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América foi o continente mais afetado pela pandemia de COVID-19, com mais de 850 mil mortes

04 janeiro 2021

  • A pandemia de COVID-19 golpeou todos os países das Américas em 2020, infectando mais de 35 milhões de pessoas e causando cerca de 850 mil mortes. Globalmente, a doença afetou 216 países e territórios, resultando em mais de 80 milhões de casos e 1,7 milhões de mortes.
  • As Américas foram o continente mais afetado em um contexto de grandes iniquidades.
  • A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, disse que o trabalho para controlar a pandemia em 2021 "não será fácil nem rápido" e será necessário ter paciência e permanecer realista: "a COVID-19 estará entre nós por algum tempo".
 As Américas foram o continente mais afetado pela pandemia da COVID-19.
Legenda: As Américas foram o continente mais afetado pela pandemia da COVID-19.
Foto: © Martin Sanches/Unsplash

A pandemia de COVID-19 golpeou todos os países das Américas em 2020, infectando mais de 35 milhões de pessoas e causando cerca de 850 mil mortes. Globalmente, a doença afetou 216 países e territórios, resultando em mais de 80 milhões de casos e 1,7 milhões de mortes. As Américas foram o continente mais afetado em um contexto de grandes iniquidades.

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, chamou a pandemia de “evento de saúde pública mais extraordinário de nossas vidas" e disse que o trabalho para controlar a pandemia em 2021 "não será fácil nem rápido".

“Ao nos aproximarmos do final de 2020, gostaria de reconhecer sua dedicação em enfrentar os desafios incomparáveis deste ano. Meus agradecimentos a todos os funcionários, governos nacionais, organizações internacionais e cidadãos que ajudaram a enfrentar a COVID-19 enquanto continuavam a melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas na Região das Américas”, afirmou Etienne em mensagem de fim de ano.

No início da pandemia, a OPAS ativou uma resposta de toda a organização por meio de equipes regionais e nacionais do sistema de gestão de incidentes. A Organização trabalhou com os países para apoiar vigilância, testes e capacidade laboratorial; e preparar e fortalecer serviços de saúde, controle de prevenção de infecções, gestão clínica e comunicação de risco.

A OPAS se concentrou em ajudar os países a detectar rapidamente os casos, proteger seus profissionais de saúde, reduzir a transmissão e salvar vidas, fornecendo treinamento, apoio logístico, equipamentos, suprimentos vitais e planejamento de emergência.

Para complementar os recursos da OPAS em 27 representações nos países, pessoal e suprimentos foram mobilizados para treinar as autoridades nacionais de saúde, apoiar os planos nacionais de emergência e avaliar a reorganização dos serviços de saúde. A OPAS também divulgou especificações técnicas para equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos biomédicos e apoiou a análise das necessidades para atender aos requisitos de EPI, suprimentos e reagentes e processos de compra avançados para gerar uma reserva nacional estratégica por meio de doações ao Fundo Estratégico da OPAS, um mecanismo regional de cooperação técnica para aquisição conjunta de medicamentos essenciais e suprimentos estratégicos de saúde. Além disso, foram realizadas mais de 200 sessões de treinamento virtual, com cerca de 30 mil participantes de 33 países.

O rastreamento de contatos é fundamental para que as autoridades de saúde mantenham a propagação do vírus sob controle. Em colaboração com a Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos, a OPAS treinou profissionais de saúde em 31 países e territórios no aplicativo Go.Data, que apoia a investigação e gerenciamento de casos suspeitos de COVID-19, exibição de cadeias de transmissão e rastreamento de contatos.

Pesquisas - A comunidade científica global correu para identificar e avaliar a eficácia de potenciais terapêuticas para cuidar de pessoas doentes por COVID-19. Para ajudar os países a navegar no dilúvio de informações, a OPAS revisou os resultados de mais de 1.700 ensaios clínicos e 58 opções terapêuticas para permitir que as autoridades de saúde tomem decisões baseadas em evidências para o atendimento ao paciente. Além disso, 111 diretrizes e recomendações técnicas foram desenvolvidas ou adaptadas para as Américas a partir de documentos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OPAS também apoiou o fortalecimento ou a instalação da capacidade de diagnóstico do laboratório de referência do vírus SARS-CoV-2 em 35 países e territórios e estabeleceu uma rede regional de vigilância genômica para monitorar as variantes do vírus.

“Embora esperemos que 2021 inaugure um novo capítulo em nossa luta contra esse vírus, proteger milhões de pessoas em nossa região com as vacinas contra a COVID-19 será um grande empreendimento”, disse Etienne. “Portanto, devemos ser pacientes e permanecer realistas de que a COVID-19 estará entre nós por algum tempo - portanto, nosso trabalho para controlá-la não pode e não deve parar.”

Ela lembrou que pessoas vulneráveis nas Américas já estão recebendo vacinas contra a COVID-19, com milhões de doses a mais esperadas no início do próximo ano. "Esta linha do tempo é surpreendente e uma prova da colaboração sem precedentes entre cientistas, pesquisadores e especialistas,” avaliou.

Parcerias globais como mecanismo COVAX também estão reunindo recursos, experiência e esforços para garantir que os países tenham acesso igual a vacinas contra a COVID-19 seguras e eficazes dentro dos mesmos prazos, acrescentou Etienne. O Fundo Rotatório da OPAS, por meio do qual 41 países e territórios reúnem seus recursos para adquirir vacinas de alta qualidade, seringas e suprimentos relacionados para suas populações ao preço mais baixo, também desempenhará um papel significativo.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

PAHO
The Pan American Health Organization

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa