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Cartão-alimentação beneficia refugiados e migrantes vulneráveis impactados pela COVID-19 no Brasil

29 setembro 2020

  • A Organização Internacional para as Migrações (OIM) iniciou a distribuição de cartões-alimentação no valor de R$ 530 para aquisição de alimentos e outros itens básicos de primeira necessidade a refugiados e migrantes vulneráveis impactados pela pandemia da COVID-19.
  • A meta é alcançar cerca de 4 mil famílias até o final do ano, começando pelos estados que concentram a maioria dos refugiados e migrantes vulneráveis residentes no país e em particular os venezuelanos interiorizados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Distrito Federal.
Os primeiros lotes do cartão-alimentação foram entregues para refugiados e migrantes nas cidades de São Paulo e Florianópolis.
Legenda: Os primeiros lotes do cartão-alimentação foram entregues para refugiados e migrantes nas cidades de São Paulo e Florianópolis.
Foto: © OIM

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) iniciou a distribuição de cartões-alimentação no valor de R$ 530 para aquisição de alimentos e outros itens básicos de primeira necessidade a refugiados e migrantes vulneráveis impactados pela pandemia da COVID-19.

Os dois primeiros lotes de vouchers foram distribuídos nas cidades de São Paulo e Florianópolis para 42 famílias, identificadas e selecionadas com apoio do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), ligado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo (SMDHC), e do Círculos de Hospitalidade em Florianópolis. Ambas instituições são parceiras da OIM nesta atividade, com outras 12 em diferentes estados.

A inciativa, que faz parte da Resposta Global da OIM para a pandemia da COVID-19, é financiada pelo Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos. A emissão e distribuição dos vales são feitas pela Sodexo Pass do Brasil e o Instituto Stop Hunger, a partir de uma parceria nacional com a OIM.

No Brasil, a meta é alcançar cerca de 4 mil famílias até o final do ano, começando pelos estados que concentram a maioria dos refugiados e migrantes vulneráveis residentes no país e em particular os venezuelanos interiorizados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Distrito Federal.

“Neste momento, onde muitas famílias sofreram não só pelos efeitos sanitários da pandemia, mas também pelos impactos socioeconômicos, este apoio para aquisição de alimentos é essencial”, ressaltou o chefe de missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux.

A OIM e seus parceiros implementadores em cada cidade priorizam famílias em maior vulnerabilidade, que não possuam renda suficiente para garantir sua alimentação, tenham crianças e idosos, pessoas que tenham passado por violações de direitos humanos, entre outros critérios.

Segundo o coordenador de Políticas para Migrantes e Promoção do Trabalho Decente na SMDHC, Vinícius Duque, a atuação em rede é fundamental neste período de emergência pública.





“Mais do que nunca, é preciso fortalecer essas parcerias. Esta ação é resultado de um esforço conjunto entre OIM e o poder público, via o CRAI, contribuindo de maneira única para ampliar as diferentes ações e políticas que vêm sendo desenvolvidas em frentes distintas, beneficiando famílias imigrantes em situação de extrema vulnerabilidade na cidade de São Paulo”, afirmou.

As primas Naomie e Yanick, de nacionalidade haitiana, cada uma com seus bebês, disseram que o cartão será muito útil para a alimentação de seus filhos, pois no momento então desempregadas e apenas o marido de uma delas realiza atividades remuneradas. As duas beneficiárias esperam aperfeiçoar o idioma português para conseguirem melhores oportunidades de emprego em São Paulo.

Além de refugiados e migrantes residentes no Brasil, a OIM também irá apoiar migrantes em trânsito que ficaram bloqueados temporariamente no Brasil devido ao fechamento das fronteiras por conta da pandemia.



A OIM iniciou articulações com consulados e embaixadas no Brasil para atender as necessidades mais urgentes de seus nacionais mais vulneráveis. Prefeituras e governos estaduais também serão parceiros importantes neste projeto, pois suas campanhas de assistência a população migrante poderão ser fortalecidas com os cartões.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa