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Brasil participa do lançamento da nova Coalizão Global de Alimentação Escolar

17 novembro 2021

Fundada pelo WFP e apoiada pelo seu Centro de Excelência no Brasil e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a Coalizão de Alimentação Escolar reuniu mais de 60 países e 55 parceiros em um lançamento global. O projeto visa garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de receber uma refeição saudável e nutritiva na escola até 2030, apoiando os países a criar programas nacionais eficazes de alimentação escolar. 

O evento contou com a presença do presidente da França, Emmanuel Macron, do presidente Tshisekedi da República Democrática do Congo, do ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Comércio Exterior da Finlândia, Ville Skinnari, e de David Beasley, diretor-executivo do WFP. 

Nos últimos 10 anos, o Centro de Excelência do WFP no Brasil tem apoiado países para criar e fortalecer programas de alimentação escolar com compras locais por meio da Cooperação Sul-Sul, em parceria com o governo do Brasil. Na avaliação de uma coordenadora do PNAE, o sucesso da política da alimentação escolar brasileira está pautada no fato de que se baseia no direito humano à alimentação adequada e saudável e também no acesso universal.

Legenda: Várias iniciativas da Coalizão já foram lançadas este ano
Foto: © Ivan Grifi/FAO

Com apoio do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi destaque na cerimônia online que marcou o lançamento da Coalizão de Alimentação Escolar, na terça-feira, dia 16 de novembro. A nova coalizão, que tem o WFP como uma das organizações fundadoras, visa garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de receber uma refeição saudável e nutritiva na escola até 2030, apoiando os países a criar programas nacionais eficazes de alimentação escolar. 

Mais de 60 países e 55 outros parceiros, incluindo universidades, institutos de pesquisa, ONGs e agências da ONU se inscreveram na Coalizão, cujo trabalho será executado até 2030.

Karine Santos, coordenadora do PNAE, falou sobre algumas das características que tornaram o programa brasileiro reconhecido mundialmente. “O sucesso da política da alimentação escolar no Brasil está pautada no fato de que ela é uma política baseada no direito humano à alimentação adequada e saudável e também no acesso universal”, disse ela, ao mencionar a compra de alimentos de pequenos produtores locais e a necessidade de os cardápios serem elaborados por nutricionistas. 

Adriana Rossato Souza, nutricionista que trabalha no estado de Mato Grosso do Sul, também compartilhou sua experiência. “O fornecimento da alimentação na escola com uso de alimentos seguros, variados, que respeitem a cultura alimentar e que sejam produzidos em âmbito local, aliados à educação alimentar e nutricional realizada por profissionais nutricionistas fazem com que os alunos recriem seus hábitos alimentares e influenciem diretamente e positivamente seus familiares, amigos e parentes”, disse ela.

O evento também contou com a presença do presidente da França, Emmanuel Macron, do presidente Tshisekedi da República Democrática do Congo, em sua função de presidente da União Africana, do ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Comércio Exterior da Finlândia, Ville Skinnari, e de David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos. 

“Em apenas alguns meses, 60 governos e 50 organizações ao redor do mundo se reuniram para apoiar o ambicioso plano da Coalizão para garantir que todas as crianças possam ter acesso a refeições escolares saudáveis ​​até 2030. A pandemia da Covid destruiu uma década de progresso na expansão do fornecimento da alimentação escolar para as crianças mais vulneráveis ​​do mundo. Esta é a nossa chance de voltar aos trilhos.”

David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU

A Coalizão de Alimentação Escolar foi lançada em um momento de grande perigo para muitas das crianças do mundo, então sua missão será apoiar os países parceiros a expandir os programas de alimentação escolar, enquanto superam lacunas e gargalos. Várias iniciativas da Coalizão já foram lançadas este ano, com o objetivo de apoiar os governos a ampliar e melhorar seus programas de alimentação escolar. 

Carmen Burbano, diretora da Divisão de Alimentação Escolar do Programa Mundial de Alimentos, disse: “É muito empolgante ver esta iniciativa sendo lançada este ano. Esses países acreditam que os programas de alimentação escolar são fundamentais para superarmos a crise da COVID-19. Mas a diversidade dos parceiros é apenas a ponta do iceberg do que é realmente necessário para realizar essa mudança”.

Nos últimos 10 anos, o Centro de Excelência do WFP no Brasil tem apoiado países para criar e fortalecer programas de alimentação escolar com compras locais por meio da Cooperação Sul-Sul, em parceria com o governo do Brasil. Saiba mais sobre o que foi feito até agora aqui.

A gravação do evento pode ser acessada aqui.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

WFP
Programa Mundial de Alimentos

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa