Campanha do ACNUR promove diálogo entre empreendedores refugiados e atletas olímpicos e paraolímpico
07 julho 2021
- A campanha "Reflexos", do ACNUR com o apoio da Rede Brasil do Pacto Global, compartilha dificuldades e conquistas das trajetórias de pessoas refugiadas e de atletas olímpicos brasileiros.
- A iniciativa convida refugiados que empreendem no Brasil e atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros a participar de uma conversa virtual.
- A campanha dá destaque à plataforma "Refugiados empreendedores", desenvolvida para dar mais visibilidade aos empreendimentos realizados por pessoas refugiadas no Brasil.
- A iniciativa é do ACNUR em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e com apoio da Aliança Empreendedora, International Finance Corporation (IFC), Facebook, Instituto Rede Mulher Empreendedora e Governo dos EUA.
Com apoio da Rede Brasil do Pacto Global, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lança, nesta quarta-feira (7), a campanha “Reflexos”. A iniciativa coloca frente a frente, em uma conversa virtual, refugiadas e refugiados que empreendem no Brasil e atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros.
A conversa aconteceu no meio virtual em função do necessário distanciamento físico causado pela pandemia da COVID-19. Os cinco vídeos serão lançados até 12 de julho pelos canais do Youtube do ACNUR, Pacto Global e do UOL Esporte, assim como nos canais dos atletas e refugiados participantes.
Confira quais foram os diálogos promovidos pelo ACNUR:
- Cristiane Rozeira (atleta do Santos FC e maior artilheira do futebol olímpico em todas as modalidades) conversou com Tony Quintana (musicista venezuelano que vive em Manaus);
- Daniel Dias (o mais vitorioso atleta paralímpico do mundo), conversou com Ninibe Forero (artista plástica colombiana que vive no Rio de Janeiro);
- Darlan Romani, recordista sul-americano do arremesso do peso, conversou com Jacqueline Rodriguez, designer venezuelana que vive em Boa Vista.
- Hugo Calderano (bicampeão mesatenista pan-americano) conversou com Lucia Loxca (arquiteta, musicista e chef síria que vive em Curitiba);
- Wallace de Souza (campeão olímpico na Rio 2016 e recém campeão mundial de vôlei) conversou com Lavi Israel (artista plástico da República Democrática do Congo que vive em São Paulo).
Conversas - Mensagens de apoio mútuo e admiração foram comuns nas conversas entre atletas e refugiados. A seleção dos participantes se deu mediante critérios como notoriedade pública e engajamento com temas sociais. Por parte dos refugiados, foram selecionadas pessoas que empreendem diferentes tipos de negócios em diversas cidades brasileiras.
O representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas, destaca as características comuns entre pessoas refugiadas e atletas olímpicos, assim como o potencial de mobilização pública em torno da campanha.
“O diálogo emocionante que o ACNUR promoveu ao colocar face a face refugiados empreendedores e atletas olímpicos brasileiros ressalta que, havendo oportunidades, podemos transformar nossos sonhos em realidade. São pessoas que venceram variadas formas de dificuldade e, com determinação e empenho, seguem atingindo o que almejam em suas vidas. O resultado deste diálogo sincero e emocionante é contribuir para que todas as demais pessoas sejam solidárias aos refugiados que buscam reconstruir suas vidas com dignidade”, afirma Egas.
* Os atletas e refugiados participaram da campanha sem qualquer investimento por parte do ACNUR. A produção foi realizada pela Cavaliere Films.
Refugiados Empreendedores - Lançada em fevereiro de 2021, a plataforma foi desenvolvida durante a pandemia da COVID-19 para dar mais visibilidade aos empreendimentos realizados por pessoas refugiadas no Brasil e, ao mesmo tempo, disponibilizar materiais para o aperfeiçoamento de negócios nas redes sociais.
Atualmente há 57 refugiados empreendedores de nove nacionalidades cadastrados, presentes em 10 cidades brasileiras e que atuam em seis segmentos de negócio: artesanato, cosmético e beleza, design e arte, gastronomia, idiomas e artes. Outros 25 empreendedores já solicitaram sua inscrição e nos próximos dias serão adicionados à plataforma.
A plataforma foi lançada pelo ACNUR em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e com apoio da Aliança Empreendedora, International Finance Corporation (IFC), Facebook, Instituto Rede Mulher Empreendedora e Governo dos EUA.
Atletas Refugiados Olímpicos - O ACNUR anunciou, em parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI), a Equipe Olímpica de Refugiados de Tóquio 2020. O total de 29 atletas irá competir nos Jogos de Tóquio, em 12 modalidades olímpicas.
Para além de participar de um evento com melhores atletas do mundo, a Equipe Olímpica de Refugiados enviará uma mensagem de solidariedade e empatia para a acolhida e integração de todas as pessoas forçadas a deixar seus locais de origem por causa de guerras e conflitos: um contingente calculado pelo ACNUR em mais de 82 milhões de pessoas.
“Estas pessoas formam um grupo excepcional que inspira o mundo. O ACNUR está incrivelmente orgulhoso de apoiá-las enquanto competem na Olimpíada de Tóquio. Sobreviver à guerra, à perseguição e à ansiedade do exílio já as torna pessoas extraordinárias, mas o fato de agora também se destacarem como atletas no cenário mundial me enche de imenso orgulho”, afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.
Para acessar os perfis de todos os atletas, clique aqui (em inglês).
Contatos para a imprensa:
- Miguel Pachioni pachioni@unhcr.org (11) 94985-1734