Mesmo com a variante Ômicron se espalhando, o fechamento de escolas deve ser último recurso
21 dezembro 2021
A diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) emitiu uma declaração afirmando que, mesmo com o aumento de casos por COVID-19 no mundo, "o fechamento nacional de escolas deve ser evitado sempre que possível".
“Quando a transmissão comunitária do coronavírus aumenta e medidas rigorosas de saúde pública se tornam uma necessidade, as escolas devem ser os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir”, argumentou Henrietta Fore.
Ela lembrou dos prejuízos à infância dos fechamentos prolongados que aniquilaram mais de uma década de progressos e colocaram essa geração de crianças e jovens sob risco de perder 17 trilhões de dólares em ganhos potenciais para toda a vida.
“Outra onda de fechamento generalizado de escolas seria desastroso para as crianças”, alertou a chefe do UNICEF.
Os casos de COVID-19 estão aumentando no mundo, mas a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reafirmou na sexta-feira (17) que, mesmo com a nova variante altamente transmissível, "o fechamento nacional de escolas deve ser evitado sempre que possível".
“Quando a transmissão comunitária do coronavírus aumenta e medidas rigorosas de saúde pública se tornam uma necessidade, as escolas devem ser os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir”, argumentou Henrietta Fore.
Os novos casas estão sendo abastecidos, cada vez mais, pela Ômicron, a nova variante de preocupação que os especialistas em saúde pública e cientistas estão trabalhando arduamente para compreender e avaliar. Em meio à crescente incerteza, muitos governos estão avaliando se devem manter as escolas abertas.
Para Fore, uma coisa era certa: “Outra onda de fechamento generalizado de escolas seria desastroso para as crianças”.
Perdas para infância – Segundo ela, o fechamento de escolas em todo o país, resultando em recursos limitados para alunos, professores e pais - e falta de acesso ao ensino remoto - teria consequências graves.
“[Esses fechamentos] aniquilaram décadas de progresso na educação e tornou a infância irreconhecível. Uma sombra pandêmica de trabalho infantil, casamento infantil e problemas de saúde mental se instalou”, avaliou.
Além da aprendizagem perdida, as crianças também se tornaram menos seguras por serem excluídas do ambiente escolar, perdendo interações pessoais diárias com amigos, acesso a cuidados de saúde e, muitas vezes, sua única refeição nutritiva do dia.
De acordo com a agência da ONU, essa geração de crianças em idade escolar pode perder, coletivamente, 17 trilhões de dólares em ganhos potenciais para toda a vida.
Soluções - Abordando como resolver esse desafio, Fore disse que “as medidas de mitigação nas escolas são eficazes” e as autoridades “devem usar esse conhecimento para fazer tudo” para manter as escolas abertas. Ela também pediu por maiores investimentos em conectividade digital "para garantir que nenhuma criança seja deixada para trás”.
“2022 não pode ser mais um ano de aprendizagem interrompida”, concluiu, pedindo prioridade à educação a aos interesses das crianças.