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FMI aponta prioridades para recuperação econômica no pós-pandemia

17 dezembro 2020

  • A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, apontou três necessidades para o momento de recuperação da pandemia: prudência em políticas econômicas e nas instituições, solidez no investimento em pessoas e concentração na questão da mudança climática. As recomendações foram feitas em reunião do Conselho de Direção do FMI.
  • Georgieva enfatizou a “calamidade econômica” com a iminente contração da economia mundial em 4,4% este ano, a baixa da produção de US$ 11 trilhões em 2021 e o primeiro aumento da pobreza em décadas.

 

Recomendações do FMI incluem vigilância no endividamento
Legenda: Recomendações do FMI incluem vigilância no endividamento
Foto: © FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, apontou três necessidades para o momento de recuperação da pandemia: prudência em políticas econômicas e nas instituições, solidez no investimento em pessoas e concentração na questão da mudança climática. As recomendações foram feitas em reunião do Conselho de Direção do FMI.

Georgieva lembrou que a pandemia ceifou mais de 1 milhão de vidas e enfatizou a “calamidade econômica” com a iminente contração da economia mundial em 4,4% este ano, a baixa da produção de US$ 11 trilhões em 2021 e o primeiro aumento da pobreza em décadas.

Em relação a prudência, a chefe do FMI defendeu estruturas sólidas de médio prazo para políticas monetárias, fiscais e financeiras para ajudar a criar confiança e resiliência necessárias para o futuro, quando aplicadas com reformas para impulsionar o comércio, a competitividade e a produtividade.

Ela também citou vigilância cuidadosa sobre os riscos dos altos níveis de endividamento, que devem aumentar de forma significativa em 2021. Em economias avançadas, as dívidas poderão representar 125% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos mercados emergentes a proporção deve chegar a 65% e nos países de baixa renda, 50%.

A chefe do FMI apontou também que as pessoas devem estar no centro das políticas e que a pandemia expôs a importância de sistemas de saúde fortes. Ela lembrou que o aumento da desigualdade e a rápida mudança tecnológica exigem fortes sistemas de educação e treinamento para abrir mais as oportunidades e reduzir disparidades.

Georgieva reforçou que a igualdade de gênero “pode ser uma virada de jogo global.” Isto porque para países com maiores lacunas de gênero, abordar o problema poderia aumentar o PIB em uma média de 35%. Outra proposta é investir em jovens que não têm acesso à saúde, educação e internet.

Por último, Georgieva enfatizou o foco na ação climática, destacando os danos diretos de cerca de US$ 1,3 trilhão após desastres climáticos na última década. Ela citou uma pesquisa da instituição revelando que a combinação certa do investimento verde e da subida de custos de carbono apoiariam a meta de zero emissões até 2050 e a criação de milhões de novos empregos. A chefe do FMI considera o momento de recuperação “uma oportunidade histórica de construir um mundo mais verde, próspero e com mais empregos”.

Empréstimos - O FMI já destinou mais de US$ 100 bilhões em empréstimos e conta com mais recursos substanciais da capacidade total de US$ 1 trilhão para apoiar os países nesta fase de crise.

A meta é continuar dando atenção especial às necessidades urgentes dos mercados emergentes e países de baixa renda. De acordo com a diretora-gerente, a ênfase será dada aos estados pequenos e frágeis para o pagamento de pessoal médico, proteção dos mais vulneráveis e apoio à economia.

 

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