Guterres pede a líderes internacionais que declarem estado de emergência climática
14 dezembro 2020
- O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a líderes em todo o mundo para declarar um estado de emergência climática até que seja alcançada a neutralidade em carbono. Na abertura da Cúpula de Ambição do Clima, no último sábado (12), ele lembrou que a década passada foi a mais quente da história e que os níveis das emissões que causam o efeito estufa estão batendo todos os recordes.
- O evento marca o quinto aniversário do Acordo de Paris
- Ao todo, 38 países já declararam emergência climática mas Guterres pediu que todas as nações façam o mesmo.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a líderes em todo o mundo para declarar um estado de emergência climática até que seja alcançada a neutralidade em carbono. Na abertura da Cúpula de Ambição do Clima, no último sábado (12), ele lembrou que a década passada foi a mais quente da história e que os níveis das emissões que causam o efeito estufa estão batendo todos os recordes. O evento marca o quinto aniversário do Acordo de Paris
Guterres disse que não é possível negar a emergência climática e lembrou que desastres naturais estão se tornando cada vez mais frequentes e com efeitos arrasadores. Ao todo, 38 países já declararam emergência climática mas Guterres pediu que todas as nações façam o mesmo.
O secretário-geral afirmou que a comunidade científica já avisou que para atingir a rede zero carbono em 2050, o mundo precisa cortar as emissões em 45% comparado com os níveis de 2010. Reino Unido e União Europeia já prometeram cortes de 68% e 55% até o fim desta década. A ONU espera que até o início de 2021, nações que representam dois terços da produção de CO2 terão acordado com a neutralidade em carbono.
A Cúpula, organizada por ONU, Reino Unido e França, contou com a participação de 77 chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente chileno, Sebastián Piñera e o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.