ONU Mulheres, Câmara dos Deputados e TSE discutem violência política contra as mulheres
04 dezembro 2020
- A ONU Mulheres Brasil se une à Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e à Comissão Gestora da Política da Gênero do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o segundo evento virtual da campanha #ViolênciaNão – Pelos Direitos Políticos das Mulheres, mobilização nacional de prevenção à violência política contra as mulheres em contextos eleitorais, lançada em parceria com a União Europeia.
- A live desta sexta-feira (4/12) dá continuidade a um dos objetivos centrais da campanha: o diálogo com tomadoras e tomadores de decisão na busca por mudanças sistêmicas que promovam os direitos políticos das mulheres no Brasil.
- O encontro será exibido a partir das 15h, no Portal de Audiências Interativas da Câmara, com transmissão simultânea pela TV Câmara.
A ONU Mulheres Brasil se une à Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e à Comissão Gestora da Política da Gênero do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o segundo evento virtual da campanha #ViolênciaNão – Pelos Direitos Políticos das Mulheres, mobilização nacional de prevenção à violência política contra as mulheres em contextos eleitorais, lançada em parceria com a União Europeia.
A live desta sexta-feira (4/12) dá continuidade a um dos objetivos centrais da campanha: o diálogo com tomadoras e tomadores de decisão na busca por mudanças sistêmicas que promovam os direitos políticos das mulheres no Brasil. O encontro será exibido a partir das 15h, no Portal de Audiências Interativas da Câmara, com transmissão simultânea pela TV Câmara.
Na ocasião, a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, e a gerente de Projetos da ONU Mulheres Brasil Ana Claudia Pereira, se encontrarão virtualmente com representantes da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, da Comissão Gestora da Política de Gênero do TSE, do Ministério Público Eleitoral, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, da União Europeia e das Embaixadas da França e da Suécia, para um balanço das eleições municipais de 2020. O encontro virtual tem por finalidade traçar possíveis estratégias conjuntas de ação para prevenir e mitigar a violência política contra as mulheres. O intuito do diálogo é engajar diferentes grupos estratégicos para fazer avançar a ampliação da participação política das mulheres, contribuindo para a garantia de seus direitos políticos e para a construção e fortalecimento da democracia inclusiva e paritária no país.
Para Anastasia Divinskaya, as causas da sub-representação das mulheres na política e na vida pública são todas bem conhecidas e bem documentadas. "São indicativas do complexo problema: desigualdades sociais estruturadas, baseadas na raça e etnia, religião, orientação sexual e identidade de gênero, região e território, entre outros fatores, além da imposição de papeis e estereótipos tradicionais às mulheres. A violência contra as mulheres na política é também uma causa importante”, afirma a representante da ONU Mulheres no Brasil.
O encontro faz parte da agenda de eventos da campanha do secretário-geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres até 2030” no Brasil, que marcam os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma estratégia anual de mobilização em todo o mundo para o engajamento de pessoas e organizações na prevenção e eliminação da violência contra as mulheres e meninas.
No Brasil, a campanha vai de 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra) a 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). Em 2020, o tema é “Onde Você Está que Não me Vê? - Somos Nossa Existência”, trazendo visibilidade para a diversidade das mulheres, seu lugar de fala, território, assim como a prevenção e eliminação de diferentes formas de violências, especialmente agravadas pela pandemia da COVID-19.
#ViolênciaNão – Pelos Direitos Políticos das Mulheres - Centrada nas redes sociais e no diálogo com tomadoras e tomadores de decisão, a campanha lançada, em outubro, com apoio da União Europeia, chama atenção para o aumento da violência política no Brasil e no mundo enquanto fenômeno global. Diferentes formas de intimidação se constituem como barreiras que impedem as mulheres de usufruírem plenamente de seus direitos humanos. Obstáculos adicionais, referentes às discriminações cruzadas experimentadas por mulheres negras, indígenas, jovens, com deficiência e de outros grupos, submete-as a formas específicas de agressões e violações de direitos.
A campanha eleitoral é o período de maior exposição à violência, momento no qual a frequência e o grau de violência tendem a aumentar, dentro e fora do partido político, pela família, por candidatas e candidatos de outros partidos, autoridades e pela mídia. Em geral, é neste momento que elas se tornam alvo de desqualificação, insultos, múltiplas discriminações, destruição de material de campanha e assédio sexual.
Conteúdos informativos - Em novembro, a ONU Mulheres publicou a 1ª Newsletter da campanha, apresentando dados e informações relevantes sobre a participação das mulheres nas eleições municipais de 2020 no Brasil, abordando também a violência política contra as mulheres. Esse tipo de violência não se restringe somente ao período eleitoral. Entre o anúncio dos resultados e a posse do cargo, muitas mulheres relatam a ocorrência de ataques de oponentes e pressão para renunciar em favor de seus suplentes. Quando não cedem a essas pressões, a violência pode se intensificar.
Segunda live da Campanha #ViolênciaNão – Pelos Direitos Políticos das Mulheres: “Balanço pós-eleições municipais e estratégias para prevenir e mitigar a violência política contra as mulheres”
Data: 4 de dezembro de 2020 (sexta-feira)
Horário: às 15h
Acesso: Portal de Audiências Interativas da Câmara (https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/1683), com transmissão simultânea na TV Câmara.
Informações para a Imprensa:
Assessoria de Comunicação da ONU Mulheres Brasil
Isabel Clavelin: isabel.clavelin@unwomen.org - 61 98175 6315
Gabriela Pereira: gabriela.pereira@unwomen.org - 61 98175-6772