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Em Dia Internacional, ONU pede fim do legado de escravidão no mundo

25 março 2021

  • As Nações Unidas marcam o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Escravos neste 25 de março. No total, mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças foram transportados como escravos através do Atlântico. 
  • Em vídeo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a data homenageia “a memória de milhões de afrodescendentes que sofreram com o brutal sistema de escravidão e com o tráfico transatlântico de escravos.” “Este comércio criou e sustentou um sistema global de exploração que existiu por mais de 400 anos, arrasando famílias, comunidades e economias”, afirmou. 
  • Para o chefe da ONU, “as ideias de supremacia branca que o sustentavam permanecem vivas.” E afirmou que o mundo deve “acabar com o legado dessa mentira racista”.
Arca do Retorno é um memorial para honrar as vítimas da escravidão e do comércio transatlântico de escravos, na sede da ONU em Nova Iorque
Legenda: Arca do Retorno é um memorial para honrar as vítimas da escravidão e do comércio transatlântico de escravos, na sede da ONU em Nova Iorque
Foto: © Rick Bajornas/ONU

As Nações Unidas marcam o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Escravos neste 25 de março. A data ressalta o movimento global para acabar com injustiças que têm raízes no comércio de escravos e a importância da educação para reconhecer o impacto desta história no mundo moderno e como lidar com seus efeitos duradouros. No total, mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças foram transportados através do Atlântico. 

Em vídeo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a data homenageia “a memória de milhões de afrodescendentes que sofreram com o brutal sistema de escravidão e com o tráfico transatlântico de escravos.” “Este comércio criou e sustentou um sistema global de exploração que existiu por mais de 400 anos, arrasando famílias, comunidades e economias”, afirmou. 

Guterres lembrou “a resiliência daqueles que suportaram as atrocidades cometidas por traficantes e proprietários de escravos” e reconheceu “as imensas contribuições que homens, mulheres e crianças escravizados deram à cultura, ao conhecimento e à economia dos países para os quais foram transportados.”

O comércio transatlântico de escravos terminou há mais de dois séculos, mas para o chefe da ONU, “as ideias de supremacia branca que o sustentavam permanecem vivas.” Ele afirmou que o mundo deve “acabar com o legado dessa mentira racista” e trabalhar em conjunto “para enfrentar as consequências perniciosas e persistentes da escravidão e do comércio transatlântico de escravos.”

Para Guterres, isso pode ser feito renovando a determinação para combater o racismo, a injustiça e as desigualdades e construindo comunidades e economias inclusivas, onde todos possam viver em paz com dignidade e oportunidades.

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