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OPAS promove capacitação para diagnóstico de varíola dos macacos

10 junho 2022

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promoveu um treinamento sobre diagnóstico e detecção laboratorial da varíola dos macacos com a participação de especialistas de sete países da América Latina. 

A ação visou fortalecer as capacidades dos laboratórios da Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela para detectar casos dessa doença, ante um surto recente notificado em vários países do mundo. 

Realizada nesta quinta e sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, a capacitação foi resultado de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde.

 

Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente.
Legenda: Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente.
Foto: © OPAS

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde, realizou nesta quinta e sexta-feira (10), na cidade do Rio de Janeiro, um treinamento sobre diagnóstico e detecção laboratorial da varíola dos macacos, com a participação de especialistas de sete países da América Latina.

A capacitação buscou fortalecer as capacidades dos laboratórios da Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela para detectar casos dessa doença, ante um surto recente notificado em vários países do mundo onde a varíola dos macacos não é endêmica. Ou seja, onde a circulação do vírus monkeypox não havia sido notificada anteriormente.

De 13 de maio a 8 de junho deste ano, por exemplo, mais de mil casos de varíola dos macacos foram confirmados em 29 países não endêmicos para a doença, sendo quatro deles na região das Américas: Argentina, Canadá, Estados Unidos e México.

Durante a atividade no Rio de Janeiro, os participantes recebem um treinamento prático em detecção molecular (PCR em tempo real) do vírus causador da varíola dos macacos e revisam a detecção e diagnóstico no contexto da preparação e resposta a possíveis surtos. A detecção do vírus é o primeiro passo para evitar a propagação, interromper as cadeias de transmissão e interromper um surto.

Para facilitar o início dos testes de PCR, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), no Brasil, doou à OPAS reagentes para o diagnóstico da varíola, que, somados a outros adquiridos pela Organização Pan-Americana da Saúde, serão entregues para cerca de 20 países da América Latina e Caribe.

Especialistas de sete países da América Latina participaram do treinamento.
Legenda: Especialistas de sete países da América Latina participaram do treinamento.
Foto: © Gutemberg Brito/IOC-Fiocruz

Varíola dos macacos - A varíola dos macacos é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. A infecção é caracterizada por erupção ou lesões cutâneas que geralmente se concentram no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. A amostra para o exame laboratorial é retirada de uma pessoa com sintomas, da lesão na pele, e o resultado pode demorar de um a três dias a partir do momento em que a amostra chega ao laboratório.

A OPAS recomenda que os países assegurem a identificação oportuna de todos os casos suspeitos, considerando a avaliação clínica e epidemiológica. Também orienta a coleta de amostras e a implementação de protocolos para detecção molecular em laboratórios nacionais de referência.

 Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente. A atenção clínica deve ser otimizada ao máximo para aliviar os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo.

Transmissão - A varíola dos macacos pode se espalhar para as pessoas quando entram em contato físico com um animal infectado (roedores e primatas). Também pode se propagar de pessoa para pessoa por meio do contato físico próximo com alguém que tenha sintomas. A erupção cutânea, os fluidos corporais e as crostas são particularmente infecciosos. 

As roupas de vestir, roupas de cama, toalhas ou objetos como talheres e pratos que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa infectada também podem infectar os outros. Além disso, úlceras, lesões ou feridas na boca podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

A enfermidade pode ser transmitida ainda por inoculação ou através da placenta (varíola dos macacos congênita). Não há evidência de transmissão sexual do vírus.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OPAS/OMS
Organização Pan-Americana da Saúde
PAHO
The Pan American Health Organization

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa