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Em Roraima, ONU presta assistência a refugiados e migrantes venezuelanos

19 maio 2022

Desde 2017, as Nações Unidas têm prestado assistência humanitária a pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela que entram no país pela fronteira com o estado de Roraima.

A coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, esteve em Boa Vista e Pacaraima para conhecer em primeira mão esse trabalho.

De 9 a 11 de maio, ela pôde observar o trabalho das agências da ONU que estão em campo auxiliando homens, mulheres e crianças venezuelanas, em apoio à resposta do Estado brasileiro ao maior deslocamento humano da história recente da América Latina e do Caribe. Há atualmente 337 mil pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela vivendo no Brasil.

Estão atuando na região a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Agência da ONU para Migrações (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo de População da ONU (UNFPA) e a ONU Mulheres.

A coordenadora residente visita um abrigo indígena em Boa Vista.
Legenda: A coordenadora residente visita um abrigo indígena em Boa Vista.
Foto: © Isadora Ferreira/ONU

Desde 2017, as Nações Unidas têm prestado assistência humanitária a pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela que entram no país pela fronteira com o estado de Roraima. A coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, esteve em Boa Vista e Pacaraima para conhecer em primeira mão esse trabalho. De 9 a 11 de maio, ela pôde observar o trabalho das cinco entidades das Nações Unidas que estão em campo auxiliando homens, mulheres e crianças venezuelanas, em apoio à resposta do Estado brasileiro ao maior deslocamento humano da história recente da América Latina e do Caribe, que tem levado milhões de pessoas a buscar proteção e assistência em diversos países vizinhos na região.



Estão atuando na região a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Agência da ONU para Migrações (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo de População da ONU (UNFPA) e a ONU Mulheres.

Há atualmente 337 mil pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela vivendo no Brasil. Desses, 42% solicitaram asilo e 58%, residência temporária. Mais de 49 mil pessoas venezuelanas já foram reconhecidas como refugiadas. A entrada de novas pessoas no território já não está tão intensa quanto nos primeiros anos da crise, mas ainda assim em média 540 pessoas cruzam a fronteira diariamente. Cerca de 5% delas requerem assistência humanitária. Essa assistência inclui garantir documentação, abrigamento, alimentação, vacinação e atendimento de saúde para a população.

Representantes das Nações Unidas se reúnem com o comandante da Operação Acolhida em Boa Vista.
Legenda: Representantes das Nações Unidas se reúnem com o comandante da Operação Acolhida em Boa Vista.
Foto: © Isadora Ferreira/ONU

A resposta oficial do Estado brasileiro se dá por meio da Operação Acolhida, que inclui o trabalho coordenado de diversos ministérios e uma força-tarefa das Forças Armadas. O comandante da Operação Acolhida em Roraima, General Sérgio Schwingel, destacou em reunião com Rucks que mais de 44 mil pessoas venezuelanas já passaram pelos abrigos da Operação e 74 mil já foram interiorizados, ou seja, foram realocados para outros estados com o apoio necessário para se integrarem à vida no Brasil.

“Em parceria com a ONU estamos conseguindo conduzir bem nossa missão e estender a mão a nossos irmãos venezuelanos”, disse o general Schwingel. “Nós nos orgulhamos pela forma como recebemos nossos vizinhos venezuelanos e pelo reconhecimento do Brasil como uma nação acolhedora”, completou.

Uma característica da resposta brasileira a este influxo de pessoas é a abertura do país para receber os refugiados e migrantes e a garantia de que essas pessoas, inclusive as que têm residência temporária, tenham acesso aos mesmos direitos e serviços públicos que os cidadãos brasileiros.

Isso significa que os sistemas de saúde, proteção social e educação, além de outros serviços públicos fornecidos por Roraima e pelos municípios do estado, principalmente Boa Vista e Pacaraima, tiveram que se adaptar para dar conta da nova demanda.

A coordenadora residente, Silvia Rucks, conversa com equipes da ONU no posto de triagem em Pacaraima.
Legenda: A coordenadora residente, Silvia Rucks, conversa com equipes da ONU no posto de triagem em Pacaraima.
Foto: © Isadora Ferreira/ONU

Resposta da ONU - Desde o início da crise, o Sistema ONU se organizou para apoiar a resposta brasileira em torno da Plataforma R4V. No Brasil, 13 entidades da ONU têm atuado nessa resposta. Em Roraima, há cinco agências trabalhando diretamente com a população refugiada e migrante: ACNUR e OIM, que compartilham a liderança da Plataforma R4V, e UNICEF, UNFPA e ONU Mulheres, que prestam assistência específica a partir de seus mandatos.

Em sua missão a Roraima, a coordenadora residente teve a chance conhecer os três eixos da operação: ordenamento da fronteira, acolhimento e interiorização. Atualmente, há cerca de 8 mil pessoas nos abrigos da operação. Durante a missão, Rucks visitou abrigos, inclusive dois abrigos indígenas adaptados às necessidades dessa população, centros de recepção, registro e documentação e outros equipamentos de apoio a refugiados e migrantes.

Rucks também se reuniu com as equipes das Nações Unidas no terreno, com representantes da Operação Acolhida, com o vice-prefeito de Boa Vista e com o governador de Roraima. A prefeitura de Boa Vista informou que 15% dos alunos da rede municipal de ensino são venezuelanos e destacou a necessidade de apoio ao município nas áreas de educação e saúde. O governador do estado, Antonio Denarium, por sua vez, ressaltou a importância de apoio para a profissionalização e a inclusão socioeconômica da população venezuelana vivendo em Roraima.

“Estou muito impressionada com a dedicação das equipes das Nações Unidas e de nossos parceiros e com a qualidade do trabalho de assistência a pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela. A atuação coordenada das agências da ONU tem sido crucial para expandir a capacidade do governo brasileiro de promover a integração socioeconômica de venezuelanas e venezuelanos e também para apoiar a população de Roraima”, afirmou a coordenadora residente.

Para conhecer mais sobre a resposta coordenada das Nações Unidas à crise na Venezuela, visite o site da Plataforma R4V: https://www.r4v.info/pt/brazil

 

ONU Mulheres

Pedro Nogueira

ONU Mulheres
OIM

Juliana Hack

OIM
Organização Internacional para as Migrações
ACNUR

Miguel Pachioni

ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados
UNFPA

Mariana Alves Tavares

UNFPA
Fundo de População das Nações Unidas

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OIM
Organização Internacional para as Migrações
RCO
United Nations Resident Coordinator Office
ONU Mulheres
Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento da Mulher
UNFPA
Fundo das Nações Unidas para a População
ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados
UNICEF
Fundo das Nações Unidas para a Infância

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