Bombardeio em escola no Afeganistão é condenado por ONU
12 maio 2021
- O bombardeio mortal de sábado (8) na frente de uma escola secundária em Cabul, capital do Afeganistão, foi condenado por importantes funcionários da ONU, incluindo o secretário-geral, António Guterres. O ataque causou a morte de pelo menos 60 pessoas, incluindo vários alunos.
- A maioria das vítimas, segundo noticiado, é de meninas, que saíam do prédio no final do dia escolar. De acordo com reportagens, a cidade estava cheia de consumidores, antes das comemorações do Eid-al-Fitr.
- “Aqueles responsáveis por este crime hediondo devem ser responsabilizados”, declarou Guterres ao se solidarizar com as famílias das vítimas, ressaltando a urgência de finalizar com a violência no Afeganistão e alcançar uma resolução pacífica para o conflito.
- A chefe do UNICEF também se expressou: "A violência dentro ou ao redor das escolas nunca é aceitável. As escolas devem ser paraísos de paz onde as crianças possam brincar, aprender e socializar com segurança."
O bombardeio mortal de sábado (8) na frente de uma escola secundária em Cabul, capital do Afeganistão, foi condenado por importantes funcionários da ONU, incluindo o secretário-geral, António Guterres. O ataque causou a morte de pelo menos 60 pessoas, incluindo vários alunos.
A maioria das vítimas, segundo noticiado, é de meninas, que saíam do prédio no final do dia escolar. De acordo com reportagens, a cidade estava cheia de consumidores, antes das comemorações do Eid-al-Fitr, o feriado do final do Ramadã.
Em uma declaração divulgada por seu porta-voz, Stephane Dujarric, Guterres expressou sua condenação e mais profundas condolências às famílias das vítimas e ao Governo e ao povo do Afeganistão, e desejou uma rápida recuperação aos feridos. “Aqueles responsáveis por este crime hediondo devem ser responsabilizados”, declarou Guterres, ressaltando a urgência de finalizar com a violência no Afeganistão e alcançar uma resolução pacífica para o conflito.
A diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, reagiu em um comunicado à imprensa. "O UNICEF condena expressivamente o horrível ataque de hoje mais cedo perto da escola secundária Sayed Ul-Shuhada, em Cabul, Afeganistão", disse Fore.
"O ataque acabou com a vida de dezenas de crianças pequenas, a maioria meninas, e feriu gravemente muitos mais. A violência dentro ou ao redor das escolas nunca é aceitável. As escolas devem ser paraísos de paz onde as crianças possam brincar, aprender e socializar com segurança"
Henrietta Fore, diretora-executiva do UNICEF
O chefe da UNICEF acrescentou que as crianças nunca devem ser alvo de violência e que a agência da ONU continua a pedir a todas as partes do conflito no Afeganistão para aderir aos direitos humanos internacionais e ao direito humanitário e garantir a segurança e proteção de todas as crianças.
O presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir, reagiu com um tweet, no qual descreveu a explosão como "um ataque abominável e covarde". Bozkir expressou sua tristeza pelas "vidas perdidas e as dezenas de feridos, especialmente daqueles jovens estudantes" e condenou os alvos de civis inocentes.
Para a missão da ONU no Afeganistão (UNAMA), o bombardeio foi "uma atrocidade". A missão tuitou sua "profunda repugnância" e enviou uma mensagem de condolências às famílias das vítimas, desejando uma rápida recuperação aos feridos no ataque.
A escola de ensino médio Sayed Ul-Shuhada está localizada no bairro de Dasht-e-Barchi, no oeste de Cabul, lar de muitos membros da minoria Hazari, que são sobretudo muçulmanos xiitas. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque até agora, mas a área tem sido frequentemente alvo de militantes islâmicos sunitas.