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OMS e UNICEF recomendam sistema global para monitorar acesso universal à água

04 maio 2021

  • Cerca de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm como lavar as mãos com água e sabão em casa e cerca de 2,2 bilhões não têm acesso à água potável. 
  • Relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revela que pandemia de COVID-19 conferiu nova urgência ao tema.
  • Segundo o documento, o acesso universal à água potável, saneamento e higiene (WASH, na sigla em inglês) só pode ser alcançado se os países avaliarem a acessibilidade econômica. O acesso é um dos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável (ODS), que deve ser alcançado até 2030.  
crianças lavam as mãos em estrutura montada por UNICEF
Legenda: Meta é promover total acesso à água limpa, saneamento e higiene até 2030
Foto: © Yareidy Perdomo/UNICEF Brasil

O acesso universal à água potável, saneamento e higiene (WASH, na sigla em inglês) só pode ser alcançado se os países avaliarem a acessibilidade econômica. O acesso é um dos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável (ODS), que deve ser alcançado até 2030.  

Em um novo relatório, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apresentam recomendações para acompanhar a acessibilidade desses serviços. 

Pandemia - Segundo o estudo A Medição e o Monitoramento da Acessibilidade do Abastecimento de Água, Saneamento e Higiene (WASH), a pandemia de COVID-19 gerou uma nova urgência, mas os choques econômicos da crise de saúde afetam os orçamentos.  

Cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm uma instalação para lavar as mãos com água e sabão em casa e cerca de 2,2 bilhões estão desprovidos de água potável. Além disso, houve pouco avanço na integração da acessibilidade nacional e global destes serviços. 

Um dos problemas é a falta de uma definição universalmente aceita de acessibilidade e uma abordagem comum para avaliar e monitorar. 

A pesquisa afirma que o acesso vai além das questões monetárias. Por exemplo, quando as pessoas procuram serviços nesta área também estão pagando um preço em custos de saúde, de tempo e sociais, muitos deles arcados por mulheres e crianças. 

Implicações - Em comunicado, a diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS, Maria Neira, disse que “a acessibilidade é a peça que falta nos monitoramentos nacional e global, com implicações de longo alcance para uma recuperação saudável e sustentável.” 

Segundo ela, “este relatório destaca a necessidade urgente de os governos reverem, estudarem e refletirem sobre o que precisa ser feito para alcançar serviços WASH acessíveis para todos.” 

Já a vice-diretora da seção de Água, Saneamento e Higiene do Unicef, Kelly Ann Naylor, afirmou que “os choques econômicos da pandemia de COVID-19 destacam que serviços WASH seguros e acessíveis são necessários agora mais do que nunca, especialmente para as famílias e comunidades mais vulneráveis.” 

Para Naylor, “as ferramentas práticas neste relatório ajudarão os governos a medir e acompanhar melhor o custo dos serviços, ajudando a identificar precisamente quais grupos da população e famílias enfrentam barreiras financeiras e como melhor abordá-las.” 

Recomendações - O relatório descreve várias recomendações para os monitoramentos nacional e global da acessibilidade destes serviços. 

As agências pedem “um amplo consenso sobre o que as famílias precisam gastar em diferentes itens para atender às suas necessidades essenciais, a partir do qual uma proporção máxima proposta poderia ser definida para um preço acessível.” 

A pesquisa também diz que são precisos estudos de caso nacionais mais aprofundados e recomenda o fortalecimento dos dados em mais de 50 países, com a criação de bancos de dados nacionais e globais.

Acesse o relatório (em inglês)

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNICEF
Fundo das Nações Unidas para a Infância
OMS
Organização Mundial da Saúde

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