Conselho do UNAIDS adota nova estratégia global para preparar caminho para acabar com a AIDS até 2030
26 março 2021
- A Junta de Coordenação do Programa UNAIDS (PCB) adotou por consenso uma nova Estratégia Global para AIDS 2021-2026 (em inglês) para colocar cada país e cada comunidade no caminho certo para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030. A estratégia foi adotada pelo PCB durante uma sessão especial, realizada em 24 e 25 de março de 2021 e presidida pelo Ministro da Saúde da Namíbia.
- A "Estratégia Global para AIDS 2021-2026, Acabar com as Desigualdades, acabar da AIDS" usa a lente das desigualdades para fechar as lacunas que impedem o progresso para acabar com a AIDS e estabelece novas e ousadas metas e políticas a serem alcançadas até 2025 para impulsionar novos compromissos para acabar com a AIDS. O secretariado do UNAIDS e seus 11 copatrocinadores trabalharam para desenvolver a nova estratégia, que recebeu contribuições de mais de 10 mil partes interessadas de 160 países.
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A Junta de Coordenação do Programa UNAIDS (PCB) adotou por consenso uma nova Estratégia Global para AIDS 2021-2026 (em inglês) para colocar cada país e cada comunidade no caminho certo para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030. A estratégia foi adotada pelo PCB durante uma sessão especial, realizada em 24 e 25 de março de 2021 e presidida pelo Ministro da Saúde da Namíbia.
A "Estratégia Global para AIDS 2021-2026, Acabar com as Desigualdades, acabar da AIDS" usa a lente das desigualdades para fechar as lacunas que impedem o progresso para acabar com a AIDS e estabelece novas e ousadas metas e políticas a serem alcançadas até 2025 para impulsionar novos compromissos para acabar com a AIDS. O secretariado do UNAIDS e seus 11 copatrocinadores trabalharam para desenvolver a nova estratégia, que recebeu contribuições de mais de 10 mil partes interessadas de 160 países.
“Este ano marca 40 anos desde que foram relatados os primeiros casos de AIDS e 25 anos da criação do UNAIDS. Estamos em um momento crítico em relação ao nosso esforço histórico para acabar com a AIDS”, disse a diretora-executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima. “Como o HIV antes da pandemia, a COVID-19 mostrou que a desigualdade mata. A COVID-19 tem ampliado as desigualdades existentes que limitam progresso para acabar com a AIDS. É por isso que me orgulho da nossa nova estratégia, pois coloca o combate às desigualdades em sua estrutura”. Devemos aproveitar este momento para garantir a igualdade de saúde para todas as pessoas a fim de vencer a COVID-19 e acabar com a AIDS”.
A estratégia coloca as pessoas no centro e visa unir todos os países, comunidades e parcerias através e além da resposta ao HIV para tornar a priorizar ações que transformem a saúde e a vida das pessoas que vivem com ou são afetadas pelo HIV. As três prioridades estratégicas são:
- maximizar o acesso equitativo e igualitário a serviços abrangentes de HIV centrados nas pessoas;
- quebrar as barreiras jurídicas e sociais para alcançar o sucesso sobre resultados em relação ao HIV;
- dispor de recursos e sustentar plenamente as respostas ao HIV e integrá-las aos sistemas de saúde, proteção social e cenários humanitários.
“A Organização Mundial da Saúde tem o prazer de endossar a estratégia global da AIDS para os próximos cinco anos, partindo de uma ambiciosa visão para acabar com as desigualdades de gênero e alcançar os direitos humanos, incluindo o direito à saúde, apelando a todos os parceiros e partes interessadas na resposta ao HIV em cada país para transformar as normas desiguais de gênero e acabar com o estigma e a discriminação”, disse o diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e presidente do Comitê de Organizações co-patrocinadoras do UNAIDS. “Para que esta estratégia seja plenamente concretizada, a OMS continuará a apoiar todos os países para fortalecer os sistemas de saúde e, especialmente, os cuidados primários de saúde, rumo à cobertura universal da saúde”.
Se as metas e compromissos da estratégia forem alcançados, o número de pessoas que recentemente adquiriram o HIV diminuirá de 1,7 milhões em 2019 para menos de 370 milem 2025; e o número de pessoas morrendo de doenças relacionadas à AIDS diminuirá de 690 mil em 2019 para menos de 250 mil em 2025. O objetivo de eliminar novas infecções por HIV entre as crianças terá o número de novas infecções por HIV cair de 150 mil em 2019 para menos de 22 mil em 2025.
“Eu parabenizo os esforços conjuntos na resposta global à AIDS. Neste ponto crítico dos esforços para acabar com a AIDS como uma ameaça global à saúde até 2030, convido todos os países a apoiarem esta estratégia para colocar a resposta global à AIDS de volta no caminho certo”, disse o Ministro da Saúde da Namíbia e Presidente do PCB, Kalumbi Shangula.
A prevenção do HIV para populações-chave e prioritária é urgente e sem precedentes, por isso recebe uma atenção especial na estratégia, a qual convida os países a utilizar todo o potencial das ferramentas de prevenção do HIV, especialmente para adolescentes e mulheres jovens da África subsaariana, profissionais do sexo, pessoas que usam drogas injetáveis, homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e pessoas em situação de privação de liberdade.
“A Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV (GNP+) apoia plenamente a Estratégia Global de AIDS 2021-2026. A estrutura da estratégia para salvar vidas e acabar com as desigualdades é fundamental para acabar com a epidemia de AIDS e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse a gerente de programas do GNP+, Alexandra Volgina.
A estratégia é baseada em direitos humanos, igualdade e dignidade de gênero, livre de estigma e discriminação para todas as pessoas vivendo com e afetadas pelo HIV, e é o resultado de uma análise extensiva dos dados sobre HIV e de um processo inclusivo de consulta com países, comunidades e parceiros.
Atingir as metas e objetivos da nova estratégia exigirá investimentos anuais em HIV em países de baixa e média renda para atingir um pico de US$ 29 bilhões até 2025. O total de recursos necessários para os países de baixa e média renda é de cerca de US$ 13,7 bilhões. Os recursos das partes doadoras são necessários principalmente para os países de baixa e média-baixa renda, enquanto nos países de média-alta renda, que respondem por 53% dos investimentos necessários – os recursos nacionais são a fonte predominante de financiamento.
Acesse aqui o documento "Acabar com as desigualdades. Fim da AIDS. UNAIDS Estratégia Global para a AIDS 2021-2026" (em inglês).