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ONU marca o Dia Internacional da Mulher com apelo à igualdade de gênero

07 março 2022

Em mensagem em vídeo para o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu que o mundo “não pode sair da pandemia com o relógio girando para trás na igualdade de gênero”.

Guterres destacou a contribuição que as mulheres fizeram contra a pandemia da COVID-19, saudou as ideias, inovações e ativismo que estão mudando nosso mundo para melhor e deu as boas-vindas a mais mulheres líderes em todas as esferas da vida.

O tema do Dia Internacional da Mulher deste ano é “igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável”, ressaltando o fato de que as mulheres carregam um fardo desproporcional dos impactos da crise climática e que precisam ser centrais para as soluções para um planeta sustentável; assista ao vídeo do secretário-geral.

Em mensagem em vídeo para o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu que o mundo “não pode sair da pandemia com o relógio girando para trás na igualdade de gênero”.

Guterres destacou a contribuição que as mulheres fizeram contra a pandemia da COVID-19, saudou as ideias, inovações e ativismo que estão mudando nosso mundo para melhor e deu as boas-vindas a mais mulheres líderes em todas as esferas da vida.

No entanto, mulheres e meninas frequentemente sofrem o peso das consequências da propagação do vírus em todo o mundo, que incluem meninas e mulheres sendo excluídas de escolas e locais de trabalho, levando ao aumento da pobreza e do aumento da violência, e mulheres que fazem a grande maioria do trabalho de cuidado não remunerado, mas essencial.

Para remediar a situação, Guterres pediu educação de qualidade garantida para todas as meninas, investimentos maciços em treinamento de mulheres e trabalho decente, ações efetivas para acabar com a violência de gênero e assistência médica universal.

Outra medida recomendada pelo chefe da ONU são as cotas de gênero, que podem fazer com que o mundo se beneficie de mais líderes mulheres.

O tema do Dia Internacional da Mulher deste ano é “igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável”, ressaltando o fato de que as mulheres carregam um fardo desproporcional dos impactos da crise climática e que precisam ser centrais para as soluções para um planeta sustentável.

Legenda: Horta do mercado de Satara, no Níger, onde o WFP está implementando um programa de resiliência.
Foto: © WFP

A Coalizão de Ação pela Ação Feminista pela Justiça Climática (em inglês, “The Action Coalition for Feminist Action for Climate Justice”) está ajudando a garantir que isso aconteça. A iniciativa, que reúne governos, empresas do setor privado, o Sistema das Nações Unidas e a sociedade civil, faz parte de um esforço para promover ações e investimentos globais, com foco no financiamento de soluções climáticas justas de gênero.

Isso inclui aumentar a liderança das mulheres na economia verde, aumentar a resiliência de mulheres e meninas aos impactos e desastres climáticos e aumentar o uso de dados sobre igualdade de gênero e clima.

Celebração da ONU do Dia Internacional da Mulher 2022

A celebração das Nações Unidas para o Dia Internacional da Mulher será realizada virtualmente em 8 de março, das 10h às 11h30 (horário de Nova York, correspondente a 12h às 13h30, horário de Nova Iorque).

O ano de 2022 é fundamental para alcançar a igualdade de gênero no contexto das mudanças climáticas e a redução do risco ambiental e de desastres, que são alguns dos maiores desafios globais do século XXI.

Sem a igualdade de gênero hoje, um futuro sustentável e um futuro igualitário permanecem fora de nosso alcance.

A celebração do Dia Internacional da Mulher deste ano é um reconhecimento e celebração das mulheres e meninas que estão liderando a tarefa de adaptação e resposta às mudanças climáticas, e para honrar sua liderança e contribuição para um futuro sustentável.

Lideranças da ONU falarão no evento, incluindo o secretário-geral António Guterres, a vice-secretária-geral Amina Mohammed e Abudallah Shahid, presidente da Assembleia Geral. Saiba mais sobre o evento clicando aqui.

UNESCO: mulheres lideram movimentos globais de mudança

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, divulgou uma mensagem destacando que a igualdade de gênero para amanhã deve começar hoje, sobretudo com a participação ativa da nova geração: “Este ano, no Dia Internacional da Mulher, gostaria de aplaudir esta nova geração de mulheres jovens – por sua coragem em falar, inspirar outras e mobilizar seus pares, para um amanhã mais sustentável”.

Em sua mensagem, a diretora-geral enfatiza que, apesar dos desafios, as mulheres de hoje estão liderando movimentos globais de mudança. Estão lidando com questões globais como justiça climática, liberdade de imprensa e acesso ao progresso científico. E que a UNESCO, na busca por um amanhã melhor, vai continuar a empoderar meninas e mulheres, de acordo com sua prioridade global voltada para a igualdade de gênero.

“Hoje, peço a todos os Estados-Membros da UNESCO que empoderem mulheres e meninas, para que possam liderar a construção de um mundo mais sustentável. Juntos, podemos garantir que, quer as mulheres sussurrem, falem ou gritem, suas vozes sejam ouvidas”, finaliza Azoulay.

PNUD: mulheres têm papel crucial nos setores climático e ambiental

O administrador mundial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, lembrou que, enquanto o mundo quer o fim do tremendo sofrimento humano na Ucrânia, com milhões de ucranianas e ucranianos deslocados pelo conflito, a situação põe em risco a segurança de todas e todos os ucranianos. Como acontece com outros conflitos em outras partes do mundo, coloca mulheres e meninas em maior risco de violência sexual e de gênero, especialmente as refugiadas ou deslocadas de suas casas.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) juntou-se à ampla resposta do Sistema das Nações Unidas para apoiar as pessoas afetadas pelo conflito, tanto dentro da Ucrânia quanto nos países vizinhos que recebem refugiadas e refugiados. Na Ucrânia, como em muitos outros contextos de crise e conflito, do Afeganistão e Sahel a Mianmar e Iêmen, aumentar a participação plena, igualitária e significativa das mulheres nos esforços de pacificação, prevenção de conflitos e construção da paz é crucial para encontrar soluções duradouras.

Essa abordagem, disse Steiner, também é válida quando se trata de enfrentar a mudança global do clima e a degradação ambiental; e de impulsionar a redução do risco de desastres – tema da Comissão sobre a Situação da Mulher deste ano.

"As mulheres desempenham um papel crucial nos setores climático e ambiental e muitas vezes lideram estratégias de gestão de recursos naturais de primeira linha. Isso as torna bem posicionadas para identificar e implementar soluções eficazes e sustentáveis. No entanto, a degradação ambiental e o aumento da disputa por recursos escassos estão exacerbando o risco de violência de gênero, enquanto as defensoras dos direitos humanos ambientais, incluindo mulheres indígenas, muitas vezes enfrentam ameaças e violência", disse o chefe do PNUD.

ACNUR: conflitos, crise climática e COVID-19 agravam desigualdades para mulheres e meninas deslocadas

A alta-comissária adjunta para Proteção da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Gillian Triggs, destacou que os conflitos, a crise climática e a pandemia de COVID-19 estão dando um golpe triplo nos direitos e na segurança das mulheres e meninas refugiadas, deslocadas internamente e apátridas, muitas das quais já enfrentavam desigualdades e discriminação profundamente enraizadas.

"Dois anos após o início da pandemia, continuamos a ver um aumento nos relatos de violência de gênero, como violência doméstica, casamentos forçados, trabalho infantil, tráfico e exploração", disse.

Legenda: Rabi Saley, 35, que fugiu do Mali após ataques em sua cidade natal, encontrou refúgio em Ouallam, Níger, onde trabalha em uma horta com outras mulheres refugiadas, deslocadas e locais.
Foto: © ACNUR/Colin Delfosse

Em alguns contextos onde as famílias são atingidas por conflitos, desastres, insegurança e pobreza crescente, afirma Triggs, as meninas estão sendo retiradas da escola para trabalhar, casar e, nos casos mais extremos, para serem vendidas.

As dificuldades socioeconômicas foram agravadas pela pandemia, e as mulheres e meninas deslocadas estão entre as mais atingidas. Milhões dependem de empregos precários na economia informal – ganhando menos e gastando mais para sustentar suas famílias. Elas estão em maior risco de pobreza e exploração.

O ACNUR pediu aos governos, à sociedade civil e a todas as pessoas e comunidades que enfrentem a desigualdade de gênero e que apoiem e promovam a liderança, a inclusão e a participação integral de mulheres e meninas deslocadas.

A agência da ONU está empenhada em amplas as respostas locais lideradas por mulheres e fortalecer sua colaboração com organizações lideradas por mulheres – especialmente aquelas lideradas por mulheres e meninas refugiadas, deslocadas internamente e apátridas.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU Mulheres
Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento da Mulher
ONU
Organização das Nações Unidas
UNESCO
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa