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Publicação traz exemplos de boas práticas de empresas e direitos humanos

11 outubro 2021

A ONU Direitos Humanos e a Rede Brasil do Pacto Global lançaram uma publicação sobre Empresas e Direitos Humanos para a América Latina e o Caribe.

Elaborado a partir de consultas com diversas companhias do setor privado, o documento reúne casos que ilustram como as empresas implementaram as diretrizes propostas pela ONU na última década.

A publicação ocorre no marco dos 10 anos da adoção dos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos.

No marco dos 10 anos da adoção dos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, a ONU Direitos Humanos e a Rede Brasil do Pacto Global lançaram, no dia 5 de outubro, uma publicação sobre Empresas e Direitos Humanos para a América Latina e o Caribe. O documento reúne casos que ilustram como as empresas implementaram as diretrizes propostas pela ONU na última década, especialmente nas questões de engajamento público e devida diligência, destacando também os desafios e lições aprendidas.

Elaborado a partir de consultas com diversas companhias do setor privado, o documento Boas Práticas Empresariais foi lançado em um dos 40 painéis do VI Fórum Regional, que neste ano reuniu virtualmente mais de 200 painelistas, entre lideranças de governos, de empresas e outros atores-chaves, dos dias 4 a 6 de outubro.

Presente no painel, o chefe do escritório regional da ONU Direitos Humanos para América do Sul, Jan Jarab, destacou que “esse trabalho de identificar casos de compromisso público com os direitos humanos e de implementação da devida diligência constitui um esforço de mostrar que as empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, podem sim respeitar os direitos humanos e fazer uma diferença positiva na vida das pessoas.”

“Não podemos ficar parados”, declarou Rodrigo Santini, líder de marca, ativismo e inclusão da Ben & Jerry’s, uma das empresas analisadas na publicação. “A sociedade em que vivemos é um grande convite para entrar nessa reflexão. As empresas têm um papel de extrema importância na defesa dos direitos humanos e têm de agir, porque não existe neutralidade na sociedade”, disse.

Elaine Santana, da área de direitos humanos e responsabilidade social da Braskem, outra empresa listada no guia, falou sobre como a devida diligência pode ser uma oportunidade para avançar a pauta de direitos humanos dentro das empresas: “Quando é feita uma devida diligência, você identifica um potencial risco e traça um plano para poder avançar nas medidas de gerenciamento deste risco, mas você também conquista espaço para trazer os direitos humanos para a pauta da alta liderança da empresa.”

Para Jan Jarab, a próxima década desafia todos os atores da região a aumentar o ritmo de implementação dos Princípios Orientadores. “Isso é fundamental para alcançar resultados tangíveis para as pessoas e comunidades afetadas e o desenvolvimento sustentável para todos e todas”, concluiu.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ACNUDH
Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa