UNICEF: gestores africanos visitam o Ceará para debate sobre saneamento
09 novembro 2022
Representantes de governos de oito países africanos estão em Fortaleza para compartilhar e fortalecer experiências de políticas públicas para água e saneamento.
Ao longo do encontro, realizado pelo UNICEF Brasil em conjunto com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a delegação visitará cinco cidades cearenses para conhecer boas práticas de políticas públicas para saneamento urbano e rural.
A atividade tem como objetivo colaborar com o ODS 6 - Água Potável e Saneamento, a partir do fortalecimento de políticas públicas e equipamentos para saneamento, por meio da Cooperação Sul-Sul Trilateral.

Representantes de governos de oito países da África Oriental e Meridional, acompanhados de oficiais dos escritórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em cada nação, estão em Fortaleza para compartilhar e fortalecer experiências de políticas públicas para água e saneamento.
O encontro é realizado pelo UNICEF Brasil em conjunto com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), parte do Ministério das Relações Exteriores, e apoiado pelo Escritório Regional do UNICEF para a África Oriental e Meridional (Esaro).
A delegação reúne mais de 70 pessoas de Moçambique, Namíbia, Essuatíni, Malaui, Madagascar, Burundi, Etiópia, Angola e do próprio Brasil, entre representantes dos governos e especialistas em Água e Saneamento do UNICEF nesses países. O grupo ficará no Ceará por uma semana e, além de Fortaleza, visitará instalações e terá encontros com agentes públicos locais em outras quatro cidades do estado: Cascavel, Eusébio, Jaguaruana e Russas.
“O objetivo é colaborar com o ODS 6, Água Potável e Saneamento, fortalecendo as políticas públicas e equipamentos para saneamento, por meio da Cooperação Sul-Sul Trilateral. Este é um desafio global e permanente, e ainda mais importante nos países África Oriental e Meridional, onde mais de 70% da população não tem acesso a saneamento”, explica a chefe de Políticas Sociais, Monitoramento & Avaliação e Cooperação Sul-Sul do UNICEF no Brasil, Liliana Chopitea.
Mais de 480 milhões de pessoas vivem nesses países atualmente e, de cada cinco, quatro não têm como lavar as mãos com água e sabão, o que corresponde a 340 milhões de pessoas, e cerca de 98 milhões (ou uma a cada cinco), ainda defecam a céu aberto.
“A Cooperação Sul-Sul do governo brasileiro visa contribuir para o desenvolvimento sustentável dos países, que têm seus planos nacionais e atividades que podem envolver organizações internacionais como o UNICEF. Então é estratégico estabelecer essa colaboração para compartilhar com outros países capacidades nas áreas em que o UNICEF atua”, destaca a coordenadora de Cooperação Sul-Sul com Organismos Internacionais da ABC, Cecília Malaguti.
“Identificamos juntos quais instituições brasileiras teriam os programas e iniciativas mais bem-sucedidas que poderiam ser referência para esses países convidados. Neste caso, identificamos o Governo do Ceará como um bom exemplo de tecnologias de saneamento com experiências que podem ser mais bem adaptadas às condições e necessidades desse grupo específico de países”, completa.
“Sem parcerias e sem cooperação, não há desenvolvimento. Dessa forma, o UNICEF acredita fortemente que a Cooperação Sul-Sul representa uma estratégia importante para os avanços que ainda precisamos promover e garantir, especialmente para as populações mais vulneráveis, sem que ninguém fique de fora”, conclui o chefe do UNICEF para o semiárido brasileiro, Dennis Larsen.
Também participam do evento representantes dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Secretaria de Cidades do Ceará, Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) e Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (COGERH), além de representantes do município de Fortaleza.
Sobre a ABC – A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) foi criada em 1987 para planejar, coordenar, negociar, aprovar, executar, acompanhar e avaliar, no âmbito nacional, programas, projetos e atividades de cooperação humanitária e técnica para o desenvolvimento em todas as áreas do conhecimento, do país para o exterior e do exterior para o país, sob os formatos bilateral, trilateral ou multilateral.