UNIC Rio promove escuta digital sobre o racismo
24 fevereiro 2022
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) lança nesta quinta-feira (24) a ação digital “Conte sua história - Escuta digital sobre o racismo”. A iniciativa pretende dar visibilidade a histórias de racismo e de enfrentamento ao racismo, através da divulgação de testemunhos e ilustrações nas redes sociais da ONU Brasil.
Para participar, as pessoas deverão contar a sua história através de um breve relato ou ilustração - de forma anônima ou não -, inspiradas no tema “Histórias de coragem: resistência à escravidão e união contra o racismo”, preenchendo o formulário até o dia 8 de março.
A ação acontece no marco do Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos, em 25 de março.
![Participe da ação digital e envie um breve relato ou uma ilustração até 8 de março.](/sites/default/files/styles/featured_image/public/2022-02/histo%CC%81rias-racismo-4_1%20%28005%29.png?itok=1S4yQO_q)
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) lança nesta quinta-feira (24) a ação digital “Conte sua história - Escuta digital sobre o racismo”. A iniciativa pretende dar visibilidade a histórias de racismo e de enfrentamento ao racismo, através da divulgação de testemunhos e ilustrações nas redes sociais da ONU Brasil.
Para participar, as pessoas deverão contar a sua história através de um breve relato ou ilustração - de forma anônima ou não -, inspiradas no tema “Histórias de coragem: resistência à escravidão e união contra o racismo”, preenchendo o formulário até o dia 8 de março.
A ação acontece no marco do Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos, em 25 de março.
Segundo a diretora interina do UNIC Rio, Roberta Caldo, a data contribui para resgatar a história e ajudar na reflexão sobre como o comércio de escravos e a escravidão semearam profundas desigualdades e suas consequências para a sociedade brasileira até os dias de hoje.
A data - As Nações Unidas declararam o comércio transatlântico de escravos um crime contra a humanidade, por sua escala e duração - foram quatrocentos anos entre o século XV e o final do século XIX. O comércio transatlântico de escravos continua a ser a maior remoção forçada de pessoas na história. Entre 12 a 14 milhões de africanos, principalmente da África Ocidental, foram capturados, tiveram seus direitos mais básicos negados e foram vendidos como escravos.
“Os desafios enfrentados hoje pela sociedade está frequentemente ligado aos legados do passado. Dar sentido ao passado tem profundas implicações para o nosso presente e nosso futuro”, explica a diretora do UNIC Rio.
No Brasil, último país do ocidente a abolir a escravidão, a população negra é a mais atingida pela violência, desemprego e falta de representatividade.
De acordo com o Atlas da Violência 2021, em 2019 as pessoas negras representaram 77% das vítimas de homicídios, - o que significa que a chance de um negro ser assassinado é 2,6 vezes superior àquela de uma pessoa não negra. “Em outras palavras, no último ano, a taxa de violência letal contra pessoas negras foi 162% maior que entre não negras”, aponta o documento.
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