OMS alerta para momento crítico da COVID-19 e diz que saúde pública pode colocar vírus sob controle
03 novembro 2020
- O recente aumento nos casos da COVID-19 em alguns países da Europa e da América do Norte representa um “momento crítico para ação” de líderes internacionais. A afirmação é do diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, ao falar com jornalista em teleconferência.
- O chefe da OMS está em auto-isolamento em casa, sem sintomas, depois de entrar em contato com uma pessoa infectada com a COVID-19. Ele permanecerá em casa nos próximos dias, seguindo os protocolos da Organização.
- Até 2 de novembro, o mundo registrou mais de 46,4 milhões de casos e mais de 1,1 milhão de mortes.
O recente aumento nos casos da COVID-19 em alguns países da Europa e da América do Norte representa um “momento crítico para ação” de líderes internacionais. A afirmação é do diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, ao falar com jornalista em teleconferência.
O chefe da OMS está em auto-isolamento em casa, sem sintomas, depois de entrar em contato com uma pessoa infectada com a COVID-19. Ele permanecerá em casa nos próximos dias, seguindo os protocolos da Organização.
Até 2 de novembro, o mundo registrou mais de 46,4 milhões de casos e mais de 1,1 milhão de mortes.
Tedros lembrou que o aumento exponencial de casos está levando os hospitais a atingirem a capacidade máxima, aumentando risco para pacientes e profissionais de saúde, provocando difíceis decisões sobre como priorizar o atendimento aos doentes.
“Saúde pública é mais do que a medicina e a ciência e é maior do que qualquer indivíduo. Há esperança de que se investirmos em sistemas de saúde, podemos colocar o vírus sob controle e ir em frente, juntos, para cuidar de outros desafios de nossos tempos”, afirmou.
Exemplos - No encontro, três convidados relataram como seus países estão lidando com a pandemia.
A República da Coreia passou da segunda maior taxa de casos do mundo para uma das menores – sem promover lockdown no país – ao seguir as lições aprendidas durante o surto de 2015 da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). A informação foi repassada por Yae-Jean Kim, professora da divisão de doenças infecciosas e imunodeficiência do Departamento de Pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Sungkyunkwan.
Além da testagem rápida de PCR e rápido isolamento, ela explicou que os médicos do país, além de outras coisas, desenvolveram facilidades de testagem em esquema de drive-thru, tinham um centro de tratamento comunitário para casos mais brandos, prepararam hospitais para doenças contagiosas de alto risco e colocaram hospitais privados para pegar sobrecarga de casos.
Da África do Sul, Mervyn Mer, diretor especialista do Hospital Acadêmico de Joanesburgo Charlotte Maxeke, da Universidade de Witwatersrand, disse que eles trabalharam para alcançar o maior número de pessoas. Como a pandemia chegou à África do Sul meses depois de outros países, eles usaram o tempo para desenhar um protocolo que maximizasse “tudo o que fosse possível”, incluindo aumentar a capacidade de hospitais existentes em vez de criar hospitais de campanha.
Marta Lado, funcionária da OMS e especialista em doenças infecciosas e chefe médica dos Parceiros da Saúde em Serra Leão ressaltou que durante o surto de Ebola em 2014-2016, o país administrou as doenças infecciosas com rastreamento de contato, vigilância, cuidado crítico e uso de equipamento de proteção individual.