de Resfriamento. Cada governo é convidado a indicar ao menos uma cidade para participar — e municípios, parceiros técnicos e organizações locais também podem se inscrever diretamente. Os interessados devem preencher o formulário disponível na página da iniciativa. A transformação começa em cada cidade, em cada bairro, em cada iniciativa. ONU trabalha para mitigar os impactos do calor extremo em todo o BrasilDas cidades amazônicas às capitais do sudeste, o aumento das temperaturas transforma rotinas, desafia os serviços públicos e ameaça vidas. Em resposta a esta situação, agências, fundos e programas da ONU estão unindo forças para apoiar soluções concretas que ajudem o país a se adaptar e resistir ao calor extremo.No coração da Amazônia, o município de Barcarena (PA) é um exemplo dessa transformação. Ali, o calor deixou de ser apenas um incômodo para se tornar um risco diário. As temperaturas mais altas afetam o trabalho, a saúde e o descanso das famílias. Profissionais de saúde relatam um aumento de casos de desidratação, doenças de pele e crises respiratórias. À noite, o calor sufocante impede o sono; durante o dia, atividades simples se tornam um desafio. Apesar dos desafios, Barcarena também se tornou símbolo de resiliência e está entre os signatários do Compromisso Global pelo Resfriamento. O município é parte da iniciativa Construindo Cidades Resilientes, do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR) — uma rede global que apoia governos locais na prevenção e adaptação aos riscos climáticos. Em 2023, Barcarena foi reconhecida como o primeiro Hub de Resiliência da Amazônia, um marco histórico para a região. A cidade vem implementando políticas públicas alinhadas à Agenda 2030 e ao Marco de Sendai, fortalecendo sua capacidade de enfrentar eventos extremos, desde enchentes até ondas de calor.A pouco mais de 100 quilômetros dali, na Ilha de Caratateua, vive João Victor, de 16 anos. O calor na escola, os incêndios que ameaçam as casas e as chuvas torrenciais que alagam as ruas fazem parte de sua rotina. Mas João transformou a dor em propósito.Conhecido como João do Clima, ele se tornou Conselheiro Jovem do UNICEF Brasil, representando a juventude amazônica em espaços nacionais e internacionais. Sua luta é por justiça climática — pelos rios, pelas florestas e pelas pessoas que, como sua mãe, perderam a vida em meio às desigualdades e aos impactos ambientais. Sua história ecoa o grito de uma geração que enfrenta, na pele, a desigualdade e a crise ambiental. Enquanto histórias como a de João se multiplicam pelo país, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) trabalha lado a lado com o Ministério da Saúde para preparar o sistema de saúde brasileiro frente às emergências provocadas pelo calor extremo. O trabalho inclui oficinas técnicas com secretarias estaduais e municipais de saúde, planos de contingência e a incorporação do evento de “exposição ao calor extremo” (EHF) nos sistemas de vigilância.A OPAS/OMS também tem apoiado a elaboração de diretrizes nacionais e o desenvolvimento de evidências científicas que fortalecem os sistemas de alerta e resposta às ondas de calor, promovendo uma abordagem integrada para proteger as pessoas mais vulneráveis.O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) também atua para integrar a perspectiva de gênero, a saúde sexual e reprodutiva e a igualdade de gênero nas políticas e debates sobre mudança climática. A agência tem liderado pesquisas e ações que evidenciam como eventos extremos — como ondas de calor — impactam de forma desproporcional a saúde e os direitos de mulheres e meninas, especialmente gestantes. Um estudo, desenvolvido em parceria com a Agenda Teresina 2030, mostra que a exposição prolongada ao calor intenso aumenta os riscos de complicações na gravidez, como parto prematuro e pré-eclâmpsia. Além da produção de evidências, o Fundo tem promovido advocacy global e nacional por meio de iniciativas como o Chamado à Ação de Brasília, que demanda mais financiamento climático direcionado a mulheres e meninas e a inclusão da saúde sexual e reprodutiva nos planos de ação climática, incluindo a COP30.Do Pará ao Planalto Central, das comunidades ribeirinhas às grandes cidades, o país aquece — mas também reage. Essas iniciativas — da resiliência urbana à saúde pública, passando pela mobilização da juventude — mostram que enfrentar o calor extremo no Brasil exige mais do que adaptação: exige um Mutirão, colaboração, conhecimento e coragem para transformar o futuro.Para saber mais, siga @onubrasil nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre a COP30.
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História
06 novembro 2025
A natureza como sala de aula
Desde criança, Lara Silva, de 13 anos, cultiva uma relação especial com a natureza. Tudo começou com as idas ao sítio da avó, que é agricultora familiar e está sempre rodeada por árvores e animais: por amor e por sobrevivência, já que até hoje vive do que planta. Essa afinidade com o meio ambiente foi aguçada, em 2024, durante uma das atividades da sua escola: o plantio de mudas de árvores na cidade onde mora, Canguaretama, município do Rio Grande do Norte com pouco mais de 30 mil habitantes. Ações como essa levaram a escola a desenvolver dois projetos de educação socioambiental: Barco Escola e Horta da Escola, desenvolvidos a partir da iniciativa Entre no Clima por uma Educação Baseada na Natureza, liderada pelo UNICEF.“Na infância, eu praticamente morava lá no sítio da minha avó. Eu era bem pequenininha e ia para a alta (roçado) junto com ela. E até hoje ela leva a agricultura como uma forma de se manter, ela vende milho, feijão… Então foi por causa dela que comecei a gostar da natureza”, explica Lara, estudante do 8º ano da Escola Estadual 4 de Março. Ela é uma das estudantes que participam dos programas de educação socioambiental da escola, fortalecidos pela adesão dos professores às formações do projeto Educação Baseada na Natureza, que visa preparar e mobilizar crianças, adolescentes e jovens brasileiros para serem agentes de transformação e regeneração ecológica, tendo a educação como parte fundamental desse processo. Diretora da Escola Estadual 4 de Março e entusiasta da educação pública, Késsia Pessoa já consegue identificar resultados concretos no comportamento dos estudantes desde o início do projeto:“A gente vê, sim, a diferença: a escola mais limpa, mais cuidada, os alunos com essa consciência sobre o reaproveitamento do lixo, porque tudo isso vai ter um impacto muito importante lá na frente”, destaca a gestora, que é autora do livro Uma Escola que Sente: Narrativas Reunidas.“É incrível o quanto eles interagem diretamente com o meio ambiente, o quanto eles têm um pensamento responsável, sustentável. Se você destacar qualquer embalagem, qualquer papel que eles perceberem no chão aqui na escola, eles questionam, eles estão ativos, atentos mesmo. Eles ficam realmente protagonistas”, salienta Júnior Oliveira, professor de Geografia da Escola 4 de Março.Outro responsável pelo entusiasmo dos estudantes com a iniciativa é João Balbino, professor de Geografia, um dos que lideram as esperadas aulas de campo, promovendo o contato prático entre os estudantes e a natureza. “Só de sair daquela rotina de sala de aula e se aprofundar, adentrar nesse mundo, eles ficam fascinados, eles se empolgam muito”, relata o docente. “Essa semente de sensibilização está sendo plantada, e isso modifica o comportamento dos nossos alunos”, acrescenta. A Escola 4 de Março tem 392 alunos do 6º ano ao ensino médio, incluindo as turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Joaquim Gomes, de 14 anos, estudante do 8º ano, traduz as aulas de campo como um despertar para a diversidade da natureza e uma sensação de pertencimento ao lugar onde vive. “A parte que eu mais gosto são as aulas de campo. Quando nós vamos para lá, podemos observar tudo aquilo, a partir da explicação do professor, e pensar de uma forma totalmente diferente, pensar que lá existe vida, que lá é a casa de milhares de espécies”, diz.“Eu percebi que Canguaretama tem um grande tesouro guardado dentro dela, que é a sua natureza. Quando fazemos uma ação aqui, não estamos afetando só o ambiente de Canguaretama, estamos afetando o mundo todo”, complementa.Percurso formativo fortalece planejamento e didática escolarA percepção dos estudantes é mais sensível porque há um esforço do corpo de professores, alinhado à metodologia do projeto Educação Baseada na Natureza, para decodificar essa educação socioambiental e trazê-la para a realidade cotidiana dos estudantes. “Na sala de aula, nós temos discutido os principais problemas que afetam o nosso município e que acabam impactando a rotina dos estudantes”, ressalta Júnior Oliveira, professor de Geografia da Escola 4 de Março. “E os alunos e suas famílias vivenciam tudo isso e estão dentro dessa realidade, no dia a dia, mas muitas vezes eles vão se acostumando com aquela rotina, então há a necessidade de a escola mostrar e discutir com eles para que lutem por melhorias para eles e para a comunidade como um todo”, reflete.João Balbino exemplifica essa conexão com a teoria e a vida prática: “Os dejetos que saem das casas dos estudantes são canalizados para o rio, então eles entendem que aquele rio antes era fonte de vida, de lazer, e hoje é impróprio para banho. Então isso vai gerando uma conscientização”, atesta. Entre os principais problemas ambientais de Canguaretama estão o crescimento urbano desordenado, que gerou a ampliação do consumo e, consequentemente, do lixo e da poluição; o avanço da carcinicultura e da agroindústria; e a poluição dos rios e do mangue.Lara confirma a tese da mudança de postura em relação à educação ambiental e garante que o aprendizado da sala de aula foi levado para casa. “Costumo falar com meu irmão, porque ele jogava lixo na rua. E eu passei a dizer para ele: olha, não pode, porque é errado poluir o nosso planeta, isso pode causar coisas ruins para a gente”, diz.Para apoiar as equipes escolares no desenvolvimento e fortalecimento de práticas pedagógicas por uma Educação Baseada na Natureza, o UNICEF disponibilizou às escolas trilhas formativas, planos de aula e outros materiais pedagógicos. Todo o material formativo foi produzido a partir dos aprendizados nas escutas realizadas nos territórios. “As trilhas formativas vieram para contribuir com o planejamento e o currículo da escola. Elas trouxeram um conteúdo a mais para os professores, e bem diverso, para que a gente possa implementar não só na escola, mas no dia a dia da comunidade”, avalia a diretora Késsia Pessoa.A opinião é corroborada pelo professor João Balbino. “As trilhas formativas ajudaram consideravelmente a implementação do projeto. Sem elas, não teríamos, muitas vezes, um norte por onde começar, o que realmente poderíamos atingir, o que realmente a gente queria, a que ponto a gente vai chegar”, aponta.Os percursos formativos têm como meta alcançar quatro mil professores até a conclusão do projeto, em 2026. São três trilhas, com duração de 10 horas cada, para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental. Além disso, 620 gestores escolares já foram capacitados em eventos presenciais. Em março, o Rio Grande do Norte sediou, em Natal e Mossoró, duas formações, com oito horas de duração cada, voltadas a coordenadores pedagógicos escolares e gestores da Secretaria Estadual de Educação. Um novo ciclo será realizado até o fim do ano. Além das trilhas formativas, foram produzidos cinco episódios do podcast Deixa que eu Conto “Vozes da natureza – Cuidando do Planeta”, que busca conectar as crianças pequenas com os elementos da natureza, e o Guia de participação de estudantes no enfrentamento da crise climática. Com atividades em andamento no Distrito Federal e Rio Grande no Norte e nas cidades de Salvador (BA) e Recife (PE), o projeto Entre no Clima por uma Educação Baseada na Natureza é uma iniciativa do UNICEF, em parceria estratégica com a Neoenergia, por meio do Programa de Eficiência Energética da ANEEL. O projeto conta com a parceria institucional e de implementação do Instituto Alana.Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do #EntreNoClima: https://www.unicef.org/brazil/entrenoclima-educacao-e-natureza
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História
30 outubro 2025
“O que eu mais quero é que meus filhos avancem no Brasil”
Vivendo há quase dois anos no Rondon 5, abrigo da Operação Acolhida para refugiados e migrantes da Venezuela no Brasil, Gilberto Carpintero tem um sonho: que seus três filhos se desenvolvam com qualidade no país que escolheram viver. Pai solo de Estefani, Andrews e Samuel, de 14, 12 e quatro anos respectivamente, Gilberto tem procurado meios para tentar se estabelecer. “O que mais quero é trabalhar. Entretanto, é complicado achar um trabalho com horários adequados à rotina dos meus filhos. O mais novo ainda não vai para a escola, e não acho certo deixá-lo com alguém que não seja o responsável”. Foi nesse contexto que em maio de 2025, com apoio da equipe da Associação Voluntários para o Serviço Internacional e através do Posto do Cadastro Único, Gilberto foi incluído no CadÚnico e passou a receber o Programa Bolsa Família, programa de transferência de renda do Governo Federal. Esse processo de inserção social esteve diretamente vinculado ao Posto de Triagem de Boa Vista, cuja implementação ocorreu em outubro de 2023 através da parceria entre Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Prefeitura de Boa Vista por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, e contou com apoio do UNICEF, garantindo que refugiados e migrantes acessassem o sistema de proteção social no Brasil.“Apesar de as famílias residentes nos abrigos da Operação Acolhida receberem alimentação e produtos de higiene, o benefício do Bolsa Família acaba impactando na aquisição de itens que estão fora desse escopo. A família do senhor Gilberto, por exemplo, apresenta algumas situações de saúde que estão sendo sanadas com o recebimento do benefício”, destaca Paulo Xavier, psicólogo do CRAS responsável pelo acompanhamento da família no Rondon 5.Com o benefício que recebe do programa, Gilberto tem comprado remédios de asma para Samuel, tem feito o acompanhamento para o caso de estrabismo de Estefani e investido na educação dos filhos. “Quando chegamos ao Brasil, meus filhos não sabiam ler, escrever ou falar português. Então, foi difícil quando foram para a escola e se depararam com essa realidade. Mas, estou investindo em livros, para que consigam aprender um pouco mais. Se eles não tiverem educação em um país tão cheio de oportunidades, não terão nada”, disse o pai.Com planos para continuar no Brasil, Gilberto e seus filhos pensam nos próximos passos.“O que eu mais quero é que meus filhos avancem no Brasil. Vou me sacrificar para que eles estudem, para que tenham uma boa educação. Vou lutar para que tenham conforto, para que eles continuem avançando aqui”, conta.Postos de Cadastro ÚnicoOs postos do Cadastro Único nos Postos de Triagem de Pacaraima e Boa Vista foram inaugurados em junho e outubro de 2023, respectivamente, e realizam mais de 550 atendimentos por mês.Até setembro de 2025, 9.500 famílias refugiadas e migrantes venezuelanas acessaram o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, permitindo o acesso a benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada.Os espaços, preparados para atender a população em seu idioma e prontos para sanar as dúvidas sobre as políticas públicas no novo país, também contribuem para uma maior fluidez nos atendimentos nos Centros de Referência a Assistência Social (CRAS) de Boa Vista e Pacaraima, sobrecarregados nos últimos anos com a alta demanda por atendimento.Em setembro de 2025, a Prefeitura de Pacaraima assumiu o compromisso de continuar com as operações do Posto do CadÚnico do Posto de Triagem de Paracaima, que fica na fronteira do Brasil com a Venezuela, por meio do apoio de recursos repassados pelo MDS, demonstrando o compromisso dos governos municipal e federal com a população.A estratégia conta com o apoio financeiro da União Europeia por meio do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e da Espanha, por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
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História
16 outubro 2025
Uma história de transformação alimentar
A alimentação saudável é a base para o desenvolvimento integral de uma criança. Mas, no Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Miltolina da Silva, no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, nem sempre foi assim.Quando muitas crianças chegaram à escola de educação infantil, que acolhe alunos entre três e seis anos, era comum ver caretas diante de frutas, legumes e verduras. O momento das refeições era marcado por recusas. Como passam grande parte do dia no local, as crianças fazem ali suas principais refeições: café da manhã, almoço e lanche da tarde. Por isso, esse era um desafio que a equipe escolar decidiu enfrentar com afeto, paciência e criatividade.Aos poucos, a escola começou a transformar o olhar das crianças sobre a comida. Brincadeiras, histórias e conversas sobre os alimentos marcaram o início das primeiras experiências, seguidas de visitas à feira do bairro, do cuidado com as árvores frutíferas do pátio e da ajuda na criação de receitas saudáveis. Tudo com o intuito de aproximar as crianças do alimento que chega à escola.“Não temos nada enlatado ou frituras, e também temos uma quantidade específica de sal e óleo para usar. Na escola, também incentivamos as crianças por meio de práticas pedagógicas lúdicas, como o passeio que fizemos à feira para eles comprarem os alimentos saudáveis que mais gostavam. Quando chegamos, fizemos junto com eles essa preparação”, conta a diretora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Miltolina da Silva, Erica Pereira. Por conta disso, o interesse cresceu, e a vontade de experimentar também. “Eu aprendi na escola que frutas e legumes são bons para a saúde”, conta Ayllon Kauã, de 5 anos.As professoras aproveitaram esse entusiasmo para criar algo especial: cada turma elaborou três receitas, que viraram um livro reunindo as descobertas feitas ao longo das vivências. O projeto deu origem a uma feira culinária, que reuniu pais e mães.O engajamento das famílias foi um dos resultados mais significativos dessa trajetória. À medida que as crianças passaram a comer melhor e a falar com entusiasmo sobre os alimentos, pais e responsáveis começaram a rever seus próprios hábitos alimentares. Muitos relatam que passaram a incluir mais frutas e verduras nas refeições de casa, a experimentar novas receitas e a valorizar o momento de comer juntos em família. “Nós como comunidade conhecemos a estrutura da escola e as práticas. Existe o dia de fazer salada de fruta, teve passeio na feira, e em todos esses processos a família foi envolvida. Aprendi a fazer uma farofa de beterraba aqui na escola, e não só meus filhos comem, como eu também aprendi a comer”, comenta Livia Lima, mãe de Joaquim Lima, de quatro anos.Hoje, quem acompanha a rotina das crianças percebe o quanto tudo mudou. Quem antes recusava os alimentos agora experimenta, repete e conta o que aprendeu.Para um crescimento saudável e conscienteO número de crianças e adolescentes com obesidade já ultrapassou o de jovens desnutridos no mundo. Esse marco reflete uma mudança profunda nos hábitos alimentares e no estilo de vida das novas gerações. No Brasil, essa realidade também preocupa: o consumo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo têm crescido, enquanto o contato com alimentos frescos e naturais, além dos momentos de brincadeira ativa, vem diminuindo.Diante desse contexto, ações educativas que unem nutrição e movimento ganham ainda mais importância. Oferecer refeições equilibradas, criar oportunidades para que as crianças explorem sabores e texturas, e incentivar atividades físicas de forma lúdica são estratégias fundamentais para promover um crescimento saudável e consciente.Tudo isso já acontece na escola. Além das atividades pedagógicas, existe a valorização do papel dos cardápios escolares equilibrados e nutritivos e a prática regular de atividades físicas lúdicas e brincadeiras ao ar livre.Formação de hábitosDesde 2023 o Rio de Janeiro conta com uma lei municipal que proíbe a venda e oferta de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas e privadas. A medida busca fortalecer a educação alimentar e nutricional de forma contínua, promovendo a formação de hábitos saudáveis e a conscientização sobre o alimento.“Proibimos tudo que vai contra a proposta de alimentação saudável. Percebemos que, se a criança consegue entender que bons alimentos fazem sentido pra ela, isso se torna comportamento, uma prática, e é muito mais fácil ela levar isso pra vida”, relata o coordenador de Educação Infantil e Primeira Infância da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Marcelo Nascimento. Os cardápios das escolas seguem o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que prioriza alimentos frescos, in natura, e proíbe ultraprocessados. O trabalho do UNICEF no BrasilA nutrição adequada, em especial na primeira infância, é essencial para o crescimento e o desenvolvimento de meninas e meninos. Ela é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento infantil.Para expandir esse esforço, o UNICEF oferece e apoia a formação de professores e coordenadores pedagógicos para o fortalecimento de ações promotoras da saúde nas escolas, como o movimento por meio da brincadeira e ações pedagógicas de educação alimentar e nutricional.Além disso, o UNICEF atua em oito capitais brasileiras na promoção de ambientes urbanos saudáveis e sustentáveis para as crianças, por meio da geração de evidências, identificação de boas práticas, capacitação de profissionais da educação, famílias e comunidades, e influência em políticas públicas junto aos governos municipais.Para essa iniciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica de Novo Nordisk e outros parceiros. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
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História
10 outubro 2025
Oxe, Me Respeite
No Colégio da Polícia Militar Diva Portela, em Feira de Santana, na Bahia, a aluna Cecília Cardoso de Jesus, 15 anos, fala com clareza sobre o que aprendeu nos últimos meses. “A gente aprendeu que o corpo da mulher não é vitrine. Que ‘não’ é ‘não’ e que as pessoas precisam respeitar isso.”Cecília participa do projeto Oxe, Me Respeite nas Escolas, parceria do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) com o Governo da Bahia. A iniciativa promove três meses de oficinas em escolas públicas do estado, com atividades que estimulam o pensamento crítico sobre temas como violência de gênero, racismo, saúde sexual e reprodutiva, dignidade menstrual e diversidade. Mais de dois mil estudantes baianos já participaram das atividades — e a meta é chegar a quinze mil até 2026.Nas oficinas, Cecília e os colegas desenharam murais, assistiram a vídeos e debateram situações do cotidiano. O que parece simples — sentar no chão, pintar, conversar — foi o ponto de partida para questionar comportamentos naturalizados. “A gente fez um mural grande com frases tipo ‘minha roupa não é vitrine’. Todo mundo desenhou uma mulher e escreveu mensagens. Era pra lembrar que o ‘não’ precisa ser respeitado. E foi bom, porque a gente se escuta também”, conta.Em outra atividade, o grupo assistiu a um curta-metragem em que um homem sonha que vive a rotina de uma mulher: cuidar da casa, do filho, do trabalho, e ainda lidar com o julgamento. “No final do sonho, ele ainda engravidava. Todo mundo achou engraçado, mas depois ficou pensando. Os meninos disseram: ‘não é possível que os homens tratem as mulheres assim’. Depois disso, pararam de fazer certas piadas”, diz Cecília. “Eles tinham mania de dizer: ‘vai varrer a casa’. Hoje não falam mais.”A educação sexual também foi destaque nas oficinas. “Escola não é só sobre matemática, ciência. Não, tem que ter conscientização sobre esses temas”, defende Cecília. Ela reforça que aprender sobre corpo, direitos e respeito é essencial: “As pessoas acham que falar disso é errado, que vai incentivar os filhos [a fazer sexo], mas a gente precisa saber o que é certo, o que é respeitar o outro, o que é cuidar de si”, explica.Os aprendizados não ficaram restritos à sala de aula. Filha única, Cecília conta que fala sobre todos esses assuntos com os pais. “Lá em casa, a gente conversa sobre tudo. Sobre respeito, sobre as coisas que acontecem na internet, sobre o que é certo e o que é errado.” Essa abertura em casa reflete uma experiência que seus pais não tiveram. Nem o pai, Luciano, ou a mãe, Alexsandra, passaram da oitava série e nunca tiveram a oportunidade de debater esses temas com as famílias. Luciano explica: “Minha mãe teve 14 filhos. Ela não tinha muito tempo para conversar com os filhos.” Já Alexsandra se ressente de não ter estudado mais: “A gente tinha que trabalhar, e naquela época era ou trabalho ou estudo. Hoje eu quero o melhor para a minha filha, que ela estude e construa um futuro diferente”.Segundo a coordenadora de Prevenção à Violência Baseada em Gênero e Raça da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia, Francileide Araújo, o Oxe, Me Respeite nasceu justamente para provocar o diálogo sobre igualdade de gênero dentro e fora das escolas. E o projeto está em expansão: “Hoje temos oficinas acontecendo em escolas indígenas, quilombolas, em unidades da Fundação da Criança e do Adolescente, inclusive com meninos em privação de liberdade. A ideia é que o projeto se adapte a cada realidade — e que se torne uma política de Estado, não apenas de governo”, defende.Cecília já leva os aprendizados do Oxe, Me Respeite para a vida — dentro e fora de casa. Ainda não decidiu se será médica, advogada ou psicóloga, mas tem clareza sobre o caminho que quer seguir.“Quero ter minha profissão, minha casa, meus filhos quando estiver pronta. Quero dar tudo pra eles, mas principalmente o exemplo de respeito.” Para ela, o que aprendeu nas oficinas vai muito além da escola: é sobre crescer sabendo que liberdade e respeito caminham juntos — e que mudar o mundo começa pelas conversas que a gente tem, todos os dias.Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes e visite a página do UNFPA Brasil: https://brazil.unfpa.org/pt-br Contato para a imprensa: Luiza Olmedo, UNFPA Brasil: luolmedo@unfpa.org
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Notícias
11 novembro 2025
Governo do RJ lança Programa Ambiente Resiliente com ações em parceria com ONU-Habitat
Com a presença de representantes de 71 municípios, o Governo do Rio de Janeiro lançou na quinta-feira (6) o Programa Ambiente Resiliente: Adaptação Climática dos Municípios Fluminenses (PAR). Por meio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS-RJ), a iniciativa estabelece uma parceria com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), para a elaboração de diferentes soluções com o objetivo de aumentar a resiliência das cidades fluminenses.Além de prefeitas e prefeitos, servidoras e servidores estaduais e municipais, a cerimônia contou com a presença do governador Cláudio Castro, do secretário estadual da SEAS-RJ, Bernardo Rossi; da Chefe do Escritório do ONU-Habitat no Brasil, Rayne Ferretti; da vice-reitora da UFRJ, Cassia Curan Turci; do Diretor-executivo para a América do Sul do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, Rodrigo Perpétuo; da Oficial Nacional de Programas do Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres (UNDRR), Adriana Campelo; entre outras pessoas técnicas e autoridades.Durante o evento realizado no Palácio da Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, foram entregues os certificados de adesão aos municípios que já fazem parte do Programa. Além disso, foram anunciadas as primeiras atividades, assinados os termos de compromisso com outros parceiros, e celebrada a parceria entre o governo e o ONU-Habitat.O trabalho em conjunto prevê a elaboração de planos, estudos e ações concretas para aumentar a capacidade dos municípios no enfrentamento de eventos climáticos extremos. Na programação, também foi lançada a coletânea Avaliação de riscos de desastres e vulnerabilidades de 30 municípios do Rio de Janeiro, elaborada na parceria entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o ONU-Habitat, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão.Entre as iniciativas previstas, estão os Planos Locais de Ação Climática (PLACs) para 34 municípios, um estudo dos riscos de inundação no estado, e notas conceituais de projetos voltados à obtenção de financiamento climático. As ações práticas preveem a implementação de 10 projetos de Soluções Baseadas na Natureza (SbN), um projeto-piloto de Cidade Esponja, além de cursos de capacitação sobre resiliência climática para servidores e atividades educativas em escolas dos 92 municípios fluminenses."Hoje demos um passo importante para que verdadeiramente o Governo do Estado do Rio de Janeiro salve vidas. De nada adiantaria criar políticas públicas se elas não chegassem à ponta. A vida acontece nas cidades, com os prefeitos e vereadores. Estou muito feliz por ver tantos prefeitos aqui, porque o Estado vai dar todo o suporte necessário, mas quem realmente salva vidas são eles. Eles são as estrelas desse projeto. Nós vamos oferecer os instrumentos para que cada município construa a sua verdadeira resiliência ", destacou Claudio Castro no discurso de abertura do evento.O Secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, ressaltou a importância do trabalho em conjunto que será realizado em prol da resiliência climática. “São programas que fizemos questão de chegar aos municípios. Nós temos atuado em diferentes áreas, porque a SEAS-RJ viabiliza soluções variadas, desde a prevenção de problemas, com licenciamentos e cuidados das cidades, até as necessidades de adaptação que cada cidade precisa realizar”.A Chefe do Escritório do ONU-Habitat no Brasil, Rayne Ferretti, também celebrou a parceria e comentou sobre a dimensão da iniciativa: “o Programa Ambiente Resiliente tem três grandes linhas de atuação, e é isso o que faz com que ele seja de fato um programa completo. A primeira linha é de estudos, diagnósticos e mapeamentos. A segunda é de planos, em especial os 34 Planos Locais de Ação Climática, que nós estamos começando agora, que se somam aos 22 PLACs da iniciativa Adapta Cidades. E a terceira linha são as ações concretas. Não é um programa que tem somente estudos e diagnósticos com pouca chance de implementação e pouca apropriação por parte dos municípios. São planos realistas e que serão implementados por meio das obras de Soluções Baseadas na Natureza e do projeto inédito de Cidade Esponja no Estado do Rio de Janeiro.”
Novas parcerias – A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é parceira na elaboração do estudo de riscos de inundação do estado, na definição das áreas que devem receber as obras de implementação dos 10 projetos baseados em SbN, e na criação do projeto-piloto de Cidade Esponja. O Secretário da SEAS-RJ, Bernardo Rossi, a Chefe do Escritório do ONU-Habitat no Brasil, Rayne Ferretti, e a vice-reitora da UFRJ, Cassia Curan Turci, assinaram a Carta de Intenções durante o evento.Também foi assinado na cerimônia de lançamento um Termo de Compromisso entre o ONU-Habitat e a Prefeitura de Nova Friburgo que representou os demais municípios que serão contemplados, formalizando a parceria para a elaboração dos Planos Locais de Ação Climática.Os 34 PLACs serão realizados por meio de uma abordagem integrada, que envolve a participação popular e a utilização de diretrizes e ferramentas alinhadas com os marcos globais de ação climática, resiliência e desenvolvimento urbano sustentável, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Marco de Sendai e a Agenda 2030. A metodologia de criação dos PLACs vai considerar a diversidade territorial e institucional dos municípios, promovendo processos participativos orientados por evidências e voltados para a implementação. Para tanto, o ONU-Habitat anunciou que o ICLEI América do Sul foi a organização selecionada a partir de uma Chamada de Propostas, para apoiar na elaboração dos planos. Trilha de capacitação – A primeira atividade da parceria foi a inauguração da trilha de capacitação que será desenvolvida e ofertada aos 92 municípios do Rio de Janeiro a partir de janeiro de 2026 para identificar, avaliar e gerenciar riscos climáticos. A aula magna "Construindo cidades resilientes: os 10 princípios essenciais em ação", aberta ao público em geral, foi transmitida no dia 22 de outubro no YouTube da Universidade do Ambiente.O primeiro curso da trilha será conduzido pelo UNDRR na plataforma da Universidade do Ambiente, mantida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ). O treinamento vai abordar as três temáticas principais da parceria entre o ONU-Habitat e a SEAS-RJ: resiliência, adaptação climática e gestão de riscos de desastres. As inscrições estão abertas a todos os municípios que aderiam ao Programa Ambiente Resiliente por meio deste link.
Sobre a parceria – O Programa Ambiente Resiliente é um programa da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade para promover a resiliência urbana e climática nos municípios fluminenses, fortalecendo as metas da Agenda 2030 e os princípios da Nova Agenda Urbana em todo o estado. Além disso, trabalha para mobilizar os municípios para construir um Rio de Janeiro mais inclusivo e sustentável.A iniciativa vai gerar novos conhecimentos e fortalecer as capacidades institucionais do estado e dos municípios fluminenses, reduzindo a exposição dos territórios e população à novos riscos e vulnerabilidades, aprimorando sua resiliência, promovendo a transição para cidades mais resilientes, inclusivas e sustentáveis. Alinhado a marcos internacionais como o Acordo de Paris, a Agenda 2030, o Marco de Sendai e a iniciativa MCR2030, a parceria adota uma abordagem integrada de gestão de riscos e adaptação, articulando políticas públicas estaduais e municipais, incluindo a participação popular.A inovação do Programa está na combinação de planejamento estratégico, fortalecimento institucional e execução de soluções práticas — como implementações de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), atualizações de indicadores de resiliência municipais, e a construção coletiva de mecanismos de financiamento climático, além da promoção de ações de solidariedade e cooperação entre municípios e instituições por meio da Rede Ambiente Resiliente.As primeiras ações, viabilizadas com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (FECAM), estão sendo implementadas em parceria com o ONU-Habitat, assegurando excelência técnica e alinhamento a boas práticas internacionais.A parceria entre ONU-Habitat e SEAS-RJ no Programa Ambiente Resiliente criou um canal de comunicação no WhatsApp voltado principalmente ao contato com servidoras e servidores dos municípios participantes do Programa, para tirar dúvidas e encaminhar solicitações: (21) 98278-9486.--Contato para imprensa:
Aléxia Saraiva (alexia.saraiva@un.org)
Ludmilla Balduino (ludmilla.balduino@un.org)
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Notícias
11 novembro 2025
ONU: Resfriamento sustentável pode economizar US$ 17 trilhões em custos de energia até 2050
Em meio às crescentes ondas de calor e ao aumento da demanda por resfriamento, a adoção de um resfriamento sustentável pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa, economizar trilhões de dólares e expandir o acesso ao resfriamento que salva vidas para aqueles que precisam, de acordo com relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançado nesta terça (11) na COP30, em Belém do Pará. O resfriamento sustentável tem como foco técnicas passivas de resfriamento híbrido e de baixo consumo de energia que combina ventiladores e condicionadores de ar que consomem pouca ou nenhuma energia.O relatório Global Cooling Watch 2025 conclui que a demanda por resfriamento pode mais do que triplicar até 2050, impulsionada por aumentos na população e na riqueza, eventos de calor mais extremos e famílias de baixa renda ganhando cada vez mais acesso a resfriamento mais poluente e ineficiente. Isso quase dobraria as emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao resfriamento em relação aos níveis de 2022 – elevando as emissões de resfriamento para cerca de 7,2 bilhões de toneladas de CO²e até 2050 – apesar dos esforços para melhorar a eficiência energética, reduzir gradualmente os refrigerantes que aquecem o clima e sobrecarregar as redes elétricas durante o pico de carga.O relatório sugere a adoção de um 'Caminho de Resfriamento Sustentável', que poderia reduzir as emissões para 64% - 2,6 bilhões de toneladas de CO²e - abaixo dos níveis esperados em 2050. Quando combinadas com a rápida descarbonização do setor de energia global, as emissões residuais de resfriamento podem cair para 97% abaixo dos níveis habituais. "À medida que as ondas de calor mortais se tornam mais regulares e extremas, o acesso ao resfriamento deve ser tratado como infraestrutura essencial, juntamente com água, energia e saneamento", disse a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen. "Mas não podemos climatizar nossa saída da crise de calor, o que aumentaria as emissões de gases de efeito estufa, aumentaria os custos e aumentaria as substâncias prejudiciais à camada de ozônio. Soluções passivas, energeticamente eficientes e baseadas na natureza podem ajudar a atender às nossas crescentes necessidades de resfriamento e manter as pessoas, as cadeias alimentares e as economias protegidas do calor à medida que buscamos metas climáticas globais. Não temos desculpa: é hora de acabar o calor" Caminho para o Resfriamento SustentávelPublicado pela Cool Coalition, liderada pelo PNUMA, o relatório é a avaliação mais abrangente até o momento da crescente demanda global por refrigeração e da necessidade de soluções ecológicas para o problema.Um Caminho de Resfriamento Sustentável pode fornecer acesso a resfriamento ou refrigeração de espaços, edifícios resilientes e espaços verdes urbanos para todas as pessoas - incluindo grupos vulneráveis e de baixa renda - como pequenos agricultores, mulheres e idosos - sem exacerbar a crise climática. Este caminho combina estratégias de resfriamento passivo, resfriamento híbrido e de baixo consumo de energia que combina ventiladores e condicionadores de ar, adoção rápida de equipamentos de alta eficiência e redução acelerada de refrigerantes de hidrofluorcarbonetos (HFC) sob a Emenda de Kigali.Quase dois terços dos cortes de emissões disponíveis vêm de soluções passivas e de baixo consumo de energia, reforçando a urgência de incorporá-los nas políticas nacionais e no planejamento urbano. Essas soluções também são altamente acessíveis e críticas para melhorar o acesso ao resfriamento para mais três bilhões de pessoas até 2050. Se adotado, o Caminho poderia economizar US$ 17 trilhões em custos cumulativos de energia até 2050 e evitar até US$ 26 trilhões em investimentos na rede por meio da redução da demanda de eletricidade.Mutirão Contra o Calor ExtremoEssas medidas sustentam a implementação do Mutirão Global Contra o Calor Extremo / Beat the Heat - um esforço coletivo liderado pela presidência da COP30 no Brasil e pela Cool Coalition do PNUMA - para situar o Compromisso Global pelo Resfriamento e preencher lacunas na política, financiamento e entrega de resiliência ao calor e resfriamento urbano. Hoje, mais de 185 cidades, do Rio de Janeiro a Jacarta e Nairóbi, aderiram ao Mutirão - ao lado dos 72 signatários do Compromisso Global pelo Resfriamento.“(Beat the Heat) é uma dessas iniciativas que mostra que o mutirão funciona, ou seja, as pessoas têm que se juntar e trabalhar naquilo que elas entendem. E o Beat The Heat é isso. Levantou um tema de uma maneira atraente e que vai trazer as pessoas para realizar o esforço que a gente tem que fazer pra combater a mudança do clima”, disse o Embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.O progresso acontece, mas é desigual Cerca de 72 nações aderiram ao Compromisso Global pelo Resfriamento para reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em 68% até 2050, seguindo este Caminho de Resfriamento Sustentável. Em meados de 2025, 29 países haviam estabelecido metas específicas de redução de gases de efeito estufa para o setor de refrigeração, com outros cinco desenvolvendo tais metas. No total, 134 países incorporaram o resfriamento em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), Planos Nacionais de Adaptação (NAPs), Estratégias de Desenvolvimento de Baixa Emissão de Longo Prazo (LT-LEDS), planos de energia ou outras estratégias climáticas nacionais.No entanto, apenas 54 países têm políticas abrangentes em todas as três áreas prioritárias para resfriamento: resfriamento passivo em códigos de energia de edifícios, padrões mínimos de desempenho energético e transição de refrigerante. Outros 78 países cobrem dois desses pilares, 40 cobrem apenas um e 20 ainda não começaram.As maiores lacunas estão nos países da África e da Ásia-Pacífico, onde grande parte do aumento global na demanda por resfriamento pode ser esperado.O relatório emite uma série de recomendações para aumentar a ação, incluindo a mudança do modo de resposta a emergências para uma governança proativa e multinível sobre calor e resfriamento extremos, tratando a proteção contra o calor e o resfriamento como um bem público e priorizando soluções passivas e baseadas na natureza - incluindo o design urbano - para reduzir as cargas de resfriamento, mitigar o efeito da ilha de calor urbana e reduzir o estresse da rede.Para saber mais, siga @unep_pt nas redes e acesse a página do relatório global: https://www.unep.org/resources/global-cooling-watch-2025 NOTAS PARA EDITORESCitações adicionais: Evandro Leitão, Prefeito de Fortaleza, Brasil“Fortaleza está colocando a natureza no centro da adaptação e mitigação climática. Estamos comprometidos em ampliar os corredores verdes e microparques que resfriam nossa cidade e protegem os mais vulneráveis. Trata-se de equidade, saúde e habitabilidade — e, por meio da Beat the Heat, queremos compartilhar e aprender com cidades do Brasil e do mundo todo para acelerar essa transformação.Grace Fu, Ministra da Sustentabilidade e do Meio Ambiente, Cingapura“Como signatária do Compromisso Global de Resfriamento, Cingapura está tomando medidas concretas para a implementação do Compromisso e tem orgulho de apoiar a iniciativa Beat the Heat, compartilhando nossa expertise técnica e experiência em resfriamento sustentável e resiliência ao calor urbano, além de fornecer plataformas para que os países compartilhem conhecimentos e melhores práticas. Cingapura reunirá pontos focais do Compromisso Global de Resfriamento, formuladores de políticas e profissionais de todo o mundo para uma revisão do progresso do Compromisso e um aprofundamento em soluções sustentáveis de resfriamento e resiliência ao calor. Cingapura também compartilhará nossas capacidades técnicas do nosso Digital Urban Climate Twin para capacitar cidades em todo o mundo a modelar, prever e mitigar melhor o calor urbano. Essas contribuições concretas para a iniciativa Beat the Heat refletem nosso compromisso em promover soluções práticas e inclusivas para um futuro mais fresco e resiliente ao clima.”Dr. J Jeyaranjan, Vice-Presidente Executivo, Comissão de Planejamento Estadual, Governo de Tamil Nadu, Índia “Desde a decisão pioneira de declarar o calor como um desastre específico do estado até o desenvolvimento de Planos de Ação contra o Calor para as principais cidades, Tamil Nadu estabeleceu um modelo abrangente para a governança do calor. Ao nos unirmos à comunidade global por meio da iniciativa “Beat the Heat”, temos a oportunidade de aprender com diversas experiências e, ao mesmo tempo, compartilhar nossas próprias abordagens de governança baseadas em dados. Acredito que essa parceria de coaprendizagem beneficiará mutuamente todas as cidades participantes, tornando-as resilientes ao calor, inclusivas e preparadas para as mudanças climáticas.”Bashir Mohamed Jama, Ministro do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Somália“Para cidades somalis como Dolow, Biadoa, Galkaio e Bossaso, o resfriamento sustentável não é um luxo, é uma tábua de salvação. Ao aderir à iniciativa Beat the Heat e trabalhar com a Cool Coalition, liderada pelo PNUMA, nosso objetivo é proteger vidas e meios de subsistência do calor cada vez mais intenso, ao mesmo tempo em que promovemos compromissos climáticos. Juntamente com outras cidades, podemos transformar o resfriamento passivo e a inovação em resiliência para as comunidades urbanas mais vulneráveis.”Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Ele promove liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a melhorar sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras. Contato para a imprensa: Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: unep-newsdesk@un.org
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07 novembro 2025
Em Governador Valadares, comunidades recebem equipamentos para fortalecer agricultura, pesca e projetos sociais
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), entregou equipamentos agrícolas, de pesca e de informática a comunidades tradicionais e coletivos de juventudes de Governador Valadares (MG). A iniciativa coroa um trabalho de participação que começou há mais de um ano com o apoio da Assessoria Técnica Independente da Cáritas Diocesana - ATI CDGV para fortalecer a atuação de comissões locais formadas por pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão.Os grupos destinatários incluem a Comissão de Ilheiros, que recebeu 18 roçadeiras, 6 carretas agrícolas fixas, 6 motocultivadores a diesel e 12 motocultivadores a gasolina; a Comissão de Ilha Brava, contemplada com uma furgoneta refrigerada para aprimorar o transporte e a comercialização dos alimentos produzidos localmente; e a Comissão da Pesca, que recebeu 11 barcos de alumínio, 11 motores e 44 coletes salva-vidas para fortalecer a atividade pesqueira e garantir mais segurança aos trabalhadores. Todas as entregas buscam apoiar o trabalho das comunidades, modernizando a produção da agricultura familiar e da pesca, reduzindo custos, ampliando a produtividade e fortalecendo a geração de renda local.“Antes, muitos pescadores não tinham barco e precisavam usar embarcações de madeira, o que era perigoso e dificultava muito o trabalho, principalmente no período das cheias. Agora, com os barcos de alumínio e os motores, ficou mais seguro e rápido para atravessar o rio e transportar o que precisamos”, conta o representante da Comissão da Pesca, Valdivino Modesto. “Este projeto reafirma o compromisso do Ministério Público do Trabalho com a promoção do trabalho digno e o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais. Ao fortalecer iniciativas produtivas locais, estimular a agricultura familiar, a pesca artesanal e o protagonismo juvenil, o MPT contribui diretamente para a geração de renda, a autonomia das famílias e a permanência dessas comunidades em seus territórios tradicionais”, destaca a procuradora do Trabalho Tatiana Costa de Figueiredo Amormino, coordenadora do Subgrupo de Trabalho Comunidades Tradicionais Ribeirinhas. As aquisições foram realizadas com destinação da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região, com recursos oriundos da atuação do MPT em ações judiciais.Apoio à juventudeAlém das entregas para as comissões de trabalhadores, cinco coletivos de jovens de Governador Valadares foram contemplados com mais de 200 itens, incluindo equipamentos de informática, mobiliário, materiais de estamparia e artesanato. Os bens fortalecem iniciativas comunitárias nas áreas de tecnologia, cultura e geração de renda, criando espaços coletivos de aprendizado e produção.“Esses equipamentos estão transformando a realidade de muitos jovens periféricos, que agora têm acesso a computadores e a cursos de formação profissional”, explica Christopher Rodrigues de Morais, representante da Comissão de Juventudes. “No caso do Coletivo Linhas do Bem, por exemplo, eles possibilitaram a criação de um curso de nove meses voltado à inserção tecnológica e ao desenvolvimento pessoal. Já o coletivo Valadares Power ampliou suas atividades culturais e oficinas criativas, incentivando a inclusão digital, o protagonismo juvenil e a geração de novas oportunidades de trabalho”.“A entrega desses equipamentos é resultado de um trabalho conjunto, construído a partir da escuta e da participação das próprias comunidades”, destaca a gerente de Projetos do UNOPS, Cecília Abdo. “Nosso objetivo é fortalecer capacidades locais e promover soluções sustentáveis que gerem oportunidades de trabalho e renda, contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no fortalecimento das comunidades.”Para saber mais, siga @unops_official nas redes!
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06 novembro 2025
Brasil e Reino Unido lançam Incubadora de Descarbonização Industrial com apoio da UNIDO
Os governos do Brasil e do Reino Unido lançaram, nesta quinta-feira (6), na Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo (SP), a Incubadora de Descarbonização Industrial (ID Incubator), que tem o objetivo de acelerar o desenvolvimento e a adoção de tecnologias limpas no setor industrial brasileiro.A ID Incubator é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Departamento de Segurança Energética e Net Zero (DESNZ) do Reino Unido, com implementação da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e execução da Energy Systems Catapult.A iniciativa também conta com a participação de CINK Group, ABGI, KPTL e Neo Ventures.A incubadora é um dos pilares do Hub de Descarbonização Industrial (ID Hub), plataforma bilateral lançada na COP28 para mobilizar recursos financeiros e técnicos para impulsionar a transição do Brasil rumo a um futuro industrial de baixo carbono.Com um aporte inicial de aproximadamente R$ 8 milhões, financiados pelo governo britânico, a ID Incubator apoiará até 20 empresas e startups em rodadas seed e série A, que são etapas de investimento. A rodada seed (ou “semente”) é o primeiro grande aporte, usado para transformar a ideia inicial em um negócio viável, montar equipe e validar o produto no mercado. Já a série A acontece quando a startup comprova que o modelo de negócio funciona e busca recursos maiores para crescer, escalar operações e alcançar novos mercados.O objetivo do investimento é desenvolver projetos que conectem soluções tecnológicas inovadoras às demandas de descarbonização de setores-chave da indústria nacional, como aço, alumínio, vidro, cimento, petroquímica, e papel e celulose.“A inovação é o elo que transforma ambição climática em prosperidade industrial. O lançamento da Incubadora de Descarbonização Industrial reflete o compromisso da UNIDO em apoiar o Brasil na construção de um ecossistema que conecta tecnologia, política pública e investimento para acelerar a transição rumo a uma indústria de baixo carbono. Por meio do ID Hub, promovemos a cooperação internacional como alavanca para ampliar o impacto das soluções inovadoras e fortalecer a competitividade industrial em linha com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável”, afirmou a diretora da Divisão de Energia e Ação Climática da UNIDO, Rana Ghoneim.Durante o evento de lançamento na CNI, representantes dos governos brasileiro e britânico, da UNIDO e de instituições parceiras destacaram o papel estratégico da cooperação internacional para a transição justa e competitiva da indústria. A iniciativa também busca enfrentar o chamado “vale da morte” da inovação – fase em que tecnologias promissoras deixam de avançar por falta de suporte técnico e financeiro para validação em escala industrial.A ID Incubator está alinhada às diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB) e da Estratégia Nacional de Descarbonização da Indústria (ENDI), reforçando o papel do país como líder regional na transição para uma economia de baixo carbono.“Essa parceria entre Brasil e Reino Unido traduz, na prática, o nosso compromisso em fazer da descarbonização um eixo estratégico da reindustrialização nacional, com competitividade e desenvolvimento econômico inclusivo”, destacou a secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Julia Cruz.Às vésperas da COP30, sediada em Belém (PA), o lançamento da ID Incubator marca um avanço concreto na preparação do Brasil para o protagonismo climático e industrial.Para saber mais, siga @unido_org nas redes!
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05 novembro 2025
Circuito Urbano 2025 bate recorde de público com 360 eventos e 22 mil espectadores
Durante o mês de outubro, o Circuito Urbano 2025 mobilizou mais de 21 mil espectadores de todo o Brasil para debater os desafios e soluções para o futuro das cidades. Com um recorde de 360 eventos realizados, a sétima edição da iniciativa teve como tema “Enfrentando desafios urbanos: caminhos para cidades mais justas e sustentáveis”, promovendo discussões sobre o papel das cidades na ação climática, no enfrentamento das desigualdades, na moradia adequada e na construção de espaços mais resilientes e inclusivos.
Organizado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil e com apoio institucional do Ministério das Cidades, a edição de 2025 reforçou o papel das cidades no enfrentamento da crise climática. O debate integrou a discussão da ação climática local aos temas de redução de desigualdades, crise da moradia e inovação, dialogando com a realização da COP30 em Belém, de 10 a 21 de novembro.A subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach, durante a celebração do Dia Mundial das Cidades de 2025 em Bogotá, na Colômbia, destacou que a maior parte das atividades realizadas durante o Outubro Urbano ocorreu na América Latina e no Caribe, demonstrando a liderança da região no avanço da agenda urbana, bem como sua capacidade de inovar por meio da diversidade e da solidariedade.O evento reuniu autoridades nacionais e internacionais para debater o tema “Cidades inteligentes centradas nas pessoas”, reforçando o papel da tecnologia e da inovação na construção de espaços urbanos mais inclusivos, resilientes e preparados para o futuro. A celebração contou com a participação presencial de mais de mil pessoas no Ágora Bogotá e nos eventos satélite, mais de cinco mil acompanharam a transmissão pela UN Web TV, e o alcance nas redes sociais superou 37 milhões de pessoas em todo o mundo. Resultados e linhas temáticasOs eventos do Circuito Urbano foram divididos em quatro linhas temáticas que refletiram as prioridades do desenvolvimento urbano sustentável no país:Ação climática e meio ambiente urbano: 152 eventosMoradia adequada no centro do planejamento urbano: 55 eventosRedução das desigualdades urbanas: 80 eventosDados, inovação e cidades inteligentes: 73 eventosAs atividades reuniram representantes de governos, universidades, organizações da sociedade civil e setor privado em eventos presenciais, híbridos e virtuais – transmitidos pelo canal do Circuito Urbano no YouTube e chegando a mais de 22 mil espectadores, público 50% superior à última edição.LegadoCriado em 2018 pelo ONU-Habitat no Brasil, o Circuito Urbano tem como propósito promover o Outubro Urbano, período que convida cidades, comunidades e instituições do mundo todo a refletirem sobre como tornar a vida urbana mais sustentável.O Outubro Urbano é um movimento global promovido pelo ONU-Habitat que convida cidades, comunidades e instituições a refletirem sobre como tornar a vida urbana mais sustentável. Celebrado ao longo de todo o mês de outubro, o período começa com o Dia Mundial do Habitat — em 2025, comemorado em 6 de outubro, com o tema “Resposta a crises urbanas”. O mês se encerra no Dia Mundial das Cidades, em 31 de outubro.Em sete edições, o Circuito Urbano já apoiou mais de 1,2 mil eventos, consolidando o Brasil como o país com o maior número de atividades em celebração ao Outubro Urbano. A próxima edição do Circuito Urbano será realizada em 2027. Contato para a imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
Organizado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil e com apoio institucional do Ministério das Cidades, a edição de 2025 reforçou o papel das cidades no enfrentamento da crise climática. O debate integrou a discussão da ação climática local aos temas de redução de desigualdades, crise da moradia e inovação, dialogando com a realização da COP30 em Belém, de 10 a 21 de novembro.A subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach, durante a celebração do Dia Mundial das Cidades de 2025 em Bogotá, na Colômbia, destacou que a maior parte das atividades realizadas durante o Outubro Urbano ocorreu na América Latina e no Caribe, demonstrando a liderança da região no avanço da agenda urbana, bem como sua capacidade de inovar por meio da diversidade e da solidariedade.O evento reuniu autoridades nacionais e internacionais para debater o tema “Cidades inteligentes centradas nas pessoas”, reforçando o papel da tecnologia e da inovação na construção de espaços urbanos mais inclusivos, resilientes e preparados para o futuro. A celebração contou com a participação presencial de mais de mil pessoas no Ágora Bogotá e nos eventos satélite, mais de cinco mil acompanharam a transmissão pela UN Web TV, e o alcance nas redes sociais superou 37 milhões de pessoas em todo o mundo. Resultados e linhas temáticasOs eventos do Circuito Urbano foram divididos em quatro linhas temáticas que refletiram as prioridades do desenvolvimento urbano sustentável no país:Ação climática e meio ambiente urbano: 152 eventosMoradia adequada no centro do planejamento urbano: 55 eventosRedução das desigualdades urbanas: 80 eventosDados, inovação e cidades inteligentes: 73 eventosAs atividades reuniram representantes de governos, universidades, organizações da sociedade civil e setor privado em eventos presenciais, híbridos e virtuais – transmitidos pelo canal do Circuito Urbano no YouTube e chegando a mais de 22 mil espectadores, público 50% superior à última edição.LegadoCriado em 2018 pelo ONU-Habitat no Brasil, o Circuito Urbano tem como propósito promover o Outubro Urbano, período que convida cidades, comunidades e instituições do mundo todo a refletirem sobre como tornar a vida urbana mais sustentável.O Outubro Urbano é um movimento global promovido pelo ONU-Habitat que convida cidades, comunidades e instituições a refletirem sobre como tornar a vida urbana mais sustentável. Celebrado ao longo de todo o mês de outubro, o período começa com o Dia Mundial do Habitat — em 2025, comemorado em 6 de outubro, com o tema “Resposta a crises urbanas”. O mês se encerra no Dia Mundial das Cidades, em 31 de outubro.Em sete edições, o Circuito Urbano já apoiou mais de 1,2 mil eventos, consolidando o Brasil como o país com o maior número de atividades em celebração ao Outubro Urbano. A próxima edição do Circuito Urbano será realizada em 2027. Contato para a imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
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