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Alto comissário da ONU pede soluções urgentes para deslocados forçados nas Américas

20 dezembro 2022

Um quinto das 100 milhões de pessoas forçadas a se deslocar no mundo vive nas Américas e precisa de soluções urgentes.

A afirmação é do alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, ao concluir uma visita de uma semana à região, onde se encontrou com pessoas deslocadas, lideranças comunitárias e autoridades nacionais e locais.

Grandi conheceu alguns dos esforços de Estados, sociedade civil e outras partes interessadas para coordenar uma resposta e encontrar soluções para os complexos deslocamentos populacionais envolvendo pessoas de várias nacionalidades que estão em movimento em todo o continente.

Ele esteve em Honduras, Colômbia e Equador entre os dias 12 e 16 de dezembro.

Filippo Grandi, alto comissário da ONU para Refugiados, encontra empreendedoras refugiadas e migrantes em Guayaquil, no Equador
Legenda: Filippo Grandi, alto comissário da ONU para Refugiados, encontra empreendedoras refugiadas e migrantes em Guayaquil, no Equador
Foto: © Santiago Escobar-Jaramillo/ACNUR

Com um quinto das 100 milhões de pessoas forçadas a se deslocar no mundo vivendo nas Américas, são necessárias ações urgentes para responder e resolver a situação delas. A afirmação é do alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, ao concluir uma visita de uma semana à região, onde se encontrou com pessoas deslocadas, lideranças comunitárias e autoridades nacionais e locais.

Entre 12 e 16 de dezembro, o Grandi conheceu alguns dos esforços de Estados, sociedade civil e outras partes interessadas para coordenar uma resposta e encontrar soluções para os complexos deslocamentos populacionais envolvendo pessoas de várias nacionalidades que estão em movimento em todo o continente.

Entre esta população, estão milhões de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela, e outras pessoas deslocadas internamente na Colômbia e na América Central. A crescente violência em alguns países, o aumento do custo de vida, as dificuldades econômicas resultantes da pandemia de COVID-19, assim como o aprofundamento da pobreza devido ao alto desemprego e aos baixos salários, dificultaram que estas pessoas encontrassem estabilidade, levando muitas a passar por viagens longas e perigosas.

Em Honduras, Grandi se reuniu com organizações da sociedade civil que contribuem para evitar o deslocamento forçado em suas comunidades, e com famílias de vários países da América Latina e do Caribe que passaram por longas viagens em busca de segurança e proteção.

Na Colômbia, o alto comissário ouviu como as pessoas permanecem expostas ao deslocamento forçado pela violência, apesar do processo de paz. No Equador, Grandi testemunhou várias iniciativas para enfrentar os desafios de integração de milhares de pessoas refugiadas e migrantes, incluindo um processo de regularização para pessoas da Venezuela, e atividades com o setor privado beneficiando pessoas refugiadas de diversas nacionalidades.

“Países da América Latina e do Caribe estão fazendo esforços importantes não somente para prevenir o deslocamento, mas também oferecer proteção e soluções a milhões de pessoas de várias nacionalidades que foram forçadas a se deslocar por conflitos, violência e violações dos direitos humanos. O compromisso e a generosidade são extraordinários, mas as comunidades locais e os países anfitriões também precisam de apoio”, disse Grandi. “Chegou o momento de reproduzir, ampliar e ligar estas ações para ter maior impacto”.

“Apelo aos governos doadores, agências de desenvolvimento, instituições financeiras internacionais e ao setor privado que invistam mais nos países de origem, trânsito e destino, para apoiar as respostas exemplares ao deslocamento forçado que estão sendo empreendidas na região”, disse Grandi. “Elas incluem iniciativas de regularização, integração e inclusão social para pessoas refugiadas e forçadas a se deslocar”.

Durante a viagem, Grandi participou em Tegucigalpa, Honduras, de uma reunião anual do Quadro Integral de Proteção e Soluções Regionais – um mecanismo regional para incentivar a cooperação e o compartilhamento de responsabilidades para o deslocamento forçado entre países da América Central e México.

“Estou convencido de que o desenvolvimento – sobretudo facilitando a integração e inclusão de pessoas refugiadas e forçadas a se deslocar – é a melhor forma de evitar mais deslocamentos, contribuir para as economias locais e mitigar a necessidade de atravessar viagens perigosas”, disse Grandi. “Ajudar as pessoas que foram forçadas a se deslocar para encontrar estabilidade, segurança e os meios para reconstruir suas vidas é a chave para enfrentar esses deslocamentos”.

Para mais informações sobre o assunto:

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa