UNICEF desenvolve ampla agenda de parcerias educacionais no Pará

A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil, Florence Bauer, e a coordenadora do UNICEF no Território Amazônico, Judith Levillée estiveram no Pará para assinar uma série de parcerias voltadas para promoção dos direitos de crianças e adolescentes no estado.

Junto com a Prefeitura de Belém foi lançado a #AgendaCidadeUNICEF e firmada parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), para realização do projeto Trajetórias de Sucesso Escolar (TSE)-- iniciativa que no Pará está sendo chamada de Trilhas.  As duas também definiram com o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará uma série de estratégias voltadas para a educação municipal.

Para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, “não há futuro sem investimento na dignidade da criança e do adolescente. Firmar um acordo de cooperação é ter do UNICEF um apoio fundamental para o desenvolvimento de políticas, muitas das quais já realizamos, e muitas das quais são necessárias a realizar. Todos os projetos e programas que já ocorrem em parceria entre UNICEF e Prefeitura, como Busca Ativa Escolar e Unidades da Primeira Infância (Uapi), fazem parte da #AgendaCidadeUNICEF e devem ser intensificados com a parceria”.

Como parte da associação com a Seduc foi assinado um termo de cooperação para realização de mais uma etapa da campanha “Fora da Escola Não Pode!”, que se refere ao Trajetórias de Sucesso Escolar (TSE). Essa é uma iniciativa do UNICEF, do Instituto Claro e outros parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. Participaram do ato de assinatura a secretária de Educação do Pará, Elieth de Fátima Braga, e o secretário Estratégico de Articulação da Cidadania, Ricardo Balestrei.

O objetivo do TSE é facilitar um diagnóstico amplo no País sobre a distorção idade-série – quando um estudante está com dois ou mais anos de atraso escolar – e oferecer um conjunto de recomendações para o desenvolvimento de políticas educacionais que promovam o acesso à educação, a permanência na escola e a aprendizagem desses estudantes. A solenidade de assinatura foi realizada na Usina da Paz da Cabanagem, espaço do programa Territórios pela Paz do Governo do Pará de promoção e garantia de direitos nos territórios mais vulneráveis do Estado.

“Nada neste momento é mais importante do que o retorno 100% presencial do ensino em todo o país. O Brasil foi um dos países que mantiveram suas escolas fechadas por mais tempo durante a pandemia. Os prejuízos disso já estamos vendo e temos uma janela pequena de oportunidade para recuperar isso. A iniciativa Trajetórias de Sucesso Escolar é uma oportunidade fundamental para garantir o aprendizado de todas as crianças que tiveram seu aprendizado prejudicado pela pandemia. E devemos aprender com essa experiência que as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir num cenário como o que vivemos”, disse a representante do UNICEF no Brasil.

Marajó - Por fim,  em uma solenidade, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará apresentou um relatório da situação da educação nos 17 municípios da Ilha do Marajó. “Realizamos um amplo trabalho de entender, de realizar um diagnóstico da situação da educação por meio de visita a cada um dos 17 municípios do Marajó. Queríamos entender por que os municípios, que aplicam 25% dos seus recursos na educação, estão tendo resultados negativos. Os resultados estão muito abaixo da média do Pará, que já apresenta desafios em relação ao restante do país. Verificamos que, mesmo com o retorno das aulas, muitos alunos, muitos mesmo, não voltaram para a sala de aula. Encontramos também um déficit imenso de aprendizagem. Enfim, encontramos problemas em todas as dimensões e precisamos apoiar os municípios para esse enfrentamento”, apresentou o conselheiro Sebastião Cezar Colares, que coordenou esse levantamento. “Parcerias como esta do UNICEF são fundamentais para que possamos desenvolver uma resposta coordenada ao desafio de garantir acesso, permanência e aprendizado de cada criança e adolescente no Pará”, completou o conselheiro.