Quarta onda de COVID-19 na África se estabiliza, informa OMS
14 janeiro 2022
A diretora regional da Organização Mundial da Saúde na África, Matshidiso Moeti, afirmou em coletiva de imprensa que o continente africano está com o número de novas infecções por COVID-19 estável, após seis semanas de aumentos diários impulsionados pela variante Ômicron.
O continente soma mais de 10,2 milhões de casos até o momento. Primeira região a registrar aumentos dos casos pela Ômicron, os países do sul registraram uma média de 14% na redução de novas infecções nas últimas semanas. Segundo a OMS, isso torna a última onda a mais curta entre as já vivenciadas.
Ainda assim, a África do Norte e Ocidental estão ainda sofrendo. Nestas regiões o aumento foi de 121% na semana passada, em comparação com os sete dias anteriores.
Com menos de 10% da população africana totalmente vacinada, Moeti defendeu a aplicação de imunizantes. “Com vastas faixas da população ainda não vacinadas, nossas chances de limitar o surgimento e o impacto de variantes mortais são assustadoramente pequenas”, disse a diretora.
Após seis semanas de surto, a quarta onda pandêmica na África, impulsionada principalmente pela variante ômicron, está se estabilizando. A afirmação foi feita pela diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, Matshidiso Moeti, na última quinta-feira (13).
A estabilização marca esta onda como sendo a mais curta no continente, onde o total de casos ultrapassa dez milhões de pessoas. No entanto, o número semanal de novas infecções está estável desde os primeiros dias de janeiro. “Os primeiros indícios sugerem que a quarta onda na África foi abrupta e breve, mas não menos desestabilizadora”, declarou Moeti.
Nos países que experimentaram aumento nos casos, a variante Ômicron tornou-se rapidamente o tipo dominante, por ser considerada de rápida disseminação.
Segundo a OMS, enquanto a variante Delta demorou cerca de quatro semanas para superar a Beta, a Ômicron tornou-se a variante dominante em apenas duas semanas nos países africanos mais atingidos.
A região sul do continente registrou um grande aumento nas infecções durante a onda pandêmica, mas na semana passada houve um declínio de 14% nos casos confirmados na mesma área. Na África do Sul, onde a ômicron foi relatada pela primeira vez, a queda nas infecções semanais foi de 9%.
Embora os países da África Oriental e Central também tenham sofrido uma queda no número de casos, os territórios da África do Norte e Ocidental estão ainda sofrendo com o aumento nas infecções. No norte, o aumento foi de 121% na semana passada, em comparação com os sete dias anteriores.
“A contramedida crucial para a pandemia, extremamente necessária na África, segue a mesma: aumentar rápida e significativamente as vacinações contra a COVID-19”, afirmou a diretora. “A próxima onda pode não ser tão piedosa”.
Tecnologia - Por meio de treinamento em bioinformática, análise de amostras e outras áreas-chave, a OMS está apoiando países em todo o continente no reforço do sequenciamento genômico para identificar novas mutações. A Organização também está ajudando a adquirir e entregar equipamentos e suprimentos laboratoriais críticos.
Até agora, 30 países africanos - e pelo menos 142 em todo o mundo - detectaram a variante Ômicron. A variante Delta já foi identificada em 42 nações africanas.
Na África Ocidental, onde os casos de COVID-19 estão aumentando, o número de infeccções pela Ômicron em países como Cabo Verde, Gana, Nigéria e Senegal está crescendo, sendo a variante dominante em pelo menos dois desses países: Cabo Verde e Nigéria.
“Temos o conhecimento e as ferramentas, com um esforço conjunto podemos certamente fazer a balança pender a nosso favor contra a pandemia”, declarou Moeti.
Vacinação - Embora o continente esteja enfrentando a última onda da pandemia, apenas cerca de 10% da população foi totalmente vacinada.
No entanto, os suprimentos de vacinas para a África melhoraram recentemente e a OMS está intensificando seu apoio aos países para fornecer doses à população em geral.
“Este ano deve marcar um ponto de virada na campanha de vacinação COVID-19 da África”, garantiu Moeti. “Com vastas faixas da população ainda não vacinadas, nossas chances de limitar o surgimento e o impacto de variantes mortais são assustadoramente pequenas”, acrescentou ela.