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Nações Unidas reafirmam compromisso para eliminar armas químicas

30 novembro 2020

  • No Dia em Memória das Vítimas de Armas Químicas, 30 de novembro, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse que o uso de tais armas em qualquer lugar, por qualquer pessoa, em quaisquer circunstâncias, “é intolerável e uma grave violação do direito internacional”.
  • Para marcar a data, acontecerá uma cerimônia na sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) em Haia, na Holanda, e os participantes irão depositar coroas de flores num memorial do edifício e fazer um minuto de silêncio. 
  • Mais de 100 mil pessoas morreram e 1 milhão foram vítimas desses armamentos durante a Primeira Guerra Mundial. Nas últimas duas décadas, foram destruídos 97% dos estoques num esforço iniciado há mais de um século. 
Profissionais da OPAQ investigam o uso de armas químicas.
Legenda: Profissionais da OPAQ investigam o uso de armas químicas.
Foto: © OPAQ

No Dia em Memória das Vítimas de Armas Químicas, 30 de novembro, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse que o uso de tais armas em qualquer lugar, por qualquer pessoa, em quaisquer circunstâncias, “é intolerável e uma grave violação do direito internacional”. 

Para marcar da data, acontecerá uma cerimônia na sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) em Haia, na Holanda, e os participantes irão depositar coroas de flores num memorial do edifício e fazer um minuto de silêncio. Segundo a OPAQ, o dia é “uma oportunidade de homenagear as vítimas e reafirmar o compromisso de eliminar a ameaça das armas químicas”. 

Não pode haver justificativa para o uso dessas armas abomináveis. Devemos permanecer unidos e determinados em prevenir seu uso ou a ameaça de seu uso. É imperativo que aqueles que usam, ou usaram, armas químicas sejam identificados e responsabilizados. Essa é a única maneira de cumprir nossa responsabilidade moral para com as vítimas da guerra química”, acrescentou o chefe da ONU.

Os esforços para alcançar o desarmamento químico começaram há mais de um século. As armas foram usadas em grande escala durante a Primeira Guerra Mundial, resultando em mais de 100 mil mortes e um milhão de vítimas. 

Após a Segunda Guerra, com a chegadas das armas nucleares, vários países decidiram que o valor de ter armas químicas era limitado. Com a ameaça da sua disponibilidade e proliferação, muitos passaram a pedir sua proibição.  

Adotada em 1993, a Convenção de Armas Químicas entrou em vigor em 29 de abril de 1997. O documento determina “excluir completamente a possibilidade de uso de armas químicas para o bem de toda a humanidade”. 

Com 193 países-membros, a OPAQ é a organização responsável pela implementação da Convenção sobre Armas Químicas. Segundo a agência, a Convenção “é o tratado de desarmamento mais bem-sucedido, eliminando toda uma classe de armas de destruição em massa”, desde que entrou em vigor.

Mais de 97% de todos os estoques de armas químicas declarados pelos Estados-membros foram destruídos sob a verificação da OPAQ. Devido a esses esforços, a organização recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2013. 

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