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14 novembro 2025
UNODC destaca integração de respostas de justiça à ação climática na COP30
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14 novembro 2025
Na COP30, Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe emite o primeiro título regional de resiliência com o apoio da ONU
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14 novembro 2025
Prefeitura de São Gonçalo e ONU-Habitat entregam recomendações para a gestão de riscos e desastres
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Discurso
06 novembro 2025
Guterres: “Apoiem a ciência; defendam a justiça; defendam as gerações futuras”
Agradeço ao Presidente Lula, ao Presidente da COP, e ao Governo e ao povo do Brasil pela calorosa hospitalidade em Belém.Muito obrigado pela vossa liderança e firme compromisso com o multilateralismo – num momento em que o nosso mundo está em jogo. Presidente Lula, o senhor chamou esta COP de “COP da verdade”.Não poderia concordar mais.A dura realidade é que não conseguimos garantir que permaneceríamos abaixo de 1,5 grau.A ciência agora nos diz que um excedente temporário além do limite de 1,5 grau – começando, no máximo, no início da década de 2030 – é inevitável.Precisamos de uma mudança de paradigma para limitar a magnitude e a duração desse excedente e reduzi-lo rapidamente.Mesmo um excedente temporário terá consequências dramáticas.Poderá empurrar os ecossistemas para além de pontos de inflexão irreversíveis, expor bilhões de pessoas a condições inviáveis e amplificar as ameaças à paz e à segurança.Cada fração de grau significa mais fome, deslocamento e perda – especialmente para as pessoas menos responsáveis.Isso é uma falha moral – e uma negligência mortal.Sim, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) apresentadas recentemente representam um progresso – mas ainda estão aquém do que é necessário.Mesmo que fossem totalmente implementadas, elas nos colocariam em um caminho bem acima de 2 graus de aquecimento global.Enquanto isso, a crise climática está se acelerando.Incêndios florestais recordes, inundações mortais, supertempestades... destruindo vidas, economias e décadas de progresso.No ano passado, as emissões atingiram outro recorde.E hoje, como vimos, a Organização Meteorológica Mundial confirmou que as emissões continuaram a aumentar este ano.Sejamos claros: o limite de 1,5 °C é uma linha vermelha para a humanidade. Ele deve ser mantido ao nosso alcance.E os cientistas também nos dizem que isso ainda é possível.Se agirmos agora, com rapidez e em grande escala, podemos tornar o excedente o menor, o mais curto e o mais seguro possível — e trazer as temperaturas de volta para menos de 1,5 °C antes do final do século.Menor — atingindo o pico das emissões globais imediatamente; reduzindo-as profundamente nesta década, acelerando a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, reduzindo drasticamente o metano e protegendo as florestas e os oceanos — os sumidouros de carbono da natureza.Curto – atingindo o zero líquido global até 2050 e avançando rapidamente para emissões líquidas negativas sustentadas depois disso.Seguro – aumentando drasticamente os investimentos em adaptação e resiliência e fornecendo Alertas Precoces para Todos até 2027.Excelências,As Nações Unidas não desistirão da meta de 1,5 grau.Porque outra verdade é evidente: nunca estivemos tão bem equipados para lutar.Uma revolução da energia limpa se consolidou.A energia solar e eólica são agora as fontes de energia mais baratas – e as fontes de eletricidade que mais crescem na história.No ano passado, quase toda a nova capacidade energética veio de fontes renováveis.A economia da energia limpa está criando empregos e impulsionando o desenvolvimento.Ela está remodelando a geopolítica, proporcionando segurança energética e estabilidade de preços.E está conectando milhões de pessoas à energia limpa e acessível pela primeira vez.A economia mudou.Em 2024, os investidores injetaram US$ 2 trilhões em energia limpa – 800 bilhões a mais do que em combustíveis fósseis.A energia limpa está ganhando em preço, desempenho e potencial – oferecendo soluções para transformar nossas economias e proteger nossas populações.O que ainda falta é coragem política.Os combustíveis fósseis ainda recebem subsídios vultosos – dinheiro dos contribuintes.Muitas empresas estão obtendo lucros recordes com a devastação climática – gastando bilhões em lobby, enganando o público e obstruindo o progresso.Muitos líderes continuam reféns desses interesses arraigados.Muitos países carecem de recursos para se adaptar – e estão excluídos da transição para a energia limpa.E muitas pessoas estão perdendo a esperança de que seus líderes ajam.Precisamos agir mais rapidamente – e agir juntos. Esta COP deve dar início a uma década de aceleração e resultados: Primeiro – os países devem concordar com um plano de resposta ousado e credível para fechar a lacuna de ambição das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 1,5 graus.Responsabilidades comuns, mas diferenciadas, devem ser aplicadas, mas isso não deve ser uma desculpa para que qualquer país não assuma sua parte justa de responsabilidade. Isso significa impulsionar as energias renováveis, a eletrificação e a eficiência energética;Construir redes modernas e armazenamento em grande escala;Interromper e reverter o desmatamento até 2030;Reduzir as emissões de metano;E definir cronogramas de eliminação gradual do carvão a curto prazo, alinhados com 1,5 grau.Tenho defendido consistentemente contra mais usinas de carvão ou exploração e expansão de combustíveis fósseis.Na COP 28 em Dubai, os países se comprometeram a fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis.Chega de greenwashing.Chega de brechas.Devemos transformar esse compromisso em ação – ao mesmo tempo em que apoiamos os países em desenvolvimento de baixa e média renda que são altamente dependentes de combustíveis fósseis.Também devemos desmantelar barreiras estruturais e proporcionar as condições para que os países em desenvolvimento cumpram e superem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas. As políticas comerciais e de investimento devem apoiar a ambição climática, não prejudicá-la.Segundo – devemos demonstrar um caminho claro e confiável para atingir US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para os países em desenvolvimento até 2035, conforme acordado na COP 29 em Baku.Os países desenvolvidos devem assumir a liderança na mobilização de 300 bilhões de dólares anualmente – fornecendo financiamento acessível e previsível na escala acordada.Todos os países doadores devem mostrar que contribuirão para atingir as metas de 300 bilhões e 1,3 trilhão.Não é mais hora de negociações.É hora de implementação, implementação e implementação.Com acompanhamento independente, desembolso mais rápido e termos que reflitam a vulnerabilidade climática – incluindo alívio da dívida.E terceiro – os países em desenvolvimento devem sair de Belém equipados com um pacote de justiça climática que proporcione equidade, dignidade e oportunidades.Isso significa um plano concreto para fechar o déficit de financiamento da adaptação:Garantir que os países desenvolvidos honram a sua promessa de fornecer 40 bilhões de dólares americanos para financiar a adaptação até ao final deste ano;E dar confiança de que o financiamento acessível para a adaptação será aumentado para além de 2025 – e entregue rapidamente às comunidades na linha da frente.Significa também colocar a justiça no centro da transição energética.Com medidas concretas para apoiar os países em desenvolvimento a navegar por ela — protegendo os trabalhadores, empoderando as comunidades e criando novas oportunidades;E contribuições significativas e acesso simplificado ao Fundo de Perdas e Danos.Uma transição justa também significa que os povos indígenas liderem o caminho.Seu conhecimento e participação plena iluminam o caminho para um planeta habitável.Excelências,Vocês podem contar com as Nações Unidas.Por meio de nossa Promessa Climática, mais de cem países em desenvolvimento receberam apoio na preparação de suas novas contribuições nacionalmente determinadas.Eu instruí o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento a fortalecer essa arquitetura e trabalhar em todo o sistema para apoiar os países em desenvolvimento durante o plano de implementação.O desafio é imenso.Mas as escolhas são claras.Ninguém pode negociar com a física.Mas podemos escolher liderar — ou ser levados à ruína.Escolham fazer de Belém o ponto de virada.Apoiem a ciência.Defendam a justiça.Defendam as gerações futuras.Obrigado.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/cop30
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Discurso
10 novembro 2025
Chefe da ONU Mudança Climática: “Em Belém, temos de aliar o mundo das negociações às ações necessárias na economia real”
Senhor Presidente, Excelências,Há dez anos, em Paris, projetávamos o futuro – um futuro que veria nitidamente uma queda na curva das emissões.Colegas, bem-vindos a esse futuro.A curva das emissões foi reduzida. Graças ao que foi acordado em salas como esta, com os governos legislando e os mercados respondendo.Mas não estou amenizando a situação. Temos muito mais trabalho a fazer.Precisamos avançar muito, muito mais rápido tanto na redução das emissões quanto no fortalecimento da resiliência. A ciência é clara: podemos e devemos reduzir a curva de aumento das temperaturas de volta ao limite 1,5 °C, mesmo após qualquer ultrapassagem temporária.Lamentar não é uma estratégia. Precisamos de soluções.Estamos aqui em Belém, na foz do Amazonas. E podemos aprender muito com esse rio poderoso.O Amazonas não é uma entidade única, mas um vasto sistema fluvial sustentado e alimentado por mais de mil afluentes.Para acelerar a implementação, o funcionamento da COP deve ser estruturado da mesma forma — alimentado por muitos fluxos de cooperação internacional.Porque os compromissos nacionais individuais, por si só, não estão reduzindo as emissões com a rapidez necessária.Não precisamos esperar que as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atrasadas cheguem para identificar a lacuna e projetar as inovações necessárias para resolvê-la.Nenhuma nação pode se dar ao luxo disso, já que os desastres climáticos podem reduzir o PIB em dois dígitos.Vacilar enquanto secas históricas destroem as colheitas nacionais, fazendo os preços dos alimentos dispararem, não faz sentido algum, economicamente ou politicamente.Discutir enquanto a fome se instala, forçando milhões de pessoas a fugir de suas terras, é algo que nunca será esquecido, à medida que os conflitos se espalham.Enquanto os desastres climáticos dizimam a vida de milhões, quando já temos as soluções, isso nunca, jamais será perdoado.A economia dessa transição é tão indiscutível quanto os custos da inação.A energia solar e eólica são agora as fontes de energia de menor custo em 90% do mundo.As energias renováveis ultrapassaram o carvão este ano como a principal fonte de energia do mundo.O investimento em energia limpa e infraestrutura atingirá outro recorde este ano – com os investimentos em energias renováveis superando os combustíveis fósseis em 2 para 1.Então, o que precisa ser decidido aqui em Belém para corresponder às oportunidades, com a escala da crise que enfrentamos?Porque já concordamos que faremos a transição para abandonar os combustíveis fósseis. Agora é hora de nos concentrarmos em como fazer isso de forma justa e ordenada. Concentrando-nos em quais acordos estabelecer, para acelerar a triplicação das energias renováveis e a duplicação da eficiência energética.Já concordamos em fornecer pelo menos 300 bilhões em financiamento climático, com os países desenvolvidos assumindo a liderança. Agora precisamos colocar o Roteiro de Baku a Belém em prática. Para começar a avançar em direção aos 1,3 trilhão.Já concordamos com uma meta global de adaptação. Agora precisamos concordar com os indicadores que ajudarão a acelerar a implementação, para liberar seu potencial.Já concordamos que os caminhos de transição devem ser inclusivos e justos, abrangendo economias e sociedades inteiras. Agora precisamos concordar com medidas concretas para transformar aspirações em ações.Já concordamos com um Programa de Implementação de Tecnologia. Agora vamos colocá-lo em ação.É essencial obter resultados sólidos e claros em todas estas questões. É assim que sinalizamos ao mundo que a cooperação climática está a produzir resultados.Em Belém, temos de aliar o mundo das negociações às ações necessárias na economia real. A Agenda de Ação não é algo “bom de se ter” — é fundamental para a missão. Mais do que isso, é do interesse de todas as nações fazê-lo.Cada gigawatt de energia limpa reduz a poluição e cria mais empregos.Cada ação para construir resiliência ajuda a salvar vidas, fortalecer comunidades e proteger as cadeias de abastecimento globais das quais todas as economias dependem.Esta é a história de crescimento do século 21 — a transformação econômica da nossa era. Aqueles que optam por ficar de fora ou dar passos tímidos enfrentam estagnação e preços mais altos, enquanto outras economias avançam rapidamente.Parafraseando o presidente Roosevelt há mais de um século: não é ao crítico que fala, nem àquele que aponta onde o realizador poderia ter feito melhor; o mérito pertence àqueles que estão realmente na arena, com os rostos manchados de poeira, suor e sangue, que lutam bravamente.Mas, amigos, deixem-me ser claro: nesta arena da COP30, o trabalho de vocês aqui não é lutar uns contra os outros – o trabalho de vocês aqui é lutar juntos contra esta crise climática.Paris está funcionando para alcançar um progresso real. Não nos esqueçamos disso.Mas, amigos, devemos lutar bravamente por mais.Agradeço a vocês.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/cop30
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Notícias
24 outubro 2025
“Nós, os povos das Nações Unidas”: 191 cidades celebram o 80º aniversário da ONU
Nesta sexta-feira, 24 de outubro, a ONU completa 80 anos. Para celebrar uma data tão marcante, a ONU Brasil decidiu comemorar junto com quem mais importa, as pessoas.Em ação inédita, a ONU Brasil convocou Prefeituras, organizações da sociedade civil e instituições de ensino de todo o país para organizar eventos em celebração aos 80 anos de parceria do Brasil com a ONU. Corridas, saraus, simulações, palestras, aulas, e muitos outros eventos em nome da diversidade, da inclusão e do desenvolvimento sustentável já foram registrados.Até o final deste ano, cerca de 300 eventos devem ser organizados em quase 200 cidades, em todas as regiões do país. Como eventos incríveis já aconteceram, homenageamos, nesta matéria especial para o Dia das Nações Unidas, a participação, a alegria e o compromisso de tantas pessoas, em tantas cidades Brasil afora.“Apesar de sermos uma instituição presente em todo o mundo, é no nível local que está o verdadeiro impacto da ONU. É nos municípios que vemos como nosso trabalho ajuda a melhorar a vida das pessoas em áreas como educação, inclusão, saúde, promoção da igualdade, emprego e renda”, explica a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks.Direitos humanos, acessibilidade, educação e teatro: Eventos celebram os 80 anos da ONU, sem deixar ninguém para trás Em Cabedelo, na Paraíba, a Secretaria de Mobilidade Urbana se juntou à Secretaria da Pessoa com Deficiência, ao Conselho Municipal da Pessoa Idosa, à Polícia Rodoviária Federal e ao Corpo de Bombeiros para organizar o evento 80 Anos da ONU: Travessia Inclusiva com Acessibilidade e Respeito, um evento sobre inclusão que valorizou a diversidade e a acessibilidade. Além de palestras, houve uma ação simbólica, em que idosos e pessoas com deficiência foram aplaudidos enquanto atravessavam uma rua.Em Ponta Grossa, no Paraná, o Conservatório Maestro Paulino organizou três apresentações especiais da peça Um Concerto Para Dom Quixote, entre os dias 20 e 23 de outubro, e ações itinerantes pela cidade que unem cultura e sustentabilidade. Já em Passa Quatro, em Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Educação realizou eventos em escolas da rede municipal de ensino para que estudantes dos 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental conhecessem e aprendessem sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e sua importância para o futuro das pessoas e do planeta. Brasil e ONU: 80 anos de parceria por um mundo melhorO Brasil é país fundador da ONU e foi único país lusófono a assinar a Carta das Nações Unidas durante a Conferência sobre Organização Internacional, em São Francisco, em 1945. O país teve um papel de liderança nas negociações internacionais que ergueram as Nações Unidas sobre as cinzas e a devastação da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).São 80 anos de parceria do Brasil com as Nações Unidas para a promoção da paz, do desenvolvimento, da igualdade e dos direitos humanos. A ONU tem sido o farol global da cooperação internacional, provando que o multilateralismo salva vidas, protege direitos e preserva o nosso planeta.De norte a sul, leste a oeste, em todo o Brasil, celebramos, neste Dia das Nações Unidas, todas as pessoas e organizações que fazem a diferença, defendendo e lutando pela paz, pelos direitos humanos e pelo desenvolvimento sustentável, sem deixar ninguém para trás.“As Nações Unidas são mais do que uma instituição. São uma promessa viva, que atravessa fronteiras, une continentes e inspira gerações. Ao longo de oitenta anos, trabalhamos para construir a paz, combater a pobreza e a fome, promover os direitos humanos e construir um mundo mais sustentável, juntos.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 24 de outubro de 2025 - Mensagem para o Dia das Nações Unidas Quer organizar um evento na sua cidade? Ainda dá tempo de celebrar os 80 anos de parceria do Brasil com as Nações Unidas na sua cidade! Preencha o formulário on-line para receber o kit digital de apoio à organização de eventos.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre os 80 anos das Nações Unidas. Acompanhe também a cobertura da ONU News em português. Contato para a imprensa:Isadora Ferreira, Gerente de Comunicação da ONU Brasil: contato@onu.org.br
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07 abril 2025
Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2024
O Relatório Anual das Nações Unidas apresenta os resultados de um ano de avanços estratégicos no Brasil. Por meio de um planejamento integrado e de investimentos catalisadores, o Sistema ONU, formado por 24 entidades, atuou conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento do país, com atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos populacionais e ao meio ambiente.Seguindo as diretrizes do Marco de Cooperação, vigente de 2023 a 2027, ao longo de 2024 a ONU trabalhou em temas como saúde, educação, emprego e renda, acesso a serviços básicos, equidade, direitos humanos e assistência humanitária em 351 iniciativas, que trouxeram benefícios para milhões de pessoas. O investimento feito no país foi de US$ 155 milhões. Confira dez pontos de destaque do que o Sistema das Nações Unidas alcançou em 2024:Resposta à emergência no Rio Grande do SulResposta a secas e queimadasMobilização de R$ 55 milhões para o Fundo Brasil-ONU para a AmazôniaApoio à elaboração da Contribuição Nacionalmente Determinada de redução de emissões de gases do efeito estufaRealização de 55 missões de autoridades da ONU ao BrasilApoio à delegação brasileira de jovens no Y20Engajamento na Aliança Global contra a Fome e a PobrezaParticipação brasileira na Cúpula do FuturoAdoção do ODS18 – Igualdade Étnico-RacialApoio à presidência brasileira do G20
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Publicação
22 setembro 2025
Relatório Anual das Nações Unidas 2025
“O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 18 de setembro de 2025 O Relatório Anual das Nações Unidas 2025 faz uma retrospectiva de um ano de adversidades e esperança para a humanidade. Em 2024, conflitos fatais continuaram a causar sofrimento massivo e deslocamentos. Nosso planeta quebrou novos recordes de calor. A pobreza, a fome e as desigualdades aumentaram, enquanto tecnologias transformadoras como a inteligência artificial se expandiram sem regulamentações eficazes, e o direito internacional e os direitos humanos foram desrespeitados.
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
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História
13 novembro 2025
Na Ilha do Marajó, uma comunidade se adapta a um litoral em transformação
Por mais de 40 anos, Ivanil viveu em uma casa sob palafitas, a apenas 20 metros da margem da água, na mesma comunidade em que nasceu. Lá, ela e o marido pescavam, plantavam e criavam animais. “Eu era uma pessoa muito feliz naquele pedacinho de terra - aquele era o meu paraíso”, diz.Até que veio a noite que mudou tudo. A chuva chegou com trovões e raios que cortaram a escuridão, sacudindo as pequenas casas ao longo da costa de Soure, cidade na Ilha de Marajó, no estado do Pará, onde o Rio Amazonas encontra o Oceano Atlântico no Norte do Brasil.Na Vila do Pesqueiro, uma comunidade tradicional de 160 famílias, que enfrenta marés cada vez mais fortes e a erosão costeira, moradores se uniram para se proteger e salvar o que era possível durante a tempestade que mudou suas vidas. Quase dois anos depois, a lembrança ainda é forte para Ivanil – cada som, cada relâmpago é um lembrete do quão perto o mar chegou.Quando a maré invadiu a comunidade, em fevereiro de 2024, as casas da vizinhança que estava ali próxima ao canal por gerações foram levadas pelas águas fortes. Ivanil e os moradores ao lado tiveram que se deslocar para um local mais longe da costa. E mesmo a distância sendo pequena, menos de um quilômetro, a mudança sentida foi imensa para quem era acostumado a viver ao ritmo das marés.“Mesmo sem ter ido muito longe, parece um mundo completamente diferente”, explica Ivanil. “Aqui é uma área de mangue, mais quente, com mais barulho e sem a possibilidade de criar animais nem plantar”. Para muitos moradores, as mudanças são profundamente pessoais. Ao lado de Ivanil, agora mora seu filho, Jhonny, pescador e estudante universitário que havia acabado de ser aprovado no vestibular para o curso de Biologia quando a maré atingiu a comunidade. Ele cresceu observando o mar mudar ano após ano, com marés mais fortes e uma erosão cada vez mais rápida redesenhando o litoral que ele conhecia.Jhonny lembra que a cada estação a água chegava um pouco mais perto, até o dia que alcançou a casa deles. “O lugar onde nossas casas ficavam agora está debaixo d’água”, diz ele.Ele pensa com frequência nas famílias que ainda vivem às margens do canal, sabendo que marés ainda mais fortes são esperadas para o próximo ano. “Para mim, mudar não é apenas uma questão de segurança”, afirma. “É sobre proteger o lugar e as pessoas que moldaram minha vida.” Entre as poucas famílias que ainda vivem à beira do canal estão Benedito e Maria, que se estabeleceram ali há 22 anos, quando Benedito retornou de Belém após ter ido como jovem alistado no exército. Quando a maré veio, levou tudo pelo caminho. Árvores foram arrancadas e até estruturas de concreto desapareceram, deixando apenas vestígios do que antes existia. Hoje, a casa de Benedito fica na beira do canal, em um ponto que antes parecia seguro e distante da água. Benedito é pescador, e permanecer perto da margem permite que ele leia as marés e saiba o momento certo de sair com o barco, mas ele já pensa em recuar a casa em alguns metros no próximo ano.“Estamos sentimos o pátio da casa mexer com as marés”, diz ele. “E ainda nem é a época das marés mais fortes”. No outro lado da faixa de areia fica a Praia do Pesqueiro, um destino turístico popular e outra fonte de renda para a comunidade. Lá, Enir trabalha há 29 anos e é dona de um pequeno restaurante.“Isso aqui já foi uma praia linda”, conta ela. “Também tínhamos árvores frutíferas, mas a maré levou todas.”Para Enir, as mudanças se tornaram impossíveis de ignorar. “A maré continua avançando”, diz. “Cinco anos atrás, tudo isso era areia. Agora, é difícil até de pisar na água sem se afundar na lama.” O impacto econômico tem sido forte. Cada vez que a água sobe, leva algo junto, uma parede, uma cerca, uma vida inteira de trabalho. As pessoas tentam reconstruir com o pouco que têm, mas o processo de reconstrução nunca termina. Algumas famílias desistiram, seus restaurantes e barracas de praias agora são apenas lembranças. A madeira, que serve de base para as casas, é cara, o que torna difícil a reconstrução.O que antes seguia um ritmo sazonal, se tornou imprevisível. As marés e correntes dos rios se intensificaram. A chuva e o vento já não seguem mais padrões conhecidos e rios locais agora correm com mais força, desgastando a costa. A cada tempestade, a paisagem muda, sendo um lembrete de como a mudança do clima está redesenhando um litoral que as comunidades cuidam e habitam há gerações. A Vila do Pesqueiro está na Reserva Extrativista (Resex) Marinha de Soure, uma área protegida administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental (ICMBio). As Resex são unidades de conservação federais criadas para assegurar os meios de vida e cultura das populações tradicionais, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais. A pesca continua como a principal atividade de fonte de renda da comunidade, enquanto a gastronomia local e turismo em pequena escala ajudam famílias a se manterem. Mas, com o avanço das marés, essa dinâmica se tornou mais frágil. Dentre as ações de redução de riscos realizadas pela gestão da reserva está a parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) para fortalecer o monitoramento climático e da biodiversidade. Esses esforços também ajudaram a criar a Defesa Civil Municipal em 2024.“As medidas de contenção que a comunidade está realizando, com uma criatividade incrível e pouquíssimos recursos, vieram das orientações do grupo de Oceanografia criado junto com a UFPA”, explica Lisângela Cassiano, gestora da Reserva de Soure. Para Patrícia, liderança comunitária que também precisou afastar sua casa do canal, a união se tornou essencial para sobreviver. Ela acredita que o turismo pode ajudar na recuperação da cidade, desde que seja conduzido pelas famílias locais, para que os benefícios permaneçam dentro da vila.“Nossas histórias sempre foram passadas de geração em geração”, ela explica. “Essa é o nosso lar – nossa ancestralidade. Queremos ficar aqui, para proteger o que nossas famílias construíram. Enquanto estivermos, juntos, não iremos desistir.” Para saber mais, siga @oimbrasil nas redes e visite a página da OIM no Brasil: https://brazil.iom.int/pt-br
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História
11 novembro 2025
Nações Unidas e COP30 mobilizam Mutirão Global contra o Calor Extremo
Liderado pela presidência brasileira da COP30, o Mutirão Global contra o Calor Extremo é uma mobilização internacional para proteger as pessoas, as cidades e o planeta das consequências devastadoras de ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes. O ano de 2024 entrou para a história — e não pelos motivos de que gostaríamos. Foi o ano mais quente já registrado no planeta. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), pela primeira vez, a temperatura média da superfície da Terra ficou 1,55°C acima dos níveis pré-industriais, ultrapassando o limite de 1,5°C definido pelo Acordo de Paris. E o mais alarmante: não foi um evento isolado. A última década também foi a mais quente desde que há registros.As consequências estão em toda parte. Ondas de calor que antes eram raras agora se tornaram frequentes. Elas colocam em risco a saúde das pessoas, ameaçam a segurança alimentar, danificam infraestruturas urbanas e tornam o trabalho ao ar livre cada vez mais perigoso. Nas cidades, onde o concreto e o asfalto retêm o calor, os impactos recaem de forma desigual — afetando sobretudo idosos, crianças e moradores das periferias urbanas.Diante dessa realidade, surge também um movimento de união. Em junho de 2025, a Presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), em parceria com a Cool Coalition do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançou o Mutirão Global contra o Calor Extremo — uma mobilização internacional para transformar preocupação em ação concreta. A iniciativa é parte estratégica da COP30, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém do Pará. Seu objetivo é acelerar soluções locais para o calor extremo e promover o resfriamento sustentável, fortalecendo a resiliência das cidades frente à crise climática.“(Beat the Heat) é uma dessas iniciativas que mostra que o mutirão funciona, ou seja, as pessoas têm que se juntar e trabalhar naquilo que elas entendem. E o Beat The Heat é isso. Levantou um tema de uma maneira atraente e que vai trazer as pessoas para realizar o esforço que a gente tem que fazer pra combater a mudança do clima”, disse o Embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.Entre os compromissos do Mutirão estão:Avaliar a vulnerabilidade ao calor urbano e integrar soluções aos planos climáticos municipais;Implementar projetos de resfriamento passivo e soluções baseadas na natureza;Adotar tecnologias eficientes de resfriamento em prédios públicos;Promover códigos de construção e energia que aumentem a resiliência urbana.No Brasil, o Mutirão está inserido no Programa Cidades Verdes Resilientes, uma iniciativa do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério das Cidades e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O programa busca dar visibilidade a soluções inovadoras de resfriamento sustentável, mapear iniciativas que precisam de apoio técnico ou financeiro e impulsionar ações locais alinhadas às metas climáticas nacionais e ao Compromisso Global pelo Resfriamento Sustentável - uma iniciativa da COP28 que visa reduzir as emissões relacionadas com a refrigeração em 68% até 2050, aumentar significativamente o acesso à refrigeração sustentável até 2030 e aumentar a eficiência média global dos novos aparelhos de ar condicionado em 50%. Países, cidades, parceiros técnicos e organizações estão convidados a participarDiante do avanço do calor extremo, não há tempo a perder. A adesão ao Mutirão está aberta a todos os países, sejam ou não signatários do Compromisso Global de Resfriamento. Cada governo é convidado a indicar ao menos uma cidade para participar — e municípios, parceiros técnicos e organizações locais também podem se inscrever diretamente. Os interessados devem preencher o formulário disponível na página da iniciativa. A transformação começa em cada cidade, em cada bairro, em cada iniciativa. ONU trabalha para mitigar os impactos do calor extremo em todo o BrasilDas cidades amazônicas às capitais do sudeste, o aumento das temperaturas transforma rotinas, desafia os serviços públicos e ameaça vidas. Em resposta a esta situação, agências, fundos e programas da ONU estão unindo forças para apoiar soluções concretas que ajudem o país a se adaptar e resistir ao calor extremo.No coração da Amazônia, o município de Barcarena (PA) é um exemplo dessa transformação. Ali, o calor deixou de ser apenas um incômodo para se tornar um risco diário. As temperaturas mais altas afetam o trabalho, a saúde e o descanso das famílias. Profissionais de saúde relatam um aumento de casos de desidratação, doenças de pele e crises respiratórias. À noite, o calor sufocante impede o sono; durante o dia, atividades simples se tornam um desafio. Apesar dos desafios, Barcarena também se tornou símbolo de resiliência e está entre os signatários do Compromisso Global pelo Resfriamento. O município é parte da iniciativa Construindo Cidades Resilientes, do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR) — uma rede global que apoia governos locais na prevenção e adaptação aos riscos climáticos. Em 2023, Barcarena foi reconhecida como o primeiro Hub de Resiliência da Amazônia, um marco histórico para a região. A cidade vem implementando políticas públicas alinhadas à Agenda 2030 e ao Marco de Sendai, fortalecendo sua capacidade de enfrentar eventos extremos, desde enchentes até ondas de calor.A pouco mais de 100 quilômetros dali, na Ilha de Caratateua, vive João Victor, de 16 anos. O calor na escola, os incêndios que ameaçam as casas e as chuvas torrenciais que alagam as ruas fazem parte de sua rotina. Mas João transformou a dor em propósito.Conhecido como João do Clima, ele se tornou Conselheiro Jovem do UNICEF Brasil, representando a juventude amazônica em espaços nacionais e internacionais. Sua luta é por justiça climática — pelos rios, pelas florestas e pelas pessoas que, como sua mãe, perderam a vida em meio às desigualdades e aos impactos ambientais. Sua história ecoa o grito de uma geração que enfrenta, na pele, a desigualdade e a crise ambiental. Enquanto histórias como a de João se multiplicam pelo país, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) trabalha lado a lado com o Ministério da Saúde para preparar o sistema de saúde brasileiro frente às emergências provocadas pelo calor extremo. O trabalho inclui oficinas técnicas com secretarias estaduais e municipais de saúde, planos de contingência e a incorporação do evento de “exposição ao calor extremo” (EHF) nos sistemas de vigilância.A OPAS/OMS também tem apoiado a elaboração de diretrizes nacionais e o desenvolvimento de evidências científicas que fortalecem os sistemas de alerta e resposta às ondas de calor, promovendo uma abordagem integrada para proteger as pessoas mais vulneráveis.O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) também atua para integrar a perspectiva de gênero, a saúde sexual e reprodutiva e a igualdade de gênero nas políticas e debates sobre mudança climática. A agência tem liderado pesquisas e ações que evidenciam como eventos extremos — como ondas de calor — impactam de forma desproporcional a saúde e os direitos de mulheres e meninas, especialmente gestantes. Um estudo, desenvolvido em parceria com a Agenda Teresina 2030, mostra que a exposição prolongada ao calor intenso aumenta os riscos de complicações na gravidez, como parto prematuro e pré-eclâmpsia. Além da produção de evidências, o Fundo tem promovido advocacy global e nacional por meio de iniciativas como o Chamado à Ação de Brasília, que demanda mais financiamento climático direcionado a mulheres e meninas e a inclusão da saúde sexual e reprodutiva nos planos de ação climática, incluindo a COP30.Do Pará ao Planalto Central, das comunidades ribeirinhas às grandes cidades, o país aquece — mas também reage. Essas iniciativas — da resiliência urbana à saúde pública, passando pela mobilização da juventude — mostram que enfrentar o calor extremo no Brasil exige mais do que adaptação: exige um Mutirão, colaboração, conhecimento e coragem para transformar o futuro.Para saber mais, siga @onubrasil nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre a COP30.
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História
06 novembro 2025
A natureza como sala de aula
Desde criança, Lara Silva, de 13 anos, cultiva uma relação especial com a natureza. Tudo começou com as idas ao sítio da avó, que é agricultora familiar e está sempre rodeada por árvores e animais: por amor e por sobrevivência, já que até hoje vive do que planta. Essa afinidade com o meio ambiente foi aguçada, em 2024, durante uma das atividades da sua escola: o plantio de mudas de árvores na cidade onde mora, Canguaretama, município do Rio Grande do Norte com pouco mais de 30 mil habitantes. Ações como essa levaram a escola a desenvolver dois projetos de educação socioambiental: Barco Escola e Horta da Escola, desenvolvidos a partir da iniciativa Entre no Clima por uma Educação Baseada na Natureza, liderada pelo UNICEF.“Na infância, eu praticamente morava lá no sítio da minha avó. Eu era bem pequenininha e ia para a alta (roçado) junto com ela. E até hoje ela leva a agricultura como uma forma de se manter, ela vende milho, feijão… Então foi por causa dela que comecei a gostar da natureza”, explica Lara, estudante do 8º ano da Escola Estadual 4 de Março. Ela é uma das estudantes que participam dos programas de educação socioambiental da escola, fortalecidos pela adesão dos professores às formações do projeto Educação Baseada na Natureza, que visa preparar e mobilizar crianças, adolescentes e jovens brasileiros para serem agentes de transformação e regeneração ecológica, tendo a educação como parte fundamental desse processo. Diretora da Escola Estadual 4 de Março e entusiasta da educação pública, Késsia Pessoa já consegue identificar resultados concretos no comportamento dos estudantes desde o início do projeto:“A gente vê, sim, a diferença: a escola mais limpa, mais cuidada, os alunos com essa consciência sobre o reaproveitamento do lixo, porque tudo isso vai ter um impacto muito importante lá na frente”, destaca a gestora, que é autora do livro Uma Escola que Sente: Narrativas Reunidas.“É incrível o quanto eles interagem diretamente com o meio ambiente, o quanto eles têm um pensamento responsável, sustentável. Se você destacar qualquer embalagem, qualquer papel que eles perceberem no chão aqui na escola, eles questionam, eles estão ativos, atentos mesmo. Eles ficam realmente protagonistas”, salienta Júnior Oliveira, professor de Geografia da Escola 4 de Março.Outro responsável pelo entusiasmo dos estudantes com a iniciativa é João Balbino, professor de Geografia, um dos que lideram as esperadas aulas de campo, promovendo o contato prático entre os estudantes e a natureza. “Só de sair daquela rotina de sala de aula e se aprofundar, adentrar nesse mundo, eles ficam fascinados, eles se empolgam muito”, relata o docente. “Essa semente de sensibilização está sendo plantada, e isso modifica o comportamento dos nossos alunos”, acrescenta. A Escola 4 de Março tem 392 alunos do 6º ano ao ensino médio, incluindo as turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Joaquim Gomes, de 14 anos, estudante do 8º ano, traduz as aulas de campo como um despertar para a diversidade da natureza e uma sensação de pertencimento ao lugar onde vive. “A parte que eu mais gosto são as aulas de campo. Quando nós vamos para lá, podemos observar tudo aquilo, a partir da explicação do professor, e pensar de uma forma totalmente diferente, pensar que lá existe vida, que lá é a casa de milhares de espécies”, diz.“Eu percebi que Canguaretama tem um grande tesouro guardado dentro dela, que é a sua natureza. Quando fazemos uma ação aqui, não estamos afetando só o ambiente de Canguaretama, estamos afetando o mundo todo”, complementa.Percurso formativo fortalece planejamento e didática escolarA percepção dos estudantes é mais sensível porque há um esforço do corpo de professores, alinhado à metodologia do projeto Educação Baseada na Natureza, para decodificar essa educação socioambiental e trazê-la para a realidade cotidiana dos estudantes. “Na sala de aula, nós temos discutido os principais problemas que afetam o nosso município e que acabam impactando a rotina dos estudantes”, ressalta Júnior Oliveira, professor de Geografia da Escola 4 de Março. “E os alunos e suas famílias vivenciam tudo isso e estão dentro dessa realidade, no dia a dia, mas muitas vezes eles vão se acostumando com aquela rotina, então há a necessidade de a escola mostrar e discutir com eles para que lutem por melhorias para eles e para a comunidade como um todo”, reflete.João Balbino exemplifica essa conexão com a teoria e a vida prática: “Os dejetos que saem das casas dos estudantes são canalizados para o rio, então eles entendem que aquele rio antes era fonte de vida, de lazer, e hoje é impróprio para banho. Então isso vai gerando uma conscientização”, atesta. Entre os principais problemas ambientais de Canguaretama estão o crescimento urbano desordenado, que gerou a ampliação do consumo e, consequentemente, do lixo e da poluição; o avanço da carcinicultura e da agroindústria; e a poluição dos rios e do mangue.Lara confirma a tese da mudança de postura em relação à educação ambiental e garante que o aprendizado da sala de aula foi levado para casa. “Costumo falar com meu irmão, porque ele jogava lixo na rua. E eu passei a dizer para ele: olha, não pode, porque é errado poluir o nosso planeta, isso pode causar coisas ruins para a gente”, diz.Para apoiar as equipes escolares no desenvolvimento e fortalecimento de práticas pedagógicas por uma Educação Baseada na Natureza, o UNICEF disponibilizou às escolas trilhas formativas, planos de aula e outros materiais pedagógicos. Todo o material formativo foi produzido a partir dos aprendizados nas escutas realizadas nos territórios. “As trilhas formativas vieram para contribuir com o planejamento e o currículo da escola. Elas trouxeram um conteúdo a mais para os professores, e bem diverso, para que a gente possa implementar não só na escola, mas no dia a dia da comunidade”, avalia a diretora Késsia Pessoa.A opinião é corroborada pelo professor João Balbino. “As trilhas formativas ajudaram consideravelmente a implementação do projeto. Sem elas, não teríamos, muitas vezes, um norte por onde começar, o que realmente poderíamos atingir, o que realmente a gente queria, a que ponto a gente vai chegar”, aponta.Os percursos formativos têm como meta alcançar quatro mil professores até a conclusão do projeto, em 2026. São três trilhas, com duração de 10 horas cada, para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental. Além disso, 620 gestores escolares já foram capacitados em eventos presenciais. Em março, o Rio Grande do Norte sediou, em Natal e Mossoró, duas formações, com oito horas de duração cada, voltadas a coordenadores pedagógicos escolares e gestores da Secretaria Estadual de Educação. Um novo ciclo será realizado até o fim do ano. Além das trilhas formativas, foram produzidos cinco episódios do podcast Deixa que eu Conto “Vozes da natureza – Cuidando do Planeta”, que busca conectar as crianças pequenas com os elementos da natureza, e o Guia de participação de estudantes no enfrentamento da crise climática. Com atividades em andamento no Distrito Federal e Rio Grande no Norte e nas cidades de Salvador (BA) e Recife (PE), o projeto Entre no Clima por uma Educação Baseada na Natureza é uma iniciativa do UNICEF, em parceria estratégica com a Neoenergia, por meio do Programa de Eficiência Energética da ANEEL. O projeto conta com a parceria institucional e de implementação do Instituto Alana.Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do #EntreNoClima: https://www.unicef.org/brazil/entrenoclima-educacao-e-natureza
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História
30 outubro 2025
“O que eu mais quero é que meus filhos avancem no Brasil”
Vivendo há quase dois anos no Rondon 5, abrigo da Operação Acolhida para refugiados e migrantes da Venezuela no Brasil, Gilberto Carpintero tem um sonho: que seus três filhos se desenvolvam com qualidade no país que escolheram viver. Pai solo de Estefani, Andrews e Samuel, de 14, 12 e quatro anos respectivamente, Gilberto tem procurado meios para tentar se estabelecer. “O que mais quero é trabalhar. Entretanto, é complicado achar um trabalho com horários adequados à rotina dos meus filhos. O mais novo ainda não vai para a escola, e não acho certo deixá-lo com alguém que não seja o responsável”. Foi nesse contexto que em maio de 2025, com apoio da equipe da Associação Voluntários para o Serviço Internacional e através do Posto do Cadastro Único, Gilberto foi incluído no CadÚnico e passou a receber o Programa Bolsa Família, programa de transferência de renda do Governo Federal. Esse processo de inserção social esteve diretamente vinculado ao Posto de Triagem de Boa Vista, cuja implementação ocorreu em outubro de 2023 através da parceria entre Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Prefeitura de Boa Vista por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, e contou com apoio do UNICEF, garantindo que refugiados e migrantes acessassem o sistema de proteção social no Brasil.“Apesar de as famílias residentes nos abrigos da Operação Acolhida receberem alimentação e produtos de higiene, o benefício do Bolsa Família acaba impactando na aquisição de itens que estão fora desse escopo. A família do senhor Gilberto, por exemplo, apresenta algumas situações de saúde que estão sendo sanadas com o recebimento do benefício”, destaca Paulo Xavier, psicólogo do CRAS responsável pelo acompanhamento da família no Rondon 5.Com o benefício que recebe do programa, Gilberto tem comprado remédios de asma para Samuel, tem feito o acompanhamento para o caso de estrabismo de Estefani e investido na educação dos filhos. “Quando chegamos ao Brasil, meus filhos não sabiam ler, escrever ou falar português. Então, foi difícil quando foram para a escola e se depararam com essa realidade. Mas, estou investindo em livros, para que consigam aprender um pouco mais. Se eles não tiverem educação em um país tão cheio de oportunidades, não terão nada”, disse o pai.Com planos para continuar no Brasil, Gilberto e seus filhos pensam nos próximos passos.“O que eu mais quero é que meus filhos avancem no Brasil. Vou me sacrificar para que eles estudem, para que tenham uma boa educação. Vou lutar para que tenham conforto, para que eles continuem avançando aqui”, conta.Postos de Cadastro ÚnicoOs postos do Cadastro Único nos Postos de Triagem de Pacaraima e Boa Vista foram inaugurados em junho e outubro de 2023, respectivamente, e realizam mais de 550 atendimentos por mês.Até setembro de 2025, 9.500 famílias refugiadas e migrantes venezuelanas acessaram o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, permitindo o acesso a benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada.Os espaços, preparados para atender a população em seu idioma e prontos para sanar as dúvidas sobre as políticas públicas no novo país, também contribuem para uma maior fluidez nos atendimentos nos Centros de Referência a Assistência Social (CRAS) de Boa Vista e Pacaraima, sobrecarregados nos últimos anos com a alta demanda por atendimento.Em setembro de 2025, a Prefeitura de Pacaraima assumiu o compromisso de continuar com as operações do Posto do CadÚnico do Posto de Triagem de Paracaima, que fica na fronteira do Brasil com a Venezuela, por meio do apoio de recursos repassados pelo MDS, demonstrando o compromisso dos governos municipal e federal com a população.A estratégia conta com o apoio financeiro da União Europeia por meio do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e da Espanha, por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
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História
16 outubro 2025
Uma história de transformação alimentar
A alimentação saudável é a base para o desenvolvimento integral de uma criança. Mas, no Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Miltolina da Silva, no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, nem sempre foi assim.Quando muitas crianças chegaram à escola de educação infantil, que acolhe alunos entre três e seis anos, era comum ver caretas diante de frutas, legumes e verduras. O momento das refeições era marcado por recusas. Como passam grande parte do dia no local, as crianças fazem ali suas principais refeições: café da manhã, almoço e lanche da tarde. Por isso, esse era um desafio que a equipe escolar decidiu enfrentar com afeto, paciência e criatividade.Aos poucos, a escola começou a transformar o olhar das crianças sobre a comida. Brincadeiras, histórias e conversas sobre os alimentos marcaram o início das primeiras experiências, seguidas de visitas à feira do bairro, do cuidado com as árvores frutíferas do pátio e da ajuda na criação de receitas saudáveis. Tudo com o intuito de aproximar as crianças do alimento que chega à escola.“Não temos nada enlatado ou frituras, e também temos uma quantidade específica de sal e óleo para usar. Na escola, também incentivamos as crianças por meio de práticas pedagógicas lúdicas, como o passeio que fizemos à feira para eles comprarem os alimentos saudáveis que mais gostavam. Quando chegamos, fizemos junto com eles essa preparação”, conta a diretora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Miltolina da Silva, Erica Pereira. Por conta disso, o interesse cresceu, e a vontade de experimentar também. “Eu aprendi na escola que frutas e legumes são bons para a saúde”, conta Ayllon Kauã, de 5 anos.As professoras aproveitaram esse entusiasmo para criar algo especial: cada turma elaborou três receitas, que viraram um livro reunindo as descobertas feitas ao longo das vivências. O projeto deu origem a uma feira culinária, que reuniu pais e mães.O engajamento das famílias foi um dos resultados mais significativos dessa trajetória. À medida que as crianças passaram a comer melhor e a falar com entusiasmo sobre os alimentos, pais e responsáveis começaram a rever seus próprios hábitos alimentares. Muitos relatam que passaram a incluir mais frutas e verduras nas refeições de casa, a experimentar novas receitas e a valorizar o momento de comer juntos em família. “Nós como comunidade conhecemos a estrutura da escola e as práticas. Existe o dia de fazer salada de fruta, teve passeio na feira, e em todos esses processos a família foi envolvida. Aprendi a fazer uma farofa de beterraba aqui na escola, e não só meus filhos comem, como eu também aprendi a comer”, comenta Livia Lima, mãe de Joaquim Lima, de quatro anos.Hoje, quem acompanha a rotina das crianças percebe o quanto tudo mudou. Quem antes recusava os alimentos agora experimenta, repete e conta o que aprendeu.Para um crescimento saudável e conscienteO número de crianças e adolescentes com obesidade já ultrapassou o de jovens desnutridos no mundo. Esse marco reflete uma mudança profunda nos hábitos alimentares e no estilo de vida das novas gerações. No Brasil, essa realidade também preocupa: o consumo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo têm crescido, enquanto o contato com alimentos frescos e naturais, além dos momentos de brincadeira ativa, vem diminuindo.Diante desse contexto, ações educativas que unem nutrição e movimento ganham ainda mais importância. Oferecer refeições equilibradas, criar oportunidades para que as crianças explorem sabores e texturas, e incentivar atividades físicas de forma lúdica são estratégias fundamentais para promover um crescimento saudável e consciente.Tudo isso já acontece na escola. Além das atividades pedagógicas, existe a valorização do papel dos cardápios escolares equilibrados e nutritivos e a prática regular de atividades físicas lúdicas e brincadeiras ao ar livre.Formação de hábitosDesde 2023 o Rio de Janeiro conta com uma lei municipal que proíbe a venda e oferta de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas e privadas. A medida busca fortalecer a educação alimentar e nutricional de forma contínua, promovendo a formação de hábitos saudáveis e a conscientização sobre o alimento.“Proibimos tudo que vai contra a proposta de alimentação saudável. Percebemos que, se a criança consegue entender que bons alimentos fazem sentido pra ela, isso se torna comportamento, uma prática, e é muito mais fácil ela levar isso pra vida”, relata o coordenador de Educação Infantil e Primeira Infância da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Marcelo Nascimento. Os cardápios das escolas seguem o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que prioriza alimentos frescos, in natura, e proíbe ultraprocessados. O trabalho do UNICEF no BrasilA nutrição adequada, em especial na primeira infância, é essencial para o crescimento e o desenvolvimento de meninas e meninos. Ela é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento infantil.Para expandir esse esforço, o UNICEF oferece e apoia a formação de professores e coordenadores pedagógicos para o fortalecimento de ações promotoras da saúde nas escolas, como o movimento por meio da brincadeira e ações pedagógicas de educação alimentar e nutricional.Além disso, o UNICEF atua em oito capitais brasileiras na promoção de ambientes urbanos saudáveis e sustentáveis para as crianças, por meio da geração de evidências, identificação de boas práticas, capacitação de profissionais da educação, famílias e comunidades, e influência em políticas públicas junto aos governos municipais.Para essa iniciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica de Novo Nordisk e outros parceiros. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
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Notícias
14 novembro 2025
UNODC destaca integração de respostas de justiça à ação climática na COP30
Crimes que afetam o meio ambiente, como o desmatamento ilegal, os crimes relacionados a minérios e o tráfico de animais silvestres, contribuem diretamente para as emissões de gases de efeito estufa, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas. Esses crimes também comprometem a resiliência de comunidades vulneráveis e indígenas, colocando em risco seus meios de subsistência e sua capacidade de adaptação aos desafios ambientais.Na COP30, o UNODC coloca a integração das respostas de justiça no centro da ação climática global, reconhecendo que enfrentar os crimes que afetam o meio ambiente e o crime organizado é essencial para avançar na mitigação e adaptação à mudança climática. A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), sediada no Brasil, se destaca pela centralidade da Amazônia e dos territórios indígenas, em meio a uma tripla crise planetária — mudança climática, perda da biodiversidade e poluição — todas agravadas por redes criminosas transnacionais.Confira a programação completa do UNODC na COP30 aqui! Eventos-paralelos em destaqueProtegendo a Amazônia: Respostas Integradas ao Garimpo Ilegal para a Defesa dos Direitos Humanos17 de novembro de 2025 | 13h00 – 14h30 | Pavilhão da ONU Brasil
O primeiro painel reúne especialistas e lideranças comunitárias para discutir respostas integradas ao garimpo ilegal. A sessão destaca como essa atividade ilícita alimenta uma rede complexa de tráfico de pessoas, tráfico de drogas e desmatamento, além de gerar contaminação por mercúrio que atinge comunidades indígenas e tradicionais. O debate apresenta estratégias como monitoramento indígena, sistemas comunitários de alerta e investigações coordenadas para proteger direitos humanos, florestas e biodiversidade.Alternativas Sustentáveis para a Amazônia: Do Fortalecimento Comunitário à Proteção Territorial19 de novembro de 2025 | 09h00 – 10h30 | Pavilhão da ONU BrasilO segundo evento foca no desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a Amazônia, promovendo o Desenvolvimento Alternativo Sustentável como solução para apoiar a transição de economias ilícitas para atividades legais e inclusivas. A discussão enfatiza políticas públicas integradas que combinem proteção ambiental, inclusão social, segurança pública e trabalho decente, reforçando a resiliência comunitária diante do crime organizado e dos crimes ambientais.Amazônia sob Pressão: Crime Organizado, Vulnerabilidades Socioambientais e Segurança Indígena19 de novembro de 2025 | 13h00 – 14h30 | Pavilhão da ONU BrasilNo mesmo dia, à tarde, o painel apresenta um estudo inédito sobre o impacto do crime organizado na Amazônia, evidenciando como o tráfico de drogas, o garimpo e o desmatamento ilegais e o tráfico de fauna convergem para intensificar a violência, a degradação ambiental e o enfraquecimento da governança estatal. O debate busca apontar soluções que conectem proteção ambiental, justiça climática e direitos humanos, com foco na segurança territorial e na autonomia dos povos indígenas. Rumo a um Protocolo Global Contra o Crime Ambiental: Cooperação pela Justiça e pelo Clima a partir da COP3020 de novembro de 2025 | 12h00 – 12h45 | Pavilhão ColômbiaCom participação do escritório do UNODC na Colômbia, esta sessão aborda o avanço de uma cooperação internacional fortalecida contra os crimes que afetam o meio ambiente. O debate visa promover a elaboração de um protocolo global e o compartilhamento de experiências bem-sucedidas de integração entre justiça, clima e ações de combate ao crime organizado.Transição Justa para a Economia Verde: Vozes da Cadeia de Suprimentos do Ouro no Tapajós20 de novembro de 2025 | 14h30 – 15h30 | Pavilhão OIT – Transição JustaO painel destaca a importância da transição justa para uma economia verde, com foco em estratégias de prevenção ao trabalho exploratório e de fortalecimento de oportunidades decentes. A discussão dá voz a lideranças indígenas e comunitárias da região do Tapajós, que compartilham experiências de resiliência e governança local diante dos impactos do garimpo ilegal. Fortalecendo a Ação Climática por meio da Cooperação contra o Crime Ambiental: Lições Aprendidas com a Colômbia21 de novembro de 2025 | 10h00 – 10h45 | Pavilhão ColômbiaO evento destaca experiências colombianas de ação conjunta entre instituições de justiça, meio ambiente e comunidades locais. O painel reforça a importância da cooperação internacional e regional para enfrentar o crime ambiental como parte essencial da agenda climática global.Para saber mais, siga @unodcprt nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre a COP30. Contato para a imprensa:Bruno Fortuna, Assessor de Comunicação, UNODC no Brasil: bruno.delossantosfortuna@un.org
O primeiro painel reúne especialistas e lideranças comunitárias para discutir respostas integradas ao garimpo ilegal. A sessão destaca como essa atividade ilícita alimenta uma rede complexa de tráfico de pessoas, tráfico de drogas e desmatamento, além de gerar contaminação por mercúrio que atinge comunidades indígenas e tradicionais. O debate apresenta estratégias como monitoramento indígena, sistemas comunitários de alerta e investigações coordenadas para proteger direitos humanos, florestas e biodiversidade.Alternativas Sustentáveis para a Amazônia: Do Fortalecimento Comunitário à Proteção Territorial19 de novembro de 2025 | 09h00 – 10h30 | Pavilhão da ONU BrasilO segundo evento foca no desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a Amazônia, promovendo o Desenvolvimento Alternativo Sustentável como solução para apoiar a transição de economias ilícitas para atividades legais e inclusivas. A discussão enfatiza políticas públicas integradas que combinem proteção ambiental, inclusão social, segurança pública e trabalho decente, reforçando a resiliência comunitária diante do crime organizado e dos crimes ambientais.Amazônia sob Pressão: Crime Organizado, Vulnerabilidades Socioambientais e Segurança Indígena19 de novembro de 2025 | 13h00 – 14h30 | Pavilhão da ONU BrasilNo mesmo dia, à tarde, o painel apresenta um estudo inédito sobre o impacto do crime organizado na Amazônia, evidenciando como o tráfico de drogas, o garimpo e o desmatamento ilegais e o tráfico de fauna convergem para intensificar a violência, a degradação ambiental e o enfraquecimento da governança estatal. O debate busca apontar soluções que conectem proteção ambiental, justiça climática e direitos humanos, com foco na segurança territorial e na autonomia dos povos indígenas. Rumo a um Protocolo Global Contra o Crime Ambiental: Cooperação pela Justiça e pelo Clima a partir da COP3020 de novembro de 2025 | 12h00 – 12h45 | Pavilhão ColômbiaCom participação do escritório do UNODC na Colômbia, esta sessão aborda o avanço de uma cooperação internacional fortalecida contra os crimes que afetam o meio ambiente. O debate visa promover a elaboração de um protocolo global e o compartilhamento de experiências bem-sucedidas de integração entre justiça, clima e ações de combate ao crime organizado.Transição Justa para a Economia Verde: Vozes da Cadeia de Suprimentos do Ouro no Tapajós20 de novembro de 2025 | 14h30 – 15h30 | Pavilhão OIT – Transição JustaO painel destaca a importância da transição justa para uma economia verde, com foco em estratégias de prevenção ao trabalho exploratório e de fortalecimento de oportunidades decentes. A discussão dá voz a lideranças indígenas e comunitárias da região do Tapajós, que compartilham experiências de resiliência e governança local diante dos impactos do garimpo ilegal. Fortalecendo a Ação Climática por meio da Cooperação contra o Crime Ambiental: Lições Aprendidas com a Colômbia21 de novembro de 2025 | 10h00 – 10h45 | Pavilhão ColômbiaO evento destaca experiências colombianas de ação conjunta entre instituições de justiça, meio ambiente e comunidades locais. O painel reforça a importância da cooperação internacional e regional para enfrentar o crime ambiental como parte essencial da agenda climática global.Para saber mais, siga @unodcprt nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre a COP30. Contato para a imprensa:Bruno Fortuna, Assessor de Comunicação, UNODC no Brasil: bruno.delossantosfortuna@un.org
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Notícias
14 novembro 2025
Prefeitura de São Gonçalo e ONU-Habitat entregam recomendações para a gestão de riscos e desastres
Como uma boa gestão de riscos e desastres pode construir cidades resilientes? A pergunta foi respondida pelo Laboratório Urbano Sustentável de São Gonçalo, iniciativa do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) em parceria com a Prefeitura de São Gonçalo. Após oficinas participativas realizadas entre julho e outubro de 2024, que reuniram cerca de 47 representantes do poder público e da sociedade civil, as recomendações para aprimorar a resiliência urbana do município foram consolidadas e entregues oficialmente durante o evento de lançamento do Observatório Fortalece São Gonçalo, realizado em 16 de outubro, no Teatro Municipal de São Gonçalo.O encontro reuniu representantes do poder público, da sociedade civil e da academia para o lançamento da plataforma, a apresentação dos resultados do Laboratório Urbano Sustentável e o debate sobre os próximos passos para a implementação das estratégias de gestão de riscos e desastres no município.A ocasião representou um importante momento de integração entre diferentes setores, reforçando o compromisso conjunto com o fortalecimento da resiliência urbana e a construção de uma cidade mais sustentável e preparada para enfrentar desafios climáticos e sociais. OficinasAs oficinas contaram com a participação das secretarias de Assistência Social, Saúde e Defesa Civil, Gestão Integrada e Projetos Especiais, Desenvolvimento Urbano, Habitação, Ordem Pública e Meio Ambiente. Também participaram atores da sociedade civil como a Associação de Defesa do Consumidor, o Conselho do Meio Ambiente de São Gonçalo, o Grupo de Pesquisa sobre Gestão de Riscos Urbanos do curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil."A parceria entre as secretarias municipais agrega olhares diferentes e permite que a prefeitura entregue produtos adequados e precisos pros gonçalenses e pra cidade como um todo", destaca o major Felipe Assunção, subsecretário da Defesa Civil de São Gonçalo.Por meio do fortalecimento do aprendizado intersetorial, os resultados das discussões colaborativas se desdobraram em estratégias para gestão de riscos e desastres do município, agrupadas em cinco temas principais:Engajamento Comunitário e Comunicação SocialInstrumentos de Planejamento, Legislação e GovernançaAprimoramento do Diagnóstico, Análise do Risco e MonitoramentoPromoção da Intersetorialidade e Fortalecimento das Capacidades InstitucionaisGestão de Resíduos Sólidos UrbanosEssa abordagem participativa reflete a metodologia do Laboratório Urbano Sustentável, que busca transformar o conhecimento coletivo em políticas públicas mais eficazes e conectadas às necessidades locais. "O Laboratório Urbano é uma metodologia de cocriação de políticas públicas, que promove um espaço colaborativo, em que diferentes agentes municipais e especialistas podem trabalhar em um processo intersetorial para construir soluções inovadoras e adequadas ao contexto local", ressalta o coordenador de Programas do ONU-Habitat para a iniciativa Fortalece São Gonçalo, Marcus Fiorito. Com a consolidação das recomendações e o lançamento do Observatório, São Gonçalo avança no fortalecimento de políticas públicas baseadas em evidências e na integração entre diferentes áreas da gestão municipal. A parceria entre o ONU-Habitat e a Prefeitura reforça o compromisso com a construção de uma cidade mais resiliente, inclusiva e preparada para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e do desenvolvimento urbano sustentável. A publicação completa está disponível na biblioteca do Observatório Fortalece São Gonçalo.Fortalece São GonçaloA parceria entre o ONU-Habitat e a Prefeitura de São Gonçalo fortalece a gestão do município para planejar e implementar políticas públicas baseadas em dados, reduzindo as desigualdades e beneficiando ainda mais a população. A iniciativa já implementou metodologias como o Laboratório Urbano Sustentável, que promove um espaço colaborativo para cocriação e avaliação de políticas públicas; as oficinas Cidade Mulher, que promovem o protagonismo feminino no planejamento urbano, contribuindo para o desenho de uma cidade mais segura, sustentável e acolhedora; a Capacitação em Gestão Pública Baseada em Dados, que fortaleceu as capacidades técnicas e institucionais de gestores públicos, promovendo o uso estratégico de dados para qualificar a tomada de decisão. Mais recentemente, foi lançado o Observatório Fortalece São Gonçalo, uma plataforma, estabelecida por lei municipal, que reúne mais de 130 indicadores sobre áreas como saúde, educação, cultura e ordem pública.Contatos para a imprensa:Aléxia Saraiva (alexia.saraiva@un.org)David Morais (david.moraisdasilva@un.org)
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14 novembro 2025
Na COP30, Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe emite o primeiro título regional de resiliência com o apoio da ONU
O Banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), em parceria com o Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), anunciou na COP30 o primeiro título de resiliência da América Latina e Caribe para financiar infraestruturas resilientes que reduzam as vulnerabilidades diante de ameaças e garantam a continuidade de serviços essenciais. O título, no valor de US$ 100 milhões e alinhado à Taxonomia de Resiliência dos Títulos Climáticos (Climate Bonds Resilience Taxonomy), financiará infraestruturas resilientes destinadas a reduzir vulnerabilidades diante de ameaças climáticas e a garantir a continuidade de serviços essenciais na América Latina e no Caribe. Os primeiros projetos identificados estão localizados no Brasil, país anfitrião da COP30. O UNDRR atuou como coordenador técnico na seleção dos projetos e na verificação de sua elegibilidade, com base na Metodologia da Taxonomia de Resiliência dos Títulos Climáticos (2024) e no documento Desenho de um Marco de Classificação para a Resiliência Climática, desenvolvidos em conjunto pela UNDRR e pela Climate Bonds Initiative (CBI). “Este é o primeiro título de resiliência para a América Latina e o Caribe, e o segundo no mundo, e reflete o compromisso do CAF de mobilizar recursos em grande escala para financiar infraestruturas críticas que permitam à região se adaptar à crise climática e reduzir a vulnerabilidade de suas populações diante de eventos extremos”, disse o presidente executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados. “O título de resiliência do CAF acelera o investimento para reduzir o risco de desastres e o direciona para onde as pessoas estão mais protegidas, com infraestrutura resiliente que mantém os serviços de água, energia e mobilidade em operação diante de eventos. O UNDRR se orgulha desta parceria com o CAF para mobilizar financiamento que contribua para comunidades mais seguras e economias mais fortes”, afirmou o representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres e chefe do UNDRR, Kamal Kishore. Investimentos em resiliência O título de resiliência é um instrumento de dívida que mobiliza recursos do mercado de capitais para projetos que fortalecem a resiliência da infraestrutura crítica, protegendo os serviços essenciais e o bem-estar das pessoas. Os recursos do título serão destinados a projetos de água e saneamento, drenagem e controle de inundações, gestão de resíduos, energia distribuída para serviços críticos, soluções baseadas na natureza e mobilidade segura, com prioridade para investimentos locais que contribuam para fortalecer a infraestrutura crítica e os serviços essenciais. Os projetos deverão demonstrar redução da exposição e vulnerabilidade, capacidade operacional durante eventos extremos e tempos de recuperação mais curtos.
A abordagem está alinhada com a Prioridade 3 do Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres, o Artigo 2.1(c) do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e 13 (Ação Climática). A América Latina e o Caribe registram um crescimento sustentado de instrumentos temáticos, mas o investimento direto em resiliência continua sendo menor do que os gastos com resposta e recuperação. De acordo com o Relatório de Avaliação Regional sobre o Risco de Desastres na América Latina e no Caribe (RAR), os países destinam uma proporção limitada de seu orçamento à redução do risco de desastres e a ajuda oficial ao desenvolvimento destinada à prevenção é mínima. Por meio dos títulos de resiliência, é possível contribuir para fechar parte dessa lacuna, direcionando capital para projetos que reduzem perdas, protegem meios de subsistência e impulsionam a resiliência urbana. A aliança entre o CAF e o UNDRR representa um marco na mobilização de recursos para a resiliência na América Latina e no Caribe. Com o título de resiliência, mais cidades estarão melhor preparadas, os serviços essenciais continuarão funcionando quando mais forem necessários e as economias locais poderão se recuperar mais rapidamente. Para saber mais, siga @undrr nas redes e visite a página: https://www.undrr.org Contato para a imprensa: Luis Antonio Buron, Assistente de Informação Pública, UNDRR: luis.buronbarahona@un.org
A abordagem está alinhada com a Prioridade 3 do Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres, o Artigo 2.1(c) do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e 13 (Ação Climática). A América Latina e o Caribe registram um crescimento sustentado de instrumentos temáticos, mas o investimento direto em resiliência continua sendo menor do que os gastos com resposta e recuperação. De acordo com o Relatório de Avaliação Regional sobre o Risco de Desastres na América Latina e no Caribe (RAR), os países destinam uma proporção limitada de seu orçamento à redução do risco de desastres e a ajuda oficial ao desenvolvimento destinada à prevenção é mínima. Por meio dos títulos de resiliência, é possível contribuir para fechar parte dessa lacuna, direcionando capital para projetos que reduzem perdas, protegem meios de subsistência e impulsionam a resiliência urbana. A aliança entre o CAF e o UNDRR representa um marco na mobilização de recursos para a resiliência na América Latina e no Caribe. Com o título de resiliência, mais cidades estarão melhor preparadas, os serviços essenciais continuarão funcionando quando mais forem necessários e as economias locais poderão se recuperar mais rapidamente. Para saber mais, siga @undrr nas redes e visite a página: https://www.undrr.org Contato para a imprensa: Luis Antonio Buron, Assistente de Informação Pública, UNDRR: luis.buronbarahona@un.org
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14 novembro 2025
Jaguar Parade transforma Belém em galeria a céu aberto na COP30
A Jaguar Parade coloriu as ruas de Belém, alegrou ainda mais a cidade e já desperta a atenção do público para a importância da conservação da onça-pintada no Brasil, especialmente na Amazônia, que abriga grande parte da população da espécie no país. A exposição internacional une arte, cultura e sustentabilidade, transformando a capital paraense em uma grande galeria a céu aberto e ampliando o alcance de uma mensagem global em defesa da biodiversidade. O PNUD é um dos apoiadores do projeto.A mostra coincide com o momento histórico em que Belém sedia a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2025. Até 30 de novembro, as onças coloridas e estilizadas estão espalhadas por pontos turísticos e espaços de grande circulação, encantando pela beleza e criatividade dos artistas e pela mensagem que carregam: a urgência da preservação da espécie e de seu habitat.A Jaguar Parade Belém reúne 51 esculturas de onças-pintadas. Entre elas, 42 foram criadas por artistas paraenses, duas vieram do Maranhão, e as demais integram edições anteriores realizadas em cidades como Nova Iorque, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis. A Jaguar Parade também participou de uma ação especial nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Com curadoria de Vânia Leal, a mostra também destaca o protagonismo feminino amazônico. As madrinhas da Jaguar Parade Belém 2025, Gaby Amarantos, Fafá de Belém e Isabelle Nogueira, também se uniram em torno da preservação do animal símbolo da fauna brasileira, da defesa da floresta e das espécies que dela dependem. Elas convidam o público a redescobrir a cidade sob o olhar da arte e da conservação ambiental. O coquetel oficial da Jaguar Parade Belém, exclusivo para convidados, será hoje (14/11), às 19h, no Parque Zoobotânico Mangal das Garças, um dos espaços mais emblemáticos e belos de Belém, onde natureza e arquitetura convivem em harmonia às margens do rio Guamá. O evento marcará um momento especial da mostra, reunindo as esculturas de onças-pintadas em um mesmo local — oportunidade única para apreciar de perto a diversidade de estilos e interpretações dos artistas participantes. As obras permanecerão expostas no Mangal das Garças para visitação do público até 16 de novembro.Leilão beneficente onlineParte essencial da Jaguar Parade Belém é o leilão beneficente online, entre os dias 13 de novembro e 1 de dezembro pela plataforma IArremate. Mais informações em: jaguarparade.com/belem2025/leilao/.Toda a arrecadação será revertida a instituições dedicadas à preservação da espécie, como a Onçafari (https://oncafari.org/), a Panthera (https://pantherabr.com.br/), a AMPARA Silvestre (https://amparanimal.org.br/), a SOS Pantanal (https://sospantanal.org.br/), o Instituto Libio (https://institutolibio.org.br/), o Instituto Peabiru (https://peabiru.org.br/) e o Brazil Norway Biodiversity Research Consortium – BRC (https://www.brcbn.com/).Circulação das onçasDesde a estreia em Belém, em 11 de setembro, a Jaguar Parade vem promovendo uma verdadeira imersão em arte, cultura e consciência ambiental. Ateliês instalados no Boulevard, Parque Shopping e Sesc Doca permitiram ao público acompanhar de perto o processo de customização das esculturas, com pinturas ao vivo.As esculturas prontas já podem ser vistas no Portal da Amazônia, Boulevard da Gastronomia, Forte do Presépio, Ver-o-Rio e praças da República, da Fonte, Batista Campos, Frei Brandão e Santuário de Nazaré. Também estão no Parque da Residência, Estação das Docas, Usinas da Paz (Guamá, Terra Firme e Jurunas), Sesc Doca e nos shoppings Boulevard e Parque. A onça do PNUD, uma doação dos organizadores, está exposta no Forte do Castelo, sítio histórico dos mais atraentes da cidade de Belém. Sua pintura ficou a cargo do artista paraense Murilo Savage, que lhe deu colorido especial, inclusive no tom azul que remete à cor oficial do PNUD.Na 15ª Varanda de Nazaré, convidados de Fafá de Belém conheceram as obras dos artistas Antônio Dias Júnior, de Abaetetuba, e Marivaldo Santos, do Distrito de Icoaraci. Mais recentemente, dez esculturas participaram do Global Citizen Festival: Amazônia, reforçando a mensagem de valorização da biodiversidade e o papel da arte como instrumento de transformação e sensibilização ambiental.Saiba mais sobre a Jaguar Parade Belém A exposição Jaguar Parade Belém 2025 é apresentada pela ISA Energia Brasil, com patrocínio premium de Itaú, BTG Pactual, Hydro, Suzano e Fairfax Seguros. Conta ainda com patrocínio diamante de Tintas Sherwin-Williams, Consigaz, Premier Pet, BRQ Sotreq e Marfrig BRF. O projeto conta com o apoio do Shopping Boulevard e do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), e com apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). É uma produção da Artery, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, via Lei Rouanet. SERVIÇO: Jaguar Parade Belém 2025Até 30 de novembro.Coquetel oficial: 14 de novembro, às 19h – Parque Zoobotânico Mangal das Garças Leilão online: de 12 a 30 de novembro na plataforma jaguarparade.com/belem2025/leilaoPara mais mais informações, siga @jaguar.parade nas redes e visite a página: www.jaguarparade.com/belem2025
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13 novembro 2025
Ministério da Saúde e Museu da Pessoa lançam chamada para que pessoas que vivem com HIV contem suas história
Em celebração aos 40 anos da resposta brasileira à AIDS, o Ministério da Saúde e o Museu da Pessoa lançam uma chamada pública para reunir relatos de pessoas que vivem com HIV. A iniciativa, que tem o apoio do UNAIDS, celebra 40 anos da resposta brasileira à AIDS e convida pessoas a compartilharem suas histórias de vida, suas conquistas e realidades. A iniciativa faz parte da mostra virtual “O que vi da história da aids no Brasil”, que busca resgatar memórias e experiências de quem participou, direta ou indiretamente, da construção da resposta à epidemia. O objetivo é valorizar as vozes das pessoas que ajudaram a transformar a história do HIV no país. Compartilhar histórias é fortalecer a resposta ao HIV Participar é simples. Basta acessar o site do Museu da Pessoa entre 5 de novembro e 5 de dezembro de 2025, gravar um vídeo ou áudio contando sua história e enviar o material seguindo as orientações disponíveis na plataforma. Os testemunhos enviados passarão por uma curadoria especializada. Os relatos selecionados vão integrar a exposição “40 anos da resposta brasileira à aids”, que será realizada no Sesilab, em Brasília (DF) entre os dias 1º de dezembro de 2025 a 30 de janeiro de 2026. Após esse período, tanto a Mostra Virtual quanto a exposição presencial ficarão disponíveis em formato digital, criando um acervo vivo sobre a construção coletiva da resposta brasileira ao HIV e à aids. Dar voz às histórias é reconhecer protagonismos Para o diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (DATHI), Draurio Barreira, mais do que uma celebração, a iniciativa reafirma os valores de participação e controle social que marcaram a resposta à epidemia desde o início. “Ao dar voz às experiências individuais, o Ministério da Saúde reforça o compromisso histórico de construir a política de enfrentamento à epidemia com base na escuta, no diálogo e na valorização da diversidade de trajetórias que marcam esses 40 anos”, afirma Draurio. UNAIDS reforça a importância da representatividade e das narrativas positivas Para o UNAIDS, a mostra é também uma oportunidade de recontar a história do HIV a partir de perspectivas positivas, que celebrem a vida, o tratamento, a ciência e o afeto. Quatro décadas após o início da epidemia, contar essas histórias é essencial para responder ao estigma e mostrar que pessoas que vivem com HIV não são vítimas, mas protagonistas da sua própria história. Cada relato contribui para mostrar que viver com HIV é possível, que o acesso ao tratamento salva vidas e que a solidariedade segue sendo uma das maiores forças da resposta brasileira. “A resposta à AIDS no Brasil foi impulsionada pela força das pessoas, em especial da sociedade civil. Conhecer essas histórias no marco dos 40 anos da resposta brasileira é necessário para que vejamos o quanto avançamos e também o quanto ainda temos demandas que persistem e precisamos considerar para acelerar a resposta à AIDS”, diz a diretora e representante do UNAIDS no Brasil, Andrea Boccardi Vidarte. Participe e conte a sua história A mostra “O que vi da história da aids no Brasil” é um convite à memória, à escuta e à celebração das conquistas coletivas. Enviar o seu relato é um ato de resistência, visibilidade e esperança. Participe entre 5 de novembro e 5 de dezembro de 2025 e faça parte dessa história.
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