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UNESCO: 55 jornalistas foram mortos em 2021

10 janeiro 2022

Segundo dados da ONU publicados na quinta-feira (06), 55 jornalistas e profissionais da comunicação foram assassinados no ano passado. Nos últimos anos, 9 em cada 10 assassinatos não foram solucionados.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) declarou que a impunidade destes crimes está se alastrando de maneira alarmante.

A diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay, reforçou que em 2021, muitos jornalistas pagaram o preço mais alto por trazer à tona a verdade.

No ano passado, jornalistas lidaram com prisões, ataques físicos, intimidação e assédio, até mesmo quando realizaram a cobertura de protestos.

Jornalistas na cobertura de um ataque terrorista no Quênia
Legenda: Jornalistas na cobertura de um ataque terrorista no Quênia
Foto: © Enos Teche/UNESCO

Segundo dados da ONU publicados na quinta-feira (06), 55 jornalistas e profissionais da comunicação foram assassinados no ano passado. Nos últimos anos, 9 em cada 10 assassinatos não foram solucionados.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) declarou que a impunidade destes crimes está se alastrando de maneira alarmante.

A diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay, reforçou que em 2021, muitos jornalistas pagaram o preço mais alto por trazer à tona a verdade. “O mundo precisa de independência, informação factual mais do que nunca. Nós precisamos garantir que aqueles que trabalham incessantemente para providenciar isso o façam sem medo”, alertou.

Apesar do número de vítimas ser o menor em uma década, a UNESCO destaca os perigos que os jornalistas enfrentam nas coberturas de histórias e denúncia de irregularidades.

Em 2021, assim como em 2020, jornalistas lidaram com prisões, ataques físicos, intimidação e assédio, até mesmo quando realizaram a cobertura de protestos.

Mulheres - As jornalistas continuam a correr um risco particular, já que estão sujeitas a uma prevalência de assédio online, de acordo com a UNESCO. Dados de uma pesquisa mostram que quase três quartos das profissionais de mídia já foram vítimas de violência online por conta do trabalho.

Conforme o Observatório de Jornalistas Assassinados da UNESCO, em 2021 dois terços das vítimas morreram em países onde não há conflito armado. Em 2013, dois terços dos assassinatos ocorreram em locais com conflito armado.

Plataforma - A UNESCO tem um mandato global na garantia da liberdade de expressão e da segurança de jornalistas ao redor do mundo. Todas as vezes que um jornalista ou um profissional de comunicação é morto, a agência demanda às autoridades a condução de uma investigação completa.

A agência coordena o Plano de Ação para a Segurança de Jornalistas e para a Questão de Impunidade da ONU, que completa 10 anos em 2022.

A UNESCO também oferece treinamento para jornalistas e atores judiciais; trabalha com os governos para desenvolver políticas e leis de apoio; e fomenta a conscientização global por meio de eventos como o do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrado anualmente em 3 de maio.

Assassinato - A diretora geral da UNESCO denunciou o assassinato de Sai Win Aung, conhecido como A Sai K, em 25 de dezembro em Lay Kay Kaw, na fronteira entre Mianmar e Tailândia. 

Segundo a UNESCO, o repórter estava cobrindo a situação dos refugiados no estado de Kayin para o Federal News Journal quando recebeu um tiro fatal das forças armadas do Mianmar. 

Azoulay condenou o crime. “O trabalho merece reconhecimento e sua segurança garantida de acordo com o Direito Internacional Humanitário, o qual proíbe o ataque contra civis”, lembrou.

Sai Win Aung foi o segundo jornalista morto no Mianmar em dezembro do ano passado

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNESCO
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

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