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Secretário-geral da ONU pede envio de força internacional ao Haiti

10 outubro 2022

Neste domingo (9), o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança o envio de uma força armada internacional e especializada para apoiar a resolução da crise humanitária no Haiti.

A solicitação de mobilização imediata e apoio partiu do governo haitiano, diante do agravamento não só dos conflitos no país como também do surto de cólera.

A força armada lidaria com crise humanitária e asseguraria a livre passagem de remédios, alimentos, combustíveis e água entre portos e aeroportos.

Secretário-geral António Guterres fala a jornalistas.
Legenda: Secretário-geral António Guterres fala a jornalistas.
Foto: © Eskinder Debebe/ONU

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da organização que considerem o “envio imediato de uma força armada especializada internacional para lidar com a crise humanitária” no Haiti. Numa declaração, emitida neste domingo (9), Guterres informa que o pedido de intervenção foi feito pelo governo haitiano e deve ser tratado como uma questão de emergência. 

Além de atuar na resolução do conflito que assola o país, a força internacional também teria o papel de assegurar a livre passagem de água, combustível, alimentos e suprimentos médicos nos principais portos e aeroportos do país para serem distribuídos a comunidades e instalações de saúde.

Guterres enviou uma carta ao Conselho de Segurança com opções para o aumento de apoio na área de segurança ao Haiti. Ele afirmou que permanece “gravemente preocupado” com a situação na ilha caribenha, que tem enfrentado um surto de cólera em meio a uma deterioração dramática da segurança, que está paralisando o país.

O líder da ONU também contou que o bloqueio do terminal de combustível de Varreux causou a suspensão de serviços essenciais, como a distribuição de água potável, para evitar uma propagação rápida da doença.

Diálogo- O chefe das Nações Unidas lembra que, mais uma vez, os setores mais vulneráveis da população haitiana são os mais duramente afetados, e que a prioridade deve ser salvar vidas.

O secretário-geral pediu a todas as partes interessadas no Haiti que superem suas diferenças e se engajem, sem demoras, num diálogo inclusivo e pacífico, e de forma construtiva.

Ele reiterou o apoio da ONU ao povo do Haiti e disse que irá apoiar também os esforços que levem ao consenso, reduzam a violência e promovam a estabilidade no país.

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