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Varíola dos macacos: novos casos subiram 20% em uma semana, diz OMS

18 agosto 2022

Em uma conferência de imprensa em Genebra, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, informou que só na última semana houve um aumento de 20% no número de casos da doença causada pelo vírus monkeypox (varíola dos macacos)

Ao todo já foram registradas cerca de 75 mil suspeitas de infecções em 92 países. Deste total, 35 mil foram confirmadas e 12 resultaram em óbitos.

A OMS está trabalhando para renomear a doença e o vírus, de forma a evitar estigmatização e maus-tratos a animais. Já foram adotados, por consenso, algarismos romanos para nomear as variantes do vírus.

 

O atual surto de varíola dos macacos (monkeypox) não é causado por macacos e o nome da doença será mudado para evitar maus-tratos a animais. Qualquer pessoa pode pegar monkeypox e aquelas com múltiplos parceiros sexuais são de maior risco.
Legenda: O atual surto de varíola dos macacos (monkeypox) não é causado por macacos e o nome da doença será mudado para evitar maus-tratos a animais. Qualquer pessoa pode pegar monkeypox e aquelas com múltiplos parceiros sexuais são de maior risco.
Foto: © Reprodução/OPAS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou uma atualização da situação global sobre a doença causada pelo vírus monkeypox (varíola dos macacos).  Ao todo já foram registradas cerca de 75 mil suspeitas de infecções em 92 países. Deste total, 35 mil foram confirmadas e 12 resultaram em óbitos.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, informou que só na última semana houve um aumento de 20% no número de casos. A maioria das infecções foram registradas na Europa e Américas.

Na coletiva de imprensa, em Genebra, a equipe da OMS foi questionada sobre a situação do Brasil, que aparece na lista dos 10 países mais afetados pela doença até o momento. A equipe informou que já está trabalhando junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), para apoiar o país.

A agência reforçou a importância da saúde pública brasileira implementar ações e divulgar informações sobre como as pessoas em risco devem se proteger. 

Vacina- Em julho, a OMS declarou a doença uma emergência de saúde pública de importância internacional. Para Tedros, os países devem se preparar para frear a transmissão através de informação e fortalecimento de seus sistemas de saúde.

Ele citou a importância da vacina para controlar o surto, mas ressaltou que a disponibilidade da imunização ainda é limitada, bem como os dados sobre sua eficácia.

O diretor-geral da OMS disse continuar preocupado que o acesso desigual a vacinas, assim como aconteceu durante a COVID-19, se repita e que os mais pobres continuem sendo deixados para trás.

Novo nome - A OMS está trabalhando para renomear a doença e o vírus, de forma a evitar estigmatização e maus-tratos a animais. 

Na semana passada, especialistas da agência chegaram a um consenso sobre uma nova nomenclatura para que as variantes estejam de acordo com as melhores práticas, concordando em usar algarismos romanos para renomear as duas cepas conhecidas do vírus. 

Assim, a antiga variante da Bacia do Congo, na África Central, é agora variante I e a antiga variante da África Ocidental foi renomeada como IIa e IIb, de acordo com as subvariantes. 

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

PAHO
The Pan American Health Organization
OMS
Organização Mundial da Saúde

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